11.22.2017

É difícil ser mãe sozinha, não é?

A Irene tem pai e avós, claro, mas no dia-a-dia, a logística de estar sozinha com ela é complicada. Também surgem muitas coisas positivas com o divórcio - senão não teria acontecido - mas há umas tantas que me têm esgotado muito também. 

Nada parece horrível porque é ela. E porque somos nós, mas a verdade é que há dias em que a energia desaparece e em que tudo parece mais cinzento. 

Fotografia Joana Hall


- ROTINA MATINAL

A ansiedade de manhã é maior. Sozinha tenho de me assegurar de tudo o que se passa ser feito com tempo e a horas. O pequeno-almoço tem de ser preparado, a miúda tem de estar arranjada e eu também me tenho de arranjar pelo meio. Já desisti de me maquilhar em casa, ligo a televisão enquanto tomo banho para me dar alguns segundos de descanso e ela toma o pequeno almoço no meu quarto para estar mais perto de mim e menos sozinha enquanto tomo banho. Claro que podia preparar o lanche no dia anterior (que inclui fazer um desenhinho para ela sorrir quando o for comer), mas raramente acontece. 

- CHEGAR À ESCOLA

Sou eu quem a levo e comigo o desprendimento é smais complicado do que quando era com o pai a levá-la. No meio de tudo isto é já tarde e tenho horas para picar o ponto no trabalho, embora gostasse de ficar lá mais tempo a brincar com ela. Tive de desistir do ginásio de manhã porque levá-la uma hora mais cedo para estar uma hora no ginásio a treinar e ainda tomar banho à pressa para vir trabalhar não estava a resultar para nenhuma das duas. 

- IR BUSCAR à ESCOLA

Não há cá "deixa ver se ele pode ir buscar hoje". Tenho de a ir buscar, quero ir buscar o mais cedo que puder, mas ser todos os dias a pessoa que tem essa obrigatoriedade, além de não ajudar nalguma flexibilidade no trabalho com tarefas e afins, é uma responsabilidade grandalhona. 

- TAREFAS DA CASA

Ter que, naquela hora ou horas que temos com eles de, pelo meio, arrumar a loiça, tratar da roupa, preparar o jantar, dar banho, dar a comida, comer, lavar dentes, história... 

- ADORMECER

Aquele ritual que, quanto mais cansadas estivermos, mais difícil é. Demora tanto meia hora como duas e, pelo caminho, a paciência vai diminuindo enquanto o sentimento de culpa aumenta. Temos de ser nós, não há outra hipótese. 

E isto é quando nenhuma das duas está doente ou se tem de levar trabalho para casa ou... 

Hoje estou muito cansada e tenho de pensar em "largar" rotinas antigas para incluir mudanças que me facilitem a vida, mas não consigo pedir mais nada à minha cabeça de momento.

Sinto-me feliz, grata, mas esgotada. Melhores dias virão em que não acordo a sentir que o meu corpo não parou de correr a noite toda...

Mães "sozinhas" têm truques? 



O meu instagram e o d'a Mãe é que sabe :)
a Mãe é que sabe Instagram


56 comentários:

  1. Já sabia, claro que já sabia... mas ler textos como estes são como aquele brinquedo com 2 mãos que estão sempre a bater uma na outra.. só que neste caso batem na minha cara, em cheio...
    Sou mãe "sozinha" só que o pai também vive connosco e dá mais trabalho que a filha. Assim de repente até pode parecer piada, só que não, não tem piada e bolas... custa dar o passo "certo".
    Joana, vai correr tudo bem... já fizeste a parte mais difícil, acredita :)

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    1. igual por aqui :(

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    2. Infelizmente por aqui a mesma coisa. Gostava de ter a coragem da Joana.

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    3. Eu igual! Tenho muita vontade de fazer o mesmo. Será difícil claro mas com a filhota já faço tudo mesmo e pelo menos não teria de tomar conta do miúdo grande :s coragem mães!

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    4. Olá, sentia digitais do estava sozinha, mas acompanhada. Dei o passo certo há pouco tempo. Não senti falta de nada e até criei rotinas melhores e mais coerentes porque já não tive que adaptar à outra pessoa e apenas a mim e ao bebé. Todas conseguimos! É só dar o salto. Força*

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  2. Também sou mãe "sozinha" de um menino de 2 anos e compreendo-a perfeitamente... Há dias fáceis, outros assim assim e outros que nem quero falar deles... Mas no geral a nossa rotina diária funciona bem :-) Não há truques, não há milagres, o que hoje funciona amanhã pode não funcionar. Descomplicar e não stressar ajuda e muito!! Sei que é difícil não nos deixarmos levar pelas emoções do momento mas... Temos de contar muitas vezes até 10 ahahahah

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  3. porque não tenta combinar com o pai que ele fique mais algumas noites/dias por semana com a irene? A Joana descansava e o pai passava mais tempo com ela! Não é uma hipotese?

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    1. É! Estamos a adaptar-nos às disponibilidades de todos, inclusive ao ritmo da irene. Espero que com tempo fique mais equilibrado para o bem de todos 😘

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  4. Joana não podia pedir ao pai que fosse levar ou buscar a Irene alguns dias durante a semana, para não ter sempre essa responsabilidade?

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    1. Nao preciso de pedir, ele sabe que a ideia é essa e tambem tem vontade mas infelizmente nao tem podido... pode ser que um dia passe a poder 😃

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    2. Honestamente, estranho muito esta "indisponibilidade" do pai da Irene.
      O estilo de vida que exibe não é de todo coerente com aquilo que a Joana aqui retrata... E quando falo em estilo de vida nada tem a ver com o factor monetário de almoçar e jantar todos os dias fora (!!!), tem exatamente a ver com a disponibilidade de tempo que isso exige... Para além das jantaradas em casa, pores do sol contemplados (quase) diariamente.

      Mas enfim... é só a minha percepção. ;)

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  5. Deve ser muito difícil sim, Joana. Eu não sou mãe solo, mas a larga maioria das responsabilidades diárias cai sobre mim, por causa dos horários do pai, como acredito que aconteça em muitas, muitas casas. E é duro, é como dizes, é maravilhoso porque são eles e estamos com eles, mas é muito cansativo, às vezes desesperante e fica difícil manter a energia, a boa disposição e a criatividade. Coragem! A Irene tem uma mãe excepcional.

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    1. Há dias em que ler coisas tão queridas me enchem de força. Obrigada e força para ti também! Um beijinho

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    2. Um beijinho <3

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  6. Olá Joana, (sem julgamentos...) mas existe alguma razão para não ponderar uma custódia partilhada? Ou pelo menos um modelo mais flexível que permitisse que o pai da Irena a fosse buscar ao fim do dia pelo menos metada da semana e a levasse depois para a vossa casa? Juro que não estou a julgar, pese embora este sistema nunca fosse a minha opção se um dia me viesse a separar (pelo meu filho seria sempre custódia partilhada), mas tenho alguma curiosidade em perceber qual a vantagem deste sistema de "mãe sozinha"...

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    1. O modelo é super flexivel e é isso que foi proposto. O pai vai sempre que pode. ☺ nao pode tanto quanto gostaria (eu, ele e a Irene), infelizmente. Um beijinho

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    2. Tenho a mesma dúvida que a anónima acima! Porque não a custódia partilhada?! Em caso de divorcio, por muito que me custasse seria essa opção. Não só porque acho o Pai tão importante quanto eu como esse desgaste não seria tão grande!

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    3. Oh. Há vários motivos. Não me apetece entrar por aí 😘

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    4. Oh. Há vários motivos. Não me apetece entrar por aí 😘

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    5. Olá joana, não te querendo julgar mas porque tenho a experiência de pais separados em que ficava durante a semana com a minha mãe e fim de semana (15 em 15) com o pai, tenho pena que na altura não tenham decidido uma semana com cada um, acho que há coisas que se "perdem"... já falei disto com o meu namorado e somos ambos filhos de pais separados com este mesmo modelo e temos a mesma opinião se nos separássemos a custodia seria partilhada. Mas é só uma opinião na ótica de filha. Um beijinho e força, valorizo muito as mães solteiras e nem sei como aguentam tudo sozinhas... ��

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    6. Sinceramente, custa-me a crer que a custódia partilhada seja o melhor para uma criança desta idade. Acho muito mais estável emocionalmente ficar em casa da mãe (p.e.) e total flexibilidade de relação com o pai. Mas eu não sou psicóloga, nem li estudos sobre o assunto, portanto é apenas uma opinião.

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    7. Desculpa Joana, não quis chatear-te...
      mas de facto se o pai conseguisse estar com ela mais vezes seria menos cansativo para ti. Ainda assim é um peso do caraças dizer que eles vão para o pai porque nós estamos cansadas não é?!?! Compreendo não é um equilibrio nada fácil...
      Resta-me desejar-te coragem e força! Tu consegues

      Ass: Anónima das 18:06

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    8. Flexibilidade sempre. Seja num casal divorciado ou não. Contudo, numa guarda partilhada é mais fácil saber organizar tudo o resto porque daqueles dias tens um filho para cuidar a 100%. Tal como a Joana refere que não lhe permite ter grande margem nos horários profissionais porque já sabe da sua responsabilidade. No nosso caso muito mais fácil para todos guarda partilhada desde o inicio.

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    9. Mas num divórcio que envolva crianças não podemos pensar só no que é mais fácil, mas sim no que é a estabilidade emocional da criança. E cada caso é um caso e as dinâmicas familiares também são diferentes de família para família. Por exemplo, pelo que a Joana descreve, no blog, a Irene sempre adormeceu com a mãe, e diariamente passava muito mais tempo com a mãe, por isso não fazia sentido, de um momento para o outro, sem adaptação, alterar todas as rotinas da Irene, passando a estar uma semana inteira com o pai, sem ver a mãe. Por isso, compreendo perfeitamente a opção da Joana e do ex-marido, de estarem a fazer pequenas mudanças progressivamente. Tudo de bom Joana

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  7. Vivi 6 anos assim, apesar de não estar divorciada mas o meu marido trabalhava em Londres e eu vivia em Lisboa com 2 filhos. Quando a mais velha fez 6anos o meu marido regressou de vez a Portugal. Agora estamos os 2em casa, eles já têm 12 e 14 anos, e é mil vezes mais difícil e esgotante do que quando estava sozinha com duas crianças de 2 e de 4 anos. O se é!!!

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    1. A sério?! Mas pelo marido ou pelas idades dos filhos?

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    2. Duas adolescentes é dose. TPM, hormonas, adolescência, you name it... Quando eram pequenas dava trabalho mas levava-se bem. Agora... desde o mau humor matinal (a mais velha acorda sempre de mau humor- dias de escola é claros), às oscilações de humor de qq uma delas ( tanto estão bem dispostas como no momento seguinte estão de lágrimas nos olhos- malditas hormonas/adolescência), passando pelas constantes birras/amuos e zangas entre as duas... É preciso muita paciência para não estarmos sempre a mandar um par de berros e a po-las no lugar. Ah, e já me esquecia, sair com os pais. Parece que aos 14 anos sair com os pais é uma seca e por isso adolescente que se preze põe umas trombas do tamanho do mundo sempre que os pais a "arrastam" para qualquer sítio (mas depois chegamos lá e divertem-se bastante... haja paciência). E depois há todas as preocupações "extras" destas idades... Apesar de os termos ensinado, educado e explicado tudo, há tantos receios... Enfim, é um outro mundo.
      Não dá sequer para dizer ao marido que não foi fácil criar as miúdas quando ele esteve fora. Porque nem ele acredita, nem eu. Porque não foi mesmo. Deu trabalho (principalmente físico), mas no geral, comparado com as dificuldade e preocupações que nos dão agora, foi peanuts.

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    3. Tenho duas filhas, de 3anos e 1 ano e se já acho as birras difíceis..quando chego a cama penso "e quando forem adolescentes??". Nem quero imaginar!

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  8. Sou mãe sozinha desde os 3 meses dela. O pai trabalha fora e nós estamos as duas sozinhas 10 meses por ano. Estamos a caminho do 3a ano neste andamento.
    É cansativo, esgotante por vezes desesperante. A rotina que hoje funcionou amanhã pode não funcionar. Eles sentem o nosso stress, a nossa inquietude e impaciência e ficam igualmente stressados, inquietos e impacientes. Não é fácil. De todo. Vamos buscar energia sabe-se lá onde... Estamos juntas. Juntas somos fortes. ;)

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  9. Fiquei "mãe sozinha" quando o meu filho tinha 3 anos. E sei como é difícil gerir cuidar de uma criança sozinha, tarefas de casa e trabalho.
    Mas acredite que com o tempo tudo encaixa.
    Hoje o meu filho tem 9 anos e temos uma cumplicidade fantástica.
    Ser "mãe sozinha", tem dias esgotantes, mas também é muito compensador.
    Força e coragem, Joana!

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  10. Sei o q isso é.. aqui sempre foi assim e o miúdo já tem 6anos.. entramos na rotina.. Só custa ao início.. no meu caso acho q me custou menos qdo ficamos mm só os 2.. É mto frustrante ter ali alguém ao lado e n fazer nada. Por isso 1000x sozinha. Tb gostava de ter tempo pra outras coisas e até mais tempo pra ele.. Mas faço o melhor q posso e tu tnh tda a certeza q tb fazes. A Irene nas fotos parece mto feliz, por isso tnh a certeza q és uma grande mãe. Beijinho e continua a ser a grande mãe q és!!!
    Ass: Mia

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  11. Partilho desse sentimento a triplicar... tem dias em que apenas só gostava que tudo fluisse com tranquilidade, tem sido de facto difícil (também nunca tive em nada a vida facilitada ), mas às vezes dava jeito não desesperar. Acreditar que estou a fazer tudo bem para eles. Tem dias em que acredito que tenho feito o meu melhor, mas a maior parte das vezes , nem por isso. Joana não somos máquinas, também sentimos, e em momento nenhum por termos aquele "nosso tempo" estamos a gostar menos deles, mas sei perfeitamente que não é fácil! Tomamos como prioridade a rotina dos nossos filhos e esquecemos as nossas. Força, muita força Joana! Bjokas Ass: Raquel

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  12. Tenho um grupo de amigos muito próximo desde dos 3/5 anos: somos 2 raparigas e 4 rapazes. Estávamos presentes nos mais diversos momentos da vida uns dos outros: primeiro beijo, primeiro amor, universidade, noites, viagens, primeiro trabalho, etc. - you name it. Vos garanto que ir passar um fim de semana com a Sofia (a outra gaja :) ) ou com qualquer um dos outros é exatamente igual. Somos como irmãos - clichê, bem sei, mas somos mesmo. Eles para mim são pessoas assexuadas. Trato-os como gajas e eles tratam-me como um gajo, no sentido em que ao fim de 20 e poucos anos nunca houve nada e certamente nunca haverá. Vamos continuar a viajar - como fazemos há anos - todos juntos ou sou dois ou três, estejamos nós em momentos da vida com namorado/a ou sem namorado/a ou, como é caso de um apenas, com mulher, já casado.
    As pessoas têm que entender que é possível, em pleno século XXI, duas pessoas de sexos diferentes serem verdadeiramente amigos, sem querer ir para a cama com o outro.

    Beijinho grande Joana, e à sua linda família!!

    Luísa R.

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    1. Não percebi como é que este comentário se relaciona com o Post.

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    2. Pelo tema parece ser relacionado com o outro post, o da viagem da outra Joana com o amigo Renato...

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    3. Dá para perceber que a pessoa se enganou,e queria comentar o Post da outra Joana.
      Não seja má,anónima das 15.58

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    4. A Luísa R. devia querer por o comentário no post que a Joana publicou sobre um fds que passou com o melhor amigo no Porto, mas enganou-se e comentou aqui. :)

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  13. Não sou mãe sozinha. Tenho o pai tão presente quanto eu. Ok trabalhamos ambos com horários terriveis, e isso tras me muita culpa, mas tento compensar nos fins de dia, em que só tenho uma hora com o meu filho e nos fins de semana, aos quais chego a morrer de saudades do meu filho. Tenho além do pai uma ajuda externa preciosa.
    Só tenho uma coisa para lhe dizer, e a todas as que estão sozinhas: RESPECT

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  14. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Mas já falou com o seu marido para haver partilha de tarefas e responsabilidades?

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    2. A sério que não entendo este estilo de vida. E entendo-o menos porque me parece sempe um misto entre marido calão e mulher que curte a cena de ser mártir e bater no peito a dizer sou a maior posso tudo. É que quando se está sozinha (como a Joana) é uma coisa, mas porque raio alguém se orgulha de fazer tudo sozinha, se tem outro adulto em casa? Será que ninguém vê nisto uma profunda falta de respeito por si?

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    3. Nem mais, Anónimo23 de novembro de 2017 às 17:55.

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    4. Depende se é capaz ou não para o fazer. Não me considero uma mártir longe disso. Eu tenho muito respeito por mim e os filhos não pedem para nascer. Sentir cansaço é normal não é o fim de mundo tratar dos filhos.

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    5. Não é capaz aprende e faz um esforço. Não estava sequer a entrar pela questão do respeito/amor próprio, estava a falar mesmo na falta de respeito do seu companheiro por si.

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  15. Sigo este blog, e, bem, sou +- casada, mas só tenho marido aos fds, e é assim à cinco anos! Tenho um filho de 5 anos e todas as tarefas domesticas são para mim, as más e boas noites são para mim, roupa de 3 para mim...tudo para mim. Acho que o que descreve aqui no blog é o normalidade de quase todas as famílias. Eu é que tenho de me lembrar de tudo desde lanches, marmitas, mochilas fardas e afins... O meu filho tem natação duas vezes por semana... daí toda a responsabilidade da casa das tarefas, de tudo é toda minha... e sobrevivo!!Tempo para mim é coisa que deixei de saber o que é, mas sou muito feliz assim!

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  16. Depois de ler os comentários concluo o quão inúteis são os homens de hoje em dia. Esperemos que as próxima gerações são mais equalitárias.

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    1. Por acaso não concordo. Acho sobretudo que embora as mulheres se queixem muito, são elas mesmas que se chegam à frente e tratam de tudo, sem exigir a devida partilha de tarefas. E a verdade é que arrumar e limpar uma casa não é o programa mais divertido, aturar birras também não e acordar 25485 vezes durante a noite muito menos, por isso, acho que se a mulher se dispõe a fazer tudo isto "porque mãe é mãe/porque ela sabe fazer melhor/porque ela é mais rápida/etc", o homem fica sossegado a fazer coisas mais divertidas. Eu não gosto de cozinhar e tenho noção que se alguém um dia se propuser a fazê-lo por mim, eu provavelmente aceitarei e ficarei quieta no meu canto mesmo que racionalmente possa pensar que não é o mais justo e que podia ajudar/participar.
      A nossa filha pode estar aos berros ao nosso lado que o meu marido não acorda e ele próprio assume que estando lá eu o sono dele é mais pesado pois sabe que não tem de estar alerta uma vez que eu acordarei. E eu posso achar isto injusto, posso barafustar, posso levantar-me a resmungar porque quem acorda sou sempre eu, quem se levanta sou sempre eu e ele fica sempre a dormir. Ou posso acordá-lo e dizer-lhe que ela está a chorar e que é a vez dele de lá ir enquanto eu adormeço. Da mesma forma que se ele me perguntar o que é o jantar, eu posso sempre responder "Não sei, o que vais fazer?" em vez de ir fazer o jantar a barafustar que sou sempre eu e ele não faz nada. A sensação que tenho é que a "inutilidade" dos homens é muitas vezes criada pelas mulheres.

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    2. Tété,
      Nunca concordei tanto com um comentário neste blog. Isso é que é uma forma assertiva de ver as coisas. Parabéns!

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    3. Tété,
      Nunca concordei tanto com um comentário neste blog. Isso é que é uma forma assertiva de ver as coisas. Parabéns!

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  17. Bom dia,

    Relativamente a quem sente culpa pelos horários de trabalho que tem gostaria de dizer que não sintam culpa por vivermos num país em que o sistema laboral quase não apoia quem tem filhos. Infelizmente há um longo caminho a percorrer até que fiquemos equiparados aos países do norte da Europa mas vamos dando o nosso melhor. Pensemos que em muitos casos os nossos pais também tinham vidas preenchidas e ocupadas pelo trabalho e não nos tornámos psicopatas por causa disso nem os amamos menos por causa disso também. Em cada momento cada um dá o seu melhor.

    Quanto às mães que afirmam que os maridos pouco ou nada colaboram em relação aos filhos e aos afazeres da casa, não há uma resposta universal para todas as situações e cada uma saberá bem o que se passa dentro das paredes da sua casa mas por favor não deixem que as vossas relações se degradem por falta de diálogo. Falem com os vossos maridos/namorados/companheiros e se for preciso não tenham vergonha de pedir ajuda. Peçam ajuda a um casal amigo com quem tenham muita confiança, peçam ajuda a um padre, a uma freira, um terapeuta de casais, um psícólogo que vos possa escutar com distanciamento para poder ver os problemas de outra perspectiva e que vos possa ajudar verdadeiramente. Muitas vezes os problemas não são tão complicados e tão difíceis de resolver como parece! Um abraço a todas!

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  18. Eu não conhecia outra forma de ser mãe , para além de o ser sozinha .
    Até casar de novo .
    Ao contrario de ti, eu estou ainda a habituar-me ao 'deixa, eu dou-lhe banho' , ou ao 'Rui, podes ser tu a adormecer comigo?' .
    Não cases! - pelo menos não nas circunstâncias em que eu casei , porque tinha tudo para ser de risco.
    Quando as rotinas te parecerem intrínsecas, por muito que te pareça custar, e mecânicas, é quando ela cresce, ou aparece ajuda .
    Calma. Breath in. Breath out.
    Amanhã corre melhor.

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  19. Olá Joana. Lamento imenso a situação. Quando planeamos ter um filho jamais consideramos um plano B para o caso de nos divorciarmos não é mesmo?
    O meu truque chama-se minimalismo :-) Ganho muito tempo mesmo e consigo ser muito mais produtiva. Sim, tambem tenho sentimentos de culpa, sobretudo quando descanso mesmo e a paciencia está com niveis mais baixos e ela está com dores brutais de dentes (a minha tem um ano e quatro meses).
    Convido-te a conhecer o meu site www.masterofsimplicity.com e quem sabe consideremos algum projeto interessante ;-) Um beijinho!!!

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  20. Estava a ler e a pensar "mas eu já faço tudo isto e o pai mora connosco" hum, há qualquer coisa de errado aqui!

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  21. Ola Joana, como e que se consegue ser mãe sozinha e gravida de outra para uma pessoa que nunca gostou de estar 'sozinha'?? Estou separada apenas a duas semanas. Tem sido difícil gerir tanta coisa. Nunca vivi sozinha

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  22. Olá Joana, quero mandar-te um grande beijinho de apoio! Já fui mãe de dois sozinha, durante uns anos (até casar novamente). E continuo, em grande medida, a ser a única responsável por quase tudo o que tem a ver com os miúdos e com a casa (embora agora seja tudo infinitamente mais fácil). Conselhos valem o que valem, mas cá vai: descomplica e simplifica! Lembra-te sempre disto! Há montes de exemplos: toma um duche à noite antes de te deitares, em vez de manhã; 90% da roupa NAO PRECISA de ser passada a ferro, só bem dobrada; uma empregada duas horas por semana faz milagres, pelo menos para manter o chão limpo e aspirado e a cozinha mais ou menos limpa; lanchinhos e roupa preparados de véspera; maquilhagem super rápida: hidratante, base, baton, rimel- 2 minutos; caixas de plástico grandes que se vendem no continente para guardar brinquedos, quando for hora de "vamos arrumar o quarto" atira-se tudo la pra dentro e já não está espalhado no chão; etc etc estes foram os que me lembrei! Descomplicar! e sim é dificil mas vais-te habituando. AH! Muito importante! Ter um momento do dia só para ti seja a ler um livro, beber um copo de vinho ver um filme o que mais gostares, tenta deitar a miuda cedo e ter pelo menos 30 minutos pra ti ao fim do dia. essencial!!!! beijinhos e aguenta aí granda mãe!!!!

    Também Joana

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