1.25.2017

Ela está cansada e doente e quer a mãe, mas a mãe tem ir trabalhar

Sábado à tarde, a Irene começou a ter algumas secreções nos olhos. Achei que podia ser conjuntivite mas, para ter a certeza (além de ter enviado mensagem à pediatra), fui limpando com toalhitas próprias para os olhos. 

Nessa noite teve febre. Sempre mais nervoso para nós por causa da possibilidade de convulsão. Pareceu ficar tudo bem. Não ficou. Segunda fomos ao hospital e tem uma infecção respiratória, continua com febre e já passaram mais de 72 horas. 

Hoje devemos ir à médica dela (à espera de resposta) para reavaliar. 

Aqui pelo meio são três noites em que nenhuma das duas descansa. Ela toda entupida, com alguma tosse, com febre e depois a deixar de ter. Eu, com as barreiras da cama a espetarem-se-me nas costas, cheia de pontapés dela nas costas (confesso que até tem um lado agradável porque sinto que estou a dormir com a minha filha), preocupada com medir febres, assoar narizes, dar água, dar mama, dar mama, dar mama, dar mama. 

E no dia seguinte, o sol amanhece ignorando tudo o que aconteceu, como se fosse um dia normal para o mundo. Lembro-me dos primeiros dias de vida da Irene em que o medo da noite e o cansaço aliviavam só por saber que finalmente havia pessoas a viver a sua vida lá fora. Agora o sol significa que passou mais uma noite em que nenhuma das duas descansou e em que ela continua com febre. 

Acordei sem paciência porque ela estava a fazer um drama por causa de um ganchinho. Dei-lhe 200 ganchinhos, mas queria o único que não havia. Fez drama porque não queria que eu fosse tomar banho, não queria que eu fosse trabalhar. Ainda consegui ter um laivo de sanidade e dar-lhe miminhos antes de sair. Ela está cansada e doente e quer a mãe, mas a mãe tem ir trabalhar (mesmo que depois esteja a escrever um post no blog). 

Chego ao trabalho, com um ar terrível e perguntam-me o que se passa. Digo que tenho a filha doente e, a mãe que sai do outro carro diz "pois, isto anda péssimo, ontem à noite o meu filho vomitou imenso por causa da tosse". 

Estamos preocupadas, cansadas, até parece que também estamos doentes, mas temos de continuar a abrir o estore quando o sol nasce e ser mais uma daquelas pessoas que "vive a vida lá fora", apesar de termos os filhos doentes e o nosso corpo a gritar por sono.

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5 comentários:

  1. Como comprimento filho doente enternado no hospital e temos k vir trabalhar dormo de noite no hospital pai fica de dia aí k vida a nossa mas é mesmo assim beijinhos e as melhoras para a princesa

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  2. Marta Carapeta10:47 da manhã

    Bom dia
    Estamos no mesmo barco hoje.Conjuntivite,até agr sem febre mas muito entupida, ranhoca verde e muito impaciente e sem vontade de nada. As melhoras 😐
    Beijinho

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  3. Eu tive o meu filho, cinco dias, a vomitar. Dentro desses 5 dias, duas idas ao hospital para soro e medicação na veia. Como é possível alguém tão pequeno vomitar tanto? Os nossos corpos gritavam por uma trégua. O dele devido ao cansado que todo aquele esforço lhe provocou, as noites mal dormidas. O meu devido a tudo e mais alguma coisa, quanto mais não fosse pelo simples facto de vê-lo assim...prostrado....sem falar, sem andar. Aquele não era o meu filho! É difícil, muito difícil. Força Joana. Força mães que estão neste momento a passar pelo mesmo!

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  4. Em três meses quatro otites. Quatro antibióticos. Um internamento de uma semana por VSR. Mama. Muita mama. Nem uma noite bem dormida. Pelo meio troquei de emprego. Para mais perto mas para já instável. Não posso faltar como no anterior. Dói. Dói muito. As melhoras.

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  5. Porque é que não trocam de cama com o pai?

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