9.02.2018

Ainda engravidamos mas é as duas.

E não uma com a outra. A Joana Paixão Brás tem o seu David, ser esse que atura três pipis em casa e continua com um sorriso saudável nas fotografias. Parece inclusivamente estar a gostar. Ainda no outro dia a Joana fez um post a dizer que a ver fotografias da Isabel com a Luísa lhe davam uma traulitada no relógio biológico (leiam aqui em Tenho o relógio biológico todo atrofiado) e eu... nestas "férias de Irene" olho para bebés com vontade de lhes dar uma trinca. 

"Pior": no outro dia, a Irene pediu para ver vídeos de quando era bebé (outra vez) e lá fomos. Digo sempre que sim porque é uma oportunidade muito importante de lhe contar como foi desejada e amada pelos dois pais desde que nasceu, fazendo-se sentir especial (ainda mais) por ter - além da sua própria experiência - uma outra garantia (as vezes que forem necessárias) que a mãe e o pai e os avós a amam profundamente. 

Ao mesmo tempo que parece que foi ontem que ela gatinhava mediocremente (nunca chegou a gatinhar como deve ser, ahah) e lambia os pés das cadeiras (há sempre uma altura em que os bebés lambem ferro, não é?), em que encaixava num braço apenas e... acima de tudo, em que ela adormecia no meu peito, verticalmente, depois de mamar quando a punha a arrotar....  já passaram 4 anos. 


Só devo ter um segundo filho quando tiver feito as pazes comigo pela experiência de parto que tive, pela forma como me lembro de quando a Irene tinha meses... Ainda me parece ter sido tudo um terror, mas cada vez menos. É até me esquecer. Depois aí, é aproveitar os dias em que não esteja "com os copos" (porque Estou a usar um copo menstrual neste momento) e, zinga, ter mais um bebé.  Quero redimir-me e quero que a Irene tenha irmãos. 

Agora que já me separei, agora que volto a estar feliz (e tanto), sinto que voltei à idade que tinha antes de ter a Irene - 27 anos. E que, como tal, sinto que quero viver o tempo com tempo. Não consigo ainda ter força e vontade para malabarismos e para escolhas que, para mim, são difíceis.

A maternidade em mim é a minha força e também calcanhar de Aquiles. Diz-me muito ou praticamente tudo. Puxa o meu perfeccionismo, ansiedade, ambição, total atenção, coração inteiro. Cansa-me e completa-me. Ter um outro filho agora seria como ter dois empregos (que muita gente tem, bem sei), mas não consigo ter força. Ainda nem consigo sentar-me no sofá quando chego a casa. Quero também dar tempo à Irene para me ensinar mais. Ainda preciso. 

Um dia será. Já olho para bebés. Já me apetece trincá-los. Sou cada vez mais feliz e é quando estamos felizes que devemos pensar em bebés. 

Posto isto, queria só dizer-vos que se estiver a olhar para os vossos bebés e a sorrir ao mesmo tempo que não os vou meter no bolso. Ando com esse olhar assustador a resolver coisas em mim enquanto o meu coração cresce e a minha cabeça tenta sintonizar com ele. 

Se me perguntarem, acho que a Joana aqui na loucura do casamento e da lua de mel, ainda leva o David para mais uma aventura, ahah. Vamos abrir um site com apostas? Quem vai ao próximo primeiro? ;)



4 comentários:

  1. Ahaha. Olha, quando decidires faz logo um curso de hipnobirthing para poderes ter a melhor experiência de parto possível. A minha não foi de sonho, e eu não fiz um curso de hipnobirthing, mas o pouco de técnicas que aprendi online apliquei-as e sei que isso faz com que tenha tido uma experiência de parto super positiva. Aconselho vivamente a todas as grávidas e mães que o queiram ser de novo. Quando for de novo faço o curso para ser ainda melhor. 😊

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  2. Minha querida Joana,
    Que bonito texto!
    Tenho 31 anos, não sou mãe, mas a vontade de dar xinquinhas aos bebés surgiu a partir do momento em que fui tia!
    Nunca tive o desejo de ser mãe pois desde miuda sei que tenho problemas hormonais / SOP/ menstruação que não existe se não houver compensação hormonal, o que levou a uma aceitação do "Vou ser tia para sempre!".
    Pode ser que o meu relógio biológico acorde qualquer dia, e me faça querer ser mãe.

    Um beijinho no coração para todas ;)

    Ps. Acho que será a JPB!

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  3. O meu acordou há dias. Aliás já tinha acordado, mas não me sentia pronta para... Agora sim. Tenho 34 anos e senti muitos anos o estigma quando dizia que ainda não queria ter filhos. De repente, deu-se o click, partilhado de forma quase mágica, a mim e ao meu companheiro. Acho que ser mãe é ser pai e vice versa e essas coisas tem de ser bem pensadas (ou então não). Hoje em dia já existem tantas possibilidades e tantas outras maneiras. Joaninha faz um post a contar quanto tempo demoraste a engravidar para receberes mais feedback e eu apaziguar aqui os demónios. Gosto muito de vocês. Sempre gostei.

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  4. Que bom ler que estás feliz. Mais importante do que teres outro bebe é estares bem noutra relação. Com o tempo tudo se encaixa!

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