3.31.2017

10 meses de nós. As três.

Cada pessoa é um ser único e especial. A Luísa é das pessoas mais bonitas que o universo já criou (eu limito-me a fazê-la crescer o melhor que sei e consigo), mas apercebo-me de que ela É COM a Isabel. A ver se isto não resvala muito para o esoterismo nem fico a parecer um guru, mas a vida da Luísa, apesar de una, é-o com a irmã mais velha. Por isso, quando comemoro os 10 meses dela, não consigo separá-la da irmã, muito menos de mim. Temos sido um trio fantástico. Com o pai somos os fantastic four.
Nem nos meus sonhos de adolescente, que sonhava em ser mãe, eu imaginava que poderia ser isto. Nem nas minhas brincadeiras de infância, em que era mãe da Matilde e do Francisco, os meus bonecos de porcelana de olhos azuis e tão reais, cheios de canudos louros, que eu deixava no colégio - ali no cantinho do meu quarto - enquanto eu ia para a escola primária, eu poderia sonhar que ter uma família seria isto. É uma corrente inquebrável. É um porto seguro. É uma união que tem tanto de responsabilidade como de magia. Quando digo que me realizo a ser mãe, que sinto que foi para isto que eu nasci, tenho sempre uma ou duas pessoas a dizerem-me que sou obcecada ou que tenho de ter cuidado. Teria de ter cuidado, sim, se isto não me realizasse. Seria obcecada se este sentimento que me ultrapassa me desse para fazer o mal, para colocar as minhas filhas em redomas, com medos de tudo e de todos, se me levasse a ter ciúmes doentios, se isso colocasse a minha (e a delas) saúde mental em risco. Isto é o que me faz feliz, de coração. Dedicar-lhes o meu tempo, brincar com elas, dançar, conversar, passear com elas e com o David. Que mal poderá ter uma pessoa dedicar-se àquilo que mais gosta? Que mal poderá ter ser-se fiel ao que se sente? Em podendo, cumprir um sonho que só nos traz felicidade não é o ideal? Calma, eu tenho outros interesses, eu vejo filmes e séries (menos do que desejaria, mas é a vidinha!), leio artigos de jornal e revistas, namoro (ok, anónima preocupada com a minha relação?), cultivo as minhas amizades... No fundo, o que mudou - e não foi pouco - foi: a minha localização geográfica, não ter um trabalho convencional que me obrigue a cumprir horários ou a estar sempre disponível a qualquer hora, não ter ordenado fixo, estar em casa com a minha filha e dar mais apoio à mais velha e no meio disto tudo resistir a fazer coisas em casa (lavar, aspirar, arrumar) porque não faria mais nada. As prioridades mudaram, a minha disponibilidade mudou, mas o meu sonho cumpriu-se. Há 10 meses.

Nestes 10 meses fui mais feliz do que alguma vez achei que seria. Às vezes ainda tenho momentos em que me apetece beliscar para ter a certeza de que é real. Teve momentos duros, em que duvidei de mim, mas nunca deixei de acreditar que fiz a escolha certa. 

Obrigada Luisinha, por fazeres de mim a mãe de duas mais feliz do mundo. Obrigada, David. Porque sem ti este trio que aqui vemos nestas fotos não estaria tão feliz, tão unido e tão realizado. Escrevi-te numa mensagem esta semana "juntos somos bué fortes", como se de uma adolescente de 14 anos me tratasse e rimo-nos, mas é bom que este nosso amor mantenha sempre esse lado pueril. 
Obrigada, Isabel, por teres recebido a tua irmã como era esperado: com amor, com carinho, com um turbilhão de emoções que é bom que exteriorizes para que possamos ajudar-te sempre. 
















Fotografias - Yellow Savages

Obrigada à querida Inês por estas fotografias tiradas ali num instantinho no meio da festa. Adoro!

Vestidos das miúdas e calças e camisola da mãe - C&A

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