Confettis, pandeiretas, champagne (que era basicamente o que eu precisava antes de as ir adormecer para ir relaxadita e sobreviver aos mil pedidos de água, xixi, calor, tapa, destapa)!
A Isabel pediu-nos FINALMENTE para dormir sozinha!
E não, não foi fogo de vista. Demorei a vir aqui contar isto porque não estava bem a acreditar. Pensei "uhmmm, deve-se ter enganado", "é só hoje". Mas não! 4 dias depois, despede-se com um beijo, aninha-se ao peluche, gato aos pés dela e adeuzinho, até amanhã.
Claro que isto (ainda) não me facilita muito a vida, porque ainda tenho de adormecer a Luísa, isto é, estar ao lado dela para que durma. E a Luísa demora, se for preciso, uma hora até cair para o lado. Mas dá-me esperança. Pode ser que a Luísa, com 5 anos, também siga as pisadas da irmã. Pode ser que isto não dure até aos 10 anos.
Eu já me tinha mentalizado: "não posso deixar coisas importantes por fazer depois de elas adormecerem". Ou porque eu adormecia com elas e lá ficava até ao dia seguinte, ou porque acordava toda "zazada" e enervada por ter adormecido. Tentava que os pratos ficassem na máquina, cozinha orientada, pijama vestido (caso adormecesse) e cara lavada. Vários dias em que assumi que me ia deitar e dormir, mesmo. Mas depois vi pelo meu relógio (que é daqueles todos inteligentes que me dão a qualidade de sono, etc) que andava a dormir demasiado e que o meu metabolismo assim também ficava lentinho (aquela lógica do "quanto mais se dorme, mais sono se tem"). Chegava a dormir 11 horas, deitando-me logo com elas - e o pior é que a qualidade do sono não era boa (demasiado sono leve e pouco sono profundo, por exemplo, e 4 despertares).
Mas bem, isto para vos dizer que, apesar de ainda ter de adormecer a Luísa (levo-a para o meu quarto para que a Isabel possa então adormecer sozinha, tal como nos pede), fiquei feliz por mais este passo no crescimento da minha filha. E também feliz por não ter sido eu a definir este timing: foi ela.
Claro que havia momentos ternurentos e queridos quando me punha no meio das duas a adormecê-las, cada uma deitada sobre um braço meu, cabeça no peito. Claro que um dia vou ter saudades. Mas muito sinceramente, era chato para a Isabel, que adormecia mais rapidamente "ter de levar" com a Luísa a pedir mil coisas, a esfregar a perna na parede, a tirar meias, a falar. Acabava por ser mais stressante para todas. Nem sempre, mas há momentos que me ficam na memória, da Isabel já a chorar a pedir à Luísa para se calar.
Posto isto, menos um problema. Ainda não é o ideal: assim que a Luísa adormece na minha cama, levo-a para a delas e depois, durante a noite, claro que volta para a minha. Mas tudo bem, não nos chateia. Sinceramente, depois do que passámos sem dormir com as miúdas, esta fase é a MELHOR DE TODAS ATÉ AGORA. ESTÁ ÓPTIMO. JÁ NEM PEÇO MAIS NADA.
Nota-se um bocado o desespero de anos? Pronto, já passou, inspira, expira. A verdade é que nos fomos moldando às necessidades delas e damos por nós a partilhar camas, a fazer o jogo das cadeiras em modo cama e a nunca saber bem onde vamos acordar no dia seguinte. Paciência, não é um BIG DEAL para nós. Mas sabe bem ver que fica cada vez mais fácil.
Nada a ver mas escrevi ontem sobre os meus desejos para as nossas férias de Natal: ando a ver destinos para ir de carro ou então de autocaravana. Acabei de instalar uma app chamada park4night para perceber aonde poderíamos pernoitar. Por mim, passaríamos pela Serra da Estrela ou iríamos até San Sebastian. Nunca fomos (só fui até Bilbao) e adorava conhecer. É péssima ideia em dezembro? Contem-me tudo.