12.08.2015

Arrependo-me tanto. Não façam o que fiz.

Estive um bom tempo a adormecer a Irene e pensei em algo para vos falar. Lembrei-me de algo que aconteceu hoje. Frederico a brincar com a Irene, no sofá, tão amorosos que o meu coração pára e parece que tiro fotografias do momento como se nunca mais tivesse direito a nada parecido e oiço "ela tem cocó". 

Ela tem cocó. Senti uma espécie de fúria a subir-me pela cara acima. Orelhas a escaldar, bochechas também (mas talvez isso seja da rosácea haha), até senti o cabelo mais esticado na cabeça como se estivesse arrepiada. Disse: "ela tem cocó e então?". 

Feita estúpida fui mudar. 

Apesar de ser uma pessoa que se considera minimamente inteligente, sou muito conservadora nalgumas coisas. A minha mãe não é nada assim, mas há um "eu" qualquer em mim que acha que a mãe é que deve arrumar a casa, tratar da roupa e tratar de tudo o que tem que ver com o bebé. A Joana Paixão Brás é o contrário (é como eu gostava de ser) e nem admite que se utilize o verbo "ajudar" em casos como "o pai tem que ajudar". Não se ajuda, é-se pai. Foi isto que ela escreveu num post algures. Ah, está aqui, afinal.

Apesar de me gabar de ser franca, nada tímida, frontal, etc. Pareço uma freirinha submissa nestas questões. Não gosto de lhe pedir para fazer coisas (sinto que ele é que as devia fazer voluntariamente), não gosto de lhe pedir para fazer coisas que sei que ele não gosta de fazer, nem gosto de o ver a fazer coisas que não goste de fazer. Também tenho a sorte de ter casado com um homem que expressa repetidamente o seu desagrado, o que não ajuda. 

Ora, a Irene nasceu. A Irene nasceu e tentei muito, mesmo muito incluir o pai em tudo o que podia. Inicialmente (porque tivemos uns stressalhões com a amamentação) era ele quem lhe dava o biberão (eu sofria em silêncio por estar tudo a correr mal nesse aspecto), mas isso foi só durante a primeira semana. Tudo o resto: almoço, jantar, mama, adormecer, acordar, fraldas, banho, vestir, passear... fui só eu que fiz e sozinha. Ele agora faz-lhe a comida, sempre. 

"Ah, o teu marido é uma besta!". Não, não... a culpa aqui é muito muito minha. Convidei-o sempre a fazer as coisas e perante o seu desagrado, em vez de lhe ter feito uma cara de "é a vida", disse "eu faço". Ficava amargurada por ele não querer fazer as coisas e estupidamente não queria que alguém que "não queria fazer as coisas" as fizesse, tendo em conta que "as coisas" aqui são a nossa filha. O que é que isto fez? Fez com que acontecessem várias coisas (já reparei que estou a usar muito "as coisas", já) menos boas: 

- Cansaço psicológico e físico aumentado vezes milhões da minha parte. Eu acho que estive mesmo a patinar para o "outro lado". Já é tudo tão difícil e eu piorei e muito tudo para mim própria.

- Ressentimentos injustificados (visto que depois negava a ajuda dele "ele dizia: não quero, mas faço, se quiseres). Tudo isto por causa daquela minha vozinha de freira que,  por dentro, dizia "é o teu papel, não é o papel dele".  Cansada e triste, ó que bem!

- "Retirei" o privilégio de ambos terem construído uma relação mais próxima desde o dia 1. Até agora se o pai deu 3 banhos foi muito. Claro que nada ficou perdido até porque agora estão sozinhos em casa enquanto vou trabalhar. Se antes não queria, também não permiti que nada mudasse para que passasse a querer.

O meu objectivo com este post e porque sei que há mais mães com esta vozinha dentro de si é ajudar a que não sejam imbecis como eu. É envolvê-los desde o primeiro dia, a bem ou a mal. Faz bem a todos. Há espaço para os dois. Por isso é que não os fazemos sozinhas. 

E não os odeiem por eles não fazerem ou não quererem fazer as coisas, pensemos em maneiras de os por a trabalhar, nem que seja com um chuto na peida.

Hoje deu-lhe o jantar porque me apeteceu secar o cabelo. Aos poucos vou conseguir ganhar seja lá o que for para meter ordem cá em casa. ;)

48 comentários:

  1. Olá Joana :) ! Concordo com tudo, tudinho... Cá em casa existe uma princesa com 17 meses que tem dado que fazer desde o princípio. Nos primeiros 3 meses foi para esquecer eu andava literalmente em modo zombie, queremos controlar todas as variáveis. O pai antes dela nascer dizia que ia ter medo de lhe pegar e dar banho ah e tal depois é tão pequenina,e a mama depois é só contigo e eu ouvia e pensava - - "isso é que era doce, vamos ver"...:) Sem dúvida eles não têm iniciativa nenhuma temos que ser nós mães a dar um empurrãozinho. O banho foi sempre um momento a 3 quando possível mas é o pai que agora assume o comando, as fraldas é fifty fifty, só a comida tem sido sempre aqui a mãe para a criança não ficar desnutrida ah e a roupa fica escolhida de véspera para não ter o Mundo á porta a dizer que a minha filha parece a Paula Bobone (mil perdões á senhora). Esta é a nossa realidade uma adaptação constante temos crescido com ela e não nos estamos a safar mal pelo menos eu acho. Beijinhos

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  2. Em relação a esta questão a minha opinião é simples: tem de fazer mais em casa quem tem mais disponibilidade para isso, independentemente de ser homem ou mulher.
    Quando eu estou de folga faço tudo e quando ele chega as meninas estão no sofá de pijama e o jantar está na mesa. Nos dias de folga dele (que são os fins de semana, eu folgo à semana e nem sempre sábados e domingos) ele tem de fazer e faço cara feia se chego a casa e há louça por lavar. Em dias que ambos chegamos a casa depois do trabalho temos de fazer os dois de igual forma. Muito embora haja coisas que só eu faço e coisas que só ele faz.

    Maria Inês

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  3. Obrigada, Joana! Muito obrigada por pôr em palavras aquilo que penso tantas e tantas vezes desde que a Matilde nasceu. É um misto de emoções. A vontade de querer que eles ajudem (ou seja pais!) e o sentido de rsponsabilidade e de obrigação de fazer por sermos a mãe. Stra "bipolaridade", como às vezes lhe chamo sótraz desvantagens para nós mães e benefícios para eles pais. Porque nós fazemos, acordamos cedo, levantamo-nos 7000 vezes durante a noite, damos banho, trocamos fralda, fazemos papa, damos biberon, adormecemo-los e no fim disto ainda tomamos banho num minuto, fazemos jantar, tratamos da casa e explodimos e choramos baba e ranho pelo desgaste físico e emocional que sentimos e pela raiva que lhes temos porquê? Por que não os fizemos ajudar (ou ser pais!)! É aquele raiva que sinto dele pela iniciativa que não lhe incuti e pela responsabilidade é culpa que sinto nisso! Culpo-o da minha própria falta de atitude. E não está certo! Mas, como tudo na vida, há coisas que tomam o seu rumo e devagar, às vezes tão devagarinho que enerva!, eles vão-se integrando na rotina, nas tarefas e nas coisas que são aos nossos filhos. E aprendem a ajudar e a ser pais, porque o timing de adaptação deles a esta nova "função" na vida deeeemoooora quase tanto como a Guerra dos 100 anos! Mas amamo-los mesmo assim. Principalmente porque o tempo pára quando eles brincam com elas!
    Um beijinhos grande!

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  4. Aí Joana....que consolo!!!!
    Tou k. o. de remar contra, ou melhor a favor da AJUDA!!!!
    Mas sua excelência fica com o turno da tarde, vai buscar à escola, dá lhe banho e...acabou por aqui...
    Culpa minha, só minha, com essa mania também do " eu faço", só pra não estar sempre " de favor"!!!!

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  5. Pois divorciei-me... cansei-me de ser mãe de dois ( da filha e do marido) e felizmente é mais fácil ser apenas mãe de uma bebecas de 13 meses, porque quando nos sentimos no limite, esgotadas, e quando queremos apenas conversar com o pai que passou o dia fora, e ele apenas vê o telemóvel percebemos que algo vai mal... sou melhor mãe sozinha, esgotada mas feliz... No entanto percebo que é um lugar comum e que é preciso incentivar e por vezes impor algumas regras para que funcione a nova vida a 3...Eu impus, tentei e atingi limites... Fico feliz por ver que tantos são os casais que superam com sucesso...

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  6. Infelizmente, na cabeça de muitos homens está incutida a ideia de que -e passo a citar algo que um colega de trabalho me disse - tradicionalmente a mulher cuida da casa e dos filhos. Ora, infelizmente é assim que muitos homens pensam. A maioria, acho. E mesmo que digam que não, que falem em igualdade e tal e coiso, se a mulher se chega à frente, não dizem "deixa estar que eu faço".
    Portanto, não acho que tenha qualquer culpa nem deve sentir arrependimento de nada. Desculpe a franqueza mas mesmo que lhe escarrapachasse nos olhos que tem de fazer isto ou aquilo, iria sempre ter a mesma resposta. E iria sempre fazê-lo apenas para não ver do outro lado desagrados. E não, não retirou quaisquer privilégios, eles estavam lá para quem os soubesse aproveitar e foi a Joana que o fez. E isso, não é culpa sua, ok? :) beijinho.

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    1. Concordo com tudo o que disse!!! Principalmente o do "escarrapachasse"!

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  7. Temos uma miúda que ainda não atingiu 1 mês.
    A amamentação está a ser um inferno com muitas dores e mastite à mistura. Estou fisica e psicologicamente exausta.
    Vale-me o pai da miúda que faz tudo (só não amamenta!).
    Desde que regressamos da maternidade eu ainda não lhe dei um banho, é o pai que dá. Eu ainda não me cheguei à cozinha para fazer refeições, é o pai que faz. As fraldas ele muda sempre que pode. Só não limpa. Aí entra a mãe, enquanto o pai namora a filha. E ainda tenta animar o meu espírito cansado das vicissitudes da maternidade.
    Saiu-me a sorte grande!
    Espero conseguir mostrar-lhe isso todos os dias :)

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    1. A sua primeira frase diz tudo : uma miúda que ainda não atingiu um mês.

      Quando a vida voltar ao normal depois venha cá contar se ainda acha que lhe saiu a sorte grande ;)

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    2. Aqui já vou em 26 meses de sorte grande. Voltei a trabalhar há 3 meses e nem isso fez com que a sorte grande se dissipasse... Portanto não ligue a comentários derrotistas, Sílvia. Há homens bons! Mas aconselhava-a a incluí-lo nas limpezas. A longo prazo pode ser útil!

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    3. Olá Tânia! Desculpe comentar, mas a verdade é que pode ter saído à Sílvia a sorte grande. Cá em casa a vida já voltou ao normal há muito tempo e, sim, continua tudo a ser feito a dois. Aliás, durante o primeiro mês de vida, foi sempre o meu marido que deu banho ao Tiago, eu ficava com a amamentação e as fraldas eram a dividir pelos dois. É um pai como qualquer pai deve ser: completo, por inteiro, igual à mãe.
      Sílvia, ainda bem que há por aí mais maridos como os nossos :)

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    4. Eu tenho uma filha prestes a fazer 23 meses e tem sido tudo partilhado com o pai e os dois têm uma relação maravilhosa. Tal como acontece com a Sílvia Vaz, o meu marido faz tudo comigo desde o primeiro dia e passado 23 meses continuo a dizer que me saiu a sorte grande e tenho cada vez mais certezas quando leio alguns comentários.
      Numa coisa concordo com a Joana, a culpa principal é das mulheres, seja pela vozinha na cabeça ou outra razão qualquer. Há lá razão mais importante que mudar pelos filhos?

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    5. Desculpe Tânia mas também tenho que discordar! Lá em casa somos dois pela nossa filha, seja em relação ao que for... e já vamos em 24 meses de filha, com outro a caminho! Nisso concordo com a Joana PB, pai não tem que ajudar, pai é pai e ponto final! e, ainda nas aulas de preparação para parto, o Enfermeiro (sim... o enfermeiro Homem) avisou "atenção à possessão pelo bebé e criticar constantemente o pai! o pai também sabe fazer e às vezes até melhor!" e aí não posso estar mais de acordo com ele, além de agradecer-lhe o aviso! por culpa das mulheres ou pela pouca iniciativa deles... a verdade é que é tema recorrente no que toca há maioria dos casais! Felizmente há cada vez mais pais com P grande, completos, como mt bem diz a Alexx M.!

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    6. A minha "sorte grande" não é apenas pelo pai que ele é (ainda que há menos de 1 mês!), mas também pelo marido, amigo e companheiro que sempre mostrou ser.
      Muitas coisas mudam, mas o amor pela filha e a entrega que lhe tem desde o primeiro instante, acredito que serão para sempre.
      À nossa filha também lhe saiu a sorte grande!

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  8. Concordo com tudo o que dizes e muito com a parte em que dizes que a culpa é muito tua. É. mas não é só tua. O homem também tem que se envolver e não se deve deixar colocar de lá. mas, ouvi-los a dizer: "Não, desculpa lá mas insisto em mudar a fralda!" nem nos melhores sonhos.
    Cá em casa (e sem ser em casa) ou apologista de evitar as situações desagradáveis para mim, para não ter que me queixar depois. O meu namorado faz exatamente o mesmo que eu e a nossa filha é tão apegada a um como a outro. Tenho a certeza que se eu fizesse mais coisas que ele, ele não se ia chegar à frente e oferecer-se para repartir, creio que faz parte do género masculino mas, até agora, tem funcionado bem. :)
    Boa sorte! Vais ver que vai correr tudo pelo melhor. Desde que haja vontade de mudar, tudo se faz! :P

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  9. Tambem me revejo na tua historia! Ca em casa tambem é assim desde que o Leo nasceu á 6 meses. Dou mama, faço e dou o almoço e o jantar, visto-o, vou passear com ele, brinco com ele, deito-o, troco as fraldas(tambem existe a frase "ele tem coco)... Sempre que invento uma coisa nova para ele brincar ou estar ou comer lá vem ele com as lamurias e o mau pensamento "ele nao vai gostar" ou "isso é um bocado parvo para a idade dele"! Meu Deus como estou cansada! Cá em casa infelizmente estamos os 2 desempregados por isso também sou só eu que trato da casa e sempre que peço ajuda para alguma coisa faz mas faz contrariado e de má vontade. Infelizmente tambem sou como tu e não consigo pedir muito, vou fazendo e ficando calada.
    Beijos

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    1. Não peça, exija. A responsabilidade é dos dois, seja na casa ou com o filho. Ainda por cima se ele tb está desempregado?!?!?! Não devia ficar calada, devia pôr os pontos nos is, porque qualquer dia explode, e depois o resultado pode ser pior. Coragem e boa sorte!

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  10. O Diogo quando nasceu teve que ficar internado porque tinha uma infecção grave no sangue. Felizmente passado uma semana estávamos em casa mas nesse espaço surgiu em mim a dita mãe leoa que não deixava nada nem ninguém fazer nada. Era eu que cuidava dele e ponto... Era eu a mãe. Eu é que sabia. Não sei se acontece com todas... Acho que sim sinceramente. Mas devido ao problema dele fiquei um pouco totó das ideias. Hoje o Diogo quer a mãe para tudo. Para aquecer o leite, banho, ir fazer xixi, brincar, etc. Nunca nunca chama o pai. A culpa é minha e eu tenho consciência disso. Penso muitas vezes em ter outro filho mas se vivo diariamente casanda com o trabalho e a exigência do meu filho comigo como poderei dar atenção a outro bebê?? Tenho que pensar bem!
    Quanto às lides de casa bem... Era o Diogo recém nascido e pedi ao meu marido para estender a roupa. Quando fui ao estendal o lençol estava exactamente como saiu da máquina!!! A partir daí expliquei-lhe calmamente algumas coisas, coisas que nunca aprendeu com a mãe dele porque lá está... A mãe dele sempre fez tudo em casa!!

    http://ourpicturingdays.blogspot.com

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  11. Aqui e os 2 senão...caldo enturnado. Era o que faltava não sou criada, a casa e dos 2 os filhos são dos 2.
    Faça bem ou mal ele faz . dá banhos, deixa-os, quando vou as aulas de Zumba a noite da o jantar a mais velha .
    Se precisar fica com eles ou leva-os com ele muda FRALDAS ao mais novo de 3meses.
    obrigação dele como minha. Somos os 2. Sem remorsos precisamos um do outro só assim funciona.

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  12. Catia Valente11:39 da tarde

    Olá :)
    Eu sou aquilo que se considera mãe galinha. Não larguei a minha filha desde do dia em que ela nasceu até ao dia que fui trabalhar (pelo menos não por opção) mas desde do dia 1 (e por acaso ela nasceu mesmo no dia 1 eheh) incuti ao meu marido a necessidade de fazer as coisas... Fazia me imensa confusão, porque demorava muito tempo, não fazia do jeito que eu queria (sempre com aquela sensação que deveria ser eu a fase-lo). Muitas vezes ele também não queria fazer, mas sempre o incentivei, pois e se me acontece se alguma coisa? Ele tinha que saber cuidar dela!! Isso atormentava me bastante, pois nós não somos de ferro e eu acabei por ser negligente comigo mesma e quando a minha filha tinha um mês e meio fui parar a uma cama de hospital!! Foi uma tortura para mim.. Mas sabia que o pai sabia cuidar dela..
    Como mães nos sabemos cuidar dos nossos rebentos como ninguém, afinal, a mãe é que sabe ;) , mas temos que pensar em todos os cenários (mesmo que sejam pouco prováveis) e motivar os nossos maridos a serem desenrascados (mesmo que nunca consigam fazer as coisas como nós pelo menos a fazerem parecido ;p ) !

    Beijinhos ��

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  13. Por aqui o pai trata da filha como a mãe (e da casa). À pala disso já ouvi comentários do género "ah, só falta o pai dar a mama".

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  14. Olá a todas... estou tão feliz por ter lido todos estes testemunhos, parecia euzinha a falar com os meus botões. Talvez saibam responder a questão que me coloco diariamente: será que é o nosso lado mãe leoa a falar ou seremos mesmo umas grandes burras??? Cá em casa trabalhamos os 2 fora, mas as vezes em horários diferentes, e se eu não tiver ele faz tudo (palavras dele), cuida do miúdo e faz o jantar e mais nada porque diz que o miúdo não deixou fazer mais nada. Assim que abro a porta de casa STOP. Eu tomo o comando de tudo e ele descansa. E ainda tem a lata de dizer vamos ver um filme, sim vamos... mas eu acabo por adormecer sempre, porque será!!!

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  15. Tão verdade este post. A culpa é nossa e deles que simplesmente "passam a pasta" e vão à sua vida sem chatices. E nós, para evitar discussões, e por acharmos que os nossos filhos merecem (e merecem!) toda a nossa dedicação, acabamos por ceder dia após dia.
    Cá em casa no início, como alguém comentou em cima, o marido fazia e queria fazer tudo, uma maravilha. Depois passa a novidade e é a mãe que assume o controlo e passa basicamente a fazer tudo desde o banho à alimentação, vestir, e sobretudo mudar fraldas. Porque que horror, aquilo cheira mal (só para eles, para nós é perfume... ).

    No meu caso ele de facto sabe fazer tudo porque eu ausento-me algumas vezes em trabalho e ele assegura tudo, mas no dia a dia tivemos de fazer adaptações. Damos banhos em dias alternados e quem dá o banho veste o pijama e faz essas coisas da higiene (creme e assim). O outro cozinha. O jantar normalmente eu dou a não ser que ele queira o pai a dar, mas comemos todos ao mesmo tempo. Brincar também brinca, não há problema. Agora a questão das fraldas...deve mudar uma média de 2 por semana... U-A-U!! Nos outros dias deve achar que o filho usa o WC! Vá lá que em supermercados e assim se oferece sempre para ir ele, assim não tenho de interromper as compras e ir eu. Mas pronto, só para dizer que sofrem todos do mesmo mal, e nós com a mania que temos de fazer tudo, lá vamos cedendo. Mas sem dúvida que deve haver cedências e tentar mudar atitudes. Boa sorte Joana! Como vês não estás sozinha.

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  16. para mim a culpa e tao mas tao vossa, alguem vos pergunta o que voces gostam ou deixam de gostar fazer aos vossos filhos? a menina tem coco? as fraldas estao no trocados e as toalhitas tambem... e pronto. Os homens em portugal sao inutilizados a vida toda, primeiro pelas maes depois pelas esposas! Quando se toca neste assunto sobre "ajuda" masculina em relaçao aos filhos faz se sempre num cenario de dia a dia, onde a vida da mulher seria mais facil se eles tirassem algum peso da nossa carga, mas as vezes as coisas sao mais complicadas que isso, eu felizmente sempre dividi tudo com o meu marido incluindo os filhos que sao tanto meus quanto dele, mas no dia em que tive que ficar internada 6 meses numa maternidade para tentar salvar o meu segundo filho, vi que realmente e o unico caminho que poderiamos ter seguido os 2, enquanto eu recebia a visita de um marido tranquilo, com a minha filha mais velha pela mao, vestida e alimentada na maior das tranquilidades, porque apesar de eu estar no hospital nada do que ele estava a fazer em casa era novidade nem para ele nem para a pequenita... ja a minha colega de quarto estava numa situação clinica semelhante a minha, recebia em casa todos os dias um homem completamente descompensado, em stress total, onde ate o menu que eles deveriam encomendar da tasquinha da rua tinha que ser ela a escolher e encomendar pelo telefone em pleno hospital! por isso mulheres portuguesas nao pensem na facilidade do dia a dia, pensem que lhes estão a negar a possibilidade de saberem o que fazer se um dia por qualquer motivo vocês nao possam la estar!

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  17. É função dos dois, do casal. Aqui tudo foi novo tudo foi novidade, não esperávamos ser pais e de repente nos vimos nesse papel... Adoramos, amamos o nosso filho, tem 11 meses, e vamos ser pais novamente daqui a 26 semanas! Estamos cansados e exaustos mas felizes por está bênção.
    Temos dias de cansaço, de irritação mas nunca deixamos de nos ajudar. Isto porque expresso sempre o que sinto e penso. Também "acho" que muita coisa devo ser eu mas quando chega a hora ele ajuda... Ou porque quer ou porque peço ajuda... Nem pensar fazer sozinha, nunca... Somos um casal para tudo e por isso sim, tudo a dois tudo juntos porque a nossa vida é a mesma, a casa é dos dois e os filhos também. Ha coisas que só eu faço mas também há coisas que só ele faz e isso completa nos...
    Nunca em momento algum uma mãe esposa e mulher deve arcar com tudo porque a vida a dois é a dois e não a um!

    Força a todas as mães, que nunca se guardem e fiquem a espera de ajuda mas sim que expressem e digam sempre, não é ajudar mas sim partilhar o que é dos dois de maneira igual!

    Um beijo grande a todas as mulheres, mães e esposas.

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  18. Eu sou como a outra Joana!!! Ele não ajuda faz a sua obrigação de pai e com um sorisso, fomos dois a fazer a menina somos dois a cuidar dela. Somos dois a viver em casa somos dois a tratar das lides, por cá e assim que funciona e quando deixar de ser a porta é serventia da casa que nesta vida nenhum homem é insubstituível...

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  19. Olá Joana!

    Muitos parabéns pelo blog, adoro ler-vos! Por aqui a filhota é pouco mais velhinha que a sua, também ainda amamento. Apesar de me rever admito que por aqui o marido faz de tudo, no entanto a minha filha é uma espertalhona e apanhou-me o ponto sensível, por vezes o pai vai dar-lhe banho ou mudar uma fralda e ela choraminga "a mãããẽeeee!!! a mããããããẽeeee!!!!!", como se tivesse uma "faca espetada nas costas". Perante este cenário umas vezes cedo, outras não.

    Continuem o excelente trabalho, deste lado têm uma leitora assídua. Divirto-me convosco :)

    SM

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  20. Bem... eu como fiz cesariana, enquanto andava literalmente de barriga aberta, ele fazia tudo ao meu filho eu só dava de mamar e o que me doia por não poder fazer. Mal arrebitei, comecei eu a fazer, o banho sentia um medo terrivel, eu dava mas queria que ele estivesse ao meu lado. Com um trabalho de horários complicados e sem horas para regressar, eu stressava quando começava a chegar a hora do banho e ele não estar...

    Passado 5 meses do nascimento o meu marido agora ex-marido se faz favor :D apanhou uma bactéria hospitalar e esteve quase a ir para o lado de lá, quase 3 meses em casa de repouso, e eu não deixava fazer nada enquanto não chegasse o dia da consulta (a bactéria alojou-se no coração).

    Isto tudo para dizer que o gajo gostou tanto da boa vida que deixou de fazer tudo ao filho, eu ao sábado andava a limpar e tinha que deixar de fazer para mudar a fralda, dar comer, etc. etc. até que um dia enfureci-me e dei um basta... começou a mudar um pouco mas não tanto quanto eu precisava discussões em cima de discussões, até que a bomba rebentou e o gajo põe um fim à relação(motivo gaja nova) conclusão deve dar medo das responsabilidades parentais :D Obriga-o a fazer tudo que é papel dos dois ouviu :)

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  21. Quando engravidei estava desempregada, portanto fazia praticamente tudo em casa enquanto o homem trabalhava, para depois podermos namorar à vontade quando ele chegasse. Mas se ele estivesse de folga e visse que era preciso aspirar ou lavar chão ou o que quer que fosse, tratava do assunto.
    Quando engravidei, continuei a fazer tudo, mas mais para o fim ele já não queria que eu fizesse nada. Começámos a partilhar mais as tarefas de casa. E ele descobriu o gosto pela cozinha, e jeito!!!
    Quando a filha nasceu, ele aprendeu logo a fazer tudo. Dar banhos, mudar fraldas, consolar, escolher roupa. Só não dava era mama! E desde então, não foi preciso dizer nada, encontrámos logo o nosso equilíbrio. Se um tratava da casa, o outro tratava da bebé. Lógico que eu estando em casa, e a filha colaborando, fazia praticamente tudo, mas se ela estivesse num dia mau e ele chegasse a casa com coisas por fazer, não fazia frete nenhum e tratava disso. Agora ela tem 26 meses e continuamos assim, só que eu voltei a trabalhar há 3 meses e, desde então, quem está de folga (temos folgas quase sempre desencontradas) faz o que estiver por fazer. Ele vem buscar-me às 19:30 e é raro o dia que chego a casa e não tenho jantar feito e filha com banho tomado, chão aspirado e às vezes até lavado (ele sai às 17:30).
    E não faz mais sentido assim? Assim é chegar a casa, dar jantar à filha e deitá-la (que ultimamente não é tarefa fácil, e até nisso nos revezamos) e depois temos tempo para nós.
    A única coisa q o meu amor não faz é passar a ferro - só o fez enquanto eu estive na maternidade para parir, e não se safou mal!! Mas não me importo. Ele tb limpa o terraço, e eu não. São as únicas tarefas exclusivas de cada um.
    Só saiu de casa dos pais aos 36 e lá tb não fazia nada, a mãe fazia tudo, mas quando saiu, não foi preciso nunca pedir-lhe pra fazer nada. Às vezes não fazia tão bem, mas aí, dizia-lhe com carinho o que podia fazer melhor e ele lá se foi aperfeiçoando. Portanto não tem só a ver com a mentalidade "a mãe fazia tudo a esposa tb faz", se eles tiverem bom senso sabem que quando se juntam com alguém têm de partilhar as tarefas.
    Apertem com os vossos homens, em vez de guardarem esses pequenos rancores. A longo prazo, pode ser prejudicial.

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    1. Tem realmente sorte de ter um marido assim. Como deve saber a maioria não é assim.
      Comentou o meu comentário, e até "entendo" o que possa ter pensado ou escrito. O meu marido "foge" um pouco das tarefas relacionadas com a pequena, não há como negar.
      Mas no que toca à casa também faz muito. Não lavo carros, nem limpo a garagem. Não varro os exteriores, nem apanho folhas do jardim ou dos terraços. Não lavo varandas, nem estores. Não trato das fogueiras nem do aquecimento, não provisiono a arrecadação com lenha, não arrumo a roupa dele nos armários, etc. E quando é preciso ou dá jeito também trata da limpeza interior.
      Claro que o trabalho das mulheres em casa não acaba, e isso é sabido.
      E eu sabia mesmo que ía ser assim.

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    2. Não gostei de ler o que escreveu porque tenho um padrasto que é igual no que diz respeito a cuidar de crianças, e vejo o impacto que isso tem na minha mãe. Ele gosta de crianças, quando se portam bem. Mas tb nunca tratou das minhas irmãs. Uma tem 8 outra 5 e ele não mudava fraldas, não dava banhos, não se levantava à noite, nada. Brincar c a criança de vez em qd não faz dele pai, é progenitor, pronto. Pense lá ao contrário: Se lesse uma história de uma mãe que leva o filho à casa de banho mas chama o pai para lhe limpar o rabo, não muda fraldas e chama o pai para o fazer, banhos igual, achava que era mãe? Só pq brincava com ela de vez em quando?
      Acho que nenhuma mãe merece ter como companheiro um homem assim. Mas se a Célia consegue amá-lo e aceitá-lo assim, é com vocês... Cada casal tem a sua dinâmica e faz a relação funcionar à sua maneira. Eu não sou ninguém para opinar, peço desculpa.
      É que estou mesmo chocada principalmente com a parte do "leva ao bacio mas não limpa o cócó".
      De qualquer forma, muitas felicidades para si e para a sua família. E espero que, eventualmente, ele participe mais ;)

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    3. Brinca todos os dias, não é de vez em quando.

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  22. Eu sou essa que descreveste.
    O meu marido nunca gostou de crianças, ou qualquer tarefa que envolva crianças.
    Por isso desde sempre fui eu que fiz tudo o que é relacionado com ela. Até agora não lhe deu qualquer banho, não lhe mudou qualquer fralda, não lhe deu 1 único biberão ou um prato de sopa. Não trata dela de noite, praticamente não fica sozinho com ela.
    O meu secalhar é que é essa besta que falaste. Secalhar é, mas eu sabia que assim seria... Gosto de fazer "as coisas" relacionadas com ela, mas por vezes cansa, aliás cansa sempre, e muito.
    Ama-a disso não tenho dúvidas, passam grandes momentos a brincar, principalmente enquanto trato das refeições e oriento a cozinha.
    Às vezes já lhe dá um iogurte, já a leva ao bacio (mas não limpa o cocó) ou lhe dá água. Aos poucos e à medida que vai ficando mais menina e menos bebé, vai-se dando mais.
    Com o tempo talvez ele "ajude" mais :-)

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    1. leva-a ao bacio mas não limpa o cócó...??? Sabia que ia ser assim portanto não faz mal...? Ama-a, diz você?? ehm... O seu marido não é pai, lamento informá-la.

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    2. Não é o pai que normalmente as mães querem, mas é pai.
      Quem o conhece entende porque digo "eu sabia que assim seria". Assim, apenas lido, eu sei, é um chapadão...

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    3. Tb n entendi.
      Nunca gostou de crianças ,n faz nada à filha,n sei q papel tem na vida dela.Faz me lembrar um homem machista n sei pk.
      Fez me confusão estas afirmações :/

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    4. De tudo o que leram também escrevi: "Aos poucos e à medida que vai ficando mais menina e menos bebé, vai-se dando mais." Acho que a evolução é visível ;-)

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    5. Oh Célia, desculpe lá mas imagine que lhe acontecia algo grave (bata na madeira) e que teria que ficar internada? É que ao ler as suas afirmações apenas penso no que está à espera para o despachar! Ele é filho mas da Mãe dele por favor! Lá vai dando um iogurte?? Mas pronto você própria admite que já sabia que assim seria portanto presumo que também não foi ao "engano"....Assim como é um direito participar na vida de um filho também é igualmente um dever e dos 2 progenitores

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  23. Então e se o cenário for este:
    Vocês decidiram deixar de trabalhar para ficar com a miuda em casa e o pai trabalha a tempo inteiro...entretanto ela cresceu e já está na creche mas vocês continuam em casa por opção própria/do casal. Também é suposto ele participar a 100% nas tarefas? É que me custa um bocado estar o dia inteiro na minha vida...que não me queixo nada mesmo..tenho tempo para tratar da casa, ir ao ginásio, ler livros, etc... e depois ele chega a casa cansado e ainda tem que ir fazer coisas..quando eu estou descansada e bem para fazer tudo? E verdade seja dita... também gosto de fazer as coisas à minha maneira...às vezes peço-lhe para arrumar loiça/estender roupa e é do piorio..tudo mal posto...a roupa toda mal estendida e a máquinada loiça cheia com dois pratos..estãoa ver o gênero...! A mãe sempre lhe fez tudo....!
    Help, please! O que acham? Estou a ser parva e devia ser eu a fazer tudo ou ele também deve participar...n digo a 100%mas qq coisa...!
    Obrigada!

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    1. mas se o trabalho dele tem hora para terminar o teu tambem devia ter nao? eu acho que apartir do momento que estao os 2 em casa o que ha para fazer que nao pode ser adiado deve ser partilhado sim... depois o dar banho dar uma refeiçao, adormecer nao e so trabalho e tambem uma ligaçao que se cria entre o bebe e o coidador e impedindo ou nao facilitando o pai a realizar isso estamos a impedir que esse laço se crie! e como disse em cima e se um dia nao estamos ca, e se um dia eles tem que fazer tudo?

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  24. O bebé vai para 8 meses e eu também oiço a "vozinha" e gosto pouco de ver gente a fazer fretes! O meu namorado não é um anjo caído do céu que só falta amamentar (como já li por aqui), mas também não é uma besta. Vai ajudando, mas tenho sempre de lhe pedir para fazer, nunca toma a iniciativa.
    Muda a fralda se eu não estiver disponível, mas tem sempre de anunciar «Ele tem cocó!» e eu tenho de responder «Então muda!». Veste-o se eu colocar a roupa pronta a vestir. Dá-lhe comida se eu lhe pedir e tenho de ser eu a triturar a fruta, porque diz que não sabe... (esta dou de barato)
    Basicamente... tenho de ser menos mole com ele e começar a apertá-lo, para bem de todos!
    Obrigada Joana, por este "abr'olhos"! ;)

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  25. Eu também sou assim, que raiva...
    Nem para nós somos boas!
    E eles habituam-se...e levam uma vidinha regalada.

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  26. Bem vou opinar. Primeiro há casos e casos e alguns em que se entras a matar foi-se a relação. É preciso avaliar se vale a pena. Quando ela nasceu e nos dez dias iniciais ele cozinhou sempre, aspirava e lavava a loiça. Depois entramos no ritmo normal...e a mãe dele, um amor de pessoa, faleceu. Foi um pesadelo para os dois. Ele enfiado na cama com medicação, e eu tinha feito cesariana e tive uma infecção com 8 dias de pós parto. Fiz TUDO sozinha e tenho ainda três residentes de 4 patas. Do ao fim de 4 meses de dormência ele começou a despertar. Ela tem agora quase 10 meses e ele nunca lhe deu banho sozinho e comida só biberão.Se os deixar os dois (faço-o uma tarde ao fim de semana e 2/3x durante a semana antes do jantar, quando vou ao ginasio) ele desenrasca-se e "só liga em caso de incêndio". Em dez meses ligou as duas primeiras vezes. Umas vezes cozinha ele outras eu, ele passeia os cães ao almoço e a noite mas bebé sou sempre eu. Sempre. Esgota-me e ela de noite é um pesadelo. Quando ela esteve doente, aí ele mudou-se para o quarto dela para eu dormir (claro que nao dormi na mesma, mas valeu a intenção). Se eu pedir ele faz mas notei desde que ela nasceu que ele procura mimar-me mais, cuidar mais de mim e eu cuidar dela. Sabes Joana também acho que tem a ver com a idade...a maior parte das minhas colegas nos 30 os pais ajudam, estão mais formatados para o fazer. Nem todos, mas grande parte. Eu tenho 31 e ele 45. Primeira filha de ambos.Ele acha que eu trato dela e ele de mim. Apesar de não fazer nada de mais a filha a menos que eu peça vem para casa a correr para eu poder " tratar de mim", ou seja, fazer uma aula no ginásio, dar um passeio com uma amiga, arranjar as unhas, qualquer coisa para mim. Podia fazer mais? Podia, tenho vindo a pedir aos poucos que altere determinadas coisas. E ele faz. À maneira dele mas nao interessa.Acredita, não vale a pena debitar muita informação de seguida porque não assimilam. Há que acrescentar tarefas gradualmente, para o bem de todos mas também da relação. Quando tiro roupa da máquina e já estou farta de trabalhar digo-lhe para vir estender, quando não me apetece cozinhar digo-lhe com a maior das calmas "faz tu que não me apetece" mas ainda assim sinto-me sobrecarregada, o último biberão da noite faz ele...vamos tentando melhorar. Nem todos são logo perfeitos, infelizmente, mas com alguma paciência as coisas melhoram. Não deves deixar de dizer mas se for de rajada, de quem encheu encheu e depois explode, não vem nada de bom. Aos poucos, e antes que chegue o segundo, começa a dividir. Isto de constituir família não é fácil, as vezes da vontade de pegar na nossa mãe e enfiá-la na nossa casa lol e ser filha novamente. Beijinhos. Breath in, breath out

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  27. Bem vou opinar. Primeiro há casos e casos e alguns em que se entras a matar foi-se a relação. É preciso avaliar se vale a pena. Quando ela nasceu e nos dez dias iniciais ele cozinhou sempre, aspirava e lavava a loiça. Depois entramos no ritmo normal...e a mãe dele, um amor de pessoa, faleceu. Foi um pesadelo para os dois. Ele enfiado na cama com medicação, e eu tinha feito cesariana e tive uma infecção com 8 dias de pós parto. Fiz TUDO sozinha e tenho ainda três residentes de 4 patas. Do ao fim de 4 meses de dormência ele começou a despertar. Ela tem agora quase 10 meses e ele nunca lhe deu banho sozinho e comida só biberão.Se os deixar os dois (faço-o uma tarde ao fim de semana e 2/3x durante a semana antes do jantar, quando vou ao ginasio) ele desenrasca-se e "só liga em caso de incêndio". Em dez meses ligou as duas primeiras vezes. Umas vezes cozinha ele outras eu, ele passeia os cães ao almoço e a noite mas bebé sou sempre eu. Sempre. Esgota-me e ela de noite é um pesadelo. Quando ela esteve doente, aí ele mudou-se para o quarto dela para eu dormir (claro que nao dormi na mesma, mas valeu a intenção). Se eu pedir ele faz mas notei desde que ela nasceu que ele procura mimar-me mais, cuidar mais de mim e eu cuidar dela. Sabes Joana também acho que tem a ver com a idade...a maior parte das minhas colegas nos 30 os pais ajudam, estão mais formatados para o fazer. Nem todos, mas grande parte. Eu tenho 31 e ele 45. Primeira filha de ambos.Ele acha que eu trato dela e ele de mim. Apesar de não fazer nada de mais a filha a menos que eu peça vem para casa a correr para eu poder " tratar de mim", ou seja, fazer uma aula no ginásio, dar um passeio com uma amiga, arranjar as unhas, qualquer coisa para mim. Podia fazer mais? Podia, tenho vindo a pedir aos poucos que altere determinadas coisas. E ele faz. À maneira dele mas nao interessa.Acredita, não vale a pena debitar muita informação de seguida porque não assimilam. Há que acrescentar tarefas gradualmente, para o bem de todos mas também da relação. Quando tiro roupa da máquina e já estou farta de trabalhar digo-lhe para vir estender, quando não me apetece cozinhar digo-lhe com a maior das calmas "faz tu que não me apetece" mas ainda assim sinto-me sobrecarregada, o último biberão da noite faz ele...vamos tentando melhorar. Nem todos são logo perfeitos, infelizmente, mas com alguma paciência as coisas melhoram. Não deves deixar de dizer mas se for de rajada, de quem encheu encheu e depois explode, não vem nada de bom. Aos poucos, e antes que chegue o segundo, começa a dividir. Isto de constituir família não é fácil, as vezes da vontade de pegar na nossa mãe e enfiá-la na nossa casa lol e ser filha novamente. Beijinhos. Breath in, breath out

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  28. «ele dizia: não quero, mas faço, se quiseres»

    é a partir deste "se quiseres" que a coisa corre mal
    ele não a respeita
    a decisão de não se fazer respeitar é sua

    "se quiseres" o tanas, a casa e a filha é de ambos
    ambos= duas pessoas com deveres e dieritos iguais, não querendo isso dizer que tenham de assumir as mesmas tarefas nem que tenham de ser divididas 50/50, mas que o tenham de fazer equitativamente e não porque uma parte até pode fazer se a outra quiser... sonso!

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  29. Costumo ler os vossos posts maioritariamente no telemovel e nunca demorei tanto tempo a fazer scroll até chegar a esta caixa de comentários tantos são os comentários ao post. Porque será?!?

    Revejo-me nestas palavras. Prefiro honestamente até nem comentar muito mas ca em casa com uma bebe de 8meses e meio apenas no primeiro mês tive uma marido e pai a 200%. Depois começou a diminuir e actualmente tudo é empurrado para mim. A desculpa é q eu tenho mais tempo livre... Enfim... Certo que inicialmente eu própria (e acho que ainda hoje) tenho uma tendência para me achar uma super mãe mulher profissional... Mas às vezes vejo que não sou! Por falta de apoio (do papa) e por excesso de corujice (esta palavra existe?) minha acabo por falhar, ultimamente mais profissionalmente, o que confesso me tem deixado um bocado desnorteada.
    A culpa? A culpa é minha, a culpa é da sociedade, a culpa é da educação (a minha e a dele), é de muita coisa... Mas também é dele!!!
    Beijinhos

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