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7.07.2019

Como lidar com a ANSIEDADE?

Não me vou tornar numa guru nisto porque honestamente, filhas, o que sei eu? Ando aqui na luta há anos. Sempre a melhorar, mas sempre a descobrir novos desafios. Sempre a ultrapassá-los mas depois fico pronta para mais e mais e às vezes dá-me a sensação que vai ser sempre assim até morrer. 

Por outro lado, vejo o caminho que já percorri e a quantidade enorme de coisas que já consigo saborear, ver em câmara lenta, tudo. Estou a tornar-me aos poucos e com muito trabalho numa mãe melhor, amiga melhor, creio que filha melhor também, sei lá. E a verdade é que tem tudo ficado melhor. 



Aqueles sentimentos que temos quando tudo parece estar a apertar-nos e que não há "pior que isto" acontecem esporadicamente mas o normal para todos é que também aconteçam de vez em quando. Digo eu. 

A Joana Paixão Brás quis falar comigo sobre a minha ansiedade. Digo "minha" não por estar agarrada a ela (ou será que estou?) mas porque não sei como se processa com as outras pessoas. Não tenho conhecimento da coisa a não ser o meu próprio funcionamento. 

Espero que possa ajudar quem sinta coisas semelhantes ou pessoas que lidem com outras que sintam as mesmas coisas que eu as consigam compreender melhor. Falta-me muito isso na minha vida. Conseguir explicar às outras pessoas como consigo ou como funciono e elas conseguirem compreender. 

Vamos animar, malta? Ai que bom. 



Entretanto: 

Experimentámos aqui utilizar dois microfones de lapela e não correu bem. Ainda vai haver mais um vídeo assim, mas depois voltamos ao formato normal, POR AMOR DE DEUS. 




11.15.2018

Solução para não haver stresses à hora de jantar e dormir: chá de tília.

Às vezes parece mesmo demasiado para nós, não é? É porque é. Chá de tília, minhas amigas, oiçam o que vos digo. 

Estou agora a espreitar um documentário que deu na RTP 2, A Ciência Explica: A Ciência da Maternidade que, ao que parece, só está disponível mais um dia ou dois e, por isso, espreitem obrigatoriamente. 

Estamos habituadas a achar que tudo o que não conseguimos fazer (de acordo com as nossas expectativas que serão altíssimas para as nossas condições) é por culpa nossa e por falta de empenho, mas não é verdade. Temos de ser mais generosas connosco. Ainda não acabei de ver este documentário, mas já me está a ajudar a "perdoar-me" do que me achava "culpada". 

Foram estudar tribos em que as mulheres cuidam dos filhos em conjunto, naquilo que chamam "educação conjunta". Enquanto uma mãe está fora, por exemplo, a pescar, outras mães cuidam da criança e, se for preciso amamentar, amamentam a criança. 

Isto explica toda a ansiedade que senti quando ela era pequena e havia a necessidade de amamentar em livre demanda e tentar conciliar isso com algum tempo para mim ou aquilo a que chamamos "ter vida". Depois falo-vos mais disto, deixem-me digerir o documentário.

No outro dia, a Joana Paixão Brás escreveu um post sobre beber um copinho de vinho aqui e ali para descontrair (dito assim até parece que estou a dizer que ela é uma alcólica, mas acho que não, hehe). - A maternidade exige um copo de vinho. E confesso que , de vez em quando, olho com um ar guloso para as Sommersby que tenho no frigorífico. Só não me atiro a elas com medo de criar um padrão (noto que me vicio muito rapidamente em coisas e, por isso, tenho de ter cuidado). 

Bom, posto isto, no outro dia, inspirada pela chuva e pelo mau tempo, pensei: vamos lá começar com os chás. A Irene, num lanche, provou o chá de tília da avó e gostou e... uma coisa levou à outra e ontem tive dos finais de tarde mais relaxados de sempre. 


Bebi meia chávena de chá de tília quando cheguei a casa (a Irene iria estar com o pai duas horas) e além de ler um bocadinho de um livro (tenho de vos voltar a falar dele: Adenóides sem Cirurgia) também consegui adormecer meia hora. Quando a Irene chegou, também pediu chá e acabámos por beber as duas. Foi óptima a noite, mesmo com a Irene sem paciência e meio adoentada. Os meus níveis de ansiedade baixíssimos, foi fantástico. Até adormecê-la. Fiquei com ela enroscada em mim muito mais tempo por estar em condições de aproveitar. 

Hoje de manhã, por saber que a Irene iria pedir o chá novamente (até porque acrescento um pouco de mel), fui informar-me sobre as caractéristicas e benefícios do chá de tília para a saúde e com que frequência poderia dar-lhe ou não esse chá. Li que era: 

  • Ansiolítico; 
  • Óptimo para gripes e contipações; 
  • Ajuda a controlar a febre; 
  • Ajuda a suar (alguém que já se tenha queixado disso? ahah), 
  • etc., que poderão ler no site. 

Ou seja, isto não só lhe faz bem ao ranho constante nesta altura do ano (adenóides gigantes e amigdalas e sei mais lá o quê) como também nos deixa às duas mais calmas. Claro que não me vou por a dar-lhe isto tipo soro, mas... já tenho mais alguma coisa com que jogar, heheh. 

Principalmente comigo, vá. 

Claro que o vinho ajuda, mas o chá de tília, meninas. Ainda para mais, no dia seguinte (hoje de manhã), tinha o meu intestino super cooperativo o que me deu uma sensação óptima de barriga lisinha (as if... lisinha dentro do género, vá). 

Fica a sugestão. :)





9.02.2018

Quero ser mais feliz que isto (#03) - Nunca mais tenho férias só no Verão!

Epá, miúdas... Importam-se que vos chame "miúdas"? Não é que não seja miúda como vocês, é precisamente pelo contrário. Acho que somos todas umas miúdas e que vamos ser para sempre. Mesmo as avós que andam para aqui a ler umas coisinhas - só não digo que são mais "que as mães" porque seria parvo. 

Já viram a diferença que nos faz termos férias? Fazermos uma pausa? Bem sei que nem toda a gente tem a minha sorte de poder ter 25 dias de férias por ano e de poder escolher quando as tira, mas têm visto como tudo muda? O sol, o bom tempo ajuda, mas... acima de tudo acho que é parar e "sair". Quebrar a rotina. 

Nem tudo tem que ser caro. Não precisamos de estourar um ordenado num hotel. Ou de ir para o "estrangeiro". Há amigos que têm casa em sítios, sei lá. É termos a lata de pedir a chave para um fim-de-semana. É roubar a tenda a alguém e ir acampar para outro concelho, é... irmos ter com alguém algures e ficar acordados até tarde. Muitas de vocês já devem fazer isto e já descobriram "o caminho para a felicidade", não era o meu caso.  



Tenho deixado as minhas férias todas e a mentalidade "de férias" para as férias. Não pode ser. Tenho de pausar. Tenho de deixar mais férias para o resto do ano, para irmos. Só. Irmos. Para desaparecermos um bocadinho e voltarmos a nós. Especialmente eu. A diferença em mim quando saio da "roda de hamster" é... incrível. 

Temos todas - principalmente as que sentem, como eu, que "andam a mil" - de ser mais espertas e ver como podemos quebrar esta sensação de urgência constante que tão nos maltrata e aos mais próximos de nós. 

Recebi uma mensagem de uma amiga e leitora na semana passada a pedir-me o contacto de uma psicoterapeuta (eu faço terapia e já falei disso aqui no blog aqui em Faço Terapia) e pulei de felicidade (parte do motivo de ir às consultas é este meu histerismo - ahaha brincadeira) por saber que há mais uma pessoa a "acordar" e a ter vontade de "Ser mais feliz que isto". Não tem necessariamente de passar por terapia para toda a gente (para mim é importante que tenho... muitos sentimentos reprimidos, muita história por desconstruir e muita... dor por arrumar), mas acho que uma das coisas que temos de fazer é esta: parar mais vezes. 

Conseguem já não andar sempre "a mil"? 

Tenho andado a repensar coisas, fica aqui a lista do que já partilhei convosco: 


8.21.2018

Quero ser mais feliz do que isto (#1) - Adeus instagram!

Ahhhhhhh! Não sei se é por estarmos a chegar a Setembro e ter sido, desde sempre, o meu "começo de ano preferido" (por poder estrear cadernos e dossiers, livros com cheirinho a novo e também por ser o meu aniversário), ou se é porque estou "cheia de vida" por ter vindo de férias e, por isso, já me dou ao luxo de pensar nalgumas coisas com vista a resolver outras. 

Acabou-se o instagram!
Quer dizer... não acabou, acabou. Mas... acabou na medida em que o abria mais de 40 vezes por dia. Em que, em vez de estar a brincar com a Irene, estava a ver o feed de coisas que não me interessam mais do que a minha filha e stories de pessoas que vejo todos os dias no trabalho.... 

Não preciso de estar sempre on. Porque é que tenho de saber no PRECISO momento quando é que alguém me comentou alguma coisa ou leu uma mensagem? Eu é que mando nisto! Eu é que, quando tiver tempo para ir ver se tenho mensagens, vejo se tenho mensagens - simples! 

Já reparei que "assim que me chamam", que me sinto pressionada a ir e naquele instante (por causa da curiosidade e da vontade de resolver rápido - ansiedade) e, por isso, mudei aqui algumas coisas: 

- Só vou ao instagram duas vezes por dia - estou a prever aquela volta matinal na cama, mais por alto e aquela volta à noite, antes de dormir. Se, por acaso, houver algum motivo ESPECIAL, poderei abrir a meio do dia ou quando isso estiver a acontecer, mas é uma excepção e não a regra. 

Isto foi em Outubro de 2015 :) Agora é The Love Project, conheçam a Joana Bandeira. :) 

Depois desta resolução (que comecei a por em prática ontem), reparei que podia fazer mais umas quantas coisas por mim para "ganhar mais tempo" na vida real e andar menos ocupada a ver a vida dos outros (por acaso não sigo muitas contas de "malta", fiz uma razia às contas que seguia para ver se tornava o meu feed mais interessante): 

- Desliguei as notificações do instagram (TODAS! Mensagens, comentários, amigos a fazerem directos, tudo!). Se calhar, para vocês, isto não tem grande impacto, mas sendo eu uma pessoa conhecida de categoria rafeirinha (tipo z, vá) em que 80% do meu trabalho passa por redes sociais, isto é big deal! 

- Desliguei as notificações do mail do trabalho. Isto já foi há uns tempos, mas a verdade é: se estou no trabalho, estou a trabalhar. Se não estou no trabalho não quero estar a stressar com coisas que não estão no meu horário e, por causa disso, também prejudicar o meu trabalho por "fazer tudo em cima do joelho". Não era melhor profissional por estar sempre atenta ao e-mail, fosse a que hora fosse.

- Desliguei as notificações de grupos no whatsapp. Nada nunca será importante ao ponto de ter de ser notificada disso ao ponto de interromper o que estou a fazer no grupo dos pais da ex-turma da Irene, do meu grupo de comediantes ou de amigos do colégio ("aiii eu vi logo que esta também tinha ar de betinha" - não sejam venenosas!). 

- Desliguei as notificações do mail pessoal e do mail do blog - Pelos mesmos motivos: nada de responder à pressa e de serem "as outras pessoas" a mandarem no meu tempo. Eu é que decido quando é que posso ir ao e-mail e, por isso, estar em condições de dar a melhor resposta possível. Acredito que vou poupar muito trabalho assim e que farei trabalho de melhor qualidade. 

- Desliguei uma luzinha que pelo menos os Samsungs terão (alguns) que notifica quando é que recebemos uma mensagem ou não, mesmo que o telefone tenha o ecrã apagado.  Não quero sentir a tentação de interromper o que estou a fazer para ver algo que ainda lá estará daqui a minutos. 

- Tirei o icon do instagram e do Facebook do ecrã principal - Vocês não têm a noção quantas vezes fui hoje em automatico à procura do icon no sítio do costume... 


Hoje já olhei muitas mais vezes para a Irene. Ela não teve que me chamar nem 1/10 das vezes para olhar para ela. Não fiquei irritada por ela me interromper porque não estava hipnotizada com aquela trampa. O tempo parece que alargou e consegui fazer mais coisas e acho até que a minha disposição mudou. Sei que é o primeiro dia de desmame, mas aqui vou eu. Acho que é uma boa decisão. 

Também estou a por outras em prática. Depois conto-vos. :)



Por que estão sempre a atirar tudo para o chão?

Irene, pára. Irene, não! Não, Irene! Pára, Irene. Já chega. Irene, vá lá. Não ouviste a mãe? Só podes estar a gozar. Por que é estás a fazer isto? A mãe não vai apanhar mais vez nenhuma [mãe apanha]. Irene, pára com isso, pára! Que chatice!

Até fiquei enervada só de me lembrar. Isto era quando a Irene ainda só tinha meses e tinha a "mania" de atirar tudo para o chão. Aliás, depois vim a aperceber-me que não é "a Irene", são todos! É um passo de desenvolvimento tal como gatinhar e andar, o de atirar coisas para o chão. 


Com isto, eles estão a aprender (li neste site e em mais uns quantos para confirmar): 

- Usar as mãos; 

- Perceber o que acontece ao objecto quando cai; 

- Medir distâncias;

- Testar as suas aptidões; 

- Perceber a relação de causa-efeito (através do barulho, a reacção dos pais, etc); 

- Interagir socialmente;

- Etc. 

Se é irritante? É. Já vi até mães - mais espertas que eu - a, nalgumas alturas (tipo restaurante), terem os brinquedos presos por um fio para não terem sempre que se baixar (ahah). Foi um daqueles momentos "Quem me dera ter pensado nesta porraaaaa!". 


A Irene aqui com um ano e 2 meses :) 


Por isso, se já se tiverem passado com eles por fazerem isso... é normal. Foi a reacção que eles tiveram vossa (a Irene teve uma mãe muito muito enervada com isto, mesmo "passada da cabeça"!) mas agora que já compreendem porquê - caso não tenham tido a ideia de ir saber o motivo - podem mudar a vossa postura com maior empatia ou até para um segundo ou terceiro ou décimo filho ou dar aquele toque a uma amiga receptiva e que vos dê espaço para falar (só para não ser mais um daqueles bitaites que vai deixar a malta nervosa). 

Sei que estou muito focada na alimentação. Ainda ontem ou lá quando foi falei naquelas colheres "a mais" que damos quando eles dizem que não querem mais, mas acho que já esgotei a minha inspiração para este tema, não se preocupem. Amanhã vou falar de auto-caravanas (acho que não haha).

Mais posts sobre o tema "alimentação" de ambas, aqui nestas palavras a laranja e que se chamam links (eu sei, estou a brincar).



8.19.2018

Somos más, muito más!

Eu, pelo menos, sou. Não sei se vocês se têm aproveitado ou se se aproveitaram quando era altura, mas... ahah... estão a ser os tempos mais felizes da minha vida. Não tem a ver com o facto da minha filha ser maravilhosa e de ter uma mãe ainda mais, não tem mesmo nada a ver com isso. Tem a ver com o facto dela ter 4 anos e de não ter noção de algumas coisas, como por exemplo: quantidades. 

Não sou, de todo, de a obrigar a comer. Lembro-me quando ela era bebé que até transpirava por ver que ela não comia nada daquilo que lhe dava. Eu chorava enquanto armava uma espécie de piquenique no chão da sala para ver se ela queria comer qualquer coisa: nunca tinha fome (petiscava entretanto e/ou mamava, chegando à hora das refeições, sem interesse algum, claro).  Escrevi sobre a minha mudança de atitude e o quanto isso nos ajudou aqui em "Há esperança"

Se precisarem de ajuda com isto deles não comerem e de tudo aquilo que sentimos (é pura rejeição, eu sei) por causa disso, aconselho - mesmo não tendo lido - o livro do Dr. Carlos Gonzalez - O meu filho não come. 

A verdade é que, em princípio, numa criança digamos "regular", se não come é ou porque não tem fome ou porque fui eu a cozinhar - e tenho tanto jeito para cozinhar como para não me rir quando dizem "hádem". 

Foto antiga da moça, mas caramba que tive aqui muita sorte na aparência do bicho. E no resto também. Os genes da mãe são fortalhaços, ahah. 


Não a obrigando a comer, tenho a noção que às vezes se desinteressa da comida por estar mais interessada noutra coisa. Normalmente aplico a consequência directa de "se não tens fome, não comes". E, mais tarde, se tiver fome, volto a aquecer-lhe o jantar, por exemplo. 

Às vezes, porém, só para ficar descansadinha ou para não ir uma colher de sopa para o lixo (que parvoíce, estou a aperceber-me da mariquice), digo-lhe: "vá, só mais 5 colheres". Ela vai tentar negociar, claro e diz: "6!". E eu... "Oh Irene... 6? Vê lá... Pode ser!" e zunga. 

Não é porreiro e não devo estar a ajudar a perceber quantidades e afins, mas aquela colherzinha de sopa dá-me alento para o resto do dia. 'Tadita da minha filha, olha, Deus me perdói (como algumas pessoas dizem - deve haver quem diga, sei lá). 

Um dia mais tarde, nos teus 20, lembrar-te-ás disto como um acto de traição por parte da tua querida mãe, mas o que vale é que sopinha para o lixo ia quase nenhuma. Prioridades. Ahah. 

Vá, vou parar de insistir nessas colheres extra e, se não quero que vá para o lixo, como eu. Meh. Deve ser por uma questão de estabelecimento de autoridade e não por preocupação no meu caso. Ser eu a ficar com "a última palavra". Que diferença fará uma colher ou outra? Ter sido eu a decidir quando é que ela deve parar de comer, claramente. E a criança é ela, não eu.  Vou repensar isto aqui e já volto. 


Mães que sofrem muito a dar a comida aos filhos, já estive aí exactamente onde vocês estão. Querem ler? Aqui em "Odeio! Odeio dar-lhe de comer!".

6.28.2018

Truque para ficar mais tesudona de fato-de banho.

Estou longe de estar apresentável de fato de banho ou de bikini na internet (para a vida real, porém, estou óooooptima), mas estou a trabalhar nisso fazendo exercício físico (yoga, pilates e fitness), melhorando a minha alimentação e esforçando-me para ser mais feliz, no geral.

Um dos truques que tenho usado é: nos dias em que o almoço me parece algo praticamente impossível, tenho à mão as barras substitutas de refeição da Depuralina. Adoro a Nutriberry porque além de ter um sabor doce (adoro coisas doces, parece mesmo que estou a cometer um pecado, mas sem cometer, hehe), tem um alto teor em proteína que contribui para o crescimento e manutenção da massa muscular. Ganho tempo, está equilibrada nutricionalmente para ser comida com frequência (sempre acompanhada com água) e sabe mesmo muito bem.


Um bom rabo já tenho, agora falta só a barriga e cuidadinhhhoooooo!!!

Presenteio-vos com uma sexy mother foca (estava mesmo a fazer de baleia que deu à costa, mas pode ser foca para o trocadilho).




É bom, não é? Já com agradecimento à Depuralina (e ao exercício físico e genética).

E vocês? Como fazem para conseguirem aproveitar o dia ao máximo (possível)?


Post escrito em parceria com a agência de comunicação. 

6.05.2018

Como lido com a minha ansiedade.

É como tudo na vida: às vezes lido bem, outras vezes lido mal. Porém, com o tempo, e com novas estratégias, situações que poderiam antes ser muito mais trágicas, estão a tornar-se mais fáceis. E, melhor, até já vejo a vida com outros olhos (isto era um slogan óptimo para uma loja que vendesse olhos às pessoas). 


Coisas que me ajudaram e ajudam imenso: 

- Dormir

Meninnnnas! Nem se metam nisso! Não há maneira de conseguirmos pensar o de funcionar direito se não andarmos a dormir o suficiente! Já vos contei num post que isso é uma das nossas necessidades primárias e que podemos estar a fazer de tudo um drama, a pensar tudo de forma errada e a tomar decisões importantes estando fora "do sítio". Certifiquem-se que andam a dormir. É ingrato dizer isto num blog de maternidade (a Irene não dormiu uma noite seguida durante 3 anos), mas garantam o vosso descanso - dentro do possível - acima de tudo. 

- Beber água e boa alimentação

Se andamos a dar combustível da trampa ao nosso "carro" como queremos que ele ande bem? Andamos para aí na reserva e com a expectativa de estarmos no nosso melhor. Não é justo. Para bons resultados, tem de haver preparação. E cuidado. E carinho. Aquele que conseguimos ter com os nossos filhos (comer sopa, fruta...) devíamos também ter connosco, caramba! 

- Suplementação

Bem sei que às vezes leio demasiado, mas cheguei à conclusão que, hoje em dia, também com o tipo de alimentos que temos ao nosso dispôr é praticamente impossível (a não ser que nos dediquemos quase que exclusivo a isso) ter uma alimentação que ponha o nosso organismo a funcionar perfeitamente. Eu não tenho capacidade para ser exímia a cozinhar, escolher os ingredientes, as combinações, etc. Sei que preciso de vitaminas, de alimentos, de minerais que não encontro nas refeições que consumo com frequência. Tenho feito períodos de toma de Depuralina Express que me ajuda a fazer uma espécie de reset quando tenho períodos de maior ansiedade e em que ingeri mais Chocapics e Kinders do que "devia". Faço o tal reset e apercebi-me que, quando tomo, além do meu apetite emocional - aquele que é fome a fingir e que sabemos perfeitamente que não é fome -  baixa substancialmente, também fico muito mais calma. Depois vim a descobrir que era também do extracto do Slimzen. Que é um extracto de Chá Verde rico em L-Teanina que está clinicamente comprovado e, que controla os impulsos emocionais que nos levam a cometer excessos mesmo quando não temos propriamente fome. Isto é de uma forma 100% natural, além de desintoxicar o meu organismo, também me ajuda a estar mais calma e centrada. Isto para além de me retirar aquele sentimento de culpa por querer sentir-me melhor comigo mesma e de não "estar a fazer nada extra". 

- Psicologia e Hipnoterapia Clínica 

Depois de ter experimentando imensas coisas ao longo da vida, esta foi uma das abordagens que me deu resultados mais imediatos. A que me aliviou mais rápido. Requer continuidade, mas com a hiponose garante-se também um conforto durante o processo de compreensão e desconstrução do que se passa para a pessoa se sentir ansiosa. Foi com a minha (agora amiga) Eugénia Amaro, posso dar-vos o contacto, se precisarem. 

- Psicanálise

Faço psicanálise duas vezes por semana. É um luxo, bem sei. Porém também sei que reorganizando as nossas prioridades que conseguimos alcançar muitas coisas que preciamos quando temos o mindset certo. A psicanálise é um trabalho mais demorado, requer muita paciência e disponibilidade (tempo e mental), mas que me parece ser um percurso muito sustentado (vocês acho que têm sentido a minha mudança de postura no blog ao longo dos tempos). 

- Ler sobre isso

Pode ter o efeito contrário nalgumas pessoas, mas têm-me ajudado imenso a compreender e a perceber que não estou sozinha nisto da ansiedade e porque é que sinto isto e como se processa. Ouvir e ler outras pessoas a falar sobre o assunto ajuda-me a relativizar e a ver que o mundo não vai acabar só porque sinto que sim. 



Até voltei a fazer stand-up. E, há uns anos, acabou porque perdi a confiança. Era doloroso acreditar em mim e viver com ansiedade de subir a palco e até com a negatividade do após. Voltei, agora :) Estou feliz. Sinto que voltei a ser eu. Eu quando estou bem. :)


Nota: o Facebook decidiu mudar o seu algoritmo e a partir de agora vai mostrar-vos mais posts dos vossos amigos e menos de páginas onde fizeram like. Querem saber quando publicamos coisas?
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Post escrito em parceria com a agência de comunicação. 

12.13.2017

Encomendo comida para o jantar e então?

Já vos contei várias vezes que tenho uma grande tendência para ser ansiosa. Sinto que toda a minha vida tenho tentado andar a dar a volta e depois a tentar dar a volta à volta que tentei dar, etc. 

Desde que me divorciei, acumulei mais uma tarefa ao cuidar da Irene sozinha: fazer a comida. Não parece nada trabalhoso mas é mais uma coisa para me preocupar, para falhar, para dizer "agora não que a mãe tem de ir cozinhar". 

Andava a dar em doida, a tentar fazer comida nova todos os dias (como acho que não sei cozinhar, preferia não deixar margem para restos) e, quando havia restos, parecia que não tinham bom aspecto suficiente. Falei sobre isso aqui: Não sei cozinhar

Até que pensei: e se encomendar comida? 

Agora, quando não me apetece pensar nisso ou quando consigo ter oportunidade de rever as minhas prioridades e chego à conclusão de que prefiro brincar com ela a cozinhar. Já comida pronta para descongelar no congelador para qualquer "emergência", mas still, que luxo receber um franguinho assado que dá para mais de um dia e que ambas gostamos. 

Se alguma de vocês se andar a matar para fazer comida "boa" todos os dias como eu andava e a sentir-se pseudo "culpada" por ter que fazer opções ou por sentirem tantos "nervos" em cima... considerem mandar vir comida. 

Não precisa de ser pizzas e tal (mas também pode ser). 

Tem sabido bem. :)


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5.18.2017

Não sei ler!

Nunca fui uma ávida leitora, com hábitos regulares. Tenho vários amigos que são o Marcelo Rebelo de Sousa, um deles chega mesmo a ser o próprio (ahah imaginem), mas apesar de eu ter uma enorme vontade e o faze e de ter uns 32 livros em espera não o consigo fazer. 

Dantes dizia que era porque a Irene era pequenina e acordava imensas vezes por noite (faz a noite toda desde que fez 3 anos - yeahhhhhhhhhhh). Depois, cheguei a dizer que era porque era a única altura que tinha para estar no sofá em casal e, por isso, também não parecia o mais acertado. Agora, não sei porque será! 

Quero muito ler e não consigo! Acho que não sei ler. 

Mesmo assim, queria aconselhar-vos um livro no qual tenho dado uns toques desde há uns meses e foi a minha amiga Eugénia (psicóloga e hipnoterapeuta que me ajudou MUITO com a ansiedade como puderam ler aqui) que me indicou, conhecem? 




Aconselho vivamente. Vão se identificar com cada palavra do livro, mesmo que não seja do vosso presente. Levem convosco para a praia ou assim, nem que seja para ficar a fazer pressão psicológica como os meus... 

"Filha de um rei e de uma rainha intolerantes e severos, Vitória é uma princesa que sonha ser um dia libertada por um príncipe encantado, tal como nos contos de fadas. Porém, quando esse príncipe chega, nada acontece como ela havia sonhado. Seguindo os conselhos de um sábio, a princesa empreende uma emocionante viagem, no fim da qual descobre que os contos de fadas podem mesmo tornar-se realidade, embora nem sempre do modo como os idealizámos... 

A Princesa que Acreditava em Contos de Fadas é um livro inspirador e de autodescoberta que apela à reflexão sobre as fronteiras do sonho e da realidade, da infância e da maturidade... e sobre o milagre quotidiano que é a vida."

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5.09.2017

Andamos todas "a mil".

É o que eu sinto. Quando não andamos a mil, estamos mais caladinhas e com algumas saudades de andar a mil e quando andamos dizemos, a maior parte das vezes sem reparar, que andamos "a mil". 

Pela forma da minha cabeça funcionar sinto que desde sempre - que "ando a mil". Antes de ser mãe andava a mil, quando não andava a mil fazia por isso, estranhava quando andava, quando andava queixava-me e depois tinha saudades de andar a mil. 

Andar a mil é agora. Andar a mil é trabalhar, dar o nosso melhor no trabalho, mesmo que estejamos a mil a pensar no resto do dia e fazer o máximo para que no resto do dia não pensemos no trabalho que deveríamos ter pensado enquanto lá estávamos. 

Andar a mil é ter a miúda no banho, pensar no jantar, aproveitar para por umas roupas na máquina e ir arrumando os brinquedos enquanto ela come a maçã. Andar a mil é ter mails para responder, telefonemas que ainda não fizemos mas que não nos saem da cabeça (e não são assim tão importantes), cafés para tomar, conversas para por em dia e uma camisola demasiado pequena para trocar no centro comercial. 

Andar a mil é querermos ir fazer a depilação, nunca conseguirmos, fazermos com gilette, usarmos vestidos durante uma semana e voltarmos às calças na seguinte. Andar a mil é protelar tirar a maquilhagem e às vezes até dormir com ela. É chegarmos sempre a horas, mas com um esforço enorme para não estarmos sempre a apressar-nos. 

Ando. 
A.
Mil. 

Vou a andar ainda mais. 

Gosto, canso-me e depois estranho. 


Temos de aprender mais com eles. Fotografia de 13/01/2016 deste post.


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3.16.2017

Temos que ser nós!

Temos que ser nós a reconhecer-nos primeiro. Temos que ser nós a olhar para dentro, a olhar para trás, a olhar para os lados e para a frente e a reconhecer o caminho que fizemos, fazemos e que nos falta fazer. 

Depender do outro para nos avaliarmos é um risco e cansativo - falo por conhecimento próprio e, por isso, hoje, estou de parabéns. 

Depois de toda a viagem atribulada que tem sido grande parte da minha vida lidando com a ansiedade, hoje quase que me esqueci disso. Hoje, fui ao Ikea com a Irene comprar algumas coisas (que achamos sempre que são muito necessárias, mas porque não queremos pensar muito nisso...) e, quando dei por mim, a hora de "saída" já tinha passado. Às 7 já é mais do que suposto ela estar à mesa para jantar (são as nossas horas cá em casa, cada família terá as suas). Às 7 ainda estávamos na caixa. Sem pressas. Ainda a agradecer a todos os santinhos por haver uma fralda na mochila visto que a miúda ainda só quer fazer o número 2 na fralda, apesar de andar de cuecas todo o dia e não haver nenhuma casa de banho minimamente perto e prática no andar de baixo e já com as compras feitas, enfim. 

Era tarde, mas e então? O meu cérebro pensou: vamo-nos divertir, "um dia não são dias". Isto, para quem é "normal" é algo perfeitamente usual de acontecer, mas para quem via o mundo e o tempo como eu via, não. É uma aventura que nos parece perigosa e que nos faz sentir com fracas possibilidades de sobrevivência, por muito estúpido que pareça e percebo que pareça e ainda bem que vos parece.

Fomos jantar lá acima. A Irene comeu umas almôndegas, umas colheres de sopa, uma pêra e eu comi um hambúrguer e algumas colheres de sopa. Foi um jantar fora de mãe e filha, sendo que havia tudo o que ela precisava para se sentir incluída. Cadeira alta, babete, talheres, pratos, .... 

Acabou por perguntar se também íamos descansar por lá (na escola dela não falam em "dormir") e até achei uma ideia gira. Provavelmente acusar-nos-iam de um crime qualquer, mas quase que valeria a pena. :)

Não dei pelas horas. Comemos com calma. Com calma ao ponto de por todos os pensos que tínhamos comprado para feridas nos dedos dela para fingir que eram anéis. Ao ponto dela, a caminho do elevador, ir metendo conversa com toda a gente e fazendo caretas e sem eu sentir mais nada do que gratidão. Não senti o coração acelerado, não me senti aflita, não me senti num beco e, mais importante que tudo isso: não passei nada de negativo para a Irene. 

Compensa ter dado atenção a mim própria. Ter reconhecido parte de mim que precisava de reconstrução e de ter mudado a minha vida toda. 

Estou grata por o tempo passar de forma mais normal. Grata por mim e pela minha família. 

Mais sobre a minha ansiedade aqui

Agora o LoveLab chama-se The LoveProject, cusquem que vão adorar! 


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1.21.2016

A casa sem horas.

Ontem contei-vos que a minha vida, aos poucos, se está a compor. Depois de controlar a minha ansiedade, parece que vi a luz e passei a ter noção do quanto me andava a fugir por estar focada em coisas sem interesse. Os dias têm mais horas, tenho o coração mais disponível, sou menos sôfrega e mais eu... enfim, só vantagens. 

Isso faz com que, sem ansiedade, agora ande um pouco à (re)descoberta de mim. O que é que é, afinal, importante? Que horários? Que prioridades? Que pressas? Toda a minha infância e adolescência foi muito rigorosa a nível de rotinas e ainda não tinha questionado realmente a pertinência dos costumes que me foram incutidos. Será que têm de ser sempre? Será que às vezes pode não se jantar ou não ser à hora certa? 

São coisas que, para as pessoas "normais", parecem imbecis e que nem entendem o propósito de me questionar sobre elas. Têm a resposta na ponta da língua, mas eu não. 

Conheci, como já vos contei, a Eugénia. Começou por ser minha hipnoterapeuta (minha salvadora da ansiedade e numa consulta apenas - em mim, mas noutras pessoas pode demorar mais - mudou-me por completo, limpando toda a ansiedade) e agora é minha amiga, família. 

Fui lá à casa e pude sentir mais uma vez como se vive num ritmo diferente. E isso sente-se. Sente-se dentro de nós (pessoas ansiosas) aquele relógio que está sempre presente a perder importância. A ocupar menos espaço dentro do nosso coração e, assim, deixando-nos disponíveis para brincarmos mais, rirmos mais e tudo mais naturalmente. 

Comeram morangos antes do jantar. Jantaram quando não eram para jantar (os nossos miúdos). Cheguei tarde quando não era suposto e saí tarde e deitei-a mais tarde... Comi panquecas (aveia e banana) quando não devia ter comido...

Adorei estar, mais uma vez, na casa sem horas e apercebi-me que a minha também pode ser essa a casa, sempre que eu quiser. Não ser como sempre não significa ser pior e é nas mudanças e nas experiências que nos damos conta de coisas melhores para por em prática... 


Mais uma vez, obrigada Eugénia. 

11.26.2015

Tudo de improviso (e que bom!)

Os horários deles vão mudando com os tempos mas nem por isso ainda podemos ir almoçar e jantar fora sem sacrificar horas de descanso dela e rotinas (uma vez por outra, até poderia ser, mas ela fica tão cansada que nem aproveito bem o jantar, cheia de pena).

Na sexta-feira passada aconteceu o "impossível". Nunca na vida eu, Joana Gama, pessoa que personificava (atenção ao tempo verbal) a palavra ansiedade permitiria que isto tivesse acontecido nem corrido tão bem. Os sogros foram tomar conta da Irene enquanto o pai foi fechar a escritura do terreno para a nossa futura casa e acabaram por ficar para jantar, tudo de improviso. Despacharam restos que foi uma maravilha.

Estou a aprender a aproveitar estes momentos mais inesperados, de convívio por prazer, sem datas, sem horas, sem perfeccionismos. A Irene jantou connosco, toda a gente ficou contente, estivemos a conviver na sala enquanto ouvíamos Jazz e tudo sem ter sido combinado.

Tenho saudades de jantar fora? Tenho. Está quase. Agora, se o jantar de sexta, com restos, em casa com a família, de improviso, foi melhor do que 50% dos meus jantares fora? Foi.

A Irene desmaiou na cama, feliz. E a mãe também.