Depois de vos mostrar aqui no post da festa de aniversário da Irene como tudo aconteceu e como foi a festa, surgiram alguns comentários (todos válidos, claro) de como é desnecessário aos olhos dessas leitoras (e tantas outras que pensam o mesmo e que não comentaram) elaborar uma festa de aniversário infantil a esse ponto.
Confesso que, se não fosse blogger, se tivesse de pagar tudo do meu bolso, mesmo que combinado em família, preferia gastar o meu dinheiro noutras coisas. Reconheço que, apesar de muito bonito e de transformar um dia fantástico num dia de sonho "visualmente" (embora isto seja subjectivo, também) não conseguiria gastar o meu dinheiro em catering, decoração, planeamento, etc. Porém, se tivesse MUUUUUITO dinheiro, talvez não me custasse tanto e pensaria "why not?". Ninguém me obriga a que as festas da Irene sejam assim, mas as oportunidades são bastante fáceis para nós e, na verdade, é um descanso não ter que arrecadar com grandes custos no geral.
As coisas mais bonitas são as mais simples, mas também acredito que não é só no dia de aniversário que se vivem. Ou até no dia da festa.
Olhem com muita festa ou pouca, a Irene enquanto se soprava o bolo chorava porque tinha feito uma ferida no dedo. :) |
Tive imensa sorte de ter a Ana e a sócia da Party Office a tratarem de tudo o que era relativo à festa da Irene deste ano. Confesso que é algo que me deixa sempre algo ansiosa e desconfortável porque não quero ter a família toda cá em casa (pais divorciados, etc), não tenho casa para receber muitos miúdos e seus pais... Como é em Março nunca sei se vai chover ou se faz sol... Não me parece divertido para a Irene ir para um restaurante...
Confesso que tenho preferido - porque posso - jogar pelo seguro e mais fácil. Talvez tenha habituado a Irene a um tipo de festa que poderá não ter para o ano, mas tudo se explica, tudo se enquadra e tudo pode ser um ensinamento, digo.
Acho que, como em tanta coisa na vida, tudo depende de quem quer fazer, quando (fases da vida) e se os miúdos gostam e se os pais também e se os convidados também.
É como tudo. Eu não compreendo as grandes cerimónias matrimoniais. Tanto que, a nível pessoal, gastei pouco mais de 100 euros no processo. Acho que até já gastei mais a divorciar-me, ahah. Quem puder, quem quiser, quem gostar... siga :) Não?
Já agora, deixo-vos aqui outro post que escrevi noutro dia sobre se dar, talvez, demasiadas prendas nos aniversários. ;)
Fui uma das pessoas que comentou... gostei muito deste post e da sinceridade do mesmo...
ResponderEliminarAcho que gostei menos do outro post pela introdução e porque me pôs a pensar. O meu filho tem 3 anos, ainda não foi convidado para nenhuma festa, mas estará eminente. Se ele tiver amiguinhos cujos pais decidam aderir a toda essa produção, será que, com 4 / 5 anos, terá maturidade para perceber que ele não terá nada parecido porque os pais consideram desnecessário? Será que não vai ficar triste? Quando for maior, confio que lhe passarei os valores necessários para compreender.
Enfim... saudades dos anos 80, onde cresci, tudo era bem mais simples, antes das festas temáticas, dos bolos com mil cores...
Nao vai ficar triste pq n notará a diferença! Só os adultos notam...
EliminarMas, é assim com tudo na vida. A minha filha foi convidada para ir brincar à casa de uma colega. Quando voltou, perguntou-me porque é que nós não tínhamos uma casa grande com piscina... O que deveria fazer? Pensar que aquelas pessoas exageraram na produção (compra) da casa e que por causa disso eu vou ter de explicar as diferenças da vida em geral? Ah, e passar-lhe os valores necessários para compreender. Isto tudo porque alguém ousou ter mais e fazer mais do que nós podemos.
EliminarEu fui uma das que comentou que era um exagero. Pessoalmente acho que, mesmo que tivesse essa opção grátis, não faria algo assim. Em primeiro lugar porque não tem nada a ver com as festas que eu gosto, prefiro comida mais caseira, mais como as festas que fazia na minha infância. Gosto de ver os miúdos a brincar sem grandes orientações, a improvisar e a interagir com os adultos, às vezes a ideia que passa é que querem animação não para os miúdos se divertirem mas mais para os pais estarem sossegados. Além disso, e tendo família e amigos muito longe de poder fazer algo assim, acho que me iria sentir sempre constrangida, com receio que achassem que estivéssemos a esfregar na cara, por assim dizer, 'eu posso e tu não'.
ResponderEliminarDe qualquer forma, queria também dizer que achei que levaste as críticas de forma bastante graciosa e este post pareceu—me também honesto e humilde. Gostei.
"Além disso, e tendo família e amigos muito longe de poder fazer algo assim, acho que me iria sentir sempre constrangida, com receio que achassem que estivéssemos a esfregar na cara, por assim dizer, 'eu posso e tu não'."
EliminarQue família e amigos encantadores...
Pessoalmente, acho um exagero. E acho que vai ser complicado se um dia as vossas vidas piorarem financeiramente e já não puderem fazer festas destas. Aí vão dizer às miúdas que a festa de anos vai ser só um lanchinho em casa dos avós e elas vão achar que é tudo uma "porcaria"...
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