Ando a dar o meu melhor para não andar sempre tão em cima da Irene quando vamos ao parque infantil. Ela tem direito à liberdade e se não souber o que é cair, também não sabe bem como estar em segurança. Claro que não a deixo fazer coisas muito "estúpidas", mas avalio o risco e o quanto ela está feliz por fazer algo sozinha, por eu confiar.
Ora, isto tem resultado nuns bons tralhos! O mais estranho é que têm sido menos dolorosos do que quando eu andava em cima dela. Desta vez já caiu no chão de cimento (mas o rabo de cavalo amparou a batida da cabeça para trás), ja caiu de costas de um passarinho daqueles que têm uma mola no chão de pedrinhas, etc, etc. Calma Celininha (sogra), ela está bem. Tenho que a deixar aventurar-se! ;)
Está tão aventureira. Vamos sempre quase ao mesmo jardim desde que ela nasceu e é giro ver como mudam os interesses e a aptidões. Já tenta subir o escorrega pelo lado contrário e já quer descer sozinha! Algo que a Isabel já faz desde a segunda semana de vida, mas a Irene a nível deste tipo de coisas é mais prudente, vá! Ou tem uma mãe mais maricas!
Bom, o que tenho reparado e é nisto que quero falar-vos: vocês também têm o superpoder de os ver a cair em câmera lenta? Vejo tudo a acontecer tão devagar. Nunca na minha vida tive esta capacidade de ver as coisas a acontecer em câmera lenta. Que giro (e aflitivo, porque apesar de ser mais lento, não dá para fazer grande coisa a nãos er que estejamos em cima deles ou sempre a chateá-los com "cuidado, Zé Miguel!").
Acho mesmo que terá que ver com uma coisa animal (claro, visto que é o que somos ) e de caça. Quando estamos mesmo focados numa coisa, conseguimos percepcioná-la mais rápido e, portanto, mexe-se devagar.
Temos todas isto, não temos? Ou vou tentar ganhar dinheiro com isto? ;)
Já me aconteceu uma vez, recentemente até, ele a cair de uma espreguiçadeira, com a cabeça em direcção ao chão de cimento e eu sem reacção imediata. De resto tenho tido muito bons reflexos, às vezes fico mesmo surpreendida com a rapidez com que o agarro ou evito que alguma coisa acerte nele. Acho que desenvolvi essa aptidão! Mas normalmente sou das mães que deixa experimentar e não ando sempre em cima!
ResponderEliminarFaz parte! Tinha esse super-poder com a minha sobrinha, que é mais velha que a minha filha, foi com as quedas dela que aprendi a relaxar e deixar a minha aprender por ela, a ficar como estátua quando cai e só reagir se ela chorar ou pedir ajuda para se levantar! Claro que esta postura leva a que tenha nódoas negras nas pernas e já tenha tido uma enorme marca na testa, mas vai aprendendo e quando se magoa não chora muito, queixa-se, pede beijinho e segue caminho para a próxima aventura.
ResponderEliminarBem, espero que ninguém veja os filhos cair em câmara lenta como eu já vi. A minha filha já tem 7 anos e ainda me lembro das imagens.
ResponderEliminarEstávamos numa sapataria num conhecido shopping do Porto onde existiam uns poufs baixinhos que supostamente estariam na zona das crianças (o que não era o caso). Um deles estava atrás da minha mãe que não o tinha visto e ela resolveu pegar na minha filha que estava no carrinho, na altura tinha um ano. Eu estava noutra zona da sapataria e estava ao telefone. Quando a minha mãe a tirou do carrinho deu dois passos para trás, tropeçou e caiu de costas no chão. A "única" coisa que pensou em fazer foi agarrar com força na minha filha para ela não cair, mas para agarrar nela deixou-se cair desamparada e bateu com a cabeça no chão.
Eu vi isto tudo a acontecer em câmara lenta e ainda hoje consigo ver. Vi-as cair e claro, não consegui chegar a elas antes de chegarem ao chão. Agarrei logo na bebé porque ela ficou em cima da minha mãe não chegou a bater em nada. a minha mãe tinha sangue na testa e teve de ficar imobilizada até chegar o inem. eu não conseguia aproximar-me dela porque a minha filha desatava a gritar quando eu tentava perceber como é que ela estava. Eu consegui manter o sangue frio durante o tempo todo até que o inem a levou para o hospital e fiquei sozinha com a minha filha.
Não sei se alguém viu uma maluquinha a percorrer o shopping até ao carro a empurrar o carrinho da bebé e lavada em lágrimas, mas sinceramente na altura o shopping parecia vazio, não via nada à frente.
Acabámos a noite no hospital e a minha mãe teve muita sorte, acabou só com uma cicatriz na testa, mas a verdade é que podia ter acontecido o pior.
Juliana Costa