12.06.2016

Ela foi sem mim... sniff...

...e eu fiquei totalmente apardalada. 

Pode ter sido por ter sido "criança de casa" até aos 2 anos. Pode não ter sido por nada. Podem, se calhar, todos serem assim, pode só ser ela. No final de contas, pouco importa. 

A Irene é (muito) apegada a mim. Ponho o "muito" entre parêntesis porque acho que é o normal e o desejável para uma filha e uma mãe e ainda para mais nesta idade. Não acredito em "mimos a mais. Acho saudável que a criança saiba do que precisa para estar bem. Precisa da mãe. Poderia precisar da chucha (não usa), da fralda (só usa a do rabo) ou do coelhinho (que só usa para dormir), mas quer a mãe e a mãe está cá é para isso. 

No entanto, quando passa por fases em que a angústia de separação está aos picos, torna-se tudo um pouco cansativo para todos. O pai não pode fazer nada porque só quer a mãe, quando saio de casa é uma birra enorme, quando sai ela também, vai aflita para a escola porque tem medo que "a mãe não a vá buscar ao colo"... E eu, às vezes, vou com muita vontade para o trabalho só para a deixar de ouvir um bocadinho! 

Porém, vou tentando que ela vá abrindo asas e que vá estando com outros. Ao fim-de-semana costumo deixá-la a dormir para acordar com uma das avós (acorda sempre triste, adormece a perguntar se lá estarei quando ela acordar, quando acorda e pergunta se eu estou, volta a dormir para fazer tempo até eu chegar) e incentivo sempre a que faça coisas com o pai, sem forçar, claro. Não quero que não se sinta desejada e acho que as relações têm que ser naturais. Para já anda numa fase de mãe, mas daqui a uns tempos vou sentir falta dela quando só for "menina do papá", apesar de ficar muito feliz por os ver juntos. 


Neste domingo, o Frederico tinha de ir às compras e já que eu já estava meio apanhada da garganta, perguntei se a Irene queria ir. Disse que sim. Vesti-a e foi. 

Estive incrédula e histérica o tempo todo em que a estive a arranjar e fiquei foi plenamente em choque depois de saírem. Fiquei sozinha em casa porque os dois foram passear. Os dois felizes e até enquanto iam fazer compras. Que maravilha. Que felicidade e... que tempo livro para fazer o quê?

Arrumar a casa. 

Vocês sabem como é. Fiquei super contente e tão mas tão feliz que... aproveitei para dar "aquele jeitinho". 

Aos poucos isto vai lá (claro, não quero que a minha filha faça a figura do outro do Big Brother que deu linguadões à mãe quando estavam no confessionário), mas tudo a seu tempo, ritmo e consoante as necessidades da Irene. 

Nunca fui a favor de empurrar para a piscina para aprenderem a nadar com a adrenalina. Não é a minha onda. 

Agora a minha missão secreta é que isto se torne uma rotina. Se for sempre o pai às compras também é o cartão do pai que vai passear. ;)

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19 comentários:

  1. Como, por motivos técnicos, tive de republicar o post, aqui estão os comentários que já estavam na publicação anterior:

    Carla Lourenco6 de dezembro de 2016 às 11:25
    Adorei a foto...
    Voces são fantásticos.
    Mil beijocas e muita força desse lado para esta nova fase do "desapego".
    Beijinhos grandes

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    Anónimo6 de dezembro de 2016 às 11:32
    A criança bem que pede um irmão....

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    MãeGalinha6 de dezembro de 2016 às 11:41
    Olá Joana, bom dia

    Este é para mim um assunto tabu, a dependência que a minha filha tem de mim e a dependência que eu tenho dela... Para mim é tabu porque eu não falo com ninguém sobre esta dependência, porque já sei o que é que as pessoas me dizem... Que isto acontece porque a culpa é minha, porque não sou capaz de a deixar com ninguém, porque há um excesso de mimos, porque eu ainda lhe dou mama (tem 17 meses) e já está mais do que na altura de deixar, enfim... eu nem ligo. Já chegaram ao cumulo de me dizer que ela é assim porque ainda não foi batizada (AHAHAH, esta está no nº1 do top)...
    Continuando... A dependência que temos uma da outra é de tal ordem que eu não consigo fazer nada... Para mim é muito complicado fazer jantar, arrumar cozinha, tomar banho, ... acaba por ser o marido a fazer grande parte das tarefas... o que acontece é que ele coitado também se farta ( e eu compreendo, porque na prática eu nada faço das tarefas domésticas...)
    Tens alguns truques para conseguir com que a Irene 'desgrude' um bocadinho? HELP ME
    Quando estou a almoçar na cantina do meu trabalho, que costuma estará a abarrotar de gente e com imenso barulho penso: 'Ah, que bom desfrutar de uma refeição calmamente...'

    :)

    Beijinhos

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    Joana Gama6 de dezembro de 2016 às 13:05
    Que tal inclui-la nas tarefas? Ou uma mochila porta bebés? Ou pô-la na cadeira de alimentação a fazer plasticina perto de si?

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    MaeGalinha6 de dezembro de 2016 às 13:46
    Ela já fez o almoço comigo uma vez... sentada na banca da cozinha... mas tens razão, integrá-la nas tarefas deve resultar. Ainda não lhe dei plasticina... vou comprar para ver se a entretém ;)

    beijinhos, obrigada

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    Anónimo6 de dezembro de 2016 às 14:09
    ALERTA! "não quero que a minha filha faça a figura do outro do Big Brother que deu linguadões à mãe quando estavam no confessionário" Oiii? Conte-nos tudo HAHAHA

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    Anónimo6 de dezembro de 2016 às 15:08
    Joana e Mãe Galinha

    Calma e relativizem. Estão tão obcecadas com a maternidade que encontram "problemas que precisam de ser resolvidos" em tudo.
    Não há nada de diferente ou que precise de uma acção concertada, organizada e muito planeada na ligação que têm com os vossos filhos.
    É normalíssimos os miúdos (com 1-2 anos) serem assim.
    A Joana é tão concentrada na Irene que a miúda só tem 2 anos, mas para quem lê este blog, parece que já passou muito mais tempo.
    É que é tudo tão intensamente esmiuçado, pensado e planeado que em vez de 2 parece que já passaram uns 20 anos.
    Relaxe. Ela é uma criança como todas as outras.
    Muitas vezes ao ler as suas dúvidas e questões parece que se trata de uma miúda que há uns 6-7anos têm um dado comportamento ( ou hábitos, ou alimentação, ou whatever) e que por isso é preciso analisar, compreender, procurar e pesquisar informação, etc.
    Tenha calma e relaxe.

    Ana F.

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    1. Ana F. Acho que somos todas diferentes. Obrigada pelo carinho. Eu gosto mesmo de optar por uma parentalidade mais "consciente" e dada ao pormenor. Tem as suas desvantagens também, certamente, mas sinto-me mais satisfeita e feliz assim :)

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  2. Terei deixado neste blog 3 ou 4 comentários desde que o leio. Quase todas as vezes senti que não o devia ter feito porque acho que a Joana não tem grande "escuta activa" escudando-se em coisas como, a título de exemplo, parentalidade "consciente" como acabou de fazer. Joana, leia as palavras da Ana outra vez, sem ao mesmo tempo estar já a pensar que resposta vai dar. Deixe a miúda respirar, chorar, passar tempo com o pai (!), sentir saudades suas, frustrar-se se tiver que ser, não lhe planeia todas as actividades em todos os minutos, deixe-a entediar-se sem nada para fazer, procurar soluções, brincar com brinquedos que não têm mil certificações e e não sei quantos mais objectivos pedagógicos-diabo-a-sete, dê-lhe mimos, muitos, mas dê-lhe espaço. Dê-lhe mimos em forma de espaço... Não tente perceber tudo, dissecar tudo, arranjar explicações para tudo. É só uma criança a crescer. Deixa-a fazê-lo. Não lhe tome esse lugar. Um beijinho.

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    1. Mas eu faço tudo isso. Essa parte não é tão importante e interessante para escrever! E não me escudo, são mesmo as minhas opiniões! Não é para defesa! Beijinho

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    2. Eu acabei de dizer que incentivo a que ela passe tempo com o pai e é o que mais me deixa feliz! Que estranhas algumas interpretações!

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    3. Eu acabei de dizer que incentivo a que ela passe tempo com o pai e é o que mais me deixa feliz! Que estranhas algumas interpretações!

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    4. Acabou de responder à questão... A Joana tem que "incentivar" a Irene a estar com o pai (pessoa que a conhece exactamente ao mesmo numero de dias que a Joana, não vive noutra casa e deveria ter a mesmíssima relação de apego). A Joana tem a Irene presa debaixa de asa e até a deixa ir... desde que consiga controlar tudo (até a relação com o pai). Direccione esse amor para a sua relação, mas deixe-a construir outras fortes com outros adultos (e o pai não conta). Deixe-a procurar apego e conforto nesses adultos, mesmo que não encontro logo. Ela será mais rica.

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    5. Parece-me que esta consciência de sermos "Mães galinhas" nós próprias não a conseguimos ter. A Joana está a dar todo o amor que pode á Irene, como dará a todos os filhos. Neste momento só a Irene "responde", reage, dá feedback!
      Não há maneiras certas de ser Mãe, só sendo. Cada uma faz o melhor que pode e sabe!

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    6. Concordo plenamente!

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  3. A sério que alguém sugeriu uma mochila porta bebés para o caso ali de cima? O mesmo caso que diz que nem consegue tomar banho (!) Eu às vezes fico parva com certas coisas.

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  4. Compreendo tanto Joana!
    A minha só tem 10 meses.
    Mas no meu caso não me "custa" deixa-la com o pai, é mesmo se ficar sem a mãe ou sem o pai. Não estou ainda preparada para isso... Com o tempo em que está na escola já me habituei, até porque também ando "entretida" no trabalho. É mesmo o resto do tempo, porque sinto que ela tem e precisa de estar connosco... Já vai ficando de vez em quando com a avó, quando é mesmo preciso, mas ainda me custa muito deixa-la.
    Cada mãe com o seu tempo...
    Beijinho
    Vanda

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  5. Joana,
    Como te compreendo. A minha filha tem 20meses e é muito ligada a mãe. Ela só quer estar comigo, fazer coisas comigo etc. não quer dizer que não faça nada com outros mas não o faz tão facilmente e intuitivamente. Eu consigo ir fazendo a minha vida, mas sempre com algumas limitações. Infelizmente não tenho um marido mt presente por causa do seu trabalho e há coisas que poderia delegar e não o consigo tendo que ser eu a fazer tudo. Torna-se muito cansativo e as vezes sinto necessidade de ter "5 minutos"... eu própria sou mt ligada a ela e se for preciso abdico de quase tudo só para poder estar com ela, ou fazer coisas com ela etc.
    também sou muitas vezes chamada a atenção porque ainda amamento e por causa disso e q ela é mt ligada a mim.
    Enfim... não é fácil, é mt mt mt cansativo mas quando passa o momento em q me sinto mt cansada e olho para ela penso "mas, se eu não me permitir viver isto desta forma ou permitir-lhe viver desta forma quando o farei? Quando ela tiver 20 anos e só quiser saber dos amigos?"
    Mimo muito e vou mimar enquanto quiser e poder.

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  6. Sou Romina, sou Argentina. A minha professora de português aconcelho-me tu blog e é muito engrasado!
    Eu tengo un filho que fará 2 anos o próximo Janeiro e sintome igual que tu. Últimamente meu filho está muito ligado a mim, talvez porque eu continuo a dar a mama. Ele não quer ficar con ninguem! só gosta de ir ao jardim de infância.
    Seu pai trabalha muito fora da cidade e estou sempre esperando ter tempo para mim.
    Quando seu pai está em casa, ele organiza atividades em conjunto. Finalmente posso estar sozinha! Mas eu tenho sentimentos mistos ... Eu quero ir com eles, mas eu quero ficar sozinha ... Eu quero fazer muitas coisas mas não se por onde começar ... Jaja
    Mais no último sábado eles foram para um barbicue de homens com crianças. Eles estiveram fora de casa por 5 horas. Eu decidi ficar em casa sem fazer nihuma das tarefas domésticas. Preparei um spa em casa com esfoliantes, cremes e uma máscara de lama para o meu rosto. Ouviu a minha música favorita e dormí umas horas!!
    Eu aconselho-te a fazer algo de isso na próxima vez que tu estes sozinha. Eu carregei as baterias para continuar o papel de maē :)

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  7. Eu só não percebo essa de ser algo fora no normal o teu marido sair com ela. O meu marido sai sozinho com a minha cria desde q ela era minúscula, coisas curtas em q ela não precisasse da mama, claro, mas sempre a levou às compras, ao parque, faz td com ela enquanto eu estou a trabalhar, nos dias em q está de folga. Acho q era coisa de encorajares há mais tempo. Mas a Necas é uma miúda feliz e equilibrada, o q só prova q não há uma "maneira certa" de fazer as coisas. A mãe é q sabe, e isso não faz mal.

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    1. Nah, isso é só impressão sua. Deve ter interpretado mal, ora veja lá melhor.

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  8. Tenho uma filha com quase 9 anos, e pasmem-se, é muito agarrada a mim e eu a ela. Um pouco menos agora, porque a de dois anos é uma autêntica lapa e como tal, a mais velha passou a ser mais da "responsabilidade" do pai e porque tem compreensão suficiente para perceber que a mana é bebé e precisa mais de mim ( e porque é uma miúda espetacular pronto!). Só me separei da mais velha uns 5/6 ou dias/ noites, contando já com o período em que estive na maternidade. A mais nova nunca passou a "noite" fora e anda agarrada a mim para todo o lado.
    A mais velha só mamou até aos 5 meses (e obrigada) a mais nova tem 25 meses e ainda mama, mas ambas não trocam a mãe por mais ninguém! Portanto não é a mama que cria esse apego.
    Se eu acho que é normal!Sim, acho! Estranho era que elas preferissem uma educadora, uma avó, uma tia, vizinha ou mesmo o pai.
    Se é cansativo?!Sim, é bastante cansativo e às vezes estou saturada de as ter sempre agarradas a mim e ser eu para tudo e não quererem o pai para nada ( o próprio pai fica chateado, mas as birras, da mais nova, são tão grandes que acabamos por desistir).
    Elas são assim porque lhes dou muito mimo e colo? São assim porque mamam até tarde? São assim porque são. são assim porque se sentem amadas. São assim porque eu sou o seu porto de abrigo e estou sempre lá para elas. É comigo que passam a maior parte do tempo e apesar de ser eu a ralhar mais vezes e a perder a paciência, também sou eu que canto, danço, salto, faço cócegas, palhaçadas, brinco e dou colo, muito colo...tanto colo que se está a repetir a enorme crise de coluna que tive quando a mais velha tinha esta idade.
    Mas sabem uma coisa, não me arrependo de nada e não fazia nada diferente, hoje penso assim, mas nunca se sabe se um dia mudo de ideias. Espero que não! E mimem, mimem muito. Colo e carinho nunca fez mal a ninguém.

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    1. "clap clap clap" Muito bem dito!

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  9. Parentalidade consciente? O que significa esse conceito? Não consigo perceber sequer o intuito deste post. Desapego porque pai e filha foram às compras e ficaste feliz? A sério Joana? Não quero ser má mas acho que devias repensar essa parentalida consciente, nem tudo tem de ser regra, nem tudo tem de ir à balança. Acho sinceramente que estamos a criar gerações de totós dependentes, superprotegidos com pais que pensam e lêem mil vezes sobre como educar ao invés de usarem uma coisa que se chama bom senso e outra que se chama equilíbrio. Joana não sou melhor que ninguém, mas educar os nossos filhos não é assim tão difícil.

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  10. "... ou mesmo o pai!". Isto deixa-me acima de tudo triste. Ou se calhar feliz por lá em casa ninguém competir pela parentalidade.

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