Que tínhamos uma filha-furacão, já sabíamos. Não sabíamos que ia começar a partir cabeças, a por medicamento da avó na boca e o diabo a sete. A Luísa é fogo. Até termos a Luísa, não sabíamos o que era ter uma filha tão curiosa e destravada. Sempre pronta para o disparate e para a aventura. O nosso coração tem andado num sobressalto nas últimas semanas.
Senão vejamos.
Ainda não vos contei o que aconteceu quando estávamos em Miami, pois não? Assim de forma resumida: parque infantil, queda (que não vimos), queixa-se da cabeça, fica sonolenta nas próximas horas, sem energia, vomita a caminho do hospital. Eu já a pensar que não tinha escapado a um traumatismo, a querer chorar desalmadamente, mas a tentar transmitir calma. Que nunca tenham de passar por nada disto, é o que vos desejo, principalmente por não estarmos no nosso país. Torna tudo mais assustador. Não foi nada, ficámos atentos, siga.
Anteontem, quando já estava na cama e eu saí para lhes ir buscar água, levanta-se e vai até às cortinas, puxa aquilo com força quando eu estou mesmo a entrar e vejo o varão a cair-lhe mesmo em cima da cabeça. Primeira coisa que diz, desatando num pranto: "desculpa, mãe". Meu amor gigante. Ao contrário da outra vez, nesta há sangue por todo o lado, eu com as duas sozinha a hiperventilar mas sempre com uma voz calma que me vem sei lá de onde "vai passar, meu amor. Tem calma, respira fundo". O caminho para a casa de banho parecia traçado a giz vermelho, pus toalha a estancar, fui buscar gelo, telefonei para a Saúde 24 quando vi que estava a estancar antes de sair para as urgências. O David entretanto chegou. O golpe foi pequenino (aquela zona deve ser mesmo mesmo irrigada, caraças), fechou por si, não a deixámos dormir na primeira hora, bem-disposta e sempre atentos.
Entretanto, caiu sábado de uma cadeira (estão a ver o género, não estão? Estáaaaa sempre a acontecer alguma coisa, não pára quieta). Domingo pôs um comprimido da avó na boca (ainda bem que é amargo e mandou fora, mas já deu para imaginar que tinha engolido outros e que teria de levar uma lavagem ao estômago ou sei lá).
A lista não tem fim. Sempre ouvi histórias de miúdos dados a cabeças partidas e idas ao hospital continuas mas, com a Isabel, calculei que nos tivéssemos livrado. Tirando o dente partido, não há assim muitos mais incidentes. ´
Com a Luísa? Talvez tenha começado comigo, quando caí com ela - bebé - para não pisar o cão (ela saiu ilesa, eu nem por isso).
- Caiu do carrinho das compras, na véspera de fazer um ano - nem vos conto o susto, fomos de ambulância para o hospital, todo um aparato e uma médica que só faltou chamar-me coisas feias.
- Uma vez, com um ano e meio, que furou a língua de uma ponta à outra, com uma colher, seria? [a língua quase se separava, eu ia caindo para o lado] de uma forma que ainda hoje se vê a cicatriz (no hospital não fizeram nada, se bem me lembro...).
Com a Luísa? Talvez tenha começado comigo, quando caí com ela - bebé - para não pisar o cão (ela saiu ilesa, eu nem por isso).
- Caiu do carrinho das compras, na véspera de fazer um ano - nem vos conto o susto, fomos de ambulância para o hospital, todo um aparato e uma médica que só faltou chamar-me coisas feias.
- Uma vez, com um ano e meio, que furou a língua de uma ponta à outra, com uma colher, seria? [a língua quase se separava, eu ia caindo para o lado] de uma forma que ainda hoje se vê a cicatriz (no hospital não fizeram nada, se bem me lembro...).
[Isto a juntar ao mês inteiro que ficou sem andar, com uma sinovite temporária da anca; mas, vá, já estou a falar de algo que nada teve a ver com a tendência para o desastre ;)]
Pronto, acho que já dá aqui uma lista grandinha de sustos. Era agora dar um descanso aos pais durante uns anos, já está bom.
E os vossos? Também vos dão dores de cabeças destas?
Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project |
Imensas 😫
ResponderEliminarMaria do Mar (geração de jun 2016)..
A uma semana antes de fazer 2anos.. caiu à porta de casa em cima do muro de tijolo do vizinho,abriu a cabeça (senti-me a pior mãe do mundo ) .. ficou com uma marca p sempre na testa.. (levou cola) ..
2meses depois ,nas ferias no algarve.. empoleirou-se no carrinho de bengala, caiu direitinha no chão..
Mega galo, no msmo sitio .. 45mnts de carro até ao hospital de Faro..
Assim que chegamos,já não parecia nd com ela..
A médica p precaução, achou melhor ficar lá umas horas de vigilância.
Quedas da cadeira.. 😫 já perdi a conta.
Tenho um pequenino de 1.5ano.. que apesar de ser um doce ,é um traquina.. e faz tudo o que a irmã faz.. por isso, prevejo umas quantas situações idênticas!!!
Bjnhs Joana .. #tamosjuntas 🤣😂😅
Os 2° têm uma tendênciazinha para ser furacões. Tenho uma Sofia que não pára quieta mas até agora tem se safado de grandes aparatos. Por mais mexida que a sua Luisa é e nem quero imaginar esse coração de mama sempre aos pulos, ela tem dos sorrisos mais meigos que já vi. Ta cheia de vida (e isso é tão bom) ❤
ResponderEliminarOlá Joana, o meu segundo filho o Miguel com 3 anos também é assim, sempre a bater com a cabeça, também já me caiu do carrinho de compras, galos na cabeça, enfim está sempre a tentar algo novo, sempre a experimentar o abismo, para além dos gritos e das birras, mas adoro o meu pirata!
ResponderEliminarPor aqui, uma Maria Ana com 3 anos, igualmente furacão e com queda (grande) para o disparate! É a primeira e acho que vamos ficar por aqui.... Ninguém aguenta a pedalada desta miúda! Ela sobe para todo o lado, já se cortou com uma faca porque se lembrou de subir para a bancada e tentar cortar uma maçã, 100 mil galos na testa... Um deles o maior que alguma vez vi (parecia uma bola de ping pong) ...ontem bateu com a cabeça no bico de um móvel, também fez um cortezinho.... Enfim.... Não falando nas asneiras atrás umas das outras, entre as quais óleo e farinha pela cozinha toda, uma banda de cera colada no buço (dela)... Creme no chão...casa de banho inundada. . Etc etc.... Ufa! Será do ano em que nasceram?
ResponderEliminarFilipa Carvalho
estavaa ler os comentários e pensei no mesmo. Deve ser do ano 2016. A minha filha também é o pânico todos os dias, escusado será dizer que também já tem uma cicatriz na testa para o resto da vida.
ResponderEliminarForça mamãs
Concordo com a teoria do ano 2016! Por aqui temos um Diogo que não pára, ignora as nossas chamadas de atenção, sempre pronto para o disparate, sem medo de nada...só um episódio: caiu da bicicleta (claro k já tinha tirado o capacete), bateu com a cabeça no chão, desmaia por segundos, vem a si, tenta dormir a caminho do hospital, mas felizmente também não foi nada de grave. Estamos juntas!
ResponderEliminarDescobrir um buraco na vedação da escola e fugir... com 3 anos, partir a cabeça a saltar na cama, 2 pontos, partir a clavícula a cair da cama... é mexida, desastrada e inconsequente. É forte que nem um touro, faz uma elevação de braços a pesar 28kg, ganha o braço de ferro ao irmão 2 anos mais velho... imparável.
ResponderEliminarÈ definitivamente o ano de 2016. A minha filhota de 3 anos também é um furacão. É a primeira. Teimosa e tem a mania de querer fazer tudo sozinha, o que as vezes dá bronca. Já caiu de um banco alto, já caiu de um escorrega, já tropeçou em não sei quantos sítios e bateu a cabeça noutros tantos. Já partiu uma clavícula, torceu um tornozelo, fez pontos no queixo... A nossa esperança é que vão aprendendo e reduzindo os acidentes! Mas tenho de estar sempre em cima e com atenção! Sofia
ResponderEliminarSão os segundos... ou as Luísas...
ResponderEliminarAhah deve ser do ano 2016 🤣 mas eu achava que no meu caso era por ser rapaz!
ResponderEliminarA minha Clara é a excepção de 2016 🎉Até um ano e meio praí muito raro cair. A partir daí uma outra situação, nada de especial e em Setembro, já com 3 anos feitos entalou o dedo numa porta na escola e teve de ir fazer um raio X.
ResponderEliminarPor aqui temos a Maria, com 3 anos, filha do meio e com um feitio de fugir. Não é especialmente mexida mas é muito trapalhona e já perdi a conta ao número de vezes que cai e fica com a boca a sangrar... Mas o que se destaca mais nela é a personalidade fortíssima! Nunca vi uma criança assim. É das pessoas ficarem a olhar para nós na rua com os gritos e as conversas dela.
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