8.12.2016

Abriu-me o lábio.

Não, não foi esse. Esse foi há dois anos e meio quando nasceu (ehhhh, imagem desnecessária, eu sei). Ontem, a adormecer a Irene, levei com uma cabeçada das antigas (daquelas tipo rixa no Too Fast Too Furious ou 8 Mile) no focinho. Era só uma questão de tempo até que isto acontecesse. Aliás, sou vítima de maus-tratos frequentemente pela minha filha - é melhor especificar que o Frederico tem um ar muito macho e poder-se-ia, erradamente, associar uma coisa à outra.

Ela precisa de deitar cá para fora a bateria que lhe resta e, aí pelo meio, estou eu a fingir-me de morta para que ela adormeça. Ao que parece, fingir não é necessário e ela tenta assegurar-se de que eu faleço mesmo, para não me armar em esperta.


Parece mesmo uma mugshot: lábio aberto, rímel todo borrado (odeio este verbo, odeio), colar ao pescoço que bem pode acabar num penduricalho de um gang qualquer. Só me falta um Ford Fiesta lá atrás - associo estes carros a tuning, o que querem?

Por acaso, ia escrever Seat Ibiza, mas como anunciaram aqui há uns tempos, prefiro fazer esta referência um pouco mais discreta assim. Ai que rebelde que sou.

Também se fartam de levar tareia? A miúda levou uma "lamparina que nem sabe de que terra era", coisas que se diziam lá em casa, mãe de Melgaço.

Não levou, não. E não pretendo que alguma vez leve. Ela também ajuda ;).

- Se recorrerem à palmada, existem situações muito mais eficazes e que não danificam nem a auto-estima dos vossos filhos, nem a vossa relação, nem vos fazem sentir mal convosco próprias, posso sugerir-vos a disciplina positiva/parentalidade positiva que até já fizemos uns posts sobre isso no blog aqui. E força, mas não nessas palmadas! ;)

6 comentários:

  1. Como eu te entendo! Noutro dia, a adormecer a minha filha, a fingir que já dormia profundamente, levei uma cabeçada no nariz que fiquei a deitar sangue! E ela ficou aflita a dizer "foi sem querer..."

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  2. O meu miúdo tem 2 anos acabados de fazer.

    Passa o dia a atirar-me coisas à cara, mandar brinquedos pesados às pernas. Já cheguei a ter 15 pisaduras nas pernas (ao mesmo tempo).

    Já o pus de castigo, já berrei, já falei com calma, até palmada ele já levou.
    Nada. Há 6 meses que anda nisto e é só comigo.

    Na escola é um anjinho, com o pai porta-se lindamente e faz tudo o que ele manda... Comigo, nada! Até posso repetir a mesma coisa 10 vezes, que ele simplesmente ignora.

    Até já chegamos ao ponto deno pai lhe dar um ralhete por causa de alguma asneira e ele frustrado vem contra mim às cabeçadas.

    Se for eu a dar-lhe de comer, não come, só pára quieto na cama e sem chorar, se for k pai a deita-lo... É um problema comigo, que não sei explicar.

    Juro que às vezes acho que este miúdo desistiu de gostar de mim :(

    Bem, desculpa o desabafo, mas isto moi-me o juízo e parte-me o coração e ao ver um post (mais ou menos) sobre o assunto... Enfim.

    Beijinhos para vocês *

    A.

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    1. Não se preocupe que não é a única. Passei o mesmo com a minha filha que tem agora 2 anos e meio , o pai ralhava e lá vinha ela para me bater.sempre que se cheteava com alguma brincadeira a mesma coisa, as vezes bastava eu olhar para ela e lá vinha ela bater. Comecei a ignorar e passei uma noite sem falar com ela. Quando foi dormir conversei e expliquei que estava chateada com ela porque não gostava que me batesse e que eu ficava triste. Com ela resultou não sei se foi por ter falado com ela quando já estávamos as duas calmas mas resultou. hoje em dia ainda levanta a mão mas já não com tanta frequência e sempre com arrependimento depois.
      A única diferença era que só comia ou adormecia comigo, mas também me cheguei a perguntar se ela teria deixado de gostar de mim

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  3. Penso que não se trata de não gostar. A mãe é o ponto seguro, é o local seguro onde se descarregam todas as frustrações. :)

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  4. Por aqui, a 15 dias dos 2 anos, o passatempo da B. é dormir em cima da mãe e do pai. Qd às 6 da matina tentamos que durma mais um pouco na nossa cama, lá vêm os socos, pontapés e cabeçadas, para terminar a acomodar a cabeça dela em cima da minha ou a fazer testes de resistência às minhas costelas com os seus 13 Kg! Sei que é involuntário mas custa. A minha cana do nariz tem resistido, mas não sei até quando! (Isto é a dormir, porque acordada e quando muito contrariada tenta "sacudir-me as moscas", mas seguro-lhe a mãozinha com força e evito a concretização dos seus intentos. Também quero seguir a filosofia da parentalidade positiva, mas confesso que há momentos em que a tentação quase me vence... Só evito a palmada porque, sem nunca ter levado uma, dona B. já distribui "galhetas" na escola, não quero que ela ache, pelos seus mais diretos modelos de comportamento, que a violência física é forma de resolver as questões... Mas não digo desta água não beberei...). Felizmente é democrática e se assenta a cabeça na mãe, acomoda os pés no pai de forma igualmente "carinhosa"... ;)

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  5. Há uns tempos, também enquanto tentava adormecê-la, levei com uma cabeçada no nariz, que quem "não sabia de que terra era", era eu.
    Ele aprontou-se logo a pedir desculpas, mas isso não me chegou, eu tinha tantas, mas tantas dores, que achava mesmo que ela me tinha partido o nariz. Não saí dali até ela adormecer, mas depois foi diretinha para ao espelho para ver o estrago.
    Felizmente não era nada, mas durante uns dias a for era forte e persistente.

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