Estava eu a amamentar a Luísa, de um ano e dois meses, numa sala. Chega uma mãe, com um bebé pequenino, e prepara-lhe leite de fórmula. Ficaram os dois a comer, em silêncio. Eis o que aconteceu.
Começámos a conversar sobre... os nossos filhos (ela também tinha dois, com dois anos e picos de diferença). Do cansaço, das noites, de como já sabíamos, nesta segunda ronda, que tudo o que nos atormentava na primeira, iria ser passageiro. De como nos esquecíamos das coisas más. De como tínhamos tido amnésia selectiva para irmos ao segundo, num curto espaço de tempo. O primeiro filho dela começou a dormir melhor ao ano e meio, tal como a Isabel (que só dorme efectivamente bem agora e nem é sempre, mas já está bom assim). E lá fomos nós dar-lhes irmãos.
Nem uma palavra sobre mamas e leite. Nem "já anda e ainda mama?" nem "tão pequenino e já não mama?". Nem "isso já é vício". Nada. Nem um julgamento. Nem uma desculpa. E foi tão bom assim.
Não sinto que tenha sido um assunto tabu, apenas ninguém teve interesse em saber o que aconteceu à outra ou o que motiva cada uma. Estávamos apenas, lado a lado, a desabafar o que nos ia na alma, sobre tudo o resto, mesmo que não tenhamos feito as mesmas opções ou que não tenhamos tido a mesma sorte. Ou... o que seja. Estávamos, lado a lado, a ser Mães, a rirmo-nos, cansadas, e a desejar o melhor para os nossos filhos.
Que assim seja. Sempre.
[Não que não seja saudável falarmos sobre todos os assuntos, contarmos as nossas experiências, desmistificarmos algumas coisas, aprendermos umas com as outras... Pode ser bom, se não nos tentarmos impôr nem fizermos julgamentos. Mas às vezes não é disso sequer que precisamos.]
Não sinto que tenha sido um assunto tabu, apenas ninguém teve interesse em saber o que aconteceu à outra ou o que motiva cada uma. Estávamos apenas, lado a lado, a desabafar o que nos ia na alma, sobre tudo o resto, mesmo que não tenhamos feito as mesmas opções ou que não tenhamos tido a mesma sorte. Ou... o que seja. Estávamos, lado a lado, a ser Mães, a rirmo-nos, cansadas, e a desejar o melhor para os nossos filhos.
Que assim seja. Sempre.
[Não que não seja saudável falarmos sobre todos os assuntos, contarmos as nossas experiências, desmistificarmos algumas coisas, aprendermos umas com as outras... Pode ser bom, se não nos tentarmos impôr nem fizermos julgamentos. Mas às vezes não é disso sequer que precisamos.]
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:) Que bom! É assim que deve ser... Não faz sentido de outra forma. :) Beijinhos
ResponderEliminarTomará que todas fossem como a Joana...Espero que este blog(e outros) ajudem a aproximar as mães, porque lá no fundo queremos todas o mesmo: o bem estar dos nossos filhos!Que sejas sempre assim linda por fora é por dentro! Obrigada pelo exemplo! Sandra Gonçalves
ResponderEliminarPortanto, o julgamento que não fez na altura veio fazê-lo aqui... ok....
ResponderEliminarHã?! Que julgamento fiz eu aqui? Zero julgamento.
EliminarConcordo. Se lhe tivesse sido completamente indiferente, não teria escrito este post.
EliminarNunca disse que me foi completamente indiferente. Tanto que escrevi o post. Mas não nesse sentido, de julgamento. Muito enganadinhas.
EliminarAdoro este blog, os vossos textos e dicas muitas vezes preciosas , mas desta vez tenho de concordar com o anónimo das 15:49... Quer dizer não acho que tenha feito julgamento algum mas só o facto vir escrever sobre isso mostra que afinal não é algo assim tão natural e banal. Até mesmo pelo título onde se ressalva que o bebé pequenino bebia fórmula. Tirando isto toda a partilha entre mães foi perfeita.
ResponderEliminarContinuem o bom trabalho neste blog.
Alexandra Silvestre
O facto de ser pequenino é importante, mas porque esta mãe era mãe de dois há pouco tempo, estar cansada, e de toda a conversa se ter desenrolado a partir daí. Nada a ver com o facto de estar a mamar ou não sendo pequeno. O que me motivou a escrever este texto foi mostrar que de facto, é possível não termos necessidade de abordar esse tema quando queremos falar de maternidade. Da minha experiência, pelo menos, é sempre o tema mais "quente" e que divide mais as pessoas (já tenho pessoas a perguntarem-me até quando vou dar mama...) e eu não sinto necessidade de falar sobre isso numa conversa com outra mãe. Foi tão fixe aquela conversa assim, só. Era só isto.
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