2.23.2019

Que tipo de mãe são quando eles estão doentes?

Ahh... claro que nem todas pensamos nisto. Há quem tenha uma cabeça que se ocupe menos a tentar categorizar-se, mas é sempre importante termos uma ideia - digo eu - de onde nos posicionamos na escola da galinhice ou da tranquilidade. Nem que seja para termos uma imagem mais ajustada de nós próprias. 

Ou então, não. Podem não querer saber nada. É como a febre e os restantes sintomas. Há quem os anote num papel para ir à pediatra com tudo direitinho e há quem se guie mais por... bem, não sei como fazem as mães relaxadas, não sou bom exemplo. A Joana Paixão Brás é mais :)

Vejam o vídeo aqui em baixo onde claramente cheguei à conclusão que esta camisolinha justinha preta vai ficar à espera de dias com menos gramas para voltar a sair do armário. 'Tadinha. Esteve submetida a um esforço intenso, mas já passou. 




Além dos grupos de mães que todas nós conhecemos - aliás, foi até assim que a Joana e eu demos conta da existência uma da outra - existem outras formas não só de aliviarmos a nossa ansiedade (se for esse o caso ou, melhor ainda, de sermos aconselhados por especialistas, já que receber indicações de outras mães sobre medicamentos e procedimentos, please nunca o façam (nem aconselhem nem administrem). Somos todas muito bem intencionadas, mas sabemos lá o que pode acontecer, não é? 
Chegamos à conclusão que além da Saúde 24, por exemplo, também temos sempre a Farmácia Portuguesa mais próxima. A Joana sabe o nome da dela quando era pequenina. Já eu nunca me lembro do nome mas, como já vos contei aqui, sei o nome do Ricardo e à data da escrita deste post voltei a vê-lo porque fui encher-me de comprimidos por ter ido tirar um siso. 
Vocês são das mais nervosas? Ou só acionam o botão de alarme quando a coisa está grave? 
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Joana Gama 

2.21.2019

Elas são tão felizes na escola (e eu também)

Se há coisa que nos deixa a respirar fundo e a sentir que fizemos a escolha certa é encontrar A Escola para os nossos filhos. Quando digo escola, digo infantário, digo creche. As minhas filhas têm 4 e 2 anos e há um ano e dois meses que estão na escola com que mais me identifico até ao momento. Haverá melhores, muito possivelmente, e isso será sempre muito subjectivo. Neste momento, é a melhor para elas, dentro dos factores possíveis. 



A escolha da escola terá, quanto a mim, mais tópicos a considerar do que o local onde nos dá mais jeito, o orçamento ou a facilidade com que terá vaga. Claro que se faz o que se pode e o que se sabe. Eu nem sempre tive esta abertura, preocupação e nunca ninguém me ajudou a encontrar algo que me enchesse as medidas. Nem eu sabia quais seriam as minhas medidas. Na mudança de Santarém para Lisboa, procurei alternativas. E, graças a uma psicóloga amiga de amiga (obrigada Joana), cheguei a esta escola. Tenho mesmo pena de não vos poder dizer qual é, mas é das coisas que eu prezo por aqui: nem dou morada de casa nem nome da escola. Mas posso falar-vos do modelo. E dizer-vos que é uma IPSS. 

A escola das minhas filhas inspira-se na filosofia Movimento Escola Moderna. Já ouviram falar? Se calhar se vos falar da famosa Escola da Ponte, em Vila das Aves, já identificam. A ideia foi substituir a hierarquia no conhecimento (professor; alunos), adquirido de forma passiva, por um ambiente fortemente comunitário, onde a cooperação e a livre expressão fossem os principais valores, respeitando a individualidade das crianças e incentivando o espírito crítico. A Isabel já tem conselhos de turma, onde decidem TODOS as actividades e planos. A aprendizagem baseia-se em Projectos que partem da curiosidade deles. Isto pode parecer complexo para crianças de 4 anos, mas acreditem que não é nada. Vou dar um exemplo: vão ao Oceanário no próximo mês; então o projecto actual é sobre o Peixe Lua. Um grupo tem de investigar para descobrir as questões às perguntas que os próprios se colocaram. Um dia chegou a casa a explicar-me que o peixe lua tem esse nome por ter a forma circular e vinha toda entusiasmada porque era enorme e chega a pesar 900kgs. Esta procura pela informação dá-lhes autonomia e torna-os desenvoltos, curiosos, aposta na comunicação entre todos (e com os pais, em casa), além de todos colaborarem, da sua forma. Gosto muito! Muito mesmo! Fazem muitos trabalhos manuais, muitas histórias, muita brincadeira e também muitos passeios. CCB (vão já amanhã e já foram imensas vezes), teatro S.Luiz, pavilhão do conhecimento, circo, teatros (a Luísa foi na 2a ao S.Jorge), Gulbenkian... passeiam imenso! 


E muitas outras coisas: os pais podem entrar quando quiserem, assistir, ir à cozinha. Há período de adaptação (já passámos por uma escola que não tinha e exigia horários 9h-16h muito extensos, do meu ponto de vista, para quem ali está pela primeira vez e não conhece ninguém...), o que foi fundamental para a adaptação da Luísa (para a Isabel, é um bocado indiferente porque ela NUNCA estranha a entrada em escolas diferentes e quer logo ficar a almoçar e lanchar e tudo). Mas todas as crianças são diferentes e é bom que nos adaptemos a isso. 

É um alívio enorme! Se eu visitasse as instalações, que são velhotas, e não soubesse de todo o trabalho e filosofia, não diria que era A Escola das minhas filhas.

E, à partida, se possível, já decidimos que queremos continuar com o MEM até ao 4. ano, noutra escola (só porque ainda não sei se haverá outras para o segundo ciclo). Uma vez perguntaram-me: “então mas e depois a adaptação a um ensino mais tradicional não vai ser mais difícil?” Sinceramente, penso que não. Mas também não as privaria de algo que sinto completamente benéfico em função do que pode vir a ser o futuro. Acho mesmo que esta base é maravilhosa e que trará frutos, independentemente das escolas por onde venham a ter. 


Já escrevi mais sobre a escola das miúdas aqui. 😍