Tinha ouvido um zunzum de que poderia ser no dia seguinte, se tudo continuasse bem. Apesar de todo o carinho que recebia ali, não deixava de ser um hospital, com comida de hospital (acho que perdi o peso todo da gravidez logo à conta daquelas iguarias), com companheira de quarto com horários diferentes, choros de outros bebés, pessoas desconhecidas no meu quarto. Sem televisão, sem um sofá confortável, sem a minha cama larga e grande, os meus lençóis, os meus cheiros. Mas essencialmente sem a minha filha mais velha. Que saudades gigantes! Queria voltar à minha casa, mesmo correndo o risco de ter mais dores, de ter uma pirralha a saltar em cima de mim e a pedir-me colo sem eu poder dar, de ter menos acompanhamento, de temer a subida do leite. Apesar de tudo o que tinha acontecido, do maior susto das nossas vidas, de que falei aqui, eu queria voltar à normalidade. Apesar dos meus olhos ainda inchados de tanto chorar na primeira noite, o resto do meu corpo queria reagir, queria pôr-se de pé. A miúda já tinha tido alta um dia antes, só faltava eu. Então o que fiz?
- maquilhei-me: um pó, um bocadinho de blush para me dar uma corzinha, rímel e um batom claro nos lábios - cuidado para não parecerem transformistas no Finalmente
- pus o melhor sorriso possível na cara - não exagerem no sorriso amarelo, senão ficam a parecer a Betty Grafstein (a senhora do Castelo Branco)
- falei com alegria na voz - mas também não queiram ser Anas Malhoas, alegria q.b., acabaram de deixar passar um pequeno elefante pelo pipi ou foram escurtanhadas como se fossem bife do lombo
- disse à médica que tinha ouvido "por aí" que poderia ser nesse dia, com uns olhinhos de Bambi, e que adoraria ir para casa, "se fosse possível, claro" - mostrem que estão preparadas, que querem muito, mas que a autoridade na matéria é sempre a médica, porque qualquer pessoa com dois dedinhos de testa (até tenho uns doze, como se pode ver) e com alguma sanidade mental percebe que o mais importante é ir para casa em segurança.
Fotografia que enviei à Joana Gama antes de ter a visita da médica no quarto ;) |
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Olá Joana! Antes demais devo dizer que ADORO o vosso blog e revejo-me em (quase) todas as publicações. Quando tive a Maria, tive um parto normal com contracções que duraram todo o dia, mas em casa, rebentamento das águas ao final do dia e uma hora pequenina de depois de toda a dilatação. Senti-me muito bem mal fui para o quarto nas noite em que o meu rebento nasceu, mas não consegui vir para casa no dia a seguir, por isso, acho que depende muito do protocolo de cada hospital, pois estava tudo bem com a minha pequena eu tb recuperei muito bem mas só vim embora ao 3o dia.
ResponderEliminarUm beijinho para vocês
Elsa, há quem venha assinando um termo de responsabilidade,e u conheço quem tenha feito... mas também um parto normal são 2dias de hospital (uma eternidade principalmente p quem tenha mais filhos em casa) mas penso que não vale o risco que pode haver
ResponderEliminarOlá Joana!! Parabéns pelo blog e pelas pequenas mais lindas! ( As 3... ;)) São muito boas dicas! Comigo também resultaram! o meu filhote nasceu de 6a para sábado (às 4 da manhã) e tive alta na 2a de manhã portanto até foi uma estadia rápida e sem grandes percalços e a comida até nem era assim tão má (tive o bebé em Viseu). Por pouco não me davam alta porque não tinha feito cocó, sempre sofri de prisão de ventre, mas lá me deram um laxante e bebi uns 3 ou 4 copos de água quente (blhec)...
ResponderEliminarTudo de bom!! Beijinho
Com as vantagens e desvantagens do privado, tive a minha bebé no hospital da luz a uma quinta à noite e tive alta no sábado depois de almoço. Mas o melhor de tudo, para além da companhia do pai claro, é que a comida é boa (eu que sou uma esquisitinha, ia cheia de medo de "passar fome")!
ResponderEliminarNo dia da alta estava um pouco com medo de vir embora, porque em casa não temos aquele apoio profissional à distância de um botão, mas depois de vir percebi que não há nada como estar na nossa casa e fazer as coisas ao nosso jeito, seguindo o nosso instinto. Não foi fácil claro, mas ao menos estávamos no nosso espaço...
Eu tive a minha Luísa num sábado às 3:35 depois de apenas 2 horas e de trabalho de parto. Depois de a ter, sem epidural porque não houve tempo, senti-me fantástica logo após duas ou três horas o que me fez perguntar quando poderia sair. Disseram-me que o bebé tem sempre que ficar no hospital dois dias. Nem é tanto pela mãe (se tudo estiver bem claro!),mas pelo bebé. Pelo menos foi o que me disseram no hospital de Cascais. Por isso, infelizmente, do saí na segunda, direitinha para a escola do meu filho para o ir buscar, porque as saudades eram imensas (tinha 2 anos e ficou sem me ver pela, primeira vez)! BeijinhoBeijinhosdades
ResponderEliminarDepois de cesariana, só dão alta depois de fazermos cocó. Eu nunca mais e já lá estava há 4 dias. Ainda pensei em mentir, e dizer que sim ja tinha feito, mas depois tive medo que me desse alguma coisinha má... Acabei por ficar 5 dias. Susana
ResponderEliminarEu fui sincera com a minha médica. Disse logo que o mais provável seria não fazer porque sempre fui esquisita. Nos primeiros meses de casada só fazia quando ia a casa dos meus pais (!) por isso de certeza que não ia fazer no hospital. Azar o meu, na véspera da alta a minha médica não estava e o médico de serviço mandou-me o microlax. Efeito psicológico, mal vi aquilo em cima da mesa deu-me logo vontade 😛
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