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11.06.2018

Adeus fralda para todo o sempre?


As mães ficam muito felizes ao verem que os seus filhos ultrapassam uma etapa, que estão cada vez mais autónomos e cada vez mais espertos, mas… também é verdade que, a cada nova fase, ficamos com uma sensação agridoce por vê-los deixarem de ser bebés, os nossos bebés, não é? Custa mais ainda quando a probabilidade de serem o último bebé cá de casa é grande - para não dizer enorme. Adeus fraldas para todo o sempre? 

E este ar de marota?

A Luísa já não usa fralda durante o dia. É uma alegria vê-la ganhar mais esta capacidade; uma gracinha quando nos pede para ficar sozinha na casa de banho; e até mesmo quando nem nos chama para a limparmos. Confesso que ainda não estou a 100% confiante quanto a esta parte, ainda gosto de lá ir examinar e ajudar, mas com as Kandoo e agora com as Aquas, que são 99% água, sem qualquer perfume e biodegradáveis – e que ela pode descartar pela sanita -, é mais fácil confiar. O rabinho fica limpo e hidratado e ela assim não se zanga connosco porque não temos de ir “fazer por cima”.

A Luísa tem praticamente dois anos e meio (ou 29 meses e 6 dias, para quem ainda conta os meses – mas PORQUÊ?!!!) e “só” agora teve o click. Já ia algumas vezes à sanita em maio e junho pela graça, mas quando experimentávamos colocá-la de cuecas, achava que tinha fralda e fazia na fralda. Só corria bem quando andava nua em casa, no verão. Se calhava vestir-lhe umas calças ou cuecas, pumbas, chichi. Até que, há duas semanas, andou sem fralda em casa – e estava vestida - e não houve nem um descuido. Não precisámos sequer de a ir lembrando, ela ia sozinha. Decidimos arriscar e lá foi ela para a escola só com cuecas. Está a correr muito bem! Já arriscámos mesmo viagens mais longas de carro, supermercado, restaurante ou teatro e tudo nos trinques – já se distraiu em casa e na escola, mas faz tudo parte do processo. É preciso é ter calma, não pressionar e muito mostrar desapontamento.

Ainda não está preparada para ficar sem cueca-fralda de noite ou até mesmo durante a sesta, que a fralda ainda vem composta – se for como a Isabel, só aos 3 anos. No caso da irmã, por volta dos três, começámos a pô-la na sanita ali por volta da meia-noite (ia a dormir) e a levá-la à casa de banho logo às 6h30/07h. Desta vez, acho que vou esperar mesmo por ver fraldas enxutas, logo vejo. Já ouvi pessoas que decidem tirar-lhes logo as fraldas de vez, mudar a cama de noite ou levá-los ao WC, mas esta é a forma como acho melhor para a nossa família neste momento: aguardar.
Se os vossos filhos tiverem a idade da Luísa e ainda não estiverem nesta fase, lembrem-se: os miúdos são todos diferentes, têm ritmos diferentes e, às vezes, mais vale esperar por eles do que nos regermos pelas expectativas dos outros e causar-lhes stress (a eles e a nós também).

Dicas para incentivar:
- dar o exemplo, mostrar (de um irmão, primo, ou até mesmo o nosso, caso não tenham problemas com isso – nós não temos) e/ou comprar um livro sobre o assunto (nós lemos à Isabel o As Princesas também fazem Cocó, mas há mais)
- comprar cuecas com os bonecos que eles mais gostem
- comprar um banquinho para facilitar a subida até à sanita (também há redutores, mas por cá não foram muito bem aceites; elas ajeitam-se na sanita “normal”)
- perguntar sempre antes de sair dos sítios se quer fazer para evitar stresses na rua ou em sítios sem casa de banho próxima
- há quem ande com bacio no carro, e uns sacos que se adaptam; há ainda uns redutores desdobráveis para levar para todo o lado, o que pode ser mais higiénico
- ensinar-lhes o ritual todo logo desde início: a levantar a tampa, a puxar a camisola bem para cima, a limparem-se, a puxar ao autoclismo, a vestirem-se e a lavar as mãos
- fazer uma festa quando são bem sucedidos [e normalizar e mostrar compreensão quando não conseguem]

Boa sorte para esta fase, que pode ter tanto de gira como de stressante J














*post escrito em parceria com a Kandoo


Tudo o que já escrevemos sobre desfralde aqui.


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7.18.2018

4 anos depois, acabaram-se as fraldas!!

Nem acredito! Ontem já fui a um supermercado e pensei: "preciso de fraldas?". Depois é que me lembrei que já não precisamos de fraldas cá em casa e, até eu ficar velhinha, não irei comprar mais fraldas - vá... claro que se entretanto vier um bebé, voltarei a comprar fraldas outra vez, mas ainda falta que ainda me lembro muito bem do que passei nos primeiros 3 anos, ahah. 

A Irene deixou na semana passada de usar fralda. Já não usava fralda durante o dia - a não ser cá em casa na hora da sesta, mas nunca me pareceu a oportunidade certa para o desfralde nocturno. Convidava-a a pensar na equação e sempre se mostrou muito nervosa - não havia motivo para forçar. 

Qual é a nossa pressa?

No entanto, este ano, ver o corpo da Irene, a cabeça dela e a fralda já não me faziam sentido. Ela própria já tirava a fralda, já a punha no lixo... já perguntava se podia fazer xixi na fralda assim que a deitava... Pensei que iria tentar a sério neste Verão. Assim foi! Falaram-me dos resguardos de incontinência e achei uma boa passagem para a Irene (e para mim, visto que tinha medo de andar a acordar 32942 vezes por noite para mudar os lençóis). 






Falei-lhe de "umas fraldas gigantes" que havia no supermercado e que isso deixaria que ela dormisse nua como sempre me pediu. Mas, para isso, não era necessário usar fralda e a ideia é fazer o xixi na sanita. Ela pareceu entusiasmada, mas não dei seguimento propositadamente durante uns dias, simplesmente falava da questão do resguardo com "naturalidade", do género: "tenho de ir ao supermercado comprar azeite, sumos e a ver se me lembro do resguardo". Tanto que depois passou a ser ela a lembrar-me. 


Lá comprei. Fizemos a experiência e têm havido alguns descuidos (já de manhã), mas passa a noite inteira sem fazer xixi. Estava pronta, portanto. 

Está a ser calmo e fico muito contente pela minha miúda estar a crescer, além da pele dela já não estar em contacto com o xixi a noite inteira. Vai fazer-lhe bem :) 

6.26.2018

Estamos a começar o desfralde da Luísa


É engraçado como, mesmo tendo estado no mesmo forno e tendo os mesmos pais, elas são tão diferentes em tantas coisas. Também no desfralde me parece que vão ser. Por esta altura, a Isabel fazia cocó na sanita ou no penico (que usou pouco tempo) e já estava lançada no desfralde. A Luísa começa agora a ganhar interesse em ir à sanita fazer chichi mesmo que não faça nada (fez uma vez, fizemos uma festa com aplausos e tudo e deve ter ficado tão orgulhosa que agora vai lá imensas vezes). Mesmo não fazendo, o interesse já é óptimo, claro. E é giro ver o papel da irmã mais velha nas mais pequenas coisas e nas conversas que vão tendo. A irmã ensinou-a a subir para o banquinho e a virar-se ao “contáio” (sim, que a Luísa escalava a sanita e chegou a enfiar um pé lá dentro) e agora diz que já não precisa de redutor, tal como a irmã.

Começámos já a usar cueca-fralda durante o dia e vai à casa de banho sempre que pede. Na hora da brincadeira, também já limpa o rabinho do bebé ou das bonecas com as Kandoo (calma, que elas voltam para a caixa, nada se estraga): já sabe abrir e fechar a caixa na perfeição e aquelas mãos sapudinhas conseguem tirar as toalhitas uma a uma. Toalhitas essas que são descartáveis pela sanita!

A grande novidade cá em casa – mas que não posso ter à mão de semear, senão usavam até para limpar janelas - são as toalhitas Aquas que dão para qualquer fase e até para bem antes do desfralde: são excelentes, por exemplo, para recém-nascidos e têm 99% de água, sem qualquer tipo de perfume ou fragância. Basicamente são tão suaves que dão para qualquer parte do corpo e para qualquer idade (já experimentei para desmaquilhar e são óptimas) e ainda são biodegradáveis, também descartáveis pela sanita, o que é uma excelente notícia!

É tão bom vê-las a limparem a boca uma à outra e a terem momentos de grande cumplicidade, quando não estão a arrancar olhinhos. 😅 Vejam o vídeo:



E agora é esperar por ela e pelo verão para passarmos às cuecas. Que seja tudo sempre uma brincadeira, sem pressão. E com a irmã por perto, a ajudar.


*post escrito em parceria com a Kandoo





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9.26.2017

O desfralde da segunda filha: o que vou fazer de diferente?

Tudo e nada. Depende dela, dos timings dela e de como for reagindo ao desfralde. 

Eu, que não tinha grandes expectativas em relação ao desfralde da Isabel, nem andei a estudar o assunto aprofundadamente, acho que correu bem. Não sei se foi mais rápido que o “normal”, ou mais demorado. Não sei se foi mais cedo ou mais tarde. O que eu sei: foi calmo, sem stress – para a miúda e para nós – e até divertido. Sim, divertido. Nunca pensei festejar tantos cocós e xixis, nem andar a contá-los com tanta emoção. 

Como começou: um dia, no primeiro dia do ano, tinha ela 1 ano e 9 meses, achou engraçado ir ao penico e fez um cocó. Fizemos uma festa. A partir daí quis sempre ir fazer o cocó no penico. O chichi foi mais tarde, “só” lá para os dois anos e meio (verão) começámos a ver alguma regularidade e aproveitámos o bom tempo para incentivar, mas só tirámos a fralda à noite aos três, com alguns descuidos entretanto, que considero normais.

Coisas que ajudaram:
- esperar pelo interesse da parte dela
- ter na casa de banho penico e/ou redutor disponíveis, assim como um banquinho para subir para a sanita
- vestir-lhes roupas fáceis de despir: esqueçam os macacões e jardineiras e calças com cintos…
- ir perguntando e colocando, em períodos de tempo cada vez mais espaçados, na sanita ou penico – e sempre antes de sairmos de casa/viajar de carro
- oferecer cuecas com os bonecos que ela mais gostava
- cueca-fralda na hora da sesta e à noite para que, assim que se levantasse, fosse fazer sozinha à sanita
- o livro da Princesa que faz cocó era a história que mais pedia quando estava na sanita (mas não usámos a tabela com os autocolantes)
- incentivar a que nos avisem quando têm vontade de ir à casa de banho
- elogiar, festejar cada conquista, mas nunca fazê-la sentir culpada aquando dos acidentes: nunca ralhar, gritar, ameaçar, etc. “Não faz mal, filha, para a próxima consegues fazer na sanita!”

Segunda fase do desfralde

Quando eles já conseguem ter o controlo, talvez esteja na hora de os deixar autónomos para fazerem o processo todo sozinhos. Eles gostam de ter espaço para tal. Pelo menos a Isabel começou a pedir-me para sair da casa de banho ou então a chamar-me quando já lá estava. Ensinar-lhes, caso ainda não o tenhamos feito, a levantar a tampa, a puxar a camisola bem para cima, a limparem-se, a puxar o autoclismo, a vestirem-se e a lavar as mãos.


AJUDA PRECIOSA!

- ter toalhitas específicas para a incentivar a limpar-se: no caso das raparigas, explicar que é da frente para trás e explicar que se passa uma ou duas toalhitas, até uma sair limpa.
Usamos as Kandoo, as únicas apropriadas para esta fase, que vamos recarregando numa caixinha colorida que eles conseguem abrir e fechar sem dificuldade, retirar as toalhitas uma a uma, e que são próprias para ir para a sanita. (sim, estas são descartáveis, podem ir para a sanita!). Melhor ainda: além das de aromas, este ano foram lançadas as sensitive, para peles mais sensíveis. Impecáveis, fáceis de usar por eles e ficam com os rabitos hidratados (têm uma loção suave que mantem o ph neutro da pele).

Conclusão

Por mais dicas que vos possa dar, o meu maior conselho é: não ter expectativas surreais, só porque ouvimos que a filha da prima da vizinha desfraldou com 11 meses ou porque o mais velho numa semana já não usava fralda, muito menos ter em conta o “tão crescido e ainda usa fralda?!”. Ninguém melhor que nós conhece o nosso filho e não há mal nenhum em esperar mais um bocadinho, adiar se percebermos que estão a ficar demasiado frustrados e… relaxar. A seu tempo, vamos conseguir. Eles têm de estar preparados.
Por isso, não sei o que vou fazer de diferente com a segunda filha: vou ter de esperar pelos sinais dela. O que espero fazer igual: ter calma e paciência.



Bons desfraldes!

(Como vai isso? Querem deixar dicas?)

Ah! Vejam aqui, além de jogos e desafios porreiros para eles, textos que nos podem ajudar no desfralde deles e noutras etapas da sua autonomia.





*post escrito em parceria com a Kandoo


 
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4.25.2017

Com 3 meses faz cocó no penico!


Comecei por estranhar, franzi o nariz, disse "que loucura", mas mesmo céptica fui procurar mais: Bebé sem fraldas - Elimination Communication - Passo a Passo.

Eu não fazia ideia que isto existia mas o saber não ocupa lugar. Comecei por dizer para mim mesma que no caso da Luísa não resultaria, que talvez agora, com 10 meses, seja mais previsível - por exemplo, já sei que faz o primeiro cocó do dia depois de lhe mudar a fralda, mas nos primeiros meses ela fazia cocó umas 192737 vezes por dia. 
Depois vi um vídeo em que a mãe que aplicou este método dizia que, com ele, eles reduzem o número de vezes que fazem cocó porque estão numa posição mais favorável e libertam logo de uma vez maior quantidade. A Página do FB Bebés sem Fralda também tem imensa informação disponível para quem se interesse por isto da "Higiene Natural".

E, depois, desafiei-a a responder às minhas perguntinhas:


Por que é que resolveste iniciar o Elimination Communication?

Aos 18 dias de vida do meu segundo filho e após dois episódios de cólicas, decidimos iniciar a prática de Elimination communication. Chegando a uma dada altura da noite ele contorcia-se e chorava num misto de dor e desconforto. Aquele sentimento de impotência perante a situação mexeu muito connosco, ao ponto do meu marido sair de casa no meio da noite para comprar umas gotinhas milagrosas que surtiram um efeito muito temporário. A sensação que tínhamos era que ele queria evacuar mas não conseguia, só mais tarde com a prática da elimination communication (ou higiene natural) conseguimos entender que aquilo era um pedido de ajuda dele. Nenhum bebé quer ou gosta de evacuar sobre si mesmo (ou seja na fralda), mas o que acontece é que eles acabam por ser obrigados a fazê-lo e muitos deles, mais tarde chegam a ganhar um sentimento de pertença tal, que só são capazes de evacuar com a fralda. Na manhã que precedeu uma das nossas noites com cólicas, assim que o bebé acordou apercebi-me de que ele fazia um barulho distinto, mexia as pernas e contorcia o corpo. Foram estes os primeiros sinais. Retirei a fralda, segurei-o nas pernas, dando apoio à coluna e na posição de cócoras e pela primeira vez ele evacuou livremente, sem entrar em contacto com a sua urina e fezes. De seguida mamou e ficou feliz, aliviado e bem-disposto. Simples assim!
Já havia lido alguns artigos, relatos e até já tinha visto vídeos de EC durante a segunda gravidez, no entanto tinha o estigma de que seria difícil de praticar, pensei que não conseguiria identificar os sinais e tive alguns medos, no entanto tanto eu como o pai conseguimos auxiliar o nosso bebé em todo o processo de forma bastante instintiva. Passámos a usar recentemente fraldas de pano e a maioria das fraldas são apenas molhadas.

O que é e como se processa?

A ideia geral na prática de Elimination Communication (ou higiene natural) é que o cuidador tente ajudar o bebé a manter-se limpo e seco, oferecendo-lhe a oportunidade de urinar ou evacuar noutro lugar sem ser na fralda. Quanto mais cedo se iniciar a prática mais instintivo será. Para uma grande proporção da população mundial, usar uma fralda não é tão prático quanto não usar uma fralda, portanto é natural e expectável que os pais auxiliem os seus bebés a manterem-se limpos (assim como fizeram os seus avós e bisavós). Mas isso não significa que a prática de EC exclua de todo o uso de fraldas.

Como lidas com os olhares incrédulos e de que informação te muniste para que não te chamassem louca? 🙂

As reacções gerais das pessoas são muito engraçadas. Para quem se mostra interessado eu até tento explicar o que é e como se processa mas infelizmente a primeira leitura para alguns é de alguma repulsa pois pensam trata-se de um desfralde precoce, daí muitas vezes julgarem sem se permitirem entender o que é. Eu própria não aprovei a ideia quando vi pela primeira vez a imagem de um bebé a usar um penico, tanto que, e aquando do desfralde do meu filho mais velho, comprei o penico que usamos actualmente e na etiqueta indicava que seria aconselhado para o uso de maiores de 4 meses, lembro-me perfeitamente de pensar "quem é a pessoa louca que vai usar o penico com um bebé menor de 4 meses?" Ironia do destino: eu mesma! Apesar de não termos praticado EC com o filho mais velho (por total desconhecimento) o desfralde foi bastante tranquilo. Iniciámos aos 24 meses, após o primeiro pedido dele para usar a sanita, o desfralde diurno durou cerca de três semanas a ficar concluído com alguns acidentes pelo meio. Hoje com 31 meses continuamos a usar a fralda de noite. No entanto, tenho a consciência de que, mesmo respeitoso, foi um desfralde guiado por nós. Para um bebé que inicia a prática de EC o desfralde é sempre guiado pelo bebé, os pais só têm que continuar atentos aos sinais. Curiosamente o desfralde nocturno acontece muita vezes antes do diurno.

Há pessoal médico que "aprove"?

Vivemos na Escócia e a enfermeira que vem a casa periodicamente desconhecia a prática de EC e mostrou-se apenas curiosa, não fez qualquer tipo de julgamento ou recomendação. Ela pôde ver na prática como se processava e ficou de certa forma incrédula. 

Qual o teu estilo de parentalidade, guias-te por quê?

Vivo a maternidade de forma descontraída, sem horários ou pressões externas. Basicamente tenho feito tudo de forma instintiva desde a primeira gravidez. Sou adepta do parto natural e ambos os meus filhos nasceram na água, pratico amamentação em livre demanda e em tandem, faço regularmente babywearing e utilizo a disciplina positiva para ajudar-me nos desafios do dia a dia.
A maternidade ensinou-me que a melhor forma de tomar decisões é ter empatia pelos meus filhos, pelas suas necessidades e pelas suas limitações.
Felizmente tenho o privilégio de estar bastante presente na vida deles, aliás, foi essa uma das principais razões que decidimos emigrar. Temos todos os fins de semana em família e isso enche-me o coração.

Obrigada, Bruna!




Querem deixar aqui perguntas para a Bruna? Força!
JPB

4.19.2017

Dicas para o desfralde?



A Isabel e a Irene estão em processo de desfralde. A Isabel ainda usa fralda para dormir e a Irene ainda usa fraldas para fazer o nr.2. O "ainda" está ali a chatear-me, como se o normal fosse já não usarem. O normal é ir ao ritmo deles. E, por isso, decidimos gravar um vídeo sobre desfralde, comandado por eles. Estamos cá para ajudar, para incentivar, mas neste caso - e noutros - "o filho é que sabe". 


Foi muito divertido filmar as miúdas neste capítulo tão importante na construção da autonomia delas. Estavam todas orgulhosas a explicar tudo (a Irene é a coisa mais querida e explica-se tão, mas tão bem) e, além de terem feito uma degustação de toalhitas Kandoo - calma foi só com o olfacto, se bem que a Luísa chamar-lhes-ia um figuinho - pode ser que entusiasmem também os vossos filhos. 

Já conheciam estas toalhitas que, além de terem aromas, podem ser deitadas na sanita? São toalhitas próprias para que eles se limpem sozinhos e a verdade é que agora a Isabel não quer outra coisa - e eu orgulhosa fico de ver tanto desembaraço.

Se tiverem mais dicas a partilhar, sintam-se à vontade. E bons desfraldes!





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2.28.2017

Nunca na vida pensei alguma vez mostrar isto ainda para mais na internet.

Onde? Onde é que já se viu uma blogger partilhar a sanita (eu digo retrete, mas também já percebi que não é assim tão comum) sem esta estar com uma caneca com letras douradas a dizer "sexy girl" ou "but first coffee".

Como vos contei no outro dia, iniciámos um desfralde trapalhão aqui por casa. E, como me apercebi que existe alguma aversão à sanita (passou a haver de um momento para o outro, não fazemos a mínima ideia da razão), tive uma ideia! Ou, como diz a Irene, "tive uma boa ideia!". 

Estavamos a ler um livro que me pareceu absurdo quando o comprei, mas que se tornou num dos preferidos da Irene e apercebi-me que também nós podíamos decorar a sanita para se tornar algo mais amigável, mais girly, mais fashion statement, mais plié, mais entourage, mais coq au vin

Peguei numas canetas da Tiger que são para desenhar nos vidros (aconselho MUITO) e fomos as duas decorar a retrete (pimbas!). Ela ficou muito feliz! E eu também (também me interessa esta parte). Como esta sanita é só dela, não tenho de me preocupar em ficar com morangos e melancias no lombo. 

Se vai dar resultado? Não sei. Não temos pressa, mas já foi giro :). 




A maneira mais agressiva de segurar canetas numa fotografia. Parece que vou assaltar alguém com os meus fracos dotes para EVT.

-> Outras coisas que comprei para a Irene e que gostei aqui

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2.26.2017

Como assim "fraldas, não!"?

Sabem quando nos enervamos quando estamos num momento em que queremos que a criatura se acalme e há sempre alguém que nem se lembra que são horas de ir dormir e acha que aquele é o momento adequado para fazer corridas ou lhe dar uma prenda? 

Esse alguém fui eu na sexta-feira. Parecemos todas prós e infalíveis a quem costumamos "sugerir coisas" mas depois, sem ninguém saber (no meu caso agora toda a gente fica a saber - menos o meu marido que ele não lê o blog, diz ele) cometemos esses erros também?

Na sexta-feira, com a Irene extremamente cansada do Carnaval da escola (onde não houve lugar para sesta e, portanto, fui buscá-la drasticamente mais cedo), mostrei-lhe que lhe tinha comprado três pares de cuecas giras. Era só isso. Queria só ter as cuecas para quando fosse apropriado para ela experimentar. Não foi para pressionar, não foi para negociar, não foi mesmo. Eu dir-vos-ia. Ao Frederico talvez não, mas a vocês diria. 

Cheia de sono saiu-lhe algo como uma birra enorme para vestir as cuecas e aí pus as mãos à cabeça: "toda a gente diz que é um processo que quando se começa, não se pode voltar atrás", "é inverno e quando ela fizer xixi pelas pernas abaixo vai ser mais complicado", "ela odeia a sanita", "ela só faz cocó na fralda nunca aceita sanita", ... 

Depois pensei: "ela quer, Joana!". Péssimo timing, claro, mas assim foi. Desde sexta-feira que a Irene a par de estar novamente com uma virose qualquer (deitei-a agora com uns 38º) está a experimentar o que é ter o pipi menos almofadado. Estou toda contente por agora ela ter aquilo mais ao ar. Sempre me meteu um pouco de impressão o possível micro-clima das fraldas. Blergh.

Imagem We Heart It


Como tem um alergia qualquer à sanita, pus o penico (o Frederico e a minha sogra odeiam "penico" e dizem "bacio", vocês também?) na sala e sugeri que ela se despisse sozinha para fazer xixi quando quisesse para eu não estar sempre a martirizá-la para fazer xixi. Ficando, claro, calmamente em pânico por ela poder estar a segurar o xixi por algum motivo e ficar com uma infecção urinária. É uma maravilha a minha cabeça, não é? 

Correu bem a primeira e a segunda. A terceira nem por isso, mas sem ralhetes. "Não faz mal" - dizia ela. 

Não, filha. Não faz. Claro que não faz. A nossa vizinha tem é de ter o fato do Marshall de volta sem xixi, mas a mãe trata disso (sorry, Ana <3).

Dorme com fralda à noite, dorme com fralda à tarde. E agora estou para ver com vai ser na escola com tantas distracções. Segui o timing dela (com uma oferta inesperada de roupa interior à mistura, é verdade). Vamos ver como corre. 

Fala-se muito dos bitaites da malta em relação à amamentação e ao desmame, mas olhem que com as fraldas é a mesma coisa. A miúda faz 3 anos em breve e desde o primeiro ano que sinto pressão de todos os lados apesar da minha crença ser "ninguém vai de fraldas para a faculdade" (a não ser se calhar aquelas universidades geriátricas, aí acho que há quem vá e agradece-se). 

Agora... se adoro vê-la de cuecas? E aqueles rabinhos de quem já se acha pessoa? 

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9.01.2016

Habemus cacum!

Ai que maravilha! Ai que maravilha!

Só quando as coisas "passam" ou começam a acontecer é que me apercebo da pressão que tinha em cima dos ombros. O meu lado mais "tradicional" cedia às bocas alheias (e até à minha própria auto-crítica) da Irene ja dever estar sem fralda (que parvoíce, como se houvesse timings assim) e o meu lado mais informado, mais polidinho, mais seguro e mais crescido dizia "há tempo para tudo, ela dará sinais de que está pronta". 

Como vos contei aqui, associei (sem querer, era só para ela não se assustar quando acontecesse) o início da escola ao desfralde e ela usou a sanita e o penico (há imensa gente a odiar esta palavra, não fazia ideia, eheh) pela primeira vez e voluntariamente. 


Claro que já tinha sugerido algumas vezes cá em casa, já a tinha convidado, já lhe tinha explicado, etc.  Sempre disse que não. Porém, nunca a tinha posto numa prova de fogo, do género "agora estás nua e não podes fazer xixi no chão". Tenho ouvido e lido muitas histórias de desfraldes menos porreiros pelas crianças se sentirem mais pressionadas a não falhar, etc. 

Acredito - grande moral para uma mãe que ainda só viu um cocó na sanita e foi hoje - que tal como todas as outras aptidões, se insistirmos nelas antes deles estarem fisicamente ou psicologicamente preparados que poderemos estar a acentuar frustrações ou mesmo a remar no sentido oposto àquilo que seria desejável que será acompanhar a curiosidade dos bebés em se comportarem como nós ou quando a "necessidade não sei quê o engenho". 

Reparamos e estamos a ter cuidado com o reforço positivo com o cocó na sanita. Não queremos que ela queira fazer cocó quando não tem ou que quando já tenha acabado que faça força para sair mais. Tento por o enfoque dos feitos nela para que ela não tente fazer coisas para nos agradar, mas para cumprir (juro que não me estou a lembrar da palavra em português, não é para me armar em fina) milestones dela, próprias do crescimento. "Amanhã há mais" - disse ela depois do cocó antes de dormir. 

Começamos duas enormes fases ao mesmo tempo - contra tudo o que eu antes acharia desejável porque sempre me disseram para não fazer duas mudanças ao mesmo tempo (escola e desfralde), mas está tudo tranquilo e sinto-a bem. E é isso que importa, não é? 

Não há pressa. 

Amanhã se calhar nem quer ir à sanita e sabem o que vos digo? #caguei ;)


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7.08.2016

Vou ter saudades deste rabo de fraldas


Como em todos os saltos de desenvolvimento, tenho sentido aquele misto de emoções "que crescida!" e "onde está o meu bebé?!". Adorei vê-la a começar a andar, a começar a comer sozinha, a começar a falar (as conversas que vou tendo com ela são absolutamente deliciosas) e fiz uma festa quando fez o primeiro cocó no penico. Mas, lá está, parece que cada etapa, como o corte do cordão umbilical, a leva inevitavelmente para mais longe de mim, do meu colo, da minha protecção. Claro que não vivo ansiosa com nada disto, são pensamentos saudáveis de mãe, mas tenho muitas vezes a sensação de que vou ter saudades. Vou ter saudades do rabo de fraldas da Isabel (zero saudades, porém, de lhe mudar fraldas, de gastar dinheiro e de poluir ainda mais o ambiente), acho que o último grande resquício de que é uma bebé. A minha bebé está a tornar-se numa menina que faz cocó na sanita, que gosta de ler histórias na casa de banho, que se quer limpar sozinha (bleccc hehe). Ainda não começámos o desfralde puro e duro (mais por preguiça nossa, porque ela já não faz cocó na fralda desde janeiro e já vai pedindo para fazer xixi várias vezes), mas está para breve, quando formos de férias. 

Algum conselho que as mães mais experientes tenham para nos dar?



Body de gola - Petit Biscuit
Calções - Tsuru
fraldas - usa de tudo, desde continente, a pingo doce, a dodot.


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E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

1.13.2016

Quando acaba isto das fraldas?

Começo a acusar pressão. Jurei para mim própria que não iria pseudo-stressar com isto do desfralde porque acho que cada fase tem o seu ritmo natural. Da mesma maneira que cada criança tem o seu timing, etc, forçar o desfralde faz com que a coisa se dê de pior maneira, digo eu. 

Ela há de estar preparada para me avisar quando quer fazer xixi e quando quer fazer cocó. Não tem nenhum problema de desenvolvimento, por isso só tenho é de confiar nela, na espécie.


Porém, neste Natal, a mãe do meu padrasto começou a dizer que ela já é muito velha para usar fralda (nem falou muito mal da mama porque o marido mamou até aos três anos numa ama de leite) e lá voltei eu a pensar nisso. Já tenho o redutor para a sanita e até o banquinho. Não queria que ela se sentisse tentada a experimentar e que as coisas não estivessem feitas à medida dela. 

Decidi saltar o penico por achar um passo desnecessário. Nem quero fazer como foi feito com o meu irmão que passava bastante tempo no penico de manhã a ver televisão até sair alguma coisa. Parece-me errado. Deveria haver solicitação e só depois ir para a sanita ou o penico, acho eu. Até porque ter o rabinho naquela posição tanto tempo pode não ser bom para o esfíncter em si. Bem, nós sabemos como é quando estamos muito tempo sentadas na sanita, certo?

A verdade é que a Irene já há muito tempo que se afasta para ir fazer cocó (instinto animal giro). Esconde-se atrás da mesa da sala ou põem-se num cantinho qualquer com privacidade e faz o que tem a fazer, mas nem por isso se mostra minimamente interessada em fazer "como os crescidos". Também não temos forçado, claro. 

Já vos tinha falado deste tema aqui, mas agora a "pressão" é outra.

A bebé na casa de banho dela (em frente ao aquecedor e atrás da cadeira de alimentação). 
Agora, a Isabel (a filha da Joana Paixão Brás, a "outra" Joana do blog), que tem exactamente a idade dela, anda louca com o bacio, pede para ir para o bacio, faz cocó no bacio e tudo e tudo. A Isabel sempre foi muito mais avançada que a Irene em questões motoras, mas fico cheia de "inveja". Por outro lado, a miúda nem dois anos tem e há fraldas até quase 5 tamanhos acima, portanto deve ser normal ainda andar nisto.

Seja como for e agora que vos escrevo, acho que me vou manter na minha: não vou pressionar, vou esperar que ela tenha interesse por fazer "como os crescidos". 

Com que idade fizeram os vossos filhos o desfralde? Esperaram por eles?

Se calhar, como a maior parte das crianças já andará na creche por esta altura, vendo os coleguinhas a fazerem, imitam e pronto... A Irene vai para a creche em Setembro, por isso aí já alguém deve começar esse trabalho devagarinho...