1.22.2015

Carnaval para bebés: sim ou não?

É a discussão do momento. É um assunto tão importante que vai a debate parlamentar. E eu estou à beira de um ataque de nervos porque não sei que faça. Preciso muito da vossa ajuda, antes que seja tarde demais...

Os bebés têm Carnaval ou não têm Carnaval? Devemos fazer deles os nossos macaquinhos, sem eles terem a mínima noção do que está a acontecer e se nem se vão lembrar? 

Confesso, não vou em carnavais. Se for assim no Brasil, com 30 e tal graus e uma caipirinha no bucho, aí já 'tamo falando outra língua! Me chama q'eu vou!

Agora por cá, tenho dificuldade a achar piada a isto. Raras foram as vezes, nos meus 28 anos de existência, em que não choveu, em que não fez frio, em que não achasse descabido bundas desnudas a tentar sambar e a fingir que está tudo numa grande alegria. 

E, atenção, não sou uma pessoa cinzenta, adoro festejar e celebrar, não tenho medo do ridículo, mas Carnaval para mim é como a passagem de ano: ainda bem que só acontece uma vez por ano. Se pudesse hibernar nesses dias, não perdia nada. 
"Ah! É porque nunca vieste a Torres!" "Ah! É porque nunca foste a uma festa de jeito!" A única vez que me mascarei já adulta jurei para nunca mais.

Por outro lado, não quero condenar a minha filha a este espírito anti-carnaval. Por eles, tudo. Até me imagino a agarrar na máquina de costura e a fazer o fato mais cool do mundo para ver a carinha dela feliz. Até me imagino a mascarar-me de novo, por ela.

Mas em bebé faz sentido? Mascararam ou vão mascarar os vossos bebés?

 


 



 

Cheira-me que...

Vou confessar isto e 5 minutos depois vou arrepender-me: 

- adorava o cheiro do nº2 (cocó) da minha filha. 

Está escrito no passado porque, enfim, depois lá teve que começar a comer sopas e tudo mudou. Por muito que goste dela, o nº2 que tinha um cheiro tão agradável (a iogurte e a bebé) de quando estava só a leite foi embora e deu lugar a um cheiro similar ao de um cadáver com alguns meses de putrefacção ao pé de uma ETAR (não me perguntem como é que eu tenho este termo de comparação).

Nunca usei tanto o meu nariz na minha vida (raramente me meto onde não sou chamada) e agora sinto que, sem ele, quase que não conseguia ser mãe. 

É com o nariz que:

- sem os estarmos a despir, podemos saber se têm o tal nº2 ou não; 

- sabemos se, por exemplo, estão com algum problema nos ouvidos (cheira mal, mas também pode cheirar mal e ser só de ter muita cera!);

- quase que nos sai um fo**-se quando lhes cortámos mal as unhas e pegámos neles ao colo;

- o nosso leite é produzido mais rapidamente - gostando do cheirinho deles, libertamos oxitocina e o nosso leite desce (ou sobe ou lá o que é - chumbei duas vezes no código, por isso não me perguntem direcções); 

- nos partirmos a rir por eles ficarem a cheirar a sopa da boca tão pequeninos depois de almoçarem ou jantarem;

Quem haveria de dizer que o nariz nos ajudaria a sermos melhores mães e a gostarmos ainda mais deles? 

Já passaram 5 minutos e, afinal, não me arrependi!

Gostava mesmo do cheirinho do nº2 da minha filha! :)