Foi a primeira coisa que comprei
quando soube que estava grávida. Pronto, a segunda.
A primeira foi um babygrow
mínimo, para anunciar ao David que ele ia ser pai. E para anunciar a toda a
família.
A segunda foi um livro. Estava decidida. A minha filha iria ter uma biblioteca repleta de histórias, de cores, de sonhos. Podia nem vir a ter mais brinquedo nenhum. Mas livros teriam de fazer parte da nossa rotina.
A segunda foi um livro. Estava decidida. A minha filha iria ter uma biblioteca repleta de histórias, de cores, de sonhos. Podia nem vir a ter mais brinquedo nenhum. Mas livros teriam de fazer parte da nossa rotina.
Comprei-lhe um livro a cada mês
da minha gravidez. Escrevia-lhe cartões a acompanhar os livros, para que, mais
tarde, soubesse todo o amor que havia nas palavras e no coração. Comovia-me.
Comecei a ler-lhe histórias com dois meses. Antes de dormir, íamos para o
cadeirão, e contava-lhe uma história. Durante algum tempo, a mesma. Ainda nem
falava e já fazia gestos, já conhecia a história de trás para a frente. E esta
paixão por livros vem dali. Não há um único dia que não contemos uma história:
eu, o pai ou quem ficar com elas. É dos momentos mais ternos do dia.
Os livros são as coisas mais
valiosas cá por casa. A Isabel nunca estragou nenhum. Já a Luísa… bem, uns
quantos já estão colados a fita-cola. No entanto, continuamos a deixá-la
explorá-los, não nos faz sentido de outra forma.
O último a vir cá para casa é uma
pequena maravilha: “O Narciso com pelos no Nariz”, que ganhou o último Prémio
de Literatura Infantil do Pingo Doce (podem encontrá-lo por lá a, apenas,
3,99€!!!). Isto é serviço público, acreditem. A história é tão bonita, de uma
relação entre dois irmãos, tão cheia de suspense e de sentimentos lindos, de
rasgos de humor e de descobertas, que vale mesmo a pena. Então agora que a
Isabel nos revelou que tinha um namorado, que se chamava João, e que ele
brincava muito com o Rock, foi um tiro mesmo certeiro. [Sim, ainda estou em
choque! Ahah! Apesar de não ter dado muita importância porque são mesmo
pequeninos, são amigos e pronto]. A Rita tem nove anos e quer desvendar um
mistério: o irmão mais velho, o Filipe, não anda bem e ela acha que é culpa da
magia negra. Poesia, violência na escola, coragem e amizade: há de tudo
naquelas páginas. Até paixão. E mais não digo. Leiam (e leiam-lhes, porque,
mesmo que os vossos filhotes não entendam tudo, alguma coisa fica, mais não
seja o momento que estão a ter convosco).
A Andreia Penso Pereira e a Ana
Granado (que, por acaso, é filha do meu professor preferido da faculdade, o
António Granado) estão mesmo de parabéns pelo texto e pelas ilustrações,
respetivamente. Sem querer desprezar todos os vencedores das edições anteriores
(que temos cá por casa, óbvio, e de que gostamos muito, principalmente do
Orlando – o Caracol Apaixonado), este é mesmo fantástico! [Já agora, também
podem seguir a Ana Granado no instagram, no “Diário de uma Mãe Ilustradora”,
que eu já sigo há que tempos e é demais!]
Este prémio é uma iniciativa de
louvar, que revela verdadeiros talentos, e que, a um preço muito simpático,
torna os livros acessíveis a muitas famílias e, assim, promove o gosto pela
leitura dos mais novos.
Boas leituras!
[Como é um tema muito pedido, um dia destes fazemos o nosso
TOP de livros cá de casa, prometo!]
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