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4.30.2018

A comentadora tem razão.

Devia ser um novo espaço aqui no blog, tipo o aquilo da RTP que agora não me lembro o nome. Aquilo para onde os espectadores enviam e-mails e cartas e... É o provedor... (estou a ligar à minha mãe a perguntar)... Ok! O Provedor... que era com o Paquete de Oliveira, pronto. 

Os comentários de ódio (ou os que me parecem) raramente surtem algum efeito. (In)felizmente já tenho bom sistema de defesas e já compreendo mais ou menos como funciona a cabeça de um ser humano (não necessariamente a minha, ahah). 

Porém, quando fazem sentido (e quando o tom parece o certo e se torna mais fácil ouvir) ou quando são para serem ouvidos, sinto-os. E senti este - já não me lembro em que post foi ou quem foi a comentadora (desculpa e obrigada!) de que vos vou falar.

Dizia, mais ou menos, que o nosso blog às vezes parece espelhar apenas o lado negativo da maternidade e que isso também não é bom para quem lê. 

E tem razão. 

Tanto a Joana (Paixão Brás) como eu (Joana Gama) - mas mais eu - fazemos imensos posts a falar daquilo que nos atormenta e preocupa, não só como desabafo, mas também porque queremos que todas nós nos sintamos menos sozinhas. É importante que quem não dorme saiba que não está a fazer tudo errado, que não é um bicho do mato, que há muitas mais mães assim. É importante que quem não consiga dar de mamar instintivamente saiba que a norma talvez não seja essa, etc.

Eu até sorrio às vezes, pá! 


Mas a comentadora tem razão em dizer que é um ciclo também. Ao mostrarmos constantemente o lado negativo da coisa, também estamos a trabalhar e a encher a nossa/vossa cabeça com coisas negativas. Estamos a falar dos problemas. Estamos a por o dedo na ferida, quando é suposto a ferida estar ao ar, depois de desinfectar... (que raio de imagem para explicar). 

Talvez ambas estejamos cansadas. Não de amar, claro, mas a Joana porque voltou ao trabalho, tem duas miúdas para gerir e não dorme noites seguidas desde que a Isabel nasceu e eu porque ainda não consegui arranjar bem o meu ritmo desde que a Irene nasceu, mesmo apesar de já dormir à noite. Agora, com preocupações acrescidas, talvez não descanse de qualquer das formas. 

É verdade, porém, que temos de trabalhar o positivo. Trabalhar o bom. Espalhar amor. O amor também se espalha com o sentimento de pertença que temos tentado passar (e que não é desinteressado, tanto eu como a Joana também precisamos de sentir que não somos as únicas), mas há maneiras menos pesadas de falar de maternidade. 

Da minha parte estou a trabalhar o meu lado positivo. Confesso que até as coisas boas me dão para a tristeza, a comoção faz-me sentir saudade ou o que for. Vou fazer esse treino em directo convosco. 

A verdade é que sem "apesares de tudo", tenho uma filha magnífica e que, tal como diz o meu ex-marido "este é o meu melhor trabalho". Espero bem que seja. É o mais importante para mim. 


Vou tentar transmitir-vos esse optimismo, esse lado bom, sem tirar os pés do chão :) Vai fazer-me bem. Espero que a vocês também.

Vou tentar descobrir um outro caminho para vos fazer sentir coisas boas sem ser pela partilha de coisas negativas ou sem ser por partilha de coisas tão positivas (e pouco reais) que vos faz sentirem-se falhadas (não vou fingir que a vida é perfeita, não consigo e este blog não é um desses).

Obrigada, comentadora e leitora :)


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