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10.27.2019

EXTREME MAKEOVER À JOANA GAMA - ou a rotina de beleza de que ninguém quer saber

Estão para aí todas histéricas - e histéricos - por saber o que este naco que é a Joana Gama põe naquela cara para ficar ainda mais linda, já sei. Por acaso a moça até tem jeitinho para se maquilhar, digo eu, praticamente leiga no assunto. Tirando o dia em que veio cá a casa, tinha a Irene um mês para aí, e , quando abri a porta, só vi umas maçãs do rosto muito marcadas e uns lábios muito rosa barbie (até hoje brincamos com isso), acho que a moça sabe não exagerar e ficar com uma make up leve que lhe realça a beleza natural. Juro que ela não me comprou com kinders para lhe fazer estes elogios.



Vejam lá este antes e depois, que vale imenso a pena, mais não seja porque filmei descalça dentro da banheira da Gama, arriscando-me a contrair pé de atleta ou assim.





Só para o caso de terem esbarrado connosco só agora, somos duas Joanas, uma com duas filhas e claramente mais cansada e lenta, uma com uma filha e claramente mais maluca: Joana Paixão Brás e Joana Gama respectivamente. Além deste bonito blogue, podem seguir-nos também  no instagram em amaeequesabe.pt e em joanapaixaobras e joanagama

Subscrevam este canal para conteúdos parvos e para outros de qualidade, que somos feitos de muita coisa, certo? Certo.

Ah! Só mais um recado: estamos a preparar mais um A Mãe É Que Sabe Ajudar, em que iremos a casa de uma recém-mãe ou grávida quase quase quase a parir, levar jantar, passar a ferro ou ajudar no que for preciso. Levamos presentes e, por isso, se as marcas desse lado se quiserem associar, são bem vindas. Email: amaeequesabeblog@gmail.com


10.24.2019

Falam do corpo com as vossas filhas?

Uma vez vi um programa na TV da Tyra Banks em que se falava de limites para aquilo que os nossos filhos conhecem sobre nós, sobre o nosso corpo e sobre a nossa intimidade.

Basicamente, entre outras coisas, toda a gente discordava da ideia de os filhos verem os pais nus em casa. Tomar banho com os filhos então, nunca. Apesar de compreender que não temos de ter todos o mesmo à-vontade com o corpo, de termos limites diferentes, de compreender que para algumas pessoas isso possa ser a forma de lhes ensinar que o corpo deles é íntimo e só deles – e que mais ninguém tem de ter acesso a ele - lembro-me de achar aquilo tudo impregnado de um puritanismo sem fim, sem qualquer contraponto. Parecia uma seita.

Se eu estivesse lá, teria dado o meu exemplo: vi várias vezes os meus pais nus, na casa de banho, tomei banho com os dois, ainda hoje tomo com a minha mãe se for preciso, e não é foi por isso que não aprendi que o meu corpo só a mim pertence, que sou eu que crio as minhas regras, e que não é por isso que a minha intimidade ou privacidade sai afectada. Pelo contrário, sempre vi nos meus pais – com as devidas ressalvas – uma família aberta a todo o tipo de conversas (uma versão mais soft da cena do Alfred Kinsley à mesa com a família a falarem sobre sexo, por exemplo). Isso ajudou-me a não ter medo de questionar, a não ter grandes tabus sobre nada. Não ter grandes tabus ajuda-nos a chegar a mais informação e a querer resolver uma série de questões íntimas.

Quero ter esse tipo de relação com as minhas filhas, respeitando, claro, a vontade e o direito delas a não quererem mostrar o corpo, a fecharem a porta da casa de banho, como é óbvio, ou a não quererem abordar alguns temas. Tudo legítimo. Mas, sinceramente, acho (ou espero) que o espaço de partilha e naturalidade com que abordo estes temas com elas lhes vai dar uma grande leveza.

Toda a gente sabe que nunca mais vamos sozinhos à casa de banho, desde que somos mães e, curiosas como são, já têm uma ideia, mesmo que por alto, para que serve um copo menstrual ou um penso higiénico. Acredito que isto levante para aí uma onda de criticas e o diabo a 4, mas eu prefiro ir-lhes explicando – em linguagem que percebam – o que nos acontece, mulheres. Que não tenham nojo do seu corpo. Que não tenham medo de perguntar. De falar sobre as coisas. [Não faço ideia se isto é ser demasiado liberal, mas cada vez gosto menos de rótulos]. É como funcionamos cá em casa. É aquilo em que acredito. Acho que esta abertura (tem piada esta expressão aqui) veio muito da minha mãe. O cuidado com a higiene íntima também. Desde sempre aprendi, com ela, que o produto com que lavamos o pipi não é o mesmo com que lavamos o corpo.

Que há todo um pH específico, uma flora a respeitar (e agora veio-me a Greta Thunberg à cabeça, desculpem-me a infantilidade) e sempre me lembro de ver o frasquinho ao lado do sabonete, na banheira. As minhas filhas também me vêem a usar produtos diferentes. E também elas já sabem que há um produto específico para elas, cor-de-rosa. Não sabia, mas descobri este ano a importância das nossas filhas usarem um gel ultrasuave para a higiene íntima diária. Usamos (usam elas) Lactacyd Girl. Tem de ser diferente do nosso porque elas têm um pH mais alcalino que o nosso. Além disso, é mesmo importante este cuidado porque têm a mucosa mais frágil, os grandes lábios são pequenos e não têm pelos púbicos, por isso estão mais susceptíveis. Sabiam que entre 80/90% das consultas pediátricas ginecológicas nas miúdas têm a ver com vulvovaginites? Eu já tive infecções e vaginites e sei bem o desconforto terrível que é, por isso, tudo o que puder evitar para que elas tenham, farei. Também não estão aconselhados banhos prolongados, de imersão; é importante usarem roupa interior 100% algodão, aprenderem a limpar-se (de frente para trás); e usar de preferência roupas largas e respiráveis é o melhor a fazer (as leggings dão imenso jeito, mas não são muito fixes, neste caso).

Esta é daquelas coisas em que ajuda muito darmos o exemplo. Assim, ficam com este hábito já enraizado, desde pequeninas, e ficam a saber que temos de tratar muito bem do
nosso pipi. Sem tabus, por favor.



*Pub - Post escrito em parceria com a Lactacyd

10.20.2019

Tive a Marie Kondo cá em casa!

Foi uma razia. A Joana Gama veio cá a casa com a Irene supostamente para as miúdas brincarem, mas quem se divertiu mesmo mesmo foi a Marie Kondo tuga. Eu já sabia que a Gama era toda organizada, mas não estava nada à espera que aquilo a que ela chamou "mandar as plantas mortas para o lixo" fosse uma limpeza daquelas à minha cozinha. Começou nas plantas, passou para as tentativas fracas de imitar tupperwares, pratos de plástico e copos das miúdas, decorações, foi tudo a eito, nem têm noção. 

Primeiro destralhar: "só precisas de 8 canecas!", depois tornar o espaço o mais minimalista possível, ganhando espaço para "esconder" tudo - até o azeite a Kondo bitchy me tirou do alcance. Já voltei a pôr no sítio, lamento, tem de estar ao lado do fogão. Mas foi divertido até. Eu tenho espírito para isto, se calhar se fossem vocês até lhe tinham dado um chuto no cu. Eu sei que preciso de ajuda nestas coisas. Apesar de achar que não tenho muitas coisas (roupa, sapatos nem grandes estantes, armários com tarecos e tralha), acabo por ter e - até - por ter dificuldade em me desfazer de muitas coisas. Vai-se a ver e sou acumuladora, num grau bastante reduzido, vá. Acho sempre "isto pode dar jeito para elas brincarem/colarem/recortarem" e vou guardando tralha. "Vou reciclar isto"; "vou pintar aquilo", "vou transformar isto em calções", "isto ainda vai dar jeito" e as coisas vão ficando, ficando, ficando. Acho que consumimos em demasia e custa-me deitar fora para comprar novo. Mas há um meio-termo que eu tenho de encontrar. 

Olhem, entusiasmei-me. A Joana Gama, em calhando, ainda dá uma perninha como personal organizer ou assim, que ela é talentosa para caramba nisto. Foi um alívio para mim e nem sabia que precisava mesmo disto. Cozinha já está bastante encaminhada (percebi que o destralhanço se vai dando com o tempo e não pode ficar só por aqui), móvel da sala foi hoje e - apesar de cansativo - foi ma-ra-vi-lho-so. Nunca pensei dizer isto sem estar a falar de uma viagem, de um filme ou de uma cascata de sushi, mas foi. Apetece-me viver. Ahah

Apesar das minhas graves dificuldades em desfazer-me dos tarecos, sobrevivi!
Percebem a postura da Gama, não é? Têm amigas assim duronas?


Racismo e homossexualidade: como explicámos às nossas filhas?

Bem, isto era para ser uma coisa e ficou outra. Deixámos a conversa fluir. A verdade é que, como pais, nunca temos certezas absolutas de como abordar certos temas, mas o mais engraçado é que, por vezes, nem temos de o fazer. Basta ver a forma descomplicada como eles resolvem os assuntos dentro deles e, afinal, somos nós que aprendemos uma grande lição: tudo é mais simples do que às vezes julgamos.



O que eu e a Joana Gama fizemos aqui foi um exercício sem termos aprofundado nenhum dos assuntos e sem estarmos sempre a tentar ser politicamente correctas no uso dos termos (as nossas opiniões são isso mesmo, com base na nossa sensibilidade e nos poucos documentários que fomos vendo, etc). Por isso, estamos à espera que venha desse lado mais alguma biblioteca sobre estes assuntos, sim? E até ajuda para a forma como nos referimos a "preto", "branco", se empregámos de forma errada a "etnia", etc. Queremos aprender. Sem "hate" desse lado, por favor.

Vamos a isso?





Entretanto podem seguir-nos também nos nossos instagrams: JoanaPaixaoBras e JoanaGama e claro, amaeequesabe.pt

Temos novo podcast, desta vez sobre sexo (estou corada só de pensar que vão ouvir, caraças).
Mas vá, coragem.

10.10.2019

À leitora: ando cheia de mim, sim, e ainda bem!

Olá leitora que disse que eu andava tão cheia de mim que até enjoava. 

E ando. Ando cheia de mim, finalmente. Não sei se vomidrine fará efeito nestes casos, mas talvez afastar-se de "mim" temporariamente (ou desistir por completo) e rever por que razão isto a faz sentir-se mal disposta fosse mais produtivo.

Finalmente ando a tentar encher o que andava vazio. Finalmente consigo ter mais auto-estima e ir ganhando mais confiança. Se todos conseguíssemos encher mais um bocadinho o que anda vazio - de emoções, não de coisas -, se todos pensássemos um bocadinho mais em nós, se conseguíssemos enchermo-nos de coisas boas, talvez o mundo ficasse um bocadinho melhor, talvez não andássemos todos tão frustrados, tão magoados, tão revoltados, a ver o que os outros têm e nós não; o que os outros são e nós não. Se isso lhe faz confusão, talvez devesse rever, em si, por que razão isso a faz sentir algo negativo. Normalmente projectamos nos outros inseguranças nossas.

Percebi que deveria - enquanto consumidora de conteúdos, de redes - deixar de seguir algumas pessoas quando estive na eminência de lhes enviar mensagens ou comentar a forma como aquilo que diziam ou mostravam me incomodava, de certa forma. Como tenho, além de dedos no teclado, alguma consciência, antes de carregar no enter, apaguei e fiz unfollow. Até que ponto tenho de ser eu a definir o que os outros devem ou não mostrar, dizer e pensar? Até que ponto a minha opinião seria construtiva ou traria algo de bom àquela pessoa? Por que razão eu iria continuar a sentir coisas negativas a respeito de pessoas que eu nem conhecia e às quais só acedo a uma ínfima parte? Era bom para quem aquilo? Eu respondo por si: para ninguém.

Que bom que é eu andar numa fase em que me sinto mais cheia de mim, sem tanto medo de fazer ou dizer o que bem me apetecer, de falar sobre os assuntos que me interessarem com o tom que me surgir, de me mostrar em biquíni quando eu bem entender ou enrolada num lençol amarelo às pintas. Liberdade, tão bom que é vivê-la. E nada disto tem a ver com humildade ou falta dela. Nem tudo o que publico, penso e digo gira em torno de mim e do meu ego. Não ando propriamente apaixonada por mim, a olhar-me no reflexo da lagoa. Mas - e já o disse aqui - tendo começado a resolver várias coisas que me afastavam de um amor-próprio que tanta falta nos faz (porque não me castra, porque me lança para a frente, me desafia), estou sim, mais consciente. Do meu poder em mudar aquilo que penso e sinto sobre mim e sobre o que me rodeia. Do que posso melhorar. Gustavo Santos encarnou em mim e manda um oi.

“A tua opinião sobre ti próprio torna-se a tua realidade. Se tens todas essas dúvidas, então ninguém vai acreditar em ti e vai correr tudo mal. Se pensares o contrário, o contrário vai acontecer. É simples.” 50 cent - falei sobre isso aqui.


Linda comó sol - e pode olhar-se de frente 


E só para não dizerem que estou cheia de mim, passo a publicidade à minha clega, que eu adorooooo (a ver se me perdoa a dívida do almoço do outro dia). A Gama vai dar espectáculo com a sua outra clega, aquela super gata, a Rita Camarneiro (que agora está com os olhos todos lixados que é para ver se aprende o que é ser uma pessoa que é só médio-gira). É no próximo dia 24 no Maxime Comedy Club e era giro se se sentassem ao meu lado na plateia, a mostrar que não é por sermos pais que não sabemos rir a bom rir (eheh malucos do riso). 




Domingo voltamos com vídeo novo no Youtube, stay tunned (tão jovem que ela é). Subscrevam, pá.
Ciau!!!


10.08.2019

Joana Paixão Brás: O que ando a ver #02

Tenho visto mais TV do que lido. Mesmo assim, consegui ler uns 5 livros este verão (um deles adorei - “Só o tempo o dirá”, do Jeffrey Archer, que já emprestei à minha mãe e que ela leu em três tempos - queremos os outros dele!!!). Bem longe da quantidade de livros que eu devorava antes, mas vá, já me voltei a entusiasmar. Agora estou a ler um mais técnico: Educar pela Positiva - quando acabar, digo.

Mas bem, vamos lá ao que ando a ver ou vi recentemente.

Oh para mim a VER.
Já decidi que esta rubrica vai ter sempre fotos
zero relacionadas com o assunto.
A ver.

Série UNBELIEVABLE
Minissérie na Netflix com 8 episódios, sobre uma miúda que é violada. Mas será que foi mesmo? A polícia acha que não. Aliás, acusa-a de mentir. Anos mais tarde, noutro estado, duas polícias [uma delas a Toni Collette, que eu amo], encontram casos semelhantes ao descrito. Ficaram convencidos a ver?


Documentários EXPLAINED (ou RESUMINDO)
São episódios curtos sobre os mais diversos temas: por que não resultam as dietas; cultos; milionários; crise da água; por que ganham as mulheres menos; música... e por aí fora. Super bem feitos, rápidos, interessantes! Tenho aprendido imenso a cada episódio, andei viciada a ver todos (até os que achava, pelo título, mais desinteressantes) E agora a Leonor da Cadeira da Papa disse-me que havia também episódios sobre o cérebro “The Mind - Explained” e já comecei a ver o dos Sonhos. A-D-O-R-O!


Filme CALL ME BY YOUR NAME
Foi seguramente o meu filme preferido de 2017 e já está na Netflix. É a história de um amor nos anos 80, com o Timothée Chalamet (que ator, Deus meu!). A banda sonora é fantástica, adoro as personagens e chorei baba e ranho no fim: a descoberta, a paixão, a impossibilidade. Nota para a conversa entre pai e filho. Li recentemente - vai ter sequela. Que boa notícia! Vejam, vejam e venham cá dizer o que acharam.

Próxima coisa que está na minha lista: Joker, claro. Tenho a certeza de que o Joaquin Phoenix está brilhante, estou em pulgas [o homem cá de casa já viu e ainda aguçou mais a minha curiosidade!].
Quero séries filmes e documentários para a troca, combinado?


10.06.2019

Piolhos?! Solução nova!

Tentem ler este post sem se coçarem. Já está, não é? Agora imaginem eu! Em Junho, as miúdas vieram de férias carregadinhas de piolhos. Se calhar já iam e eu não tinha reparado. Assim que vi um a passarinhar no cabelo da Luísa, o meu cérebro voltou até à minha casa de banho cor-de-rosa em Santarém, em 1992, e lá estava eu, de cabeça no colo da minha mãe, sobre uma toalha branca, e ela à caça de piolhos na minha cabeça. Horas daquilo. Horas! 

Já sabia o que tinha a fazer, agora que as minhas filhas tinham apanhado, pela primeira vez, piolhagem: Paranix(Loção de Tratamento, eficaz em apenas uma utilização) naqueles cabelos lindos e brilhantes e tentar não me enervar muito, enquanto me coçava toda. E foi quando, ao tomar banho com Champô de Proteção contra Piolhos e Lêndeas, numa de prevenção, me apercebi logo que também eu tinha apanhado. “Engraçado” (completamente entre aspas) que ter piolhos é super comum, já todos sabemos que não é sinal de falta de higiene e que acontece a todos, mas, mesmo assim, não consegui não entrar em paranóia. Lençóis a 60 graus, toalhas e mais toalhas, roupa e pijamas novos todas as noites, naqueles primeiros dias, e até peluches. Escovas bem lavadas, fechadas num saco e enfiadas no congelador. Claro que tive de fechar os olhos aos estofos do carro, ao sofá, às almofadas que não podem ir a lavar, ao capacete do skate e dos patins... e rezar.



Agora já não é preciso rezar (pelo menos por esta razão). Criaram Paranix Spray para o Ambiente, para ser precisamente usado em tudo o que não pode ir à máquina: desde carpetes, a sofás, a colchões... Mas como é que ninguém se tinha lembrado disto antes?! A ideia é evitar reinfestações - que foi o que nos aconteceu, claro, que um mal nunca vem só. Culpei o facto de dormirem juntas - e eu com elas, muitas vezes - culpei as toucas na natação, que às vezes trocam, culpei todas as crianças deste mundo que se cruzaram com elas, culpei-me a mim, que não lhes prendi o cabelo como deve ser todos os dias antes de irem para a escola. Vá, já passou. Inspira, expira. Ainda bem que há cada vez mais soluções para que estes bicharocos não levem a melhor. Acabei por lhes cortar o cabelo ainda um bom bocado, até para ser mais fácil passar os pentes durante o tratamento, etc, e foi o melhor que fiz.



Da próxima vez já tenho o kit completo Paranix, mas espero sinceramente que seja só daqui a muitos anos :) e, já agora, que a sorte não seja macaca só porque estou aqui na foto a mostrar-vos como usar Paranix Spray para o Ambiente sem precisar (que não seja como abrir o guarda chuva dentro de casa). Xô, piolhos! Já me cocei outra vez. E vocês?

*Post escrito em parceria com Paranix



Spray para o ambiente é 100% eficaz em 10 minutos, numa só aplicação - Brunton E., 2015. Apenas em piolhos.
Loção e spray de tratamento são 100% eficazes numa aplicação. Champô de tratamento é 100% eficaz - Estudos in vitro e ex vivo demonstraram a eficácia de Paranix Loção de Tratamento contra piolhos e lêndeas após um período de aplicação de 10 minutos. Paranix Loção de Tratamento é um dispositivo médico para o tratamento de pediculose. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.  Apenas para uso externo. Evitar o contacto com os olhos e as mucosas. Não usar em caso de alergia a algum dos ingredientes. No caso de irritação, comichão ou hipersensibilidade, suspender imediatamente o tratamento e lavar o cabelo com o champô normal. Indicado para crianças com mais de 6 meses. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Paranix Champô de Proteção é um dispositivo médico utilizado para prevenção da disseminação da pediculose. Apenas para uso externo. Não engolir. Não utilizar em pele irritada. Evitar o contacto com os olhos e mucosas. Não usar em caso de alergia a algum dos ingredientes. Não indicado para crianças com menos de 2 anos. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.
Paranix Spray para o Ambiente é um produto Biocida. Não usar no couro cabeludo. Utilize os biocidas com cuidado. Leia sempre o rótulo e a informação relativa ao produto antes de o utilizar. Manter fora da vista e do alcance das crianças.

Não temos sossego com a Luísa!

Que tínhamos uma filha-furacão, já sabíamos. Não sabíamos que ia começar a partir cabeças, a por medicamento da avó na boca e o diabo a sete. A Luísa é fogo. Até termos a Luísa, não sabíamos o que era ter uma filha tão curiosa e destravada. Sempre pronta para o disparate e para a aventura. O nosso coração tem andado num sobressalto nas últimas semanas. 

Senão vejamos.

Ainda não vos contei o que aconteceu quando estávamos em Miami, pois não? Assim de forma resumida: parque infantil, queda (que não vimos), queixa-se da cabeça, fica sonolenta nas próximas horas, sem energia, vomita a caminho do hospital. Eu já a pensar que não tinha escapado a um traumatismo, a querer chorar desalmadamente, mas a tentar transmitir calma. Que nunca tenham de passar por nada disto, é o que vos desejo, principalmente por não estarmos no nosso país. Torna tudo mais assustador. Não foi nada, ficámos atentos, siga.

Anteontem, quando já estava na cama e eu saí para lhes ir buscar água, levanta-se e vai até às cortinas, puxa aquilo com força quando eu estou mesmo a entrar e vejo o varão a cair-lhe mesmo em cima da cabeça. Primeira coisa que diz, desatando num pranto: "desculpa, mãe". Meu amor gigante. Ao contrário da outra vez, nesta há sangue por todo o lado, eu com as duas sozinha a hiperventilar mas sempre com uma voz calma que me vem sei lá de onde "vai passar, meu amor. Tem calma, respira fundo". O caminho para a casa de banho parecia traçado a giz vermelho, pus toalha a estancar, fui buscar gelo, telefonei para a Saúde 24 quando vi que estava a estancar antes de sair para as urgências. O David entretanto chegou. O golpe foi pequenino (aquela zona deve ser mesmo mesmo irrigada, caraças), fechou por si, não a deixámos dormir na primeira hora, bem-disposta e sempre atentos. 

Entretanto, caiu sábado de uma cadeira (estão a ver o género, não estão? Estáaaaa sempre a acontecer alguma coisa, não pára quieta). Domingo pôs um comprimido da avó na boca (ainda bem que é amargo e mandou fora, mas já deu para imaginar que tinha engolido outros e que teria de levar uma lavagem ao estômago ou sei lá). 

A lista não tem fim. Sempre ouvi histórias de miúdos dados a cabeças partidas e idas ao hospital continuas mas, com a Isabel, calculei que nos tivéssemos livrado. Tirando o dente partido, não há assim muitos mais incidentes. ´
Com a Luísa? Talvez tenha começado comigo, quando caí com ela - bebé - para não pisar o cão (ela saiu ilesa, eu nem por isso).
- Caiu do carrinho das compras, na véspera de fazer um ano - nem vos conto o susto, fomos de ambulância para o hospital, todo um aparato e uma médica que só faltou chamar-me coisas feias.
- Uma vez, com um ano e meio, que furou a língua de uma ponta à outra, com uma colher, seria? [a língua quase se separava, eu ia caindo para o lado] de uma forma que ainda hoje se vê a cicatriz (no hospital não fizeram nada, se bem me lembro...). 

[Isto a juntar ao mês inteiro que ficou sem andar, com uma sinovite temporária da anca; mas, vá, já estou a falar de algo que nada teve a ver com a tendência para o desastre ;)]

Pronto, acho que já dá aqui uma lista grandinha de sustos. Era agora dar um descanso aos pais durante uns anos, já está bom.

E os vossos? Também vos dão dores de cabeças destas?



Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project





10.01.2019

Não sei que atividades escolher para as miúdas!

E acho que nem elas sabem bem. A ideia vai ser experimentarem esta semana as várias para conseguirem escolher. A Isabel teve, no ano passado, expressão dramática. Gostou muito mas disse-me que, este ano queria mudar.

Elas já têm natação, 1 vez por semana. Já o disse aqui, não faço questão de enchê-las de actividades extra-curriculares. Gosto que tenham tempo em casa, sem horários, sem planos. Gosto de ter tempo com elas, sem andar na correria do ir levar - ir buscar. Coitados dos meus pais que andaram comigo para todo o lado, todos os dias da semana. Eu gostava muito, conseguia conciliar tudo e não deixava de ser boa aluna (óptima, na verdade) por causa disso. Mas agora - como mãe - vejo bem que era um exagero. Uma prisão para os meus pais também (e éramos dois filhos). 

Acho-as pequeninas demais para andarem em tudo o que existe. Claro que amava que andassem já na música, no teatro, a Isabel adoraria ir para o futebol, mas calma. Têm tempo. 

Todas as actividades que quero acrescentar à natação (que é à segunda-feira) são dentro da escola e ali por volta das 16h. Inglês, ballet, expressão dramática, yoga. Yoga está já excluído porque coincide com a natação. A Luísa quer ballet, mas é logo a actividade mais cara, 25€. [Por pouco mais andam as duas na natação e custa-me um bocado, confesso. Também por pouco mais, andariam as duas no inglês, na escola]. Bem, mas parece-me que vai ser essa mesma. Esta semana podem experimentar as aulas e decidir ou ajudarem-me a decidir. 

E vocês? O que escolheram este ano (se é que escolheram alguma coisa)? 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project



E se o 50 Cent tiver razão?

Sabemos a teoria: mais do que dizer como se faz, é fazer para que vejam. Mais do que ensinar-lhes que têm de dizer olá, agradecer, serem gentis com os outros, é preciso que nos vejam a fazê-lo. Que nos vejam a sê-lo. Mais do que dizer que são corajosas e fortes, ou que não faz mal chorar, ou que nos podem contar sempre tudo, é preciso que nos vejam ser corajosas, ou até a chorar, ou contar-lhes coisas sobre o nosso dia ou sobre nós para que percebam que há espaço para partilha, que não é unilateral. E que também nos vejam pedir desculpa, a reconhecer que erramos.

Mas será que o que dizemos sobre nós próprias à frente delas, não define também em parte as coisas que vão pensar e dizer sobre elas? Tenho uma grande amiga (olá Millia!) que há muito me diz que as expressões que dizemos sobre nós - “ai que parva!” “sou mesmo trapalhona”-, os rótulos que nos colocamos, mesmo que com sarcasmo ou no gozo, definem muito do que sentimos sobre nós, limitam-nos, e isso condiciona-nos muito. “Se não dirias isso à tua melhor amiga, não o digas de ti própria”. Sou muito castradora em relação a mim. Dantes achava que não era mau ser tão crítica e exigente, que era melhor ser a primeira pessoa a baixar as expectativas sobre mim para não defraudar ninguém e que até tinha graça. Talvez fosse apenas insegurança, mas eu até o via como um exercício pragmático de humildade. Só que o que achamos sobre nós, a prateleira onde nos arrumamos, pode definir muito aquilo que conseguimos atingir.

O 50 cent (sim, estou a citar o 50 cent eheh) disse uma coisa muito gira: “a tua opinião sobre ti próprio torna-se a tua realidade. Se tens todas essas dúvidas, então ninguém vai acreditar em ti e vai correr tudo mal. Se pensares o contrário, o contrário vai acontecer. É simples.” Se formos mais optimistas, mais positivos e mais gentis, coisas boas virão. Dantes acharia este discurso boring e demasiado concurso de beleza, agora acho-o essencial até (chamem-me velha). Por isso, mudar o mindset só pode ser bom. Sermos boas para nós próprias, sem estar sempre a acrescentar camadas de culpa, camadas de julgamentos, sem estarmos a reforçar sempre o que temos de “errado”, é libertador. Ainda estou a aprender a fazer isto, não é de um dia para o outro. A linguagem e o pensamento treinam-se. E conseguem mudar o (nosso) mundo.

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project


E é isto, por hoje. Espero que tenham gostado e assim me despeço, com cordialidade (haha),



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9.30.2019

Então e para quando o terceiro filho?

É uma das coisas que mais me perguntam: então e para quando o terceiro filho (ou versão: então e vais ao menino?)? Acredito que quando se tem três se pergunte se vão ao quarto. Ou se vão ficar por ali, em tom de brincadeira. E quando se tem quatro se pergunte se foi planeado (ahah que horror...).

Para desilusão de alguns - sinto-, não planeio ir ao terceiro filho, pelo menos nos anos mais próximos. Tenho 33 anos, duas filhas, de 5 e 3 anos. É certo que em sonhos antigos, com esta idade, já teria uns quatro filhos, mas guess what?: mudei de ideias. Para dizer a verdade, eu não jogava com o baralho todo antes de ser mãe. Não é que agora jogue, mas pelo menos percebi que, nestas coisas, não se pode fazer demasiados planos. Não dá para definir isto antes de ter a experiência. É ir vendo, passo a passo, como estamos, como nos sentimos, como vai a vidinha, o que queremos realmente, do que queremos abdicar ou não. 

Estou numa fase mais auto-centrada agora. Claro que as minhas filhas vêm em primeiro lugar, mas sinto que estou, finalmente, a conseguir ter espaço para ambas e para mim. Para algumas pessoas isto não é importante, há outras prioridades, ou conseguem fazer outro tipo de malabarismo que eu não aprendi a fazer, ou fecham os olhos, lançam-se num próximo filho e "tudo se faz" mas, para mim, um filho, neste momento, não vinha nos planos. E não vem, só se o DIU me falhar. 

A novidade é que dantes este era um tema que me causava algum desconforto. Sentia que estava com as minhas prioridades trocadas e que se quisesse mesmo fazer outras escolhas, poupar nas viagens que fazemos, comer menos fora, deixar-me de querer ter tempo para mim, conseguiria ter mais filhos... mas agora não. Agora sinto que não tenho de ter mais filhos. Que não está escrito. Que não é suposto. E que não preciso de ter. Que estamos bem assim. Que somos uma família linda e completa. E que as minhas escolhas não têm nada de errado. Que estão certas, porque são as minhas. Dantes queria muito trazer ao mundo pelo menos mais um bebé, mais uma criança fantástica, ter o prazer de descobrir tudo de novo, criar mais relações entre todos que nos fizessem crescer, ver mais alguém tornar-se adulto. Mais amor, mais hormonas, mais vida. 

Agora quero ser feliz com o que tenho. Que já é tanto. Que continua a ser um desafio, mas que me dá tanto prazer. Que já me preenche tanto. Que já tanta alegria dá a tanta gente. 

Fiquei comovida hoje a ouvir, no quarto ao lado, a minha mãe a brincar com as miúdas. Estava a ver uma série, deitada na minha cama, a descansar. E ouvi as gargalhadas. Acho que agora estou mais atenta a tudo. Estou diferente. A aproveitar tudo melhor. [Mesmo que cheia de dúvidas, de momentos de desespero, de momentos em que não compreendo nada, nem me compreendo a mim]. Só que também por estar mais sensível, sinto tudo mais. Estou mais alerta. O que era bom agora é óptimo.

Agora eu, agora nós. Só (tanto) nós. 

Depois, logo se vê. 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project

Mais alguém que sinta que já fechou mesmo a loja? Ou que dificilmente aumentará a família?



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9.22.2019

Tudo sobre a minha operação plástica

Não é novidade que a Joana Paixão Brás fez uma operação às mamas. E agora que já perceberam que não foi a Gama que se operou toda (só ao nariz), vou parar de falar na terceira pessoa. É verdade, fiz uma mastopexia periareolar com implantes há 3 meses.




Explico tudo neste vídeo, respondo às perguntas que mais me fazem sobre este assunto, e há bónus! Conseguimos ligar ao meu médico, o Dr. João Bastos Martins, para esclarecer umas questões que a Joana Gama tinha, no que diz respeito à anestesia geral ou à vontade de meter um kg em cada mama. Uhmmmm...





Caso tenham ficado com dúvidas depois disto, comentem, que vou tentar responder e, caso não consiga, posso pedir ajuda ao Dr. João.

Já escrevi várias vezes sobre isto no nosso blogue mas, como sou uma querida, deixo aqui os links todos:


Caso queiram falar directamente com o médico, deixo-vos também os links do instagram e do site.

Subscrevam o nosso canal no youtube, activem o sininho, e assim não perdem nenhum vídeo ;)

Estamos também no instagram, claro, e em @joanapaixaobras e @joanagama

E antes de se irem embora, lembrar-vos de que já saiu novo episódio do nosso podcast em que falamos de tudo menos de maternidade e que, desta vez, foi sobre os nossos maiores sonhos: o meu é cantar. Falamos sobre os Onda Choc, o Ídolos e tudo o que ainda me falta fazer. Ah! E ainda canto um bocadinho, cheia de vergonha...
Além do Spotify, podem ouvir no SoundCloud, Apple Podcasts e Anchor FM. Basicamente omnipresentes. 




E só para terminar - irra que ela não se cala - se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com, sim? Sim! ;)

9.16.2019

Marraquexe: a primeira viagem com amigas

Acho que a ideia partiu de mim numa tarde de piscina. E se fossemos a Marraquexe, só "gajas"? Em pouco tempo estávamos a comprar os vôos e a marcar o riad.
O David ficaria com as miúdas e eu iria ter uma experiência nova, com amigas, num país que quero há muito tempo conhecer. Combinado. Siga para a aventura.



ONDE FICAR

Vimos milhares de opções, mas tínhamos já uma decisão tomada: queríamos estar perto do centro, na medina, andar a pé até à praça Jemaa El-Fna, de possível com uma piscina para nos refrescarmos, e teria de ser algo em conta. Descobrimos o Riad Slitine e encaixava nos requisitos, além de que ficava a 200 e poucos euros a cada, uma semana, com pequeno-almoço. E ainda tinha aquele ar que procurávamos: portas e decoração marroquinas, arcos e duas piscinas (uma micro mas muito querida e mais reservada, com cactos). Ficámos em quartos comunicantes - dois quartos - e a casa de banho ficava no meio, grande, com banheira no meio, alta, chuveiro à parte e, noutra pequena divisão, a sanita. Perfeito para amigos terem a sua privacidade. Tudo limpinho e cheiroso sempre. Pequeno-almoço simples, mas bom, junto à piscina, com compotas caseiras, pães, bolos, sumo de laranja natural, chá ou café e ainda pedimos ovos mexidos. Gostámos imenso de todos os empregados, sentimos ambiente familiar (a filha da Thouaria, a senhora que tratava dos pequenos-almoços, estava sempre por lá, a dançar), mas há um que ficará especialmente no nosso coração: o Abdel, da recepção, que nos deu as melhores dicas. Adorámos (ah! pormenor que não é assim tão pequeno: servem álcool e que bem nos soube beber uma cervejinha fresca ou um vinho marroquino de vez em quando, junto à piscina).




O QUE FAZER

Como íamos com vontade de descansar um bocado, além de bater perna nos souks, é um bom programa ficar na piscina umas horas, a conversar e a ler, certo? Done. 
A maior parte do tempo foi passada a andar pelas ruas e ruelas, a ver as cores e os cheiros, a regatear preços de malas e babuchas, a comprar especiarias e a beber chá. Fiquei fã daquela cidade. As pessoas são simpáticas, metem-se connosco, mas não senti que "tirassem pedaço". Nunca sentimos medo e chegámos a caminhar à noite, depois do jantar, nas calmas.

Depois, fomos a quatro sítios que vos recomendo:

- Palácio Bahia - um dos mais bem conservados exemplares da arquitectura marroquina (este é mesmo um must go; 7€ a entrada)
- Palácio El Badi - foi construído após a batalha de Alcácer Quibir, era um dos maiores do mundo árabe, mas foi destruído para não fazer concorrência a outros (está em ruínas), 7€ a entrada
- Le Jardin Secret - é um pequeno jardim, sem qualquer barulho a não ser passarinhos e água, no meio da medina. Têm a opção de subir à torre, com uma mini-visita guiada; entrada 6€, subida 3,5€
- Jardim Majorelle - obrigatório. Como já fomos perto do fecho e já estávamos cansadas de tanto andar, acabámos por visitar o jardim e o museu berbere (deixando para outras núpcias o museu yves saint laurent) - 10€ a opção que escolhemos


ONDE COMER

Em todo o lado, basicamente. Na praça central Jemaa El-Fna há barraquinhas e comida a ser feita à nossa frente, onde se consegue provar um pouco de tudo (ver se os preços estão expostos ou fechar logo o preço ao pedir, para não pagarem tanto quanto nós, cerca de 20€ por pessoa - comemos muito e bem, porém). Claro que provei também os caracóis que vendiam na praça: sabiam que, ali, o molho que fica na taça é tipo caldo para se beber?
Na primeira refeição que lá fizemos, num restaurante pequenino, uma tajine de frango eram 4,5€ e estava excelente, assim como o couscous de vegetais.
Depois, jantámos uma vez umas pizzas no Cafe de France - tem uma vista linda sobre a praça e ficou por volta de 14€/pessoa.
Marraquexe está cheio de restaurantes da moda giros e, claro, também mais caros, acima dos 25€/pessoa. Experimentámos dois: o Nomad (comida e serviços muito bons, além de ter um terraço com luzinhas e um ambiente especial) e o Le Salama, tudo delicioso (o peixe era incrível) e num ambiente muito giro, com dança do ventre, plantas por todo o lado e até no tecto e um serviço muito bom. Foi o meu preferido, ideal para um jantar que queiram mais compostinho, romântico ou de aniversário. Ou de amigas, claro ;)


Se a ideia for não gastar muito em refeições, também conseguem, claro, mas achei os preços bastante próximos aos de cá.  

OUTRAS DICAS:

- Trocámos euros por dirhams no aeroporto de Marraquexe, logo à chegada

- Deram-nos logo no aeroporto um cartão SIM da Marroc Telecom, que carregámos com 50DH (+5€) para 5GB, para dividir por todas (a Raquel levou um daqueles aparelhometros wifi-não-sei-o-nome). Também encontram cartões à venda em lojinhas. Atenção que para os gigas ficarem todo disponíveis têm de pôr o código e *3 - leiam bem as instruções. O recepcionista do Riad ajudou-nos com isso).

- A app MAPS.ME é fundamental para termos acesso aos mapas offline

- A app Splitwise dá imenso jeito para ir dividindo despesas, sem termos de estar, a cada almoço/jantar, a contar trocos - assim ficamos a saber quem gasta o quê e no final ajustamos contas

- Regatear faz parte, é cultural. Eu sou a pior pessoa do mundo para o fazer e cheguei a estragar negócios a amigas por não saber fechar a matraca - quase me queriam fechar no Riad LOL -, mas a verdade é que, se o preço não estiver marcado, o valor que vos dão NUNCA é o valor final, normalmente é o dobro do final. A ideia é descer para mais de metade, para acertarem pela metade, pelo menos. Se comprarem mais coisas então no mesmo espaço, é para descer para bem mais de metade. Mas não me peçam técnicas, não consigo e prefiro peço desculpa por existir. Boa tarde.

- Se quiserem tirar fotografias a lojas, a barraquinhas de sumo, a pessoas seja em que circunstância for, têm de perguntar sempre antes e prepararem-se para pagar (aconteceu-me filmar um bocadinho de um espectáculo de rua, público, e ter logo a seguir os artistas a exigirem dinheiro). Faz parte por lá também. 

- Fomos no mês mais quente, em agosto, (chegámos a apanhar 50 graus, mas eu era a única das 4 a queixar-me, não devia estar assim tão mau LOL), por isso, caso sejam loucas como nós, é levar chapéu, comprar águas a cada esquina, beber suminhos de laranja (arrisquei no gelo, mas já estava por tudo - e correu bem) e a levar roupa e calçado confortável. Andei sempre com as mesmas xanatas, as que já sei que são confortáveis, sempre. Roupa fresca.

- Há imensas excursões possíveis para conhecer outros pontos de Marrocos. Optámos por uma viagem de dois dias (para lá demorámos 12 horas de bus) até ao "deserto", em Zagora. Está entre aspas porque eram duas dunas, basicamente. Tendo estado já no deserto dos Emirados Árabes Unidos, foi uma anedota. Não gostámos muito do acampamento, nem da comida, nem do espectáculo berbere (claramente nada muito talentoso e pouco preparado).
Valeu - apenas - pela passagem em Ait Ben Haddou, património da Unesco, fundada no ano de 757, onde filmaram dezenas de filmes e séries (no Game of Thrones, é um dos cenários) e que é absolutamente fantástica. Aprendemos coisas muito giras com o guia, o Ibrahim, como o facto de as casas terem 4 torres, uma para cada uma das 4 mulheres do homem da casa (kashbahs). Vimos como faziam as pinturas e tivemos tempo para percorrer tudo até lá acima e ainda beber  um chá ou uma água dentro de uma daquelas casinhas de barro. Aprendemos sobre a vegetação e sobre o rio que por lá passa.
Outra localidade interessante por onde passámos foi Ourzazate, onde nos serviram um chá e fomos a uma loja ver confeccionar tapetes (um projecto giro onde apoiam mulheres) - aprendemos as diferenças entre os de lã, fibra de cacto, camelo, etc e ainda vimos como construíam as casas, com palha e barro; comprámos chá e especiarias numa loja local; e apanhámos chuva, abençoada.
Fomos 6 dias e uma manhã, se fosse agora, teria talvez escolhido uma excursão só de um dia (sem deserto) e teria ido conhecer outras coisas em Marraquexe.

Notas finais (e agora senti-me à secretária da faculdade, numa frequência):
Adorámos Marraquexe. Adorei a comida, os mercados, o ambiente. Gostei imenso de ter ido com amigas e adorava fazer todos os anos uma viagem com elas. Rimo-nos muito, foi muito bom. Mas este é um destino excelente para ir a dois também e - fizeram-me várias vezes esta pergunta no instagram - em família também. As minhas filhas teriam adorado. Iam achar que estavam no filme do Aladdin o tempo todo. Caso eles não alinhem em comida mais condimentada, há imensas opções com carbonaras, pizzas, hamburgueres, saladas. O ambiente é seguro, simpático. E não fica uma viagem cara (só se se estragarem muito em compras).

Alguém a pensar ir?


[Tenho mais dicas e vídeos nos meus stories aqui]


9.15.2019

Que Joana vai ganhar no jogo das 5 perguntas?

Quem será... será.... ... ... Façam as vossas apostas!



Muito provavelmente acertaram na pessoa que vai ganhar. Não intereeeesa! O que interessa é participar ;) Querem experimentar fazer o mesmo com as vossas amigas? ;) Pode ser giro! Pelo menos lembram-se de mais coisas para falar da VOSSA vida, ahah.




Subscrevam o canal, comentem, façam like que todos os domingos há um vídeo novo para vocês, yes?

 




Aproveito para vos dizer que ontem saiu o segundo episódio do nosso podcast "a Mãe é que sabe" em que falamos de tudo menos de maternidade - só para desenjoar um bocadinho. Está disponível no Spotify, SoundCloud, Apple Podcastas e Anchor FM. Aproveitem para fazer boas reviews que, como ainda é novo, a Apple ainda está a ver se vale a pena ou não ;)





Para além disso,se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas primeiras fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. Ok?

9.09.2019

Sou má mãe?

Sei que esta pergunta já vos deverá ter passado, pelo menos uma vez, pela cabeça. Talvez não como "sou má mãe?" mas como "fui má mãe"?. 
Li algures que só pelo facto de questionarmos, de sentirmos que pudemos ter falhado em alguma circunstância, significa que nos preocupamos e, por isso, não somos. Se fossemos más mães, não queríamos nem saber.

Ontem questionei-me. Depois de um dia fantástico de praia e de cansaço, não estavam a jantar nada de jeito. Levantavam-se 22087 vezes da mesa, fugiam, riam, voltavam, comiam uma colher, "não quero mais" e lá seguiam. Eu dizia que não se podiam levantar, que tinham de comer, senão iriam ficar com fome, etc. Até estava calma. Acho. 

Chegou a uma altura em que fiz um ultimato. Ou comiam ou eu iria assumir que estavam cansadas e que teríamos de ir lavar os dentes e dormir e no dia seguinte logo comeriam. Fiz duas tentativas, dei-lhes mais duas oportunidades. Avisei que seria a última vez que podiam voltar à mesa. Cumpri. Fomos lavar dentes e cama. A Luísa começou logo a dizer que tinha fome. A chorar desalmadamente. A pedir desculpa. Mas eu senti que fome não estariam, de facto, a passar, que tinham lanchado bem, ainda petiscaram qualquer coisa do jantar e que aquela demonstração de desagrado - totalmente compreensível e válida - foi precisamente porque achou que eu não seria capaz de fazer aquilo. 

Fiz. Não voltaram a sair do quarto e adormeceram, depois de bastantes lágrimas, pedidos e lamentações (e a Isabel a dizer que não iria conseguir adormecer enquanto a Luísa estivesse a fazer birra, todo um filme).

Senti que esta consequência lhes mostraria algo e que teria efeito, a médio prazo. Claro que a meio me apeteceu desistir, mas não quis mesmo mostrar-lhe que eu desistiria sempre que ela chorasse. Foi o combinado, elas ouviram bem, as regras estavam claras e a consequência foi esta. 

Não foi fácil. Tudo o que mexe com emoções, culpa (e pedidos de desculpa), necessidades básicas, acaba por custar bastante. Mas educar também é isto. E crescer enquanto mãe também.

Não sou má mãe. Não somos más mães.

Somos mães que erram, que querem melhorar, que se sentem abençoadas e que, por vezes, só desejavam um minutinho de silêncio. Mães que às vezes andam à procura de uma identidade, que sentem que perderam algumas coisa, mas ganharam outras. Mães que nuns dias descomplicam e que noutros são assombradas por dúvidas. Mães cheias de coragem e de vontade de educar seres fantásticos.




Ontem foi assim. Hoje há de ser melhor.

9.06.2019

Tenho sono.

Tenho sono. 

Já tive fases da minha vida de mãe em que não faço ideia de como sobrevivi. Quando a noite chegava ao fim, só me apetecia chorar. Aliás, cheguei a chorar ao lado do berço, desesperada, em pé. Uma vez, caí no percurso entre o meu quarto e o da Isabel. Não faço ideia se foi quebra de tensão mas quase que podia jurar que adormeci. Confirmei, aí, que a decisão de a mudar de quarto foi estúpida, precoce. Não conseguia adormecer a dar-lhe de mamar, na cadeira de baloiço e isso talvez tivesse feito a diferença. Quando chegava à minha cama e voltava a adormecer, ela estava a acordar outra vez. Nem mesmo o facto de me revezar com o David ajudava grande coisa. Ela queria mama, aconchego. 

Se fosse agora, teria feito o que fiz com a Luísa quando ela era bebé: dormir com ela. Pronto. Quando as noites da Isabel melhoraram, ficámos tão felizes que decidimos mandar vir outro bebé. Só que depois voltou a piorar. Foi uma semana boa. 5 anos depois, posso dizer que já nada é tão grave como era. Também posso dizer que ainda é raro dormimos uma noite inteira. Ou acorda uma, ou outra, ou pesadelo, ou frio, ou calor ou ouço-as zangarem-se por qualquer motivo, ou vem uma para a nossa cama ou as duas. 

Tenho sono. E hoje nem tem nada a ver com elas, mas lembrei-me de quando tinha sono dia após dia após dia após dia. E de quando a Luísa, que dormia 12 horas de seguida para nosso alívio, começou a acordar - não vou exagerar - de hora a hora. “Outra vez não, por favor.” Ainda era pior do que as 3 horas da irmã, que pesadelo. Pedi ajuda. Várias vezes. Não temos de passar por isto sozinhos. Mudei o mindset. Reajustei algumas coisas. Dormi com ela. Aceitei. Melhorou. 

Já passou. Acho que a pior fase já lá vai. Tenho sono, mas já não o digo com desespero.