10.01.2016

A primeira reunião de pais.

A Irene entrou este ano para a escola e claro que quis ser a encarregada de educação. Digamos que o pai também já estava para aí virado. Tive um modelo muito bom do que é ser encarregada de educação em casa. A minha mãe além de ir a todas as reuniões (que me lembre), fazia sempre questão de ser participativa (aposto que ainda hoje alguns de lembrarão dela). É algo de que sempre me orgulhei na minha mãe. Se tinha algo a dizer sobre a escola, sobre os professores ou sobre a filha (não pensem que eu me escapava), dizia. 

Ainda hoje, se há algum problema, ela não tem receio de se chegar à frente - claro que acho que também gosta muito. Afinal de contas é "malta de direito" e o que mais gostam eles que não se enervarem com problemas que possam resolver com argumentação, não é? 

Ontem fui eu a encarregada de educação. O Frederico também foi e diz que faz questão de ir a todas as reuniões de pais (fiquei toda comovida, claro, mas quero ver se dura até ela fazer 18 anos). Começamos por ter uma reunião de boas vindas por parte da direcção do colégio em que se explicou "por alto" os pontos mais importantes do regulamento para o funcionamento quotidiano e da relação escola/pais. 

Depois tivemos uma reunião com a educadora de infância da Irene que desde o primeiro dia me conquistou. Claro que ela não sou eu e não faz tudo como EU faço, mas a adaptação não é só para os filhos. 

No final da reunião, depois de vermos imensas fotografias dos nossos filhos, a sugeriram-nos que plantássemos uma Tulipa por bebé e que, em conjunto com a educadora e auxiliar, fossemos tratando dela ao longo do ano para ela florescer e crescer vivaça. Foi um momento típico para o meme "I see what you did there". 


Foi uma metáfora para o trabalho que vamos fazer juntos, claro. Isto depois de uma citação de Augusto Cury e da leitura de um poema adaptado de alguém que apelava à compreensão e empatia pelos nossos filhos. Que, quando se sujam, é porque gostaram da sensação da "lama" nas mãos, etc. 

Vim de lá a sentir que a Irene está no segundo melhor sítio possível, sendo que o melhor seria em família e podendo conviver com os amigos, claro. 

Também foi giro saber que é normal serem todos muito determinados nesta idade... Pensei que a Irene saia à mãe no feitio, mas afinal pode ser que lhe passe. 

Já tiveram a vossa? 

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Update: Mudei a Irene de escola, dois meses depois... 

9.29.2016

O meu PT anda a enviar-me mensagens.

Long story short (depois conto-vos tudo, aliás, preparem-se porque ando a ficar mais interessada nisto de tratar de mim fisicamente e, por isso, avizinha-se uma temporada de posts de ginásio e afins - prometo, porém, não haver nenhum camel toe se for filmada de frente): tenho um PT.

Sempre fui super preconceituosa em relação a PTs e, para piorar, houve uma vez que, numa avaliação física, tive uma experiência super desagradável ao ponto de ter de falar com a gerência do ginásio sobre isso (também vos conto tudo depois).

E hoje, às 8h da manhã, recebi uma mensagem do meu. 

A primeira coisa em que pensei foi: "... hoje era dia de treino?". Não era.

Então, depois do nosso primeiro treino juntos, o Melhor PT do Mundo (é como ele se chama a si próprio - acho maravilhoso), decidiu enviar-me uma mensagem de manhã a pedir para lhe fazer o relatório das dores e respectiva intensidade para saber as consequências do treino e para adaptar o próximo.

Querem ver que vou ter de mudar de opinião em relação aos PTs? Não estava à espera disto. Que profissionalismo! 

Eu, quanto muito, o que faria era, no dia do próximo treino, perguntar se estava tudo bem e na altura lá inventaria qualquer coisa. 



PS - Não, não. Não há clima entre os dois. Nenhum dos dois quer cá misturas, estamos focados; #oMelhorPTdoMundo e a Badocha Mais Determinada do Mundo.

Conheciam isto?!

Se houve coisa que me conquistou na creche que escolhi para a Isabel foi a área de recreio, as actividades ao ar livre, as possibilidades de brincadeiras para apanhar ar puro. Mais do que os planos pedagógicos, de aprender os números e as cores, mais do que a aprendizagem das regras e das boas maneiras, o que eu quero é que ela brinque, corra, dê gargalhadas com os amigos, aprenda a contar as pedrinhas do chão e as pétalas de uma flor. 

Um dia, veio a correr contar-me, triste, que tinha perdido o chapéu. A educadora logo me explicou que o chapéu tinha voado com o vento para o lago (nessa noite, ela até teve um pesadelo, coitadinha). Mas eu até fiquei contente. E porquê? Porque era bom sinal. Assim como será bom sinal sempre que me aparecer com umas calças rasgadas, uns sapatos sujos com lama, umas unhas sujas de terra. Adorei quando me pediram toalha, fato de banho e protectores, porque iriam ter todas as semanas, no verão, jogos de água e um dia de piscina (numa piscina improvisada lá fora). Hipoteticamente, adoraria que tivesse esta possibilidade pela vida fora.


Ainda me lembro quando o professor de Ciências do 5º ano nos levou a ter uma aula no exterior. Foi tão, mas tão marcante para mim, que ainda consigo ver o meu cabelo a dançar ao vento e ainda ouço o meu coração a bater (e eu a suspirar de amores por aquele professor). Paixonetas à parte, acho que iniciativas destas fazem a diferença. Por isso, fiquei muito contente com o Dia de Aulas ao Ar Livre, dia 6 de outubro, que já propus ao colégio da Isabel. Conheciam? Nem que seja apenas uma aula, já era fantástico, não era? O mais curioso é que há escolas pelo mundo inteiro a aderir (vejam no mapa, no site), por isso, nesse dia sabemos que até na Austrália ou no Chile os miúdos vão estar a ter aulas ao ar livre, como os nossos filhos. 

Partilhem a iniciativa Skip. Vai valer muito a pena, tenho a certeza!




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