9.28.2015

Antes de ser mãe não imaginava...

Antes de ser mãe não imaginava...





  • que fosse adorar o cheiro a cocó do bebé. - Sim, do bebé. Importante dizer de quem, para não haver mal entendidos. Não ficamos loucas por cocó no geral. Não começa a ser um fetiche e começamos a querer chafurdar-nos nuas na areia dos gatos. Gostamos quando eles fazem cocó (já sei que nem todas) e, principalmente quando não comem peixe e ainda estão a leitinho, o cheiro é bom. Cheira a iogurte.

  • que me passasse o mau feitio de ser acordada tão cedo. - Ser acordada às 5h da manhã e não ser mais ordinária ainda que o Fernando Rocha? Ou ter uma cara de tão mau feitio quanto o Miguel Sousa Tavares quando lhe falta o tabaco? Só mesmo com uma criança e minha. Se fosse a criança do vizinho, talvez me tentasse espetar contra os botões do fogão.

  • que fosse passar a adorar andar. - Eu? Andar? Ui. Até no trabalho designávamos uma pessoa para ir buscar o almoço de todos ou, então, eu nem ia almoçar só para não ter que andar uns metros. Agora é maravilhoso. Calma, não "maravilhoso" como aquela primeira sensação de que emagrecemos quando experimentamos umas calças de ganga e nos ficam mais largas, mas aquele "maravilhoso" de... "olha... não morri!".

  • que fosse passar a ter tanta fruta e vegetais em casa. - As minhas refeições resumiam-se a cereais (porquê "cereais" e não assumir logo Chocapic?) ou a Bolas de Neve ou a um bife de frango/perú (nunca os consegui distinguir até estarem descongelados) com imensa massa. De repente, tenho pêssego, manga, courgete, abóbora, gengibre em casa. O meu frigorífico está em choque.  Não tanto quanto todas as esteticistas nacionais com o bigodinho da Mariana Mortágua (e não é que também se nota no cartaz? É um statement? Percebo pouco de política...).

  • que achasse graça ter alguém a chamar o meu nome 43 vezes num minuto. - Ui! Se fosse um colega de trabalho a fazer-me isso, era espetar logo com metade de um bloco a3 de papel cavalinho pelo esfíncter anal (ou outro qualquer à escolha) acima ou abaixo, depende se estiver a fazer o pino ou não. 

  • que fosse por as minhas mamas de fora na rua. - Nunca tinha feito topless, muito à conta de ter umas mamas assim para o feiosas. Digamos que não me punham num calendário do barbeiro sem ser vestida com um kispo da Duffy. Agora, não quero saber. Mesmo quando a Irene não está em casa, faço questão de andar com as mamas de fora, fico mais fresca. A verdade é que, amamentando, não sinto que esteja a despir-me, sinto que estou a alimentar a minha cria. Nem me lembro que são as minhas mamas. Até porque já não o são. Digamos que são... as suas vizinhas de baixo. Muito de baixo.

  • que fosse ter sempre uma pessoa a todas as horas na minha cabeça.  - E que essa pessoa não fosse a filha da "dona" da Zara que deve ter um armário do caraças. Passa a ser uma constante no nosso cérebro. Somos nós mais um bocadinho, não parece ainda ser separado de nós. É incrível. É como se fosse um furúnculo, mas mais amoroso e sem nada a ver. 

  • que voltasse a querer estar grávida um dia. - Mesmo depois das últimas semanas tãaaao chatas do final da gravidez, mesmo depois de estar prestes a rebentar, das dores, dos xixis, das contracções, do parto, das noites mal dormidas, das preocupações, do cabelo a cair, dos pontos no pipi, do baby blues, das crises de choro, das crises de cansaço... querer repetir tudo e acreditar ser capaz de ser ainda mais feliz. 

O resto já imaginava. Não tão bom, mas imaginava. :)

6 comentários:

  1. Eu não imaginava que ia chegar a pesar menos de 50 Kg graças á minha filha. A sério, imaginava que graças à minha filha poderia vir a pesar 150 kg mas não menos de 50. :P
    Dicas aqui: http://www.vinilepurpurina.com/2015/09/28/receita-infalivel-para-emagrecer-em-duas-semanas/

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  2. Excelente texto, concordo em absoluto! Gosto em particular do cocó com cheiro a iogurte..achava que era só eu :)

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  3. serei a única pessoa no mundo que acha que cocó de bebé cheira mal? mesmo quando estão a leitinho da mamã?? :) beijos e parabéns pelo blog. ADORO!

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  4. VERDADE VERDADINHA
    achamos e dizemos muita coisa, mas só depois de ser mãe, é que passamos a perceber muita coisa!

    bjs

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  5. Mesmo! Revejo me neste texto :) parabéns pelo blog. Adoro

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  6. Partilho de cada palavra! :)

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