6.09.2020

Como consegui que a Irene me contasse o seu dia.

Sempre que agora vou buscar a Irene à escola e muito por causa dos diários de gratidão de que vos falei há uns tempos neste post, ela faz uma avaliação do dia. Tem gostado, tem dito que faz "um like" ao dia. Também há dias em que não gosta tanto, mas acabamos por conversar o que terá corrido mal e dá-me sempre alguma liberdade criativa para reenquadrar mas, acima de tudo, para que ela se sinta ouvida. 

Conseguem pô-los a falar dos seus dias? Li num livro (e noutros sitios) chamado Como falar para as crianças ouvirem e como ouvir para as crianças falarem que as perguntas abertas não funcionam muito bem. Às vezes nem connosco, não é? De alguma maneira, consegui que ela falasse espontaneamente comigo. E sinto que é uma vitória. 



Uma das coisas que sinto que fiz bem foi também começar a falar com ela sobre o meu dia. Não criar um "inquérito" sempre que a fosse buscar à escola, mas iniciar uma conversa: "hoje, a mãe, teve um dia cheio de coisas: uma reunião disto, uma daquilo... sentiu que isto". 

Naturalmente começou a falar-me do seu dia e que bom, que bom conseguir saber mais sobre ela, sobre o dia dela. 

Conseguem que os vossos falem dos seus? Como o fazem?




2 comentários:

  1. Cá em casa ao jantar jogamos ao “Contar uma coisa que se gostou e uma coisa que não se gostou”. Pais e filha de 4 anos participam. Assim dá-lhe a oportunidade de perceber que os pais deram importância a isto ou aquilo (“A mãe hoje acabou um trabalho difícil e ficou orgulhosa”) e que também ficam tristes ou zangados com isto ou aquilo. Da mesma que ela tem a oportunidade de partilhar algo connosco de bom e a oportunidade de nos contar algo que não gostou. Gosta tanto disto que mesmo em jantares com outras pessoas, lhes pergunta “Então, diz-me uma coisa que gostaste hoje e uma coisa de que não gostaste”. :D

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    1. Que giro! Duas boas ideias (a da Joana e a sua)

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