2.12.2016

Coisas que as pessoas que não têm filhos têm de perceber.

É que é mesmo assim. Já passou o tempo das falinhas mansas. Bem sabemos que vocês ainda andam aí no bem bom e que ainda ficam irritados porque um vizinho vos acorda ao meio dia de domingo (!!!), mas têm de perceber, vocês que não têm filhos, umas coisas:

- Não deixámos de ser as mesmas pessoas só porque temos filhos, mas passámos a ter pessoas que sobrevivem graças a nós e, parecendo que não, isso é algo importante. E, portanto, para nós é agradável se formos convidados para eventos em que as crianças possam ir, possam ser alimentadas convenientemente, tenhamos sítios para mudar as fraldas, a música não esteja muito alto, não haja tabaco ao fartote, etc. 

- Não deixámos de gostar de vocês só porque demoramos mais de dois dias a responder-vos às mensagens. Simplesmente parece não haver timing perfeito na nossa vida para vos responder e vocês já não são a coisa mais urgente da nossa vida. Depois deles irem dormir, não queremos contacto social, queremos descanso. 

- Sim, falamos muito dos nossos bebés. Da mesma maneira que quando trocávamos de namorado falávamos muito disso ou quando nos chateávamos com alguém no trabalho também nos fartávamos de falar sobre isso. Qual é o problema de falarmos muito dos nossos bebés? Só por não terem um, quer dizer que é algo que não vos interessa? 

- Somos as mesmas, mas mudámos. Hão de reparar que conseguimos dar-vos perspectivas muito mais produtivas em relação à vossa vida. Não vos inflamamos, mas antes vos incentivamos a ter paciência, a recuar um pouco e a tentar agir com clarividência. Somos mães, estamos expostas a desafios tremendos no que toque a esse tipo de qualidades. Já levamos um avanço. Oiçam-nos.

- Também queremos prendas! Quando vierem visitar a malta não se lembrem só da miúda que vos vai esquecer assim que sairem pela porta. Eu quero miminhos. Eu não sou só a mãe da miúda. Nem que seja uma fotografia da nossa última saída de loucura, o que for.

- Estamos cansados. Sim, verdade que até podiamos deixá-los com os avós hoje e ir sair convosco, mas sabem que mais? Não nos apetece. E provavelmente sentimos que não vai compensar estarmos a cair de sono logo às 10h da noite e que o dia seguinte custe 45 vezes mais por estarmos cansados.

Somos os mesmos, mas numa versão mais cansada, mas amamo-vos na mesma. Será que conseguem perceber?


Obrigada e, pelo menos pensem, que em 50% do meu dia, tenho saudades de ser como vocês :)

57 comentários:

  1. Tão mas tão verdade!!!!!

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  2. Conversa da treta

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    1. Conversa da treta!?!? A sério? O anónimo das 01:22 não deve ter filhos ou então devem eatar a ser criados pelos avós...

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  3. É que é mesmo assim!
    Amei o final: "somos os mesmos, em melhor e nuna versão mais cansada mas amamo-vos na mesma". Não podia estar mais de acordo :)

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  4. Por acaso não sinto muita diferença em relação aos amigos. Naturalmente, deixei de sair tanto com alguns e deixei de tanta paciência para sair à noite. mas, quando me apetece saio, mesmo com amigas que também têm filhos. Deixamos as crianças com os papás e saímos. Num outro dia será ao contrário.
    Não tenho amigos que se queixem da falta de atenção (pelo menos a mim) até porque esses amigos também já têm filhos e já sabem como é há mais tempo.

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  5. Nunca tive este tipo de sentimento, sinto-me mais cansada mas com a mesma vontade de viver e aproveitar a vida. Não gosto de ceder à rotina e ao cansaço. Obviamente que durante a semana é difícil, mas não nos podemos esquecer de nós individualmente, de nós enquanto casal, de nós enquanto amigo, irmão, tio, filho etc. Sempre que me sinto a ceder arranjo um programa com ou sem filhos e muitas vezes tento envolver os amigos e eles sentem-se verdadeiros tios dos meus filhos, acompanham o crescimento e são uma ajuda preciosa.

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  6. Joana, uma pergunta sem qualquer tipo de acusação.

    Porquê "somos os mesmos, mas em melhor"?

    Não é estar a colocar quem tem filhos numa posição superior em relação a quem não tem? Percebo o sentimento de te sentires melhor em relação ao tempo em que não tinhas a fofinha da Irene, mas em relação à comparação que pode haver entre pessoas com filhos vs. pessoas sem filhos não achas que pode ser um bocadinho redutor em relação em quem não os tem?

    Quanto à parte do "numa versão mais cansada", tens um meu completo apoio e total compreensão. Apesar de não ter filhos, é algo que reconheço nas minhas amigas mães e nem sequer me ponho em comparações.

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    1. Concordo. E estou prestes a ser mãe. Não gosto nada destas coisas de achar que somos melhores porque temos filhos. Até porque há quem não queira, e não acho que as pessoas que têm filhos sejam mais completas. Depende do que cada um quer para si, para a sua vida.

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    2. Não tem a ver com sermos objectivamente melhores como se houvesse uma escala mas exactamente por aquilo que disse, por me sentir mais completa agora. Não tentei sequer imprimir esse espírito competitivo que também acho uma estupidez ��

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    4. O que entendi por ser melhor, e posso estar errada, é que pessoalmente somos melhores, sentimos que nos superamos pelos nossos filhos e nada tem a ver com quem não tem filhos. É um crescimento pessoal e interior...

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    5. Cara anónima, o crescimento pessoal e interior não acontece só porque se tem filhos.

      Joana, tendo em conta do título do post, é compreensível que seja isso que se retire do "mas em melhor".

      A título individual percebo o que queres dizer, sentes-te uma melhor pessoa em relação ao que eras antes da Irene, mas não creio que seja uma coisa que se pode generalizar e dizer que quem tem filhos é melhor do que quem não tem filhos.
      Percebo que não seja isso que queres dizer mas, da minha parte, foi essa a leitura que fiz do que escreveste.

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    6. Só mais uma coisa. Estou a ter esta "conversa" porque sinto que muitas vezes há um certo sentimento de arrogância e superioridade em relação a quem não tem filhos.

      Ainda há uns dias passei por isso em relação a uma colega de trabalho que acha que por eu não ter ninguém que dependa de mim tenho todo o tempo do mundo para fazer o que me apetece, enquanto ela, que tem uma filha já com 13 anos, ou seja, já anda, toma banho, come, veste-se e vai para a escola sozinha, não tem. A diferença é que eu trabalho das 9h às 18h e quando saio do trabalho ainda vou para as aulas, ela trabalha das 9h30 às 16h30 e quando sai do trabalho vai para casa.

      No caso de pessoas com filhos pequeninos, aí a conversa seria diferente uma vez que dependem dos pais para tudo, e nesse caso o argumento seria completamente válido.

      Acho que há uma tendência para se esquecerem do que era a vida antes dos filhos, que não era melhor nem pior, era só diferente.

      Não é que fiquem sem tempo, o tempo é que é ocupado de outra forma.

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    7. Peço desculpa mas vou ter que interferir pela sua colega de trabalho. Lá por ter 13 anos e se vestir sozinha não quer dizer que não dê trabalho. Até porque a adolescência não deve ser pêra doce para uma mãe... Nunca ouviu dizer que filhos criados trabalhos dobrados!!! Não estou a dizer que a Liliana tem imenso tempo livre mas que não tem a preocupa de mas lá isso não tem...e garanto que mãe nunca mais dorme uma noite sossegada...a Liliana so tem que se preocupar consigo mesma mas a sua colega não e isso limita imenso a nossa vida no dia a dia. E a vida antes dos filhos era igual só que sem o amor maior mas isso como tudo na vida só faz falta a quem já provou dele...

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    8. Anónimo, eu não sou mãe mas sou filha, e digo-lhe que essa colega é um dos piores exemplos (em tudo) que eu já vi na minha vida, mesmo de deixar os cabelos em pé a um santo.

      Mas lá está, não sou mãe, não sei.

      Cada um tem as suas responsabilidades, não acho que as minhas sejam mais prioritárias que as dos outros e não faço disso um concurso.

      É óbvio que a vida muda quando se tem um filho. A minha há-de mudar quando isso acontecer, pode ser para melhor ou para pior, não faço ideia, mas tenho sempre em mente uma coisa dita por uma amiga com duas filhas, "ser mãe foi a pior coisa que me aconteceu, ando sempre preocupada".

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    9. Mas como é que sabe que a Liliana só tem de se preocupar consigo mesma?
      É este tipo de atitudes que desgosto por completo em algumas pessoas que têm filhos. Por não teres filhos não quer dizer que não tenhas responsabilidades/cansaço/problemas. As vidas são tão diferentes e complexas.
      As pessoas deviam parar de julgar as outras baseando-se na questão no ter ou não ter filhos.

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  7. Ter filhos assusta-me, parece que a partir do momento que os têm, principalmente as mães, se anulam e todo o mundo delas se torna os filhos. Deve ser maravilhoso, mas penso que há mais vida para além da maternidade.

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    1. Estou prestes a ser mãe, e percebo perfeitamente o seu ponto de vista, pois antes de engravidar achava o mesmo. Mas a verdade é que isto de ser mãe tem tanta coisa nova e tanto que tratar (roupa, quartos, carrinho, cadeira auto...) que passa a ser uma prioridade e ocupa-nos imenso tempo.
      Mas claro que há vida para além da maternidade, e eu tento sempre não falar só sobre a gravidez e maternidade com os meus amigos.
      Acho que esse sentimento de que as mães se anulam é compreensível, mas felizmente existem muitas mães com toda uma vida para além dos filhos, mas estes serão sempre a sua prioridade.

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    2. Temos só de assegurar a sua sobrevivência e gostamos muito deles. Poderemos mais onde vale a pena gastar o nosso tempo. Depende do que cada uma precise para ser feliz!

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  8. Parem lá de ser comichosas que a Joana explicou tudo muito direitinho e já era de prever que quem não é mãe não ia entender! Quanto as super mães que conseguem mudar a fralda ao mesmo tempo que estão ao telemóvel a discutir os problemas sentimentais da melhor amiga e que com os pés ainda conseguem cozinhar e estender uma máquina de roupa estão de parabéns!!!!

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    1. Cá está o velho argumento "não és mãe, não sabes".

      O multi-tasking não é uma característica exclusiva das mães.

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    2. Parece clichéas é verdade, aquela coisas que só uma mãe é que sabe depois de o ser... Sim podem fazer várias coisas aoesmo tempo mas garanto que assegurar a sobrevivência se um ser pequenino desgasta imenso...por isso os país não terem tanto tempo disponível para outras coisas.

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    3. "não és mãe, não sabes" é das coisas que mais odeio ouvir. Entendo perfeitamente que a vida mude depois de um filho, mas suponho que tenha sido uma decisão pensada, tiveram filhos porque queriam, mesmo sabendo das mudanças que acontecem. O que às vezes me parece é que algumas pessoas têm filhos para se queixarem do trabalho que eles dão e adoram esfregar na cara de quem não tem filhos que somos uns irresponsáveis, com tempo para tudo e mais alguma coisa, sem problemas ou preocupações.
      Quem não tem filhos não é obrigada a ouvir certo tipo de "bocas" até porque não se sabe o porque da outra pessoa não ter filhos. Eu trabalhei numa escola durante 3 anos e lidei com imensos pais, ouvi coisas que preferia mil vezes não ter ouvido, era constantemente "rebaixada" por não ainda não ser mãe, achavam que eu chegava a casa e tinha tudo feito, que não tinha contas para pagar. Não sou mãe e isso não faz de mim uma pessoa insensível ou irresponsável. Não tenho filhos mas tenho outras preocupações e custa ouvir "não és mãe, não sabes" porque do outro lado está uma pessoa que não conhece a minha vida e lá sabe se eu posso ou não ter filhos, se os quero ou mesmo se tenho vida organizada para criar e sustentar um filho.
      É apenas o meu ponto de vista e não quero de todo ofender ninguém, mas gostava que às vezes as pessoas pensassem duas vezes antes de soltar um "não és mãe, não sabes/não entendes".

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    4. O que foi dito e que só uma mãe conhece os problemas e as complicações de vida se mãe. Existem situações que só má mãe compreende. Tal como o alcoólico ou drogado( desculpem a comparação)AA tb eles só entendem como são os seus problemas e suas vidas e quem não é não percebe o porquê. Ser mãe é a mesma coisa mas sem a droga e álcool, os filhos estão sempre w para sempre na nossa vida.

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  9. Gosto de ler estes textos, mas dá-me medo a ideia de ser mãe. Como tudo passa a girar em torno do filho, como se o resto do mundo deixa-se de existir, como se todas as restantes vontades e antigos hábitos como mulher/casal deixassem de ser importantes. Eu sei que é hormonal, mas parte será também social.
    Custa-me a entender que se ponha o papel de mae à frente de todos os outros, por muito importante que seja. A mulher mae não deixa de ser esposa, ou filha, ou trabalhadora. Mas como digo, não tenho filhos e quanto mais leio sobre isso, mais medo tenho de me tornar mae.

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    1. Quando for mãe entenderá. Sim, quem não é mãe não sabe, ponto. Não precisam de ficar ofendidas as pessoas que não são mães. Não sabem porque nunca sentiram nem viveram! Digo isto sem um pingo de acusação!
      Eu também não entendia até ser mãe. Nunca me anulei enquanto ser social, mulher, amiga, mas a verdade é que o meu filho está em primeiro lugar na minha vida, e sempre estará! E não trocava isso por nada!

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    2. Não tenha medo, estes textos são um exagero, é o que eu sinto, um pouco pesados para a realidade, é o que sinto... tenho uma menina de 5, outra a caminho. Chegamos a casa às20h, todos, vamos brincar, jantar arrumar, brincar no banho, ligamos à família escrevemos aos amigos ao fim de sem temos concerto, somos músicos, ela vai ver toda feliz, com os nossos amigos, estamos juntos em casa de ums ou de outros, cumprimos horários, nunca deixei de responder a.ninguém com a.desculpa agora não és tão importante, nunca o fiz! É uma energia que vamos descobrindo,.uma fonte inesgotável de vida. Com filhos ou sem filhos o importante é como olhamos a vida e.o tempo que ela nos dá!! Não tenha receio da maternidade, o cansaços é saudável, revigorante,.sorria para as adversidades e aproveite!

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    3. "Custa-me a entender que se ponha o papel de mãe à frente de todos os outros," - a maior parte de nós fazemos isso porque queremos. Porque com os filhos nasce em nós o prazer de cuidar...

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  11. Coisas que as pessoas que têm filhos têm de perceber....

    Porque temos de compreender se demorarem dois dias a responder a uma mensagem? Compreendo que o mais importante da vida de uma mãe sejam os seus filhos, mas o estado de egocentrismo de algumas mães (eu-omeufilho-omeufilho-e-eu) é às vezes levado ao extremo. (Não quer dizer que isto seja o teu caso Joana!).

    É natural que a vida de alguém que teve um filho mude imenso e que isso seja realmente avassalador mas não compreendo que deixe de existir o "e tu?" como se o que quer que aconteça na vida de uma amiga sem filhos seja completamente insignificante ou sem importância. Até pode ser para essa pessoa e tudo o resto seja realmente insignificante mas então é natural que as pessoas sem filhos arranjem outras que consigam estar mais presentes e se importem com a sua vida.

    Felizmente nem todas as mães são assim mas queria dar a opinião do outro lado da moeda.





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    1. Obrigada!

      Só vou dar mais um exemplo de algo que acontece comigo frequentemente.

      Tenho uma amiga com duas filhas com quem estou bastantes vezes (ao ponto de eu estar de férias e combinar com ela ir levar as miúdas à escola para as poder ver, lá está, não tenho filhos e uso o meu tempo como quero, até ir com uma amiga levar as filhas à escola quando eu estou de férias em vez de ficar a dormir até ao meio-dia). Amiga essa que, infelizmente, está desempregada, mas que, felizmente, gosta de sair à noite e arranja forma de o fazer, só que só o pode fazer à sexta-feira. Sabem o que é que me apetece fazer à sexta-feira à noite? Ficar em casa a descansar (sim, as pessoas sem filhos também se cansam e aposto que o cansaço das pessoas com filhos não surgiu depois de terem filhos!) em vez de me ficar a babar no meio da rua às 10 da noite, porque as pessoas sem filhos nem sempre têm vontade de sair quando as pessoas com filhos querem/podem.

      Tudo aquilo que a Joana usa como argumento que "as pessoas que não têm" devem compreender em relação às pessoas que têm pode ser usado contra elas, com a diferença dos filhos, obviamente.

      Pessoas que têm, houve uma altura na vossa vida em que vocês foram as pessoas que não tinham, mas parece que já se esqueceram disso.

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  12. Gostei imenso do texto. Não concordo c td mas com grande parte. Antes de ser mãe não fazia idéia das responsabilidades k viria a ter. E custa me imenso ter deixado de sair à noite c alguns amigos, ou mm à tarde ou em outra altura qq mas realmente não posso prever qd a minha filha fica doente, nem tenho ninguem k me fique c ela, p além de k ela tem rotinas k eu devo respeitar. Às vezes só o sair de casa é 1 tormento, acordar, tomar banho, peq almoço, etc. Claro k podia espetar a minha filha no carro, s banho e c 1 bolo na mão p comer, mas n era a mm coisa, pois não? Enfim, existe tanto p dizer, mas só passando pela "experiência" é k se consegue realmente perceber o k é ser mãe. De frisar k ser "mãe" é mt diferente de ser "pai", pelo menos dakilo k tenho visto. E em relação a anular me.... eu até deixei de fazer as minhas aulinhas de dança, k eram a minha maior paixão.

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  13. Joana, completamente de acordo! Está tudo dito!

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  14. Coisas que as pessoas com filhos têm de perceber

    Falem dos vossos filhos á vontade, só que não esperem foguetes por falarem deles SEMPRE que estão connosco. Também gostamos que de vez em quando falem de outras coisas e nos deixem falar e desabafar sobre nós e até sobre vocês.

    Não são melhores pessoas por terem filhos, nem piores! São pessoas com filhos e apenas isso. Não têm mais experiência de vida por isso, têm uma experiência que nós não temos como nós temos experiências que vocês não têm e isso é assim com todas as pessoas. É muito bonito ser mae, acredito, não sou, mas acreditem isso não vos faz melhores que nós, com mais sabedoria ou não.

    Respeitem quem não quer ter filhos. Em geral é o fim do mundo se uma mulher não quiser ter filhos "como podes dizer isso!", " se tivesses um filho não dizias isso", são das frases mais comuns e mais irritantes de se ouvir. Temos o direito de escolher como queremos fazer a nossa vida. Da mesma maneira que vocês tiveram o direito de escolher ter filhos nós temos o direito de escolher não ter.

    Passaram a ter pessoas que sobrevivem graças a vocês. É normal que agora queiram eventos que dêem para crianças e isso tudo. Não nos obriguem a nós a ir só, apenas e exclusivamente a esses sítios só porque VOCÊS têm filhos. Um pouco dos dois também seria bom. Adoramos estar com os vossos filhos nesses sítios mas também adoramos e precisamos dos nossos lugares habituais.

    Não podem responder logo as mensagens? Maior parte tem sempre tempo para ir ao facebook postar a primeira papa,primeira cama, primeiro boneco, primeiro banho, o primeiro ranho, a primeira fralda, a primeira, segunda, terceira , e por aí adiante de TUDO, TUDO que os vossos filhos fazem.

    "Não percebes porque não és mãe" ......até percebemos mais exatamente por isso. Vocês mães fazem uma ligação com os vossos filhos mais emocional do que racional. Nada contra isso mas estando do outro lado da cena vemos coisas com a cabeça que vocês não vêem com o coração. Oiçam-nos.

    E podia estar aqui a dizer mais mil coisas...o importante é que ambas as partes se respeitem.

    Anónimo n° 9999

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    1. Uau. Eu sou mãe e acho esta resposta PER-FEI-TA. Obrigafa ;) (acho até que as Joanas lhe deveriam dar honras de destaque no corpo do blog. A sério. Eu fa-lo-ia. Nós "mãezinhas" às vezes perdemos a sensibilidade e bom senso todo...)

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    2. Não poderia estar mais de acordo! 😊

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  15. A eterna conversa entre mães e "não mães"... Era mais fácil se todos se lembrassem que por mais que se conheça e se acompanhe uma pessoa, sendo que não partilhamos o mesmo tecto, não devemos falar do ter ou não filhos pois tudo depende da pessoa que somos e como achamos que devemos viver a nossa vida (alem de que não sabemos tudo o que essa pessoa faz no seu dia a dia, as razoes de certas coisas porque são muito pessoais e quanto a colegas de trabalho, essas então nem devem ser julgadas a não ser que já tenhamos um grande conhecimento da sua vida pessoal e a tenhamos testemunhado)...
    Eu sou mãe à 13 meses em breve serei mãe novamente, mal saio de casa (porque quero), às vezes mal durmo (porque crio o meu filho como acho que deva ser e ignoro a maior parte dos conselhos que me dizem, dormias melhor se fizesses assim...), não me aperalto ( porque não me apetece mesmo nada andar de saltos maquilhada e sei lá mais o quê, quando passo o dia a correr atrás do pirralho), às vezes mal vejo TV ou como (porque assim que ele dá um ai eu corro) e isto sou eu entre muitas outras coisas... Agora a parte importante... Tenho amigas mães e "não mães" e as amigas mães saem, arranjam-se, dormem e comem,adoro os conselhos e falar com elas sobre bebés mas decidi que n quero ser assim e sinto me bem no meu papel de mãe à minha maneira... As minhas amigas "nao mães", umas compreendem porque não saio mais e vêm ter comigo e temos longas conversas de bebés e fraldas e cólicas etc... E outras já não entendem tão bem e às vezes até chegam a "zangar se" mas eu não levo a peito porque no final interessa eu fazer o que acho certo para mim!
    Isto tudo para dizer que muitas coisas tem haver com a pessoa e não se há filhos ou não.
    Em relação ao texto não acho que haja alguma comparação de superioridade e nunca se devem esquecer que um texto é escrito por uma pessoa que tem uma visão sobre o que está escrever por ter vivido isso ou ter apenas uma ideia de como deva ser. Esse texto não significa que se aplica a tudo e todos porque as pessoas são diferentes e claro está tudo depende de como o interpretamos o texto.

    Quem é mãe entende porque em alguma parte da maternidade passou por isso e quem não é mãe quando lá chegarem (se quiserem pois as pessoas não são obrigadas a terem filhos) vão ver que muita coisa muda, pois temos uma vida que depende de nós, e isso é bom as mudanças fazem parte da vida.

    Adoro ser mãe breve serão dois bebés em casa e nãoe arrependo nem um pouco do que me "privei" mas isso sou eu ;)

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    1. Porque não foi privação foi felicidade de outra forma. Existem várias formas de felicidade e estar com os filhos é a maior de todas!!!

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    2. Sim sem duvida :) para mim é felicidade e vida perfeita com tudo a que tenho direito mas para alguns é privação. Eu entendo o lado delas mas sou feliz assim. E era ai que queria chegar... Depois de ler os outros comentários reparei que as pessoas ficam "ofendidas" por acharem que está a ser dito que as mães são melhores do que as que têm filhos mas na realidade ninguém é melhor e isso n foi dito (pelo menos a meu ver). É muito bom ser mãe e não ser desde que a pessoa seja feliz com o que escolhe e pare de achar que o que os outros fazem ou dizem é um ataque pois muitas das vezes não o é.

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  16. Só não entendo uma coisa: estamos num blog de mães certo??? Uma até está grávida pela segunda vez...porque não mães vêm cá incomodar as mães??? Sabem que existem imensos blogues de não mães por aí e la podem ir dizer a vontadinha que não ser mãe é exatamente igual a ser mãe e que as mães são egocêntricas e chatas!!! Se não querem aceitar as mães como são pelo menos deixem nos em paz e fiquem lá nas vossas vidinhas com cães e gatos.

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    1. Parece-me que um texto direccionado para as pessoas que não têm filhos (leia o titulo!!!!.....) é normal tenha respostas de pessoas que não têm filhos. Além de ter sido muito partilhado no fb.



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    2. Anónimo das 10:03, lembre-se desse argumento quando estiver a ler/comentar alguma coisa de alguém que não é (ou que é) mãe/casada/divorciada/viúva/vegetariana/trabalhadora/homem/gay/etc. Agora só podemos vir aqui comentar se tivermos filhos? Veja lá se também só posso ir comentar o blog do Ricardo Martins Pereira (aka O Arrumadinho) se for homem, ou o Por Falar Noutra Coisas se for homem e humorista, ou o Cinco Quartos de Laranja se for chef.

      Esse argumento é só parvo e está a colocar as mães numa posição de coitadinhas em que são intocáveis e só podem falar entre elas.

      É engraçado que as posições mais radicais que aqui vejo vêm de mães, quem não tem filhos só está a pedir alguma aceitação da parte de quem os tem. Para quem tem uma visão tão mais à frente da vida porque já procriou, os vossos argumentos são muito pouco válidos.

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    3. Eu que sou mulher não vou comentar problemas de próstata, eu que sou casada não vou comentar problemas de divorciada. Eu que sou professora não consigo comentar problemas de chefs...agora repitam comigo: eu que não sou mãe não e u comentar problemas de mãe!!!! porque não faço a mínima ideia do que é ser mãe e dar palpites todos podem mas não deixam de ser apenas palpites que não tem grande interesse...

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    4. Eu vou ser mãe e tenho dois gatos. Posso comentar?
      As mães não são todas iguais, graças a Deus! Se fossemos todas tão enervadinhas como a anónima já tínhamos sequelas de AVC.

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    5. Ahahaha Mónica Ribeiro, adorei o comentário!

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    6. Quando a Mônica for mãe e tiver de acordar de três em três horas vamos ver a quem vai dar o AVC... Boa sorte com o bebé e não se esquece que não é como um gato... Tem que cuidar dele 24 horas que não vai sozinho para a areia...

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    7. A sério??? E agora? Não estava preparada para isto! Pensava que os bebés dormiam a noite toda. E comiam sozinhos da gamela. Então o bebé não faz cocó na areia? Bolas, não fazia a menor ideia.

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    8. Daqui uns tempos vamos ver se ainda se RI e se tem força para piadinhas...só quem passa por lá é que sabe o que custa, mas daqui uns tempos já pode falar com conhecimento e não com suposições...

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  17. Não conheceu ainda o amor maior? Mas que raio! É preciso ter um filho para se ter um amor maior?
    Acho que vocês que têm filhos têm que começar a ver-se como mulheres e não como mães. É por isso que muitas mudam, ficam frustradas! Precisamente por deixarem de ser como eram.
    Não é por não querer ter filhos que não tenho responsabilidades, cansaço, dependência! Filhos não são desculpa para tudo...

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    1. Mas porque raio temos que nos deixar de ver como mães e passar a vermo-nos como mulheres? será que o facto de ter um filho nos atinge a capacidade de sermos várias coisas ao mesmo tempo? Sou filha, trabalhadora, mulher, mãe e não é por isso que deixo de fazer as coisas que gosto e de cumprir com as minhas obrigações.
      Se algum dia for mãe irá compreender o 'amor maior', será a primeira pessoa a 'dar a sua vida' em prol do seu filho caso isso fosse necessário.

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  18. Gosto muito do vosso blog, mas este artigo foi bastante infeliz e redutor. Faz das mães umas coitadinhas que se podem tirnar egoístas em relação aos anigos quando a tendência deve ser a contrária.

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  19. Ana Fernandes lá por ninguém lhe querer fazer um filho não lha dá o direito de insultar as mães!!! Vá lá acalmar o Pito que aqui ninguém insultou as não mães de frustradas por isso não venham fazer isso as mães!!!!

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  21. Adorei o post, é mesmo isso! :)

    http://www.blogmyhappykids.pt/

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  22. Oh minha querida! Não diga asneironas! E que deus nunca lhe dê a minha infelicidade de não poder ter filhos! E em resposta á colega de cima, já dava a vida pelo meu marido as vezes que forem preciso! Tenho um grande amor maior que é ele!

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  23. Sou mãe, tenho amigos sem filhos e a única coisa que sei a mais do que eles é sentir o amor por um filho. Porque este amor não se explica, pode ser compreendido, mas só o conhecemos quando é sentido. De resto, não somos melhores em nada..
    Ora bem, este tema dá "pano pra mangas"!
    Acho lamentável quando dizem que as mães com filhos que têm tempo "para tudo" é porque têm os pequenos entregues aos avós..Para já ninguém tem tempo para tudo a toda hora.. é uma questão de bom-senso e de prioridades.
    No ano em que fui mãe, era estagiária! Para começar gozei apenas seis semanas de licença, o restante tempo ficou o pai com ele em casa. Entretanto, a trabalhar tive de entregar 20 relatórios quando o meu filho tinha 3 meses, fazer um exame de agregação quanto ele tinha 6 e uma oral de agregação quando estava precisamente a fazer um ano! Contam-se pelos dedos as vezes que o deixei nos avós...e se ficasse não tinha mal nenhum!
    No meio disto, tive tempo para estar com as minhas amigas e para namorar com o meu marido... falo com as amigas diariamente e sei que nunca deixei de estar presente, mesmo nos dias em que o mais me apetecia era dormir! Mas temos de fazer um esforço, pelos amigos e por nós também..
    Quando dizem que os amigos se esquecem de nós "mães", talvez seja importante perguntar o porquê disso acontecer! Talvez seja porque se demora dias a responder a mensagens e se deixa de estar presente quando é necessário... a amizade não alimentada morre...como qualquer outro sentimento!
    O problema é que a falta de bom-senso impera e actualmente o que vejo é uma sobrevalorização do papel de mãe, pelas próprias, como se a maternidade não fosse coisa mais natural do mundo e não nascessem bebés todos os dias, desde que o mundo é mundo!
    Tudo é um problema, tudo é uma doença.. há tantas teorias sobre tudo, que as mães de hoje vivem aprisionadas, como se tivessem de ser as melhores mães e sempre melhores que todas as outras mães!
    Quanto ao facto de algumas mães falarem consecutivamente dos seus bebés, é verdade! Conheço pessoas assim e até a mim que sou mãe me cansam...
    Haja ponderação e capacidade de perceber que só porque fomos mães, o mundo não parou, não gira à nossa volta e não são os outros que têm de se adaptar a esta nossa realidade... tem de haver uma adaptação e esforço mútuo!


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