Vocês que acompanham o blog mais do que só ver as "gordas" (que não me refiro a mim e à Joana), já devem ter reparado que a Irene "sofre" de convulsões febris. Pus o "sofre" assim porque, na prática, como ela não parece lembrar-se do que aconteceu, quem mais sofre são as pessoas que cuidam dela.
Depois da última convulsão (a semana passada) a maravilhosa educadora dela ligou-me a perguntar detalhes e como estava a Irene e desabafou um "ainda bem que foi consigo" e claro que eu penso o mesmo. Apesar de ter sido no parque infantil.
Foi a primeira convulsão da Irene fora de casa e confesso que ainda não tinha bem materializado este cenário. Ela pode mesmo ter uma convulsão a qualquer altura e não consigo imaginar quando. Tinha acabado de a ir buscar à escola, ela estava bem, animada, estava quente (ligeiramente) mas imaginei eu por estar a correr e até fomos aos "baloiços".
Tenho vídeos dela a brincar em cima de um cavalo de madeira dois minutos antes das convulsões e nada me fazia prever que isto fosse acontecer. Eu estava descontraída - tanto quanto uma mãe pode estar num parque infantil com uma criança de 3 anos.
Quando dei por ela, a Irene estava no chão a uns 5 metros de mim. De onde eu estava podia muito bem ser ela a deitar-se no chão para explorar qualquer coisa. Decidi ir ver e afinal estava a tremer, a abrir e a fechar a mão, a revirar os olhos e a espumar-se da boca. Foi a primeira vez que a vi a ter uma convulsão - até agora ainda tinha sido poupada (ou tinha apanhado no fim da convulsão já ela tendo recuperado os sentidos ou as convulsões tinham sido apenas ausências) ao drama inteiro.
Estava uma mãe preocupada a perguntar se podia ajudar e se estava tudo bem. A verdade é que estava. Eu sei que a Irene sofre de convulsões. O problema é que tinha deixado a mochila dela no carro onde está o ansiolítico (ou lá o que é) que ajuda a encurtar as convulsões (raramente quando o alcanço, ainda vou a tempo). Ou a deixava sozinha no lancil enquanto tinha a convulsão e voltava com a bisnaga do carro ou ficava com ela até a convulsão parar. Fiquei com ela, rezando para que a convulsão fosse curta. Foi. Sabendo que existem convulsões de 15 minutos (acho que essas não são benignas), uma de um minuto que pareceu 10 (tive ainda a capacidade de tentar cronometrar como me pediram) foi curta, apesar do tempo ter congelado. Foi um minuto como a percepção que tenho de um minuto na rádio. Um minuto a falar na rádio é "muito tempo". Às vezes até enchia "chouriço". Senti que enchi muitos chouriços, preocupada com a minha filha e preocupada com a criança (filha da outra senhora que lá estava) que estava a assistir a tudo aquilo. Tentei sossegar a miúda ainda durante a convulsão da Irene, mas a mãe disse que ela nem estava a ligar. Acho que lhe disse que a Irene estava a fingir ser um peixe, não me lembro bem. Talvez não tenha conseguido dizer isso, mas a intenção era descansar a miúda.
Apesar disto ser genético e de eu ter tido convulsões febris, não tive tantas e com esta frequência. Fomos aconselhados a ir ao neurologista só por "descanso" e vamos. Sei que é tudo "normal" dentro do "anormal", mas claro que há sempre uns quantos % que quando olho para a minha filha me fazem sentir "tu não podias ser tão perfeita, isto tudo que tu és tinha de ter um revés". Não que não a ame assim, não é isso que quero dizer, de todo, mas... que ela é realmente tudo o que se pode querer numa filha e que o perfeito é impossível, é mais isso.
Além de ter sido duro de ver (hoje ela deitou-se na Tiger e tive de a por em pé que só vê-la naquela posição me estava a deixar stressada), apercebi-me que a convulsão poderia ter acontecido enquanto subia para o escorrega ou enquanto toma banho (como me aconteceu a mim em pequena).
Apesar de serem benignas, são até ela cair de algum lado. E já são duas coisas que não me deixam em paz.
Ai Joana, bolas, que essa força nunca desvaneça! És mãe, claro que vai estar sempre aí mas irra, não consigo imaginar .... e tenho dois amores pequeninos cá em casa. Se uma queda já me tira do sério não imagino o resto. FORÇA JOANA! :-) beijinho
ResponderEliminarObrigada Filipa!!
EliminarPor curiosidade, chegaste a perceber se desta vez ela também estava com febre ou se a convulsão foi sem a febre aparecer?
ResponderEliminarPoderá ter alguma coisa a ver com epilepsia?
Não imagino, felizmente, o stress que deve ser ver a nossa filha assim e espero nunca ter de passar por isso!
Que tudo corra bem com vocês e que essas coisas passem rápido ;)
Beijinhos,
Vanda
Sim, sim. Fico sempre "aliviada" quando depois vem a febre... Obrigada!!
EliminarMas estava com febre? Há a possibilidade de ser epilepsia... mas se vai ao neurologista fica a saber. É o melhor! As melhoras da pequena e que estes episódios não se repitam! Que susto!!!
ResponderEliminarSim, sim. Antecede sempre um pico de febre e chegou aos 39... :)
EliminarQuando vi este pst fiquei logo aflita..., cuidado veja tudo e rápido, cok estas coisas não se leva leve, não mesmo, tive um irmão que tinha convulsões de febre e teve uma ensefalite e mais tarde teve problemas maiores...atenção a tudo e rápido.Boa sorte e tudo a correr bem!Desculpe mas achei preferivel avisar, pode não acontecer nada mas conte e peça detalhes e como evitar!!
ResponderEliminarAi Joana que coragem. A Irene é linda e maravilhosa. Vai correr tudo bem. Força ��. Um beijinho
ResponderEliminarJoana, tenho uma Maria Leonor de 3 anos fez agora no dia 04 de março. Sofre de convulsões febris desde dezembro 2015. Ouvi sempre o mesmo "são convulsões febris, é normal, depois passa". Fui ao Dr António Levy o melhor neurologista, mas, confesso não fiquei satisfeita. Marquei com a Neurologista Sandra Jacinto. Está tudo bem, é esperar que passe, é dar o diazepam, controlar a temperatura. Em abono da verdade, é uma aflição tremenda. A primeira vez foi ao meu colo, foi assistida pelo Inem e nem 15mg de diazepam parou a convulsão. Foi ligada a máquinas, um sufoco! Um beijinho de muita força e um maior para a doce Irene.
ResponderEliminarAna Rita
Leio-vos quase desde o início, adoro-vos mas não sou muito de "participar" em conversas no face! Mas hoje, não consigo evitar de intervir! Até porque,como mãe, consigo imaginar o susto e a aflição! Achamos sempre que não seríamos capaz de enfrentar algo até ter que o fazer. E foi o que pensei ao ler este episódio da Irene. Parabéns pela fantástica mãe que é! Que seja algo passageiro e rapidamente faça parte do passado.
ResponderEliminarSei bem o que isso é pois a minha filha "sofreu" com as convulsões febris até aos 6 anos. Tem 10 e nunca mais teve nenhuma e espero não voltar a passar por isso.
ResponderEliminarMuita forca
Olá Joana, o meu filho teve a primeira convulsão, e ate agora unica, com 10 meses...mas foi das de 15 min com direito a hospital. Ficou internado e todos os exames tiveram resultados normais. Ficou a ser seguid em neurologista, e por excesso de zelo a neurologista achou melhor fazer uma RM. E eis que descobrirmos uma malformação mínima no cérebro, mas que originou a convulsão e poderia originar outras...como descobrimos, conseguimos com medicaçao atuar preventivamente, embora nao seja garantido que não possa fazer mais convulsões. Por isso, procure um neurologista, que mais vale prevenir...sei bem como e horrível vermos os nossos pimpolhos a convulsivar! Muita força!!
ResponderEliminarO meu coração de mãe está com o teu. Parabéns pela força! Nós realmente ganhamos forças que não se explicam. Que passem de vez num instante as cabras das convulsões.
ResponderEliminarOlá Joana, o meu filho de 22 meses teve a 1a convulsão nem à um mes.foi o maior susto das nossas vidas. Já sabemos que são convulsões benignas e que há muitas crianças que tem mas estamos sempre com medo, a controlar a temperatura. A sua filha já teve quantas? Chegou em alguma das vezes a dar o medicamento?
ResponderEliminarOlá Joana, o meu filho de 22 meses teve a 1a convulsão nem à um mes.foi o maior susto das nossas vidas. Já sabemos que são convulsões benignas e que há muitas crianças que tem mas estamos sempre com medo, a controlar a temperatura. A sua filha já teve quantas? Chegou em alguma das vezes a dar o medicamento?
ResponderEliminarOlá Joana, vou acompanhando a vossa história e não me tinha apercebido das convulsões da Irene até este post. Muita força e coragem para enfrentar essas situações. Também tenho uma filhota pequena imagino o aperto que uma mãe deve sentir nessas alturas. Tudo a correr bem, espero que seja algo que desapareça com a idade. Beijinhos
ResponderEliminarCláudia
Sei bem o que isso é. O meu filho teve a primeira convulsão febril com um ano e três semanas, desesperante. Teve igualmente uma na creche, uma no carro, entre outras. O pediatra disse que por volta dos 4/5 anos passava e acho que acertou, tem seis anos e há dois que não tem nenhuma.
ResponderEliminarEsta questão é pouco abordada, deveria ser dada pelos Pediatras ou por exemplo nos cursos de preparação para o parto, como alerta, pois segundo os médicos que o socorriam é uma coisa normal e não prejudicial. Tudo bem, posso até concordar, no final de presenciar várias, mas uma mãe a dar-se com esta situação pela primeira vez só pensa no pior, pensei o que estava a perder, não desejo a ninguém!
É preciso sangue frio e paciência pois com tempo vai passar.
Concordo!
EliminarBeijinhos e muita força.
ResponderEliminarMuitas vezes olho para a minha filha com o mesmo pensamento, "sou uma sortuda, és tão perfeita! Mas isso não existe. Qual será o reverso da medalha?" Ainda não o descobri...
ResponderEliminarA Irene está bem, um dia as convulsões passarão de vez. Acredito q é isso q o neurologista irá dizer. Até lá, aguenta coração de mãe. Tudo pelas nossas crianças! Beijinhos
Eu tive convulsões febris quando era pequena e confesso que tenho sempre o coração nas mãos em relação ao meu filho. A pediatra sossegou-me a dizer que, se ele não fez nenhuma durante o primeiro ano de vida, era pouco provável que fizesse agora... Mas que não descartava a hipótese, ele ainda não fez dois anos.
ResponderEliminarVai ao neurologista, assim sempre podem descobrir alguma coisa.
As melhoras para a Necas e muita força para ti ❤️
Beijinho!
Tenho 38 anos e quando era pequena tinha convulsões febris. Em adolescente tive ataque epilépticos, mas como ao fazer o EEG não acusava nada, decidi em conjunto com o médico deixar de tomar a medicação somente o ano passado. Vai correr tudo bem, é algo facilmente controlável... é pior para quem vê do que para quem tem, mesmo quando se sente tudo. Beijinho
ResponderEliminarOlá Joana, uma vez mais venho deixar o meu abraço de mãe de coração apertado... realmente quando eles estão saudáveis e bem é de valorizar, e muito. Torço para que elas não voltem mais! Admiro muito a forma como lidas com a situação, melhor seria impossível, a meu ver!
ResponderEliminarComo o que sente. A minha Carolina também tem convulsões febris a primeira começou apenas com alteração da consciência quando chegávamos ao hospital convulsivou, demorou tudo cerca de 30 minutos. Lá fez a menina mts exames e esteve internada por ter sido uma convulsão tão grande. Desde então é seguida por neuropediatria. Uma que teve foi em pleno parque de estacionamento do IKEA horrível. Nunca estamos preparadas para tal, tenho uma fobia a temperatura que nem é bom. Agora é esperar que elas cresçam e deixem de fazer convulsões febris.
ResponderEliminarSempre que leio os teus posts com estes relatos da me um aperto no coracao e uma vontade imensa de chorar,os olhos chegam a encher de lagrimas :( força joana espero que passe rapido bjinhos para ambos Cristina
ResponderEliminarInfelizmente sei o que isso é! Até agora foi só uma e deveu-se a um pico febril. Num ápice ficou com mais de 40°C e teve a maldita convulsão febril! Sentimos uma impotência tão grande! Não há palavras que descrevam... Agora, mal tenha uma pontinha de febre vem logo à lembrança o que se passou no Verão de 2015. E ainda bem que foi com os pais e a irmã mais velha não estava presente! Um abraço bem apertadinho de mãe
ResponderEliminarIgual como lá em casa...ainda bem que foi connosco pais e a irmã mais velha não estava. Agora estou sempre a ver a testa.
EliminarCoragem!!! Muita coragem!! Bjinho muito grande para ambas
ResponderEliminarMónica Araújo
Noção precisa-se e urgentemente. A sério que acha correto expor desta forma a menina?
ResponderEliminarOu ela deu-lhe autorização?
Já tinha percebido este problema pela leitura do seu blog e nem consigo imaginar a sua força. Espero, do fundo do coração, que não seja nada e espero ainda mais que continue a ser a brilhante mãe que é. Força! Adoro o seu blog. Bjinhos
ResponderEliminarForça Joana! Um beijinho enorme para si e para a Irene. As melhoras, do fundo do coração :)
ResponderEliminarOlá. Vim á procura deste post que tinha lido quando o escreveu. Hoje, depois do pesadelo que foi o meu dia, só relembrava estas suas palavras. ..
ResponderEliminarCheguei à pouco do hospital. O meu bebé teve hoje a primeira convulsão febril. Tem 15 meses... Agora já está tudo ok.
Como ultrapassamos este medo..?
Envie-me um e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com ♥
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