4.07.2015

Não sou mãe galinha, sou informada!

A verdade é essa. 

Não há coisa que me enerve mais do que "no meu tempo não fizeram assim e não morri". Tu não, mas que a taxa de mortalidade infantil era muito mais elevada, era. 

(passem para o fim se quiserem ler três coisas que me salvaram a vida, até lá é um desabafo)

Desde antes de me tornar Mãe que me tornei uma devoradora ávida não só de livros, mas de artigos da internet, de fóruns de mães, de grupos no Facebook. Tudo para que não me escapasse nada ou, melhor, para que sentisse que não me escapava tudo. 

Um ano de Mãe e sinto que não devia ter lido tanta coisa. Houve muita coisa desnecessária e que teve o efeito contrário ao suposto: em vez de ficar mais confiante, fiquei mais insegura. O efeito de estudar muito acaba sempre por ir dar à máxima de Sócrates (não à desse, à do outro): "Só sei que nada sei". 

E entramos assim, num ciclo. Acho que todas as mães assumem para si próprias a missão de serem as melhores mães do mundo. Não imagino ninguém que pense: "quero ser uma mãe mais ou menos que é para ver se não me canso muito".  Por acaso conheço quem o pense (e até fico mal disposta), mas gosto de acreditar que essa pessoa acha que, na mesma, está a fazer o que está certo.

A diferença está no que achamos ser "o melhor". Como sempre. Aliás, se todas considerássemos que o melhor é o mesmo, seria esquisito e andávamos todas a arrancar o cabelo umas às outras por causa do mesmo tipo.

Uma coisa não percebo. Por que é que me sinto altamente julgada e às vezes até gozada por ser uma mãe que estuda, que investiga? Sei que, quando sentimos estas coisas, o princípio está em nós. É como quando acreditamos que todos nos acham gordas. Quem acha isso antes de toda a gente somos nós. "Eles" podem nem ter pensado nisso.

Ok. Admito que possa estar em mim (não admito assim tanto). Não acredito no instinto maternal tanto assim. Acho que estamos constantemente preocupadas com tudo no que toque à saúde e bem-estar deles e, por isso, poucas coisas nos escapam. Estamos num constante estado de alerta. A maternidade há algum tempo que deixou de ser tão natural quanto deveria. Já não vemos as nossas mães a cuidarem dos nossos irmãos, já não as vemos a dar de mamar... E, pior! Agora por causa do conhecimento, muitas das coisas que supostamente estavam certas para as nossas avós e mães estão não só postas em causa como também são perigosas. 

Eu estudei tudo o que podia sobre como tratar um recém nascido, sobre amamentação, sobre alimentação, sobre os sonos, sobre doenças, .... 

Desvantagens: 

Um enorme sentimento de frustração quando as coisas não batem certo.

Não ter ninguém com paciência para nos ouvir quando queremos partilhar o que sabemos.

Passar por algumas fases de desespero por haver opiniões contraditórias, até sabermos o suficiente para conseguirmos distinguir o que é de confiança. 

Vantagens: 

Falharmos menos. 

O bebé comer melhor, dormir melhor, estar mais feliz, ter mais saúde do que, provavelmente, se não lesse. No meu caso, pelo menos, é mais do que verdade.


Tendo em conta esta lista na minha cabeça, como não optar por saber mais coisas sobre a minha filha? Fiquei chocadíssima também com a reportagem da alimentação na SIC. Os pais "que nunca pensaram nisso" e que foram indo. Não quero ser desses pais. Corrigir os erros "mais tarde" é "mais tarde" e não gosto disso. A minha filha não é um crash test dummie.


Coisas que me "salvaram a vida": 



- Este artigo. Finalmente percebi por que é que a minha filha, durante semanas, não queria outra coisa que não mamar. E entendi também por que é que às vezes ela parecia um monstro que não parava de rabujar e que me fazia questionar a minha vontade de ser mãe de mais um. Isto fez com que conseguisse manter a amamentação até agora e parte da minha sanidade mental. Tenho muitas mais lições e importantíssimas para partilhar sobre amamentação, mas sinto que já não podem comigo e, portanto, vou dar um intervalinho.

O escuro produz melatonina, a hormona do sono.

- Eles têm mesmo de parar e de ficar num ambiente mais escuro para se acalmarem. Podem não parecer ter sono na sala com a televisão aos berros, com os brinquedos irritantes, mas se formos adaptando o ambiente, eles quebram.  Fisicamente ficam mesmo com sono no escuro (tal como nós!). 

Terrores nocturnos

- Saber o que são terrores nocturnos fez com que eu não quisesse atirar-me de uma janela quando vi a Irene a ter um pela primeira vez. Apesar de não concordar (ou de não conseguir) com o que a literatura diz para fazer nessas circunstâncias, saber o que é, é importantíssimo. 

- Saber mais sobre alimentação

O BLW é uma óptima maneira de iniciar e manter o interesse da criança pelos alimentos. É a maneira mais natural. Optei por conciliar a maneira tradicional com essa. Por ler muito sobre o assunto e, neste caso, graças a uma conversa com a Joana (obrigada) fiquei a saber que é um grande erro dar cogumelos e carne na mesma refeição (demasiada proteína, sobrecarrega os rins). 

- Os recém nascidos devem dormir de barriga para cima

Para evitar a tal morte súbita. Na maternidade ainda os põem a dormir de lado, apesar das recomendações. São coisas que só sabemos se nos informarmos.

23 comentários:

  1. Também sou desse tipo de mae galinha, sempre a ler e a informar-me de tudo! :) fiquei curiosa com os terrores noturnos, não há um link bom como para os picos de crescimento e saltos de desenvolvimento? ;) quanto ao dormirde lado, o meu filho sempre dormiu melhor de lado, e acabei por não corrigir isso.. No próximo à ver se uso o swadle como deve ser para resolver o esbracejar que os acorda tantas vezes! Este piolho não ficava com os braços para dentro por nada deste mundo! E dormir de lado ajudava um pouco a que não despertasse tanto..

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  2. Ler nunca fez mal a ninguém e estar informada melhor ainda. Na gravidez nunca fui de ler nada apenas lia um livrinho que me deram na maternidadae da gravidez por semanas e ajudou-me a estar prevenida :)

    Quando nasceu o meu pequeno li sobre as rotinas do sono se essas lições ajudaram a ele ter noites boas não sei talvez ele já tinha esse chip :D

    Gostei de saber quais as cores do coco também muito importante.

    Não correr logo para o médico mal tivesse um pico de febre.

    Introduzi novos alimentos através de um manual que uma nutricionista me enviou e nunca perguntei nada à pediatra, acreditei no manual.

    Quanto à reportagem da SUC gostei de ver mas desculpa dizer o que penso, sim eu tenho cuidado com o que é de doces e coisas que fazem mal quero bem longe do meu filho por muito tempo mas é sempre dificil quando avós e tios acharem que têm que conhecer mas EU NÃO QUERO E EU É QUE MANDO.

    Não fiquei alarmada porque todos nós sabemos que tudo o que é excesso é um grande veneno tempos que ter bom senso peso e medida, entrei num grupo no face sobre alimentação e já me irrita ver mãe que querem banir iogurtes e papas tudo bem mas tudo faz falta quando não é exagero, é claro que agora pondero qual o iogurte que dou ao meu filho mas dou, agora até comprei natural como normalmente misturo com fruta. Já lhe dei suissinhos mas pondero não dar ou então dar um de vez em quando que não é isso que vai fazer mal. Porque não vi na reportagem para banirem as papas e iogurtes da alimentação das crianças, se fazem falta não sei que não sou médica mas talvez na quantidade certa fazem.

    O meu filho mamou até aos 12 meses e tive pena quando se acabou o leite :( ele agora não quer nenhum porque não gosta de liquidos para lhe fazer beber alguma água é um castigo à dias que bebe 100ml outros nem 50ml consigo, desisti do leite estava a ver se ele bebia melhor a água para tentar d enovo, isto para dizer que ao pequeno almoço optei dar papa de preparar com leite para beber algum, se lhe tirar as papas e iogurtes não come nada de laticionios e sabemos que fazem falta.

    Eu vou um pouco por instinto mas não deixo de ler, é uma questão de concordar ou não, de gostar ou não, por ex. a questão de comerem tudo com as mãos logo de inicio não da para mim é mesmo falta de paciência de ver tudo a voar ehehe, prefiro que quando ele achar que é o momento dele que o faça, embora eu deixe que vá com a mão ao prato para ele sentir e incentivo que meta à boca mas o maroto para ele é para brincar e sujar o chão à mãe :D

    às vezes também temos que saber qual o momento certo de nós darmos as nossas opiniões e de conseguir aceitar ou não as opiniões dos outros mas todos nós somos livres :)

    Desculpa este testamento nem sei se tens coragem de ler até ao fim :D

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    1. Claro que tenho :))) Obrigada pelo testamento!!!

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    2. Ninguém diz para não dar papas mas sim para evitar alimentos processados e papas de pacote. Podemos muito bem fazer as papas em casa. É tão fácil, rápido e prático. E muito mais saudável.
      Sigo este blog onde pode encontrar receitas de papa e outras saudáveis para crianças:
      http://nacadeiradapapa.blogspot.pt/2015/02/papa-de-aveia-e-pera-desde-os-6-meses.html?m=1

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  3. Oh Joana! E que tal fazer assim um post com as coisinhas interessantes que leste para as outras mamãs que queiram ser informadas?!
    É que há por aí muita coisa boa, mas também há muito lixo, que só nos vai fazer perder tempo... Não queres partilhar a tua experiencia?!

    Bjs

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    1. Vou fazer uma rubrica disso, mas tenho algum medo... E se aquilo que eu acho que está certo, não estiver? Sniff...

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    2. Joaninha, só queremos saber aquilo em que confiaste e as que te pareceram correctas. Todas sabemos que não és pediatra, és mãe... e como tu só queremo fazer o melhor que pudermos... publicar recomendações não é publicar ordens para ninguém!
      Dá-lhe com a alma.... You got it girl ;)

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  4. Qual mãe galinha! O meu irmão que é paramédico gozou comigo por ter comprado o livro do Dr. Oz e ter papado aquilo de uma ponta à outra. Aprendi imensas coisas para não chatear o meu obstetra, tais como aliviar a ciática. Quando a L. nasceu foi exactamente a mesma coisa, papei literalmente grande parte da informação (credível), claro está para aliviar as cólicas, fui peremptória em que ela dormisse de barriga para cima, quando os meus sogros teimavam que tinha de ser de lado, por conselho de um médico amigo ao que respondi que eram directrizes da OMS, não era teima minha. Informei-me para identificar os choros, porque na óptica da família a "coitadinha" estava sempre com cólicas de manhã à noite.
    Tirei sempre todas as dúvidas que necessitei com o pediatra da L., tenho a sorte de ele ser um de 12 irmãos e é muito prático, objectivo e nada maricas em certas situações.
    Beijinhos e obrigada pelos "bálsamos diários".


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  5. Olá Joana :) eu ainda não sou mãe (a minha criaturinha só se exibe ao mundo em Julho) e sou assim... e sofro do mesmo mal... leio tudo, estudo, vejo opiniões, mas misturo a minha também. Mas há muita gente que de estar habituada ao "socialmente aceite" vem logo opiniar contra as ideias informadas que muitas vezes exponho. A questão do doce, eu pessoalmente só comi pela primeira vez um chocolate (um ovo kinder) quando já tinha 4/5 anos e nem foi pela mão da minha mãe... (foi de uma tia que queria muito agradar à sobrinha). Há opiniões para tudo, e quase todas diferem, acho que deves dar a tua. Escreve sobre o que lês, e o porquê de tu aceitares isso para a tua filha, vais encontrar quem concorde e quem discorde, mas se forem opiniões bem fundadas são válidas! (não te estou a ver a ir buscar um livro de tortura chinesa para mostrares os "castigos" e "punições" correctos para uma criança :p )

    BTW eu adoro ler o vosso blog... um dia mando vos uma mensagem

    Beijinhos,
    Sara e Sophia

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  6. Concordo com tudo Joana e esta lei aplica-se a tudo na nossa vida. Só estando informadas poderemos estar mais confiantes com as nossas escolhas. Ainda bem que me informei e continuo a informar para que a minha Maria possa sempre crescer o mais confortável possível.
    Gosto muito do vosso blog ;) parabéns!

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  7. Marta Branco11:46 da manhã

    Também sou assim. Leio tudo o que me aparece à frente. O meu marido diz que leio de mais :P Mas acredito que assim serei uma mãe melhor. Identifico-me com tudo o que escreveste.

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  8. Olá meninas!!!

    Concordo contigo Joana. Há que estar informada. Não é ser mães galinhas, mas querer o melhor para os nossos filhos. Há sempre coisas que fazemos, seja na alimentação ou noutra coisa que, podemos melhorar. Ganhamos mais leitura e conhecimento e colocamos em prática. A minha filha já tem 3 anos e há sempre pequenas coisas a corrigir. Afinal eu não nasci mãe, tornei-me Mãe e a pequena I. não trouxe nenhum manual. Todos os dias é uma constante aprendizagem. Para nós como para os pequenos.
    O importante é estarmos cientes que não sabemos tudo mas que podemos saber mais e melhor.
    Eu coloco em prática coisas que leio, nalgumas noto uma diferença significativa no comportamento dela, noutras é o instinto maternal que resulta entre nós. Não esquecendo que cada caso é um caso.
    Isto é apenas a minha opinião e forma de gerir a minha vida com a minha princesa.
    É a primeira vez que comento mas sou vossa leitora assídua à pouco tempo. Descobri este blog e não o vou largar. Estão de parabéns!
    Beijinhos para as Joanas e para as vossas Princesas.

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  9. Leonor Gomes12:30 da tarde

    Como a compreendo!
    Leio tudo e mais alguma coisa... Também a mim me dizem que leio demais e que deveria confiar mais no meu instinto. E a questão das opiniões contraditórias dá-me cabo da cabeça! O que é certo? O que é errado? serei boa mãe? E se...?
    Vivo na Alemanha e parece-me que cá as coisas estão um bocadinho mais avançadas que em PT em alguns aspetos, como na questão de dormir de costas, por exemplo. Por outro lado, ainda se acredita no "deixar chorar, que faz bem aos pulmões" para os bebés aprenderem a dormir! (Para mim isto é um horror!)
    Ainda na gravidez comprei um livro que tem sido a minha bíblia nestes três meses de Tiago e que se chama "O segredo dos bebés felizes" (http://www.amazon.de/Das-Geheimnis-zufriedener-Babys-Liebevolle/dp/383383319X/ref=asap_bc?ie=UTF8), uma pena não haver em português. Baseia-se na premissa de que não é possível "estragar" uma criança ao ir de encontro das suas necessidades básicas, como proximidade, proteção, segurança, amor, carinho, atenção... Sou apologista do dar colo, usar o sling (babywearing), do co-sleeping... Sou fã do "attachment parenting" e pratico-o com o meu bebé. Mas ninguém e nenhuma doutrina é dono da verdade. E questionar é, naturalmente, saudável!

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  10. Joana, permita-me a liberdade mas acho que é a minha "mãe-gémea" (tenho a certeza que esta palavra não existe mas eu acho que encaixa que nem uma luva). Graças aos seus textos sinto-me muito menos um alien neste mundo da maternidade. Obrigada!

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  11. Identifico-me imenso com tudo que disseste...
    Ótima leitura, ótimas dicas!
    Obrigada pela partilha :)

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  12. Gosto muito de ser uma mãe informada e não há nada que me chatei mais do que ter de estar sempre a repetir à minha mãe as coisas que não quero que ela faça e por vezes fazer nas minhas costas...um exemplo é o de querer por sempre carne ou peixe na sopa, quando as directrizes são de não dar excesso de proteína, e se ele come bem o segundo prato eu não quero que ele coma carne 2 vezes. Outra era a de querer por pó de talco e mel na chucha por ser mais natural que o aero OM e porque sempre pôs a aos 3 filhos e nenhum morreu...! Enfim, o habitual. Mas as coisas são diferente de há 30 anos, get over it! Sobre o dormir de costas no HSM defendem essa posição e foi sempre assim que o meu filhote dormiu e dorme.

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  13. Gosto muito de ser uma mãe informada e não há nada que me chatei mais do que ter de estar sempre a repetir à minha mãe as coisas que não quero que ela faça e por vezes fazer nas minhas costas...um exemplo é o de querer por sempre carne ou peixe na sopa, quando as directrizes são de não dar excesso de proteína, e se ele come bem o segundo prato eu não quero que ele coma carne 2 vezes. Outra era a de querer por pó de talco e mel na chucha por ser mais natural que o aero OM e porque sempre pôs a aos 3 filhos e nenhum morreu...! Enfim, o habitual. Mas as coisas são diferente de há 30 anos, get over it! Sobre o dormir de costas no HSM defendem essa posição e foi sempre assim que o meu filhote dormiu e dorme.

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  14. Olá, Joana!

    Eu também sou desse tipo de mãe galinha e queres saber que mais? Não estou nem aí para o que os outros pensam e/ou dizem! Também tento ler, informar-me sobre tudo o que diz respeito aos meus filhos para que possa minimizar os erros (que acontecem, seja como for) e, claro, muitas vezes olham para mim como se fosse tolinha ou extremamente protectora.
    Se soubesses a quantidade de pessoas que me olham de lado quando me vêem a amamentar ou quando sabem que ainda amamento (o meu pequenito tem 10 meses), ou quando sabem que amamentei o mais velho até aos 2 anos, ou quando digo que pretendo manter o meu filho virado para trás na cadeirinha auto até o mais tarde possível (não o fiz quando tive o mais velho por não estar suficientemente informada e por ceder às pressões de terceiros e, hoje, quando penso nisso, até me arrepio só de imaginar tudo o que poderia ter corrido mal), ou quando me viam com o pequenito ao colo porque, supostamente, ele ia ficar viciado no colo e depois não me ia deixar fazer mais nada na vida (irrita-me tanto a associação desta palavra aos bebés!!!) - e quem diz colo, diz mama... Enfim...

    Eu acho que as mães têm muito a aprender umas com as outras, mas temos de estar preparadas para o facto de algumas não quererem mesmo saber. E, aí, não há nada a fazer. É deixá-las seguir a vidinha delas e continuarmos nós na nossa também. :)

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  15. Sou frequentemente acusada de fundamentalista e de ler demasiada informação sobre bebés :) Acho que sou apenas rigorosa com algumas questões (rotinas, amamentação - vamos em quase 20 meses -, alimentação, fraldas reutilizáveis - usei até aos 6 meses -, a chupeta teve que "desaparecer" quando a Amélia fez 1 ano, nada de açúcares ou alimentos processados, pelo menos até aos 2 anos). Quem segue estas normas sabe bem que dão mais trabalho e ficam mais caras, por isso não é mesmo uma birra da mãe da criança, é aquilo que eu acredito que é o melhor para ela. Há que ser persistente e coerente!!! E haja paciência para os suspiros das avós e os comentários atirados para o ar com boas intenções

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  16. A minha experiência foi um pouco diferente. Depois de muitos anos numa relação estável e feliz e de termos a vida organizada a todos os níveis decidimos ser pais. Foi coisa com que sempre sonhei. Levou um ano para engravidar e confesso que nessa altura já tinha colocado o assunto para 2°plano para não me deprimir, até que aconteceu. E foi um choque para mim, senti-me perdida e com medo de como seria eu como mãe. Talvez por causa do tipo de relação que tenho com a minha, apesar de não ser dramático, não é o modelo que quero seguir. Isto fez com que eu bloqueasse. Andei meses com uma sensação estranha sempre que me davam os parabéns. Não chorei quando o vi na ecografia, quando ouvi o coração ou quando descobri que era um rapaz. Senti-me uma péssima mãe e pessoa. A única vez que chorei foi quando fiz a eco 4D, às 26 semanas e aí sim, acho que chorei por todas as outras vezes!
    Sempre me mantive informada quanto à gravidez, lia muito, pesquisava imenso. Mas quanto ao "depois" não. Tinha medo de perceber que isto da ser mãe não era para mim, tinha medo de falhar.
    Felizmente que depois do parto e depois de 5 dias passados na maternidade, onde me senti verdadeiramente perdida, com um bebé super chorão a perder bastante peso, as coisas melhoraram, especialmente depois de regressar a casa. Sim porque ainda me lembro de pensar " Eu não o posso levar comigo para casa. Eu não sei tomar conta dele".
    E agora passados 4 meses, com um menino super saudável em casa não podia sentir-me mais feliz e mais mãe :) E claro que já tive tempo de fazer catch up da leitura para ser uma "mãe informada" :)

    Queria colocar 2 questões à Joana (ou às Joanas, vá).
    O meu filho desde cedo que só mama/acorda 1a vez à noite. Ultimamente tem feito noites completas, das 21h às 7h30. Qual será a melhor forma de evitar que me levante a essa hora com as maminhas a rebentar, sem comprometer a amamentação? Geralmente eu tiro leite com a bomba por volta da meia noite, antes de me deitar. Mas queria evitar de o fazer durante a noite, até porque a coisa boa de eles dormirem noites seguidas é nós conseguirmos dormir também, né? :)
    Outra questão, agora que me estou a aproximar dos 6meses, tem alguns conselhos quanto à transição para as sopinhas e purés? É que eu quero estender a amamentação até aos 24m, mas também quero que ele tenha o desenvolvimento normal e que consiga superar esta fase sem grandes traumas. E e as minhas maminhas também ;)

    Desculpem o testamento.
    Nem imaginam como o vosso blog me tem ajudado. O vosso approach é genial, para mães que como eu têm um humor mais negro. E sim, também têm coisas fofinhas.

    Obrigada, obrigada, obrigada :)

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  17. Identifico me com tudo! Também eu adoro ler sobre bebés/crianças para estar informada de tudo o que é melhor para eles! Comecei na gravidez e ainda não parei, já lá vão 18 meses desde que nasceu. Os livros que adorei e que posso dizer que modelaram a minha forma de pensar a maternidade foram: "Superbebé - 12 formas de dar um bom começo de vida ao seu bebé até aos 3 anos" este está no meu TOP!, "Besame mucho", "mi ninõ no me come", " o grande livro do bebé", " o livro da criança" e agora mais recentemente o livro " crianças felizes", para além de informações da net também.
    Claro que sou também muitas vezes incompreendida, e tem momentos em que me sinto "ave rara". Mas para mim não consigo conceber a maternidade de outra maneira... Sabe bem saber que afinal não sou a única!!!😊

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  18. Boa tarde gostei muito do seu texto e como me identifiquei-me muito em alguns pontos usei o seu título e algumas frases suas num texto meu que publiquei numa foto minha com o meu filho, espero não ter nenhum problema bj ��

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