6.02.2019

Estratégias para não bater nos nossos filhos.

Ninguém disse que ia ser fácil. Aliás, antes pelo contrário. Toda a gente diz que é muito difícil “mas que compensa”. Fala-se muito da falta de sono que, nos primeiros meses, é do mais torturador que existe mas, depois, deixa-se de falar das coisas como se fossem “adquiridas” e começamos a passar o cenário para a responsabilidade das crianças.



“Ai, portas-te tão mal! És tão mal-educado! Porque é que ME fazes isto?”

Não. Continua a haver situações complicadas, difíceis de gerir e que são perfeitamente naturais enquanto são crianças (e adolescentes, do que me lembro). Só que aí, por já não se parecerem com recém-nascidos, já nos parecem mais como “pessoas” e mais “capazes” e, por isso, mais aptos para serem responsabilizados. Nós, cansadas, exaustas, com mil pressões em cima também não conseguimos ter ar suficiente nos pulmões para respirar fundo e ganhar tempo a tentar perceber o que se passa. O que se passa além das nossas emoções mais primárias agudizadas com o nosso cansaço. Uma chatice. Para todos. 

Os começos e os finais de dia são, a meu ver, o mais complicado. Quanto mais cansadas estivermos, pior. No outro dia, no Facebook, a Joana Paixão Brás e eu fizemos um live no Facebook para tentar construir uma lista de estratégias para não batermos nos nossos filhos e decidimos fazer um vídeo sobre isso para ajudar mais famílias, mães e crianças por aí. 

Esperamos que, mais do que gostem, que vos seja útil. Só por uma os comentários no vídeo já valeu a pena falarmos sobre o assunto. Subscrevam o canal, já agora ;)


Gostaram da maquilhagem? Foi a nossa Patricia Marques - sigam-na aqui ;)

Querem partilhar aqui nos comentários as vossas dicas? O que é que vos tem ajudado ou, até, se quiserem, as vossas frustrações para todas nos sentirmos menos malucas?






5 comentários:

  1. Adorei, o vosso melhor vídeo😊. Margarida

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  2. Finalmente, acertaram! Mais vídeos destes, pf. Falem mais sobre a educação. Gama, tu que lês tanto, ajuda-nos. Ensina-nos! Técnicas para sermos mães “melhores”. Parabéns pelo vídeo

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  3. Adorei! Um bem haja pelo tema e pela vossa postura perante o assunto! Queremos mais!! :D

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  4. Boomm... Interessa-me muito este vídeo. Infelizmente ando com muito pouca disponibilidade e ando a ouvir aos bochechos. Acabo de ouvir a parte introdutória e tive de pôr em pausa imediatamente quando a JG se virou para JPB e simplesmente disseram 'uma palmada é um crime'. Eu sei que vocês claro que não fazem ideia dos princípios subjacentes ao Direito Penal mas não faz sentido, para quem é da área, essa frase 'uma palmada é crime'. Há várias questões técnicas e com palavrões incompreensíveis (sim, as leis são uma seca) mas honestamente, por favor, se querem falar com propriedade sobre este tema vão conversar com alguém de Direito que vos possa explicar as nuances. Assim como recorrem a 'especialista' em amamentação para falar sobre isso, por favor, peço-vos, com todo o respeito, que é muito porque realmente gosto de vocês, para não disseminarem ideias feitas sobre este assunto.
    Aliás aqui há tempos houve alguém que comentou neste blogue com argumentos muito bons o motivo de 'uma palmada' não ser crime e as diferenças entre 'bater numa crianca'.
    Bjs às duas!

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  5. Já consegui ouvir o vídeo todo. A conclusão, a parte final achei muito boa. Concordo e lá em casa temos essa experiência. As tais estratégias que lemos na Internet (embora uma delas de que falaram foi novidade para mim, o calming jar) são apenas panaceias que servem apenas no momento talvez até para acalmar sobretudo o adulto, não resolvem a longo prazo. Tal e qual como as palmadas, como bem concluíram, se são usadas como modo de educar permanente... É porque não estão a educar, não estão a resultar.
    Sim, quando os pais estão bem, não stressados, é muito mais fácil lembrar os motivos que levam as crianças a fazerem birras... No fundo a serem crianças, como vocês disseram. Quando estamos calmos, nem sequer ligamos tanto à birra, somos capazes de dizer, sim, tens razão, a mãe esqueceu-se de explicar que ia cortar a maçã e de perguntar se tu querias ajudar a cortar.
    Honestamente, só acho que não devemos projectar nos nossos filhos o sofrimento que recordamos ter passado em criança. JG não leves a mal, mas já percebi que para ti este é um tema muito intenso pois receias que a tua filha 'passe o que tu passaste'. A meu ver, só o facto de tu teres consciência de que queres seguir um caminho diferente do que recebeste dos teus pais, já é suficiente para garantires que nada de mal vai acontecer à tua filha. Tu não és a tua mãe. Logo, a tua filha não és tu. Não interpretes a infância da Irene à luz das memórias que tens da tua infância. Não é justo sequer para a Irene. Outra coisa diferente disso, é a ideia genial (que em casa também usamos) de explicar aos filhos que nós também já sentimos medo, raiva, etc... Contar histórias reais com que eles se identifiquem.

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