Lembra-me para não me esquecer de que terminas as palavras de todos os versos das músicas que ouvimos no carro.
Lembra-me para não me esquecer que estiveste durante um ano e meio no meu colo todos os dias da tua vida, que te cheirei e te beijei vezes sem fim.
Lembra-me para não me esquecer de que cumprimentas toda a gente na rua, de que pedes colo a qualquer um, de que, desde cedo, começaste a chamar os empregados de mesa para te pisgares e que mandas beijinho e dizes adeus a toda a gente com que te cruzes.
Lembra-me para não me esquecer de que cumprimentas toda a gente na rua, de que pedes colo a qualquer um, de que, desde cedo, começaste a chamar os empregados de mesa para te pisgares e que mandas beijinho e dizes adeus a toda a gente com que te cruzes.
Lembra-me para não me esquecer de que me ensinaste a respeitar o teu ritmo, a não enfiar sopa pela tua goela abaixo, a dar-te comida inteira, a ver-te aprender a comer, mastigar, com calma, até ao dia em que pegaste na colher e estavas pronta, por ti, a comer uma sopa, uma papa, um iogurte. Pela tua própria mão.
Lembra-me para não me esquecer de que um dia apareceste em casa a dizer as cores e que eu senti um misto de orgulho com aquele terror de te estares a tornar numa menina, depressa demais.
Lembra-me para não me esquecer de que chamavas "minha" às maminhas, com 1 ano e picos.
Lembra-me para não me esquecer de que no primeiro fim-de-semana sem os teus pais dormiste noites inteiras em casa dos avós (safada).
Lembra-me para não me esquecer de que eras um despachanço fora do comum a comer, com garfo com a colher ou com a mão, e de que gostavas de azeitonas, limão e de café, quando te dei a provar.
Lembra-me para não me esquecer de que tens um feitiozinho do caraças, uma energia inesgotável, uma fofura desmedida (que beijos bons são esses que nos dás?!).
Lembra-me para não me esquecer de que um dia foste uma bebé muito dorminhoca e que depois descarrilaste completamente.
Lembra-me de que só começaste a ligar a livros e a histórias já com quase dois anos mas que não as largaste mais.
Lembra-me para não me esquecer de que adoravas mamar, escolhias a mama que querias, dizias quando passar à outra e voltar à primeira. Três vezes.
Lembra-me para não me esquecer que por mais que me possa ter queixado de teres vindo tão próxima da tua irmã, duas bebés, nunca me poderia arrepender de todo o amor que vieste trazer contigo, todo o crescimento, toda a emoção.
Lembra-me para não me esquecer nunca que quando pensei que me poderiam perder, há quase dois anos, senti que nada tinha sido em vão: tinha deixado mais uma alma luminosa neste mundo. Não me enganei.
Luísa, menina do meu coração, fazes dois anos este mês
(longo suspiro).
Lembra-me sempre do quão felizes somos por nos termos.
Lembra-me sempre do quão felizes somos por nos termos.
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