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8.23.2018

Não, os meus posts não são para me armar na Mãe perfeita!

Olá a todas (e todos, que sei que andam para aqui alguns malaaaaandros). 

No post que fiz ontem relativamente a ter "deixado" o instagram - na frequência em que usava (podem ler aqui), recebi dois comentários  que poderá ser a opinião de muitas das nossas leitoras (e que eu compreendo, honestamente, que se vá por aí). 

Pode ser giro se falarmos sobre isso, até para ver se há algumas de vocês que passam a ler-me com uma voz mais simpática na vossa cabeça (ahaha, eu sei como é a voz na minha cabeça quando leio coisas de pessoas que não gosto).

Vá, uma fotografia para me odiarem mais um bocadinho. Aqui até eu me odeio porque já não tenho essa linha de maxilar (mas estou a fazer por isso, ahah). Foi na festa de aniversário da Joana Paixão Brás o ano passado :)



Comentário 1: 

"Tornas isso público porquê?"





Resposta 1: 

"Porque me apetece e acho que pode ajudar alguém". 




Comentário 2: 

"Gosto de vocês, mas parece que te estás a armar em boa, anda a enervar-me."


Resposta 2: 

"Tájenganada, quero é ajudar-me e à malta". 



Até porque costumo dar o exemplo daquilo que fiz mal... como neste post que fiz no dia anterior... 

Bem sei que há problemas maiores no mundo. E, aliás, isto nem é um problema, mas talvez ajude a esclarecer alguma coisa sobre mim. Obrigada pelos comentários. Tanto um como o outro vieram de pessoas respeitadoras e que se deram ao trabalho de dar a sua opinião. É de valorizar, claro! 




4.30.2018

A comentadora tem razão.

Devia ser um novo espaço aqui no blog, tipo o aquilo da RTP que agora não me lembro o nome. Aquilo para onde os espectadores enviam e-mails e cartas e... É o provedor... (estou a ligar à minha mãe a perguntar)... Ok! O Provedor... que era com o Paquete de Oliveira, pronto. 

Os comentários de ódio (ou os que me parecem) raramente surtem algum efeito. (In)felizmente já tenho bom sistema de defesas e já compreendo mais ou menos como funciona a cabeça de um ser humano (não necessariamente a minha, ahah). 

Porém, quando fazem sentido (e quando o tom parece o certo e se torna mais fácil ouvir) ou quando são para serem ouvidos, sinto-os. E senti este - já não me lembro em que post foi ou quem foi a comentadora (desculpa e obrigada!) de que vos vou falar.

Dizia, mais ou menos, que o nosso blog às vezes parece espelhar apenas o lado negativo da maternidade e que isso também não é bom para quem lê. 

E tem razão. 

Tanto a Joana (Paixão Brás) como eu (Joana Gama) - mas mais eu - fazemos imensos posts a falar daquilo que nos atormenta e preocupa, não só como desabafo, mas também porque queremos que todas nós nos sintamos menos sozinhas. É importante que quem não dorme saiba que não está a fazer tudo errado, que não é um bicho do mato, que há muitas mais mães assim. É importante que quem não consiga dar de mamar instintivamente saiba que a norma talvez não seja essa, etc.

Eu até sorrio às vezes, pá! 


Mas a comentadora tem razão em dizer que é um ciclo também. Ao mostrarmos constantemente o lado negativo da coisa, também estamos a trabalhar e a encher a nossa/vossa cabeça com coisas negativas. Estamos a falar dos problemas. Estamos a por o dedo na ferida, quando é suposto a ferida estar ao ar, depois de desinfectar... (que raio de imagem para explicar). 

Talvez ambas estejamos cansadas. Não de amar, claro, mas a Joana porque voltou ao trabalho, tem duas miúdas para gerir e não dorme noites seguidas desde que a Isabel nasceu e eu porque ainda não consegui arranjar bem o meu ritmo desde que a Irene nasceu, mesmo apesar de já dormir à noite. Agora, com preocupações acrescidas, talvez não descanse de qualquer das formas. 

É verdade, porém, que temos de trabalhar o positivo. Trabalhar o bom. Espalhar amor. O amor também se espalha com o sentimento de pertença que temos tentado passar (e que não é desinteressado, tanto eu como a Joana também precisamos de sentir que não somos as únicas), mas há maneiras menos pesadas de falar de maternidade. 

Da minha parte estou a trabalhar o meu lado positivo. Confesso que até as coisas boas me dão para a tristeza, a comoção faz-me sentir saudade ou o que for. Vou fazer esse treino em directo convosco. 

A verdade é que sem "apesares de tudo", tenho uma filha magnífica e que, tal como diz o meu ex-marido "este é o meu melhor trabalho". Espero bem que seja. É o mais importante para mim. 


Vou tentar transmitir-vos esse optimismo, esse lado bom, sem tirar os pés do chão :) Vai fazer-me bem. Espero que a vocês também.

Vou tentar descobrir um outro caminho para vos fazer sentir coisas boas sem ser pela partilha de coisas negativas ou sem ser por partilha de coisas tão positivas (e pouco reais) que vos faz sentirem-se falhadas (não vou fingir que a vida é perfeita, não consigo e este blog não é um desses).

Obrigada, comentadora e leitora :)


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4.09.2018

Isto quer dizer que ofendi toda a gente?

Hmmm... Longe de mim estar naqueles inícios de blog (apesar de estar para as bloggers de décadas - parece-me sempre que a única que já cá andava há anos era a Pipoca, haha) em que me enervava com comentários negativos ou com opiniões diferentes das minhas ou o quer que seja. Sempre que leio uma opinião (que não uma mera ofensa - e, mesmo assim, há ofensas que aprovo por achar que têm graça, confesso) tento imaginar quem está do outro lado e já sei que quando há muita "zanga" é porque há muita "tristeza" e isso acalma-me e faz-me sentir empatia. 

Este comentário não vem de nenhum sítio mau. Este comentário foi alguém que se pôs no lugar dos convidados e pensou: "Epá, se fizessem isso comigo, ficaria fula!". 

Mesmo assim, acho que dará uma discussão interessante. Claro que é como naquelas brincadeiras quando éramos mais novas o "todos ganham por participar" só que aqui é "toda a gente tem direito a uma opinião" e é assim que também nos diferenciamos umas das outras, não só pelo número de calças. 

Isto veio a propósito do post que fiz a falar de um livro que a Irene recebeu na festa de aniversário (este livro e este post) que, por não ter prestado atenção a quem deu que embrulho, não sei quem o deu. 

O comentário foi este (e, mais uma vez, não vejo nenhuma má intenção nele): 


Ora, como é óbvio, não considero que seja falta de educação, senão não o teria feito. Em casa da minha mãe, raramente (ou nunca) as etiquetas vinham com o nome de quem as dava, apenas com o nome para quem eram. São todas "do Pai Natal", mesmo já quando não havia crianças pequenas, mesmo quando algum de nós perguntava "ohh, tão giro, quem deu?".  Claro que depois, eventualmente, fica-se a saber quem deu o quê em conversa, mas nunca no momento de entrega há aquele spotlight em quem dá e quem recebe, parece que a atenção vai apenas para quem recebe. Ou, antes pelo contrário, até se cria - quando as prendas são boas - um clima de brincadeira de tentar descobrir mentalmente quem poderá ter sido. É giro. 

No ano passado, escolhi com muito carinho uma prenda para uma festa de um colega da Irene. Fui de propósito comprar o livro preferido dela, pelo qual estávamos apaixonadas e muito feliz por poder partilhá-lo. Queria também que fosse a Irene a dar para ela dar "um pouco do que gosta a outra pessoa". Quando lá cheguei, a actividade era tanta (estavam todos a brincar num ginásio enorme cheio de colchões e trampolins) que acabei só por deixar a prenda depois num sítio onde estavam todas as prendas também por abrir. Fiquei algo desapontada porque queria explicar a história e queria que a Irene desse, mas percebi que seria só atrapalhar a brincadeira (e com algum egoísmo à mistura) ir buscar o aniversariante de 3 anos e dizer "vem cá que tenho uma prenda, agora desembrulha, gostaste?". Se todos os convidados o fizerem, o miúdo não faz nada. Além de ser apenas um espectáculo para quem dá. O miúdo não vai brincar com as prendas naquele momento e muito dificilmente terá uma reacção "à altura", a não ser que seja "a cena", tipo um Chase a sério ou assim.  30 convidados (por exemplo), 30 interrupções. 

Há outra questão ainda que, na altura, pensei: será um momento agradável para a maioria dos pais? Expôr a prenda que deram assim? Há pais que não terão possibilidades para dar mais, há pais que não tiveram tempo para grande coisa ou há pais que voltaram a embrulhar prendas repetidas e que não podem dizer "depois têm aí o talão se quiser trocar". Para quê esse espectáculo todo? Para quê esse sublinhar do lado materialista da festa continuadamente se o dia só por si é especial?  Sei que é uma tradição gira e eu a sério que adoro receber prendas, mas se a criança está feliz, está entretida, para quê?

Também se pode dar apenas pelo prazer de se dar, digo. 

Houve uma amiga minha que, na festa, provavelmente a adivinhar o que iria acontecer ou então só para ficar como memória que assinou os dois livros que deu à Irene. Além do próprio presente de embrulho ser especial: eram os desenhos da filha. A miúda farta-se de desenhar e muitos em vez de irem para o lixo vão como "presente" - o que acho uma ideia fabulosa, by the way. Quando abrimos as prendas em casa, com mais calma, menos barulho, mais foco, soubemos que aqueles tinham sido pela Mãe, Pai e Matilde porque estavam assinados e porque o Pai tinha explicado o que era o papel de embrulho. A Irene ficou a saber de quem eram, eu também e foi bonito na mesma. Temos lido um dos livros com frequência. 

No outro dia fomos jantar com o meu pai, madrasta e irmão e eles perguntaram se a Irene estava a gostar do órgão dobrável que tinham comprado de propósito para não ocupar espaço e porque sabiam que ela gostava de instrumentos musicais. Ficámos todos contentes de saber que a prenda tinha sido certeira e que era do avô. Calhou.

A minha mãe, porém, estava muito ansiosa por saber a reacção da Irene à prenda que comprou. Tinha sido eu a recomendar e, por isso, em princípio nunca seria ao lado. Então fez questão que a Irene abrisse logo à frente dela e assim foi, abriu. Não reparei na reacção. Sei que adora a máquina e que não a larga, adora tirar fotografias e fazer vídeos - a quem sairá... (aos dois, eu sei). 

Agora, por princípio, não me parece oportuno abrir presentes a meio da festa, por todos estes motivos e também porque acho um showoff desnecessário para os outros miúdos. Além de que, em princípio vão abrir as prendas mas nem sequer vão brincar com elas. 

Se é falta de educação, a sério que peço desculpa aos convidados da festa da Irene. Mas peço, se calhar, mais desculpas por não ter comprado talheres e, por isso, terem tido de abocanhar o bolo directamente do prato do que por causa disto. É só uma postura. Há outras. 

Os familiares mais próximos, por exemplo, terão oportunidades mais especiais para dar a prenda sem ser no meio do "espectáculo". Com mais calma e até poderão brincar com elas e com o aniversariante. 

Se realmente derem à Irene só papel de embrulho sem nada lá dentro... não vejo como isso possa ser negativo. Por mim até pode haver quem não leve prenda. Não reparei quem levou prendas ou não nem vejo isso como um requisito obrigatório para uma festa (apesar de levar sempre). 

A Isabel da Joana Paixão Brás e a Irene.


Sobre a festa: 

Pinturas e animação:  FUNtoche
Espaço e organização:  Chan Events Planner
Bolos e doces: Mil Cores e Mil Sabores
Fotografia: Inês da Yellow Savages

Outros posts da festa da Irene aqui. 

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7.24.2017

"Habituei o meu filho a dormir com muito barulho!".

Isto surgiu no meu post de ontem à noite em que fiz um exercício de simplificação e de humor sobre o que é o divórcio.


Muitas mães "acusaram o toque" - fui uma delas - e achei logo que tinha post para hoje. Aqui está ele.

Agora era só isto e publicava, ahah.

Vestido da Irene - Tuc Tuc


Vamos lá a ver se pomos os pontos nos ii:

- Cada criança é uma criança e, por isso, há de haver crianças com maior sensibilidade ao barulho - quem leia um pouco sobre os estágios de sono, percebe que isto do "hábito" parece (atenção ao parece, que não sei tudo) ser um bocadinho totó - e outras com menos.

- Isto é facto também: descanso com barulho e sem total conforto é de menor qualidade que descanso sem barulho e com o total conforto. Não precisamos de comparar a sesta feita no comboio até chegar a casa da sesta na nossa cama, certo?

- Cada mãe é uma mãe e há várias coisas que nos separam neste assunto e que nos fazem agir de forma diferente (além de termos filhos diferentes):

1) privação de sono - se temos um filho que, seja qual for o motivo, se farta de acordar durante a noite, não há nada mais que desejemos para a nossa sanidade mental e familiar que ele vá dormir e que fique a dormir. Por isso, o "'ma lixar se fazes barulho com o microondas, o puto tem que se habituar", não tem grande espaço para experiências porque poderá ser a diferença entre a mãe chorar de esgotamento nervoso ou mais duas horas em que pode lamentar-se por não ter ido dormir e ter ficado a ver televisão. 

2) respeito pela qualidade de sono - mesmo antes de ser mãe e agora que, aos 3 anos, a Irene dorme a noite toda, sempre respeitei muito o sono e o descanso dos outros. Acho que é um direito que nos assiste e que todos os outros, os acordados, devem mudar a sua vida para que, quem descansa (porque precisa) tenha o sono mais reparador possível.  Lembro-me de ser várias vezes acordada por me abrirem as persianas do quarto ou com barulho da loiça da máquina e, infelizmente, isso afectava-me e muito a disposição. Faz-me muita confusão quem acorda os outros para perguntar coisas que poderia ter protelado ou quem faça barulho porque "ele não acorda". Eu acordava, mas voltava a adormecer (às vezes). 

3) ansiedade - está ligado ao primeiro ponto, claro. A verdade é que se já tiver acontecido que - por coincidência ou não - o miúdo tenha acordado quando se puxou o autoclismo, a mãe cansada não tem vontade de se aventurar a fazê-lo enquanto está a sesta ou o sono da noite a decorrer. Com o tempo, muitas "coincidências" existem e a casa vai-se tornando um antro de perigos desde correntes de ar à porta do microondas, aos gatos que têm ataques de corrida.



Nem todas as sestas têm de ser descansadas e no quarto, isso é um facto, mas isso também depende: 

1) dos planos que a família mais goste de fazer e sua necessidade

2) do impacto que tem em cada criança uma sesta mal dormida (a Irene fica im-pos-sível, mesmo até se protelar a sesta 40 minutos fica já fora de si)

3) no quanto a mãe gosta de aproveitar a sesta da criança para descansar também e se forem as duas a dormir no restaurante, fica esquisito. 

Quanto a "habituá-los a dormir com barulho", é um raciocínio que parece fazer sentido a muita gente: tudo ok. Para mim, não faz. É o equivalente a: vou dar-lhe só arroz durante um mês porque assim, se me faltar comida, fica já habituado que poderá comer durante um mês a mesma coisa. Ou, não lhe vou dar colo, porque fica mal habituado. 

Eu vou habituá-la - já está - a descansar nas melhores condições possíveis. Aproveitando-me descaradamente para descansar também. Fica é o compromisso para haver cada vez mais excepções que, de certeza, para ela iriam ser boas experiências apesar do cansaço como fazer uma sesta na praia ou num jardim. Melhores experiências ainda para mim, por não ter que interromper os meus planos por causa dela. 



Sofri muito com a privação de sono, escrevi sobre isso, muitas vezes aqui

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6.28.2017

Resposta à Alice.

Ontem, num momento de falta de inspiração, mas também porque as fotografias falam por si, fiz este post em que digo que às vezes me apetece deixar a Irene ir mascarada todos os dias. Não quero matar-lhe a liberdade. 




Quando li isto, babei. Não só porque estava a emborcar duas bolachas de milho e a beber água pela garrafa, mas pela Alice ter lido as minhas crónicas no Sapo (que deram origem a um livro - Estou Toda Grávida). Inspirada por um post óptimo da Catarina Beato sobre as suas incongruências, pus-me a pensar nas minhas. Eu nem queria ser mãe, muito menos me queria casar. 

A Joana que escreveu que a filha não se poderia mascarar para não ficar com síndrome de Peter Pan, era a Joana que não queria ser mãe ainda a adaptar-se à realidade. Ainda não tinha sentido o amor de ser mãe. 

Agora que, com olhos de filha, sou mãe, consigo ver a Irene. Quero que ela sonhe, deseje, brinque, imagine para sempre. Quero que tenha magia para sempre. 

Farto-me de dizer coisas e farto-me de mudar. Gosto de me enganar. É mais provável que a mudança seja sempre para melhor, para mais acertado para mim e para ela. Para já. 


Obrigada, Alice. Quanto amor no teu comentário. 

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