1.21.2015

Arrotas a tua parte do bolo e já vais com muita sorte!

Esta é daquelas que dá gozo falar!

Vamos lá pôr as nossas agulhas de tricô imaginárias e a linha à volta do pescoço e começar aqui à "tesourada": 

- Ai filhas, mas e não é que a outra, depois mandou uma fatura de 20 euros aos pais do amigo por não terem ido à festa de aniversário?

- Só podes estar a gozar, melhere!

- Ai não estou, não! A outra perguntou se iam à festa do filho, eles disserem que sim, ó depois não aparecem, ache muito bem! Têm mais é que pagare. Então e se toda a gente fizere isso? A mãe além de ter de aturar a criança a chorare porque nã tem amigos, também tem de depois, ficar a arder com a festa? Ai, comigo, não 'migas. Estou já a dizere.

Tirando a minha mão da anca (que não a tenho, tendo em conta as minhas formas actuais), o que é que aconteceu (assim "por alto" que é assim "por alto" também que se precisa de ler as coisas para comentar, muito à lá tuga): 





Pronto. Aqui está. Acho muito bem, sinceramente, mas eu sou insuportável. Sou a pessoa que, nos jantares de grupo, por não beber álcool, me recusava a pagar parte das bebidas dos outros, etc. Sim, odeiem-me! :) E acho que isto devia virar moda!

Temos muito a mania, em Portugal, do "vou, vou" e depois não meter lá os pés. Das duas uma: 

- ou se acham insignificantes ao ponto de acharem que ninguém vai dar pela vossa falta e isso é triste e merece uma consultinha no sr. Dr.  

- ou acham que os outros são insignificantes e, portanto, é indiferente se contam convosco ou não pelas coisas e isso merece um punho (com força), na axila. 

Se, desde o início, não queremos ir a alguma coisa, dizemos que não querermos ir! Por que não? É só para termos o prazer de sermos convidados mais vezes para fazer uma coisa que não gostamos?

O que custa dizer que não. Vá, nem que se minta. Que, só nestas alturas, é que as mentiras podem servir para alguma coisa...

Eu não. Eu digo que não quero, que não faz o meu género, etc. No fundo, digo aquilo que me faz não querer ir. Devíamos ser mais assim para eu não me sentir tão bruta por dizer a verdade! Às vezes custa!

A maior parte das coisas que não deviam correr mal só correm porque alguém não está a dizer o que verdadeiramente pensa ou sente. 

(Hã? Esta dava para uma pequena imagem de Facebook a pedir partilhas. Tão à 2014, não era?)

Estamos pouco habituados a ouvir e dizer a verdade. Que mal tem não querer ir a algum lado num determinado dia ou não gostar de fazer algumas coisas? 

A maior parte das vezes já decidimos o que vamos fazer (ou não) assim que somos convidadas... É mentira?

15 comentários:

  1. Se calhar os pais ou mães que trabalham têm muuuuuuitas mais coisas na cabeça e nem sempre é possível lembrarem-se de todas as coisas que se tem para fazer quer seja profissionalmente/pessoalmente e todas as mil coisas dos filhos! E coisas que sao duplamente combinadas para o mesmo dia por engano, por esquecimento, porque lá está...há mil coisas na cabeça, podem ser perfeitamente normais.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, claro. Todos erramos, mas a ideia é não errar. E organizarmo-nos. Se não dão conta de tudo, põem mais lembretes no telemóvel, pedem ajuda aos avós, arranjam uma agenda. :)

      Se há coisas duplamente combinadas, também se resolve da mesma maneira: organização e agenda!

      Ou então, não se combina tanta coisa e os pais passam a ter menos coisas na cabeça hehe :)

      Exactamente por trabalharem, convém serem mais organizados para serem mais produtivos, senão não são só as festas dos filhos que se ressentem, certo? :)

      Eliminar
    2. De "organizarem-se sim claro" a "fizeram de propósito e acharem que os outros são insignificantes" vai uma grande distância! Eu até gosto de ler este blog mas às vezes nos teus posts parece que partes logo para a crítica (dos outros pais) só porque não é a tua maneira de fazer as coisas. Um bocadinho de compreensão, metermo-nos sapatos dos outros e ter mente um bocado mais aberta não faz mal a ninguém. Custa-me ver assim juízos de valor ao desbarato pronto! E organização e agenda não me parece que seja a solução milagrosa para tudo.

      Eliminar
    3. Estamos é a falar de tipos de pais diferentes! ;) Também não estou a sentir grande compreensão da sua parte para não ser possível manter um texto genuíno se tiver de fazer tantos à partes para não ofender nenhum tipo de pessoas quando dou a minha opinião.

      Estou a falar de quem não tem consideração pelos outros. É o caso desses pais que fala?

      Não estou a dizer que são todos assim.

      Se o início do meu texto, dividindo "essas pessoas em duas" dá a entender que sou palerminha e acho que só existem mesmo esse dois tipos de pessoas no mundo que faltam a combinações e esses dois motivos, lamento.

      Porém, convido-a a ler o resto do texto e a ter uma mente "mais aberta" ao interpretar o que escrevo. Exactamente por me ter tirado essa pinta "noutros textos" (tal como disse), irá sempre interpretar-me mal.

      Eliminar
    4. Ahhhh! E não esquecer que o convite tinha o contacto dos pais do aniversariante... não custava nada ligar a dizer que afinal tinha havido mudança da planos ou coisa que o valha. Não sei se chegava ao extremo de enviar a conta mas que é falta de consideração sem qualquer dúvida!

      Eliminar
  2. Ah ah ah. Bom. Eu só acho que há forma de fazer as coisas. Eu tinha ido ter com a mãe do miúdo que não foi e explicar lhe a situação e pedia se dava para pagar a parte do miúdo. É diferente de mandar um recibo para a escola na mala do miúdo. Mas a história toda é que o miúdo decidiu a última da hora que preferia ir ter com os avós do que ir a festa (a oficial). Sendo isto verdade, obrigavas a tua filha de 5 anos a ir a uma festa a que ela não queria ir (não sabendo também que tinhas de pagar caso não fosses - eles supostamente não sabiam) ou levavas a contigo para casa dos teus pais?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ah! E também não tinhas contacto no convite para avisar caso não fosses

      Eliminar
    2. Percebo ;) A minha reflexão não foi tão profunda, tal como mencionei no post. Acho que tem razão, claro! Aproveitei apenas o lead para divagar sobre a falta de consideração que, muitas vezes, existe! Claro que não obrigava, mas percebia e pagava tranquilamente. A maneira como a senhora fez as coisas, obviamente que é de ressabiada, mas achei graça. Acho difícil que uma miúda vá a uma festa de anos e que ninguém tenha o contacto da mãe. Se não havia o contacto da mãe no convite (que a mãe nega), outra mãe em comum teria!

      Seja como for, gostei da lata e vou adotar haha ;)

      Eliminar
    3. Estamos a falar de cerca de 20€, mas se imaginarmos por ex em casamentos, em que se paga muito mais... a mim aconteceu-me várias pessoas confirmarem e depois não apareceram nem se justificaram... é já não estamos a falar de trocados.
      concordo com a Joana! Nao se obriga ninguém - muito menos a criança neste caso - mas demonstra falta de civismo.

      Eliminar
  3. É só estúpido.

    ResponderEliminar
  4. Se disséssemos mais vezes que não a coisas que não queremos fazer ao em vez de fazer o frete acredito que fôssemos bem mais felizes.

    ResponderEliminar
  5. Completamente ridiculo. Mas ainda bem que é perfeita, que o que nos vale em portugal é as pessoas como a senhora :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Em defesa da Joana, minha partner do blogue, perfeita não é, certamente. Mas organizada e sem papas na língua, isso é certeza. Não faz fretes, quando não quer ir, diz. Acho que nos falta em Portugal pessoas assim, sim, e não pessoas que dizem que fazem e acontecem e vai-se a ver e estão-se a marimbar para todos.

      Eliminar
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
  6. Concordo 100% Joana Gama. E eu também sou perfeita! Pena é não estar a morar em Portugal que assim seríamos pelo menos 2 pessoas perfeitas para fazer alguém anónimo feliz!!!

    ResponderEliminar