8.17.2020

"Agora gosto mais do pai", diz ela.

Não me interpretem mal! Fico muito contente!


Aliás, como vos tenho escrito aqui no blog, uma das maiores missões que temos como pais da Irene é manter o equilíbrio e o bom ambiente entre os dois. Não tem sido difícil. Aliás, até tem sido cada vez mais fácil. Ela é a nossa prioridade. 

Divorciámo-nos quando a Irene tinha 3 anos e, por isso, embora tenha ficado com tudo lá registado na cabeça, creio que imediatamente não terá muitas memórias de nós juntos. Na altura, talvez também por amamentar, a Irene era cega "por mim" (ou pelas minhas mamas, vá) e eu não tinha nem um segundo de descanso. 

E assim foi até há 15 dias ou algo do género. Podemos pensar em mil motivos que fizeram com que a Irene finalmente ficasse louca pelo pai, mas provavelmente serão todos ao mesmo tempo ou até nenhum. "De repente" começou a dizer-me que queria ficar mais dias com o pai, que tinha muitas saudades dele e até a pedir para falar com ele antes de ir dormir convidando-o para vir cá a casa dar-lhe um beijinho no dia seguinte. 

É certo que o pai da Irene tem trabalhado muito, mas isso já aconteceu noutras vezes e o outcome não foi este. 

Também já reparei que noutras famílias, as que continuam a morar juntas, as crianças têm mais fases de mãe e pai. Que vão trocando. Esta é a primeira troca da Irene e, se querem saber, acho extremamente saudável e por várias razões, sendo que a principal é - na minha opinião - ela ter capacidade para verbalizar o que sente e sem vergonhas. 

"Agora gosto mais do pai", diz ela. 

Uma das coisas que tenho vindo a reparar com o tempo é que a Irene se tem comparado imenso a mim. Tudo o que ela faz tem de ser melhor do que o que faço e quer imitar-me em tudo. Faz parte ser o modelo "feminino" dela e também, digo eu, que lhe traga alguns dissabores por se comparar ao único ser humano que existe cá em casa. O pai traz-lhe sossego e aquele colinho de pai que todas nós, em princípio, adorámos e que nos fazia sentir as meninas dos olhos deles. 

Claro que tenho saudades de sentir a ligação umbilical que tinha com ela mas, também por isso, sinto-me perfeitamente segura que o amor chega para todos. Sei que temos uma relação muito sólida e que vamos ultrapassar o que for necessário juntas. Também sei que chega a hora de estabelecer o tal desmame (o das mamas já aconteceu há algum tempo) e a mãe poder ter espaço para si para a Irene também saber quem é. 

E agora é a Irene do pai. ;)

De quem são os vossos?

Claro que são dos dois... mas vocês percebem ;)

Já que estou a usar a imagem dele, sigam-no aqui ;)


Hoje, segunda-feira, a Joana Paixão Brás, no instagram d'a Mãe é que sabe vai conversar com a Ana da Dido&Co sobre estar grávida em plena pandemia e também sobre as causas que defende. Vai ser bom e às 21h30. 

Juntem-se a nós ;)



4 comentários:

  1. Achoque e como dizes,são fases, o meu é mais ligado a mim neste momento, mas quando lhe ralho, só quer o pai, mas quando quer algo ou precisa de alguém por perto e só a mãe que ele chama.

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  2. Olá Joana! Antes de mais gosto muito da maneira como escreves e acho te porreira☺️!
    Sou mãe de uma menina de 9 anos. Sou apaixonada por ela🌼 e não sou divorciada. Vivemos os três e já se passaram por cá algumas dessas fases, fase da menina da mãe, menina do pai.. Acho que, agora é mais mãe, apesar de sentir uma, admiração pelo papá 🤗. Confesso q há alguns anos atrás, senti alguns ciúmes pois ela queria o pai e chegava tipo a xutar me para canto😁). Acho q ter alguns ciúmes é normal, mas como tu referes, também nós as duas temos uma relação muito forte, sólida, e essas fases são normais. Temos q ser suficientemente estruturadas mentalmente para perceber q faz parte, as meninas serem "do papá"! É o ser oposto, o ser forte que protege, não têm q "competir", no bom sentido da palavra. Nós, mães, somos o ser igual e só temos q lhes passar bons exemplos para copiarem, imitarem.... Ah também a minha filha tb passou a fase da, competição c a mae😁. Agora, com 9 anos já é mais crescida, cada vez mais independente, tende a, inclinar se para mim, para confidências próprias da idade.... Mas se bem q essas inconfidências sempre aconteceram... Em qq idade.. Somos mesmo mt próximas ❤️. Sejam pai ou mãe, o importante é haver amor de sobra para os nossos filhos!!! Beijinho joana

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  3. Olá Joana! Antes de mais gosto muito da maneira como escreves e acho te porreira☺️!
    Sou mãe de uma menina de 9 anos. Sou apaixonada por ela🌼 e não sou divorciada. Vivemos os três e já se passaram por cá algumas dessas fases, fase da menina da mãe, menina do pai.. Acho que, agora é mais mãe, apesar de sentir uma admiração pelo papá 🤗. Confesso q há alguns anos atrás, senti alguns ciúmes pois ela queria o pai e chegava tipo a xutar me para canto😁). Acho q ter alguns ciúmes é normal, mas como tu referes, também nós as duas temos uma relação muito forte, sólida, e essas fases são normais. Temos q ser suficientemente estruturadas mentalmente para perceber q faz parte, as meninas serem "do papá"! É o ser oposto, o ser forte que protege, não têm q "competir", no bom sentido da palavra. Nós, mães, somos o ser igual e só temos q lhes passar bons exemplos para copiarem, imitarem.... Ah também a minha filha tb passou a fase da competição c a mae😁. Agora, com 9 anos já é mais crescida, cada vez mais independente, tende a inclinar se para mim, para confidências próprias da idade.... Mas se bem q essa confidências sempre aconteceram... Em qq idade.. Somos mesmo mt próximas ❤️. Sejam pai ou mãe, o importante é haver amor de sobra para os nossos filhos!!! Beijinho joana

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  4. Tenho dois filhos e amo cada um de modo incondicional e diferente, pois cada um é como é... Com os pais, provavelmente acontece o mesmo e, dependendo do espírito do dia, e daquilo que conseguimos absorver de cada um, assim é a tendência do dia. O encantamento dos filhos pelos seus pais e dos pais pelos seus filhos não tem fórmula patenteada... e ainda bem!

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