Desde que tenho bonecas que sinto apelo maternal. Sempre soube que queria ser mãe. Dava nome aos bonecos e brincava com eles com todos os passos supostos, era preciosista. Dormia com eles, dava-lhes banho, dava-lhes colo, levava aquilo muito a sério. Brinquei até tarde.
Na faculdade, já sentia o relógio biológico a fazer tic tac. Acabei por pôr a carreira à frente, depois quis aproveitar alguns anos de namoro, a dois, e o meu sonho cumpriu-se aos 27 anos. Depressa soube que queria ter mais filhos. Agora tenho duas e sinto-me realizada. Não sei se sempre será assim, se sentirei o apelo mais alguma fez (se sentiremos, deixem-me usar o plural), se fará sentido daqui a uns anos aumentar a família. Para já, não digo que sim nem que não. O mais provável é que não. A ser sim, só por descuido ou daqui a muitos anos.
Na faculdade, já sentia o relógio biológico a fazer tic tac. Acabei por pôr a carreira à frente, depois quis aproveitar alguns anos de namoro, a dois, e o meu sonho cumpriu-se aos 27 anos. Depressa soube que queria ter mais filhos. Agora tenho duas e sinto-me realizada. Não sei se sempre será assim, se sentirei o apelo mais alguma fez (se sentiremos, deixem-me usar o plural), se fará sentido daqui a uns anos aumentar a família. Para já, não digo que sim nem que não. O mais provável é que não. A ser sim, só por descuido ou daqui a muitos anos.
Esta é a minha família. E ela basta-me. Ver a Luísa, cujo corpo é fogo de artifício e tambores assim que vê o pai, completamente apaixonada. Ver a Isabel a acordar e a perguntar se a mana já acordou. Ver-me a conseguir dar colo às duas, valham-me as minhas cruzes, e a tentar gerir tudo o melhor que sei, valha-me a minha sanidade e o meu coração.
Ainda não faço malabarismos arriscados, ainda não me sinto capaz de cuspir fogo enquanto faço um mortal encarpado, mas já consigo não chorar quando o número de circo não corre como sonhei. Já relativizo. Pus na cabeça que vai melhorar, que vai ser menos difícil, que as dinâmicas e as rotinas vão passar a fazer parte, de forma natural, das nossas vidas.
Ainda não arranjei grande solução para as crises da Isabel, naturais da idade e do impacto de ter um irmão a roubar-lhe algum protagonismo, nem sei bem ainda o que fazer quando está a chover e tenho de por as duas no carro sem que se molhem, e por aí fora. Mas, um dia, tudo se fará e não serão uns pingos de água que me vão amedrontar.
Ainda não faço malabarismos arriscados, ainda não me sinto capaz de cuspir fogo enquanto faço um mortal encarpado, mas já consigo não chorar quando o número de circo não corre como sonhei. Já relativizo. Pus na cabeça que vai melhorar, que vai ser menos difícil, que as dinâmicas e as rotinas vão passar a fazer parte, de forma natural, das nossas vidas.
Ainda não arranjei grande solução para as crises da Isabel, naturais da idade e do impacto de ter um irmão a roubar-lhe algum protagonismo, nem sei bem ainda o que fazer quando está a chover e tenho de por as duas no carro sem que se molhem, e por aí fora. Mas, um dia, tudo se fará e não serão uns pingos de água que me vão amedrontar.
Por enquanto, gozo a Luísa ao máximo, aproveito esta fase maravilhosa da Isabel, que me faz soltar gargalhadas e conjugo tudo o melhor que consigo.
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ResponderEliminarTão bommmm 😍 Revejo-me tanto nesse texto.
ResponderEliminarO instinto maternal nasceu comigo e sempre soube que queria ser mãe,fui aos 27,de uma princesa linda (suspeita!)
Também sempre disse que nunca teria só um filho,desejo que ainda não cumpri (infelizmente). A pipoca já está com quatro anos e o apelo da maternidade chama-me novamente 😉
Como se não bastasse,sou auxiliar de educação onde me entrego de alma,corpo e coração diariamente!!!
Haverá melhor?! 😛
É maravilhoso ser mãe. Cada dia apaixono-me mais um bocadinho pela minha menina e também tenho a certeza que quero ter mais filhos. Quantos ainda não sei ;p mas ser filha única deixou-me a certeza que a minha filha não o será.
ResponderEliminarEu nunca senti apelo maternal nenhum :) até ter sentido há pouco tempo, LOL
ResponderEliminarE agora acho que é a melhor coisa do mundo, também não quero que este seja filho único e o que eu queria mesmo mesmo era deixar de trabalhar quando houver mais que um... Chego sempre tão tarde e ando sempre a mil que o tempo nunca parece suficiente.. Ora aqui está uma coisa que nunca pensei que fosse sentir. Há coisas do arco da velha ;)
Anonima Catarina