6.27.2018

Quais são as últimas coisas que lhes dizem antes de adormecer?

Ontem, a minha mãe foi lá a casa fazer-nos também uma visita e acabámos por falar as três das últimas coisas que a minha mãe me dizia antes de adormecer. No outro dia lembrei-me delas enquanto adormecia a Irene. 

A minha mãe dizia algo como: 

"Boa noite. Dorme bem. Sonhos cor-de-rosa. Dá palha ao burro... e come... também!"

Disse isso à Irene e ela gostou muito. 

Nem sempre lhe digo porque quando digo uma vez ela pede-me para repetir umas mil (e nem sempre estou relaxada ao ponto de admitir essa possibilidade). 

Geralmente digo: "Boa noite, filha, adoro-te, dorme bem..."




Ontem foi mais ela a dizer "boa noite, mãe elástica" e eu disse "Boa noite, Violet". 

6.26.2018

Estamos a começar o desfralde da Luísa


É engraçado como, mesmo tendo estado no mesmo forno e tendo os mesmos pais, elas são tão diferentes em tantas coisas. Também no desfralde me parece que vão ser. Por esta altura, a Isabel fazia cocó na sanita ou no penico (que usou pouco tempo) e já estava lançada no desfralde. A Luísa começa agora a ganhar interesse em ir à sanita fazer chichi mesmo que não faça nada (fez uma vez, fizemos uma festa com aplausos e tudo e deve ter ficado tão orgulhosa que agora vai lá imensas vezes). Mesmo não fazendo, o interesse já é óptimo, claro. E é giro ver o papel da irmã mais velha nas mais pequenas coisas e nas conversas que vão tendo. A irmã ensinou-a a subir para o banquinho e a virar-se ao “contáio” (sim, que a Luísa escalava a sanita e chegou a enfiar um pé lá dentro) e agora diz que já não precisa de redutor, tal como a irmã.

Começámos já a usar cueca-fralda durante o dia e vai à casa de banho sempre que pede. Na hora da brincadeira, também já limpa o rabinho do bebé ou das bonecas com as Kandoo (calma, que elas voltam para a caixa, nada se estraga): já sabe abrir e fechar a caixa na perfeição e aquelas mãos sapudinhas conseguem tirar as toalhitas uma a uma. Toalhitas essas que são descartáveis pela sanita!

A grande novidade cá em casa – mas que não posso ter à mão de semear, senão usavam até para limpar janelas - são as toalhitas Aquas que dão para qualquer fase e até para bem antes do desfralde: são excelentes, por exemplo, para recém-nascidos e têm 99% de água, sem qualquer tipo de perfume ou fragância. Basicamente são tão suaves que dão para qualquer parte do corpo e para qualquer idade (já experimentei para desmaquilhar e são óptimas) e ainda são biodegradáveis, também descartáveis pela sanita, o que é uma excelente notícia!

É tão bom vê-las a limparem a boca uma à outra e a terem momentos de grande cumplicidade, quando não estão a arrancar olhinhos. 😅 Vejam o vídeo:



E agora é esperar por ela e pelo verão para passarmos às cuecas. Que seja tudo sempre uma brincadeira, sem pressão. E com a irmã por perto, a ajudar.


*post escrito em parceria com a Kandoo





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6.25.2018

É isto, não é?

Onde é que li isto? 

"Aprendemos a ser pais quando somos filhos e aprendemos a ser filhos quando somos pais". 


Faz-me cada vez mais sentido. 


Decidi há muitos anos que, se fosse mãe (ou, na altura, acho que ainda pensava "quando fosse" - depois houve uma altura em que deixei de querer ser e depois, como sabem, fui na mesma, ahah), iria fazer tudo de maneira diferente. Agora sei que talvez não tudo, mas sinto que sei o que quero fazer, mesmo que ainda vá tendo de ir conhecendo o caminho. 


Sei que o que tenho de fazer pela Irene é fazê-la compreender todas as suas capacidades. Fazê-la sentir o que é amor na pele (para não se contentar nunca com menos) e ensiná-la a amar (para não se contentar nunca com menos). 

Quero que ela saiba que não há limites. Que consegue tudo aquilo em que acreditar, mesmo que aquilo em que acredite vá mudando todos os dias. 

Quero que não tenha medo de imaginar, de supor, de mudar de opinião, de se enganar e de aprender com isso. Quero que ela saiba que deve zangar-se, deve dizer que não, deve dizer que sim, deve sorrir, deve ser palhaça, deve ser bem educada, deve fazer o que sentir sempre que é verdadeiro.  Quero que sinta. 

Quero que veja sempre o que está além do imediato. Que as pessoas parecem más, mas na verdade estão zangadas ou magoadas. Isso não quer dizer que tenhamos de ser amigos de toda a gente, mas sim não nos ligarmos uns aos outros através do ódio. 

Quero que ela perceba que aquilo que ela é muda. Que ela não é o que lhe dizem ou o que costuma achar que é. É o que tiver de ser e o que for sendo e o que é muda consoante... tudo. Inclusivé se é amada ou não e se ama. 




Quero que saiba que pintar fora do risco está certo. Quero que proponha coisas impensáveis com a esperança que lhe digam que sim. Sim, Irene, podes pintar-te toda. 

Quero que se lembre dos meus sins e que procure como dizer sim ao longo da sua vida. 

Quero que saiba que o meu papel não é ir à lua por ela, mas é mostrar-lhe que a carrego até onde puder e que lhe mostro um dos caminhos. 

Agarra um bocadinho da lua, Irene. E vê se gostas. Se não gostares, não tens de querer muito uma coisa só porque está longe. 

O que está perto é fabuloso também. Principalmente com os teus olhos.