Pois, nem sei o que vos diga. Sei que preciso de escrever sobre isto, porque preciso de fazer algo. Sei que namorar quando se tem uma filha está longe de ser namorar quando não se tem uma filha. Primeiro por causa da filha, claro, mas depois também porque quer se queira quer não ou quer se tenha consciência disso ou não, há um lugar que parece ter que ser ocupado. E provavelmente pela pessoa com quem estamos a namorar.
Tudo dependerá das expectativas que ponhamos na relação, mas acho muito difícil (pelo menos para mim) namorar com alguém sem a expectativa de que venha a ocupar um lugar minimamente definitivo e absolutamente marcante. Ainda para mais tendo uma filha.
Tendo uma filha, só lhe apresento pessoas de relações sérias como tal. Honestamente depois de ter casado e divorciado, não tive tempo pelo meio para nada mais (e/ou vontade). Também talvez por causa disso. O outro lado das relações, aquele que associo a que seja o lado mais descontraído, sem “casting” talvez não exista para já. Ou talvez nunca mais venha a existir enquanto a Irene não for adolescente ou assim.
Sinto que estou numa espécie de limbo (além de estar muito triste com o final do relacionamento) entre “precisar” de uma relação desse género e de não ter capacidade emocional, física e temporal para ter uma relação assim. Sinto ou sei que a relação que tenho com a Irene me consome muita da minha energia e vontade de trabalhar e de estar consciente numa relação.
Não consigo estar naquela do “logo se vê”. This is serious. Nem sei em que mindset se conseguirá estar sendo “mãe solteira”.
E lidar com as perguntas dela? Como se faz? Tento mostrar-lhe que nada acabou, que tudo se transforma, mas como falar sem dor de algo que ainda se vive com dor ou, noutra perspectiva, qual o motivo para sentir que devo esconder a dor?
De alguma maneira, por ser quem passa com ela mais tempo, sinto-me responsável por lhe passar também uma imagem de força e de estabilidade, mas o conceito de força pode não ser o da “força bruta” ou “indiferença”. Quanto mais cresço, mais me vou apercebendo que a consciência das nossas vulnerabilidades nos tornam mais fortes e que está certo sentir coisas tristes e que a tristeza tem um papel fundamental na alegria e vice-versa.
Mas agora ficam três corações partidos em vez de dois. E sei que é uma fase, mas caramba. Quase que sugiro à Jorja Smith para escrever sobre a single-motherhood fantasy.
Querem dar-me alguma força e/ou piparotes para deixar de me lamentar e arrumar as trouxas e seguir em frente, mesmo que vá limpando o ranho ao braço? (Eww)
Hummmmm... se estão as 2 infelizes e de coração partido, porque não voltam a trás na vossa decisão?
ResponderEliminarMas a Joana namora com uma mulher?!
EliminarNão tem mal nenhum a Irene ver-te triste é normal a mãe não é perfeita, um dia ela também vai "cair" e ficar triste e saberá que é normal, aceitar e seguir em frente, tudo passa. Beijinhos, és LINDA.
ResponderEliminarPode ser que isso emagrecaA
ResponderEliminarUma coisa é certa, a si talvez curasse a estupidez... ou se calhar não tem cura mesmo
EliminarPara este tipo de comentários mais valia estar calada... Enfim!
EliminarEste comentário merecia um Hi5 na cara com uma cadeira. 🤮🤮
EliminarQue vómito de comentário...
EliminarSe calhar em vez de vir destilar estupidez para aqui, mais valia estar calado!
EliminarPense que ao contrário da Joana, tem o cérebro demasiado magro, porque só uma pessoa assim vem para aqui dizer esse tipo te coisas...
Vá fazer uns exercícios ao cérebro e volte quando souber o que dizer
Ser mãe é um ato imenso de altruísmo e pelo pouco que conheço de ti através do que leio deduzo que vives essa entrega num todo. Não sei de nada mais bonito. Obrigada por seres este exemplo de amor ao outro, agora tens de ser também exemplar no amor próprio! Muita força 😘
ResponderEliminarEu também sou mãe sozinha, e como a relação com o pai da minha filha foi uma grande catástrofe na minha vida, para já sinto que não quero uma nova relação do tipo, como dizer... conservadora.
ResponderEliminarA minha filha, tal como a tua, passa algum tempo com o pai, e isso, penso eu, poderá dar-me espaço a uma relação de namoro em que não se perspectiva que o namorado vá viver comigo. Por outras palavras, não quero lavar mais as cuecas de ninguém que não sejam as minhas ou as da minha filha.
Essa relação ainda não surgiu, se calhar estou a ser muito modernaça e exigente e ainda não conheci um sujeito com este tipo de ideias, mas o ideal para mim neste momento é ter alguém com quem troque mensagens, tenha os meus encontros, as minhas saídas, uns fins de semanas e até umas férias, mas nada de programar uma vida a dois, neste caso, a três.
Pode ser só uma fase e um dia me lembre de que até quero casar (lol não me parece) , mas para agora é o que quero.
Querida Joana, sempre que escreves e assumes uma dor, tristeza ou falhanço, admiro te por seres capaz de o fazer, é preciso.muita coragem. E agradeço te por tda a força que me dás quando Demonstras.que a vida é mesmo assim, e que nem por isso perdes o sorriso, mesmo que com choros pelo meio. Muitos bjinhos e um abraço apertadissimo
ResponderEliminarPois, não sei que te diga!!! Não sou mãe solteira, mas vi várias amigas passarem pelo mesmo. Acho que lhe fizeste bem em explicar que o namoro passou para amizade e que talvez por isso, ela agora veja menos a pessoa X. Mas que o que importa é o carinho e tudo de bom que essa pessoa deixou.
ResponderEliminarPodes dizer que estás triste mas forte.
Primeiro que tudo, um abracinho para ti Joana. Como já sabes, também isso vai passar. Ou porque as coisas ainda podem voltar atrás e recomeçar para serem melhores do que estavam, ou porque vais ter a certeza que foi a decisão certa e vais seguir em frente encontrar outro amor ou sentir-te completa contigo mesma (até encontrares outra pessoa). Foco no objetivo de voltar a ser feliz. Quanto às Irene, é importante ela saber que os namoros podem acabar, que se pode chorar sobre isso, mas que há Lu à frente do túnel. Explica-lhe que é preciso ter fé no amor, mas que nem sempre resulta infelizmente. E que temos almas gémeas para nós nós acompanhar em certos momentos da nossa vida mas que depois vamos para caminhos diferentes. E que há pessoas que têm a sorte de ter um companheiro com quem partilham a vida toda, mas há pessoas que partilham a bocados de vida com pessoas diferentes. E que é normal sentir-se triste, é importante chorar e falar muito sobre o que sentimos, mas acima de tudo focar na certeza que vamos estar mais felizes daqui a uns tempos mesmo que naquele momento pareça que não vai passar nunca. Acho mega importante saber dessas nuances todas mas acima de tudo ter um foco positivo. Abraço miúda. Vai correr tudo bem.
ResponderEliminarJoana, é normal sentires dor e é normal que ela te veja a sentir dor. O contrário é que não seria normal...que mensagem passarás à tua filha se não sentires dor com uma separação?
ResponderEliminarGosto mto de te ler, mas por vezes axo que complicas demasiado os assuntos.... Pensas e planeia de mais... Nem sempre existem as respostas certas que procuras, vive e deixa a vida fluir! Não penses nem compliques tanto ����
ResponderEliminarNada de piparotes! Honra os teus sentimentos, sente o que precisas de sentir...sabemos que dói, mas que um dia vai passar. Acho que é isso que a Irene precisa de saber: que a mãe amou, foi optimista por acreditar no amor, mas que viver nem sempre é bonito e que se levam daqui umas quantas cicatrizes. Só se passarmos a vida inteira deitadas numa cama de algodão sem fazer nada é que não ficamos com feridas (mas é capaz de nos ficar a doer um bocado as costas). Força, Joana! O melhor está para vir <3
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarmiminhos no coração e força. mostrar fragilidade também é um ato de coragem e é essencial.
ResponderEliminarJoana, de alguém que te acompanha, deixa-me dizer-te que te sinto cada vez mais resolvida! Acho, e espero não estar enganada, que tens feito um caminho fantástico. Leio cada vez menos angústia e ansiedade nos teus textos. E senti isso até neste texto em que relata o fim do teu relacionamento!
ResponderEliminarConselhos, preciso muito mais de receber do que consigo dar, mas repasso um que me foi dado: meditação. Ajuda a gostarmos de nós!
Estar triste faz parte, ninguém é de ferro Joana. Se algo mudou ... ok ... vamos aceitar e vamos seguir em frente. Certamente que foi bom enquanto a relação durou, fica com esses momentos, não os estragues, lembra-te que foste feliz neles. Vamos aprender a relativizar as coisas, se acabou é porque algo melhor está para vir, sem stress. No momento parece que é o fim do Mundo e que nos caiu uma bomba em cima, mas não, lá fora tudo continua igual, e a tua pessoa certa ando por aí, não podes é deixar de procurar. Já fui lendo um pouco sobre a tua historia de vida e pelo que percebi já passaste por tanta coisa!!! Na verdade acho que cada vez vais ficando mais forte com tudo o que te sucede! Ninguém disse que isto de viver era fácil, mas se cá estamos é para aproveitar o melhor que podemos. Uma grande beijoca e Muitos Parabéns pelo teu magnifico trabalho nas diversas plataformas que tens !!!
ResponderEliminarEm primeiro lugar, lamento que esteja a passar por isto. Uma relação que termina é sempre um momento triste.
ResponderEliminarComo mãe divorciada que está já numa relação com um pai divorciado há 3 anos, posso dizer-lhe que, quando é para resultar, resulta (com muuuuuito trabalho, muita intensidade, que isto das famílias recompostas não há cá simplicidades). Certamente que a Irene irá dar-lhe mimo extra agora, ao sentir que a Joana precisa. E vai tudo correr bem :)
Vivendo o mesmo limbo de namoro enquanto mãe solteira identifico me plenamente. As incertezas todas de introduzir ou não, de criar convivência e amor entre os dois, a hipótese de um dia terminar por ter um estado emocional que torna tudo periclitante juntamente com todas as coisas que tenho de equilibrar. Totalmente solidária, compreensiva e na senda de começar a escrever um livro sobre esta realidade toda!! Com tanto para dizer!
ResponderEliminarTudo melgora eventualmente. Na medida em que nós melhoramos internamente (introduzir música zen)
Enquanto for uma merda, aceitar que assim é. E seguir em frente, depois de suarmos do buço com tanta emoção maluca!
Não sou de fazer comentários a pessoas estranhas mas esta situação é uma identificação de mim mesma.... separei me do pai da minha filha há 6 anos e meio .... pelo caminho encontrei uma pessoa com quem tenho um namoro bastante atribulado há 4 anos .... essa pessoa nunca teve filhos e é bastante complicado voltar a ter alguém porque a pessoa quer passar tempo conosco sozinho e não "levar com um filho de otra pessoa" muitas vezes gostariamos de fazer isto ou aquilo e não é possivel (o pai da minha filha vive em inglaterra) o que dificulta mais pois não é possível partilhar como todos os casais separados. Acaba por ser tudo para cima de mim.... no entanto não nos podemos culpar porque o melhor da vida são os filhos que é um amor para sempre ... eu entendo bem como se sente e pense o que tiver de ser será.... bjinho e força
ResponderEliminarNão posso deixar de responder à anónima das 3.23: se a pessoa que namora consigo lhe diz que não quer "levar com um filho de outra pessoa", essa pessoa não gosta de si, não tem sentimentos nenhuns por si nem pela sua filha, além de provavelmente não ser grande coisa como pessoa... despache-o! Não vale a pena!!! Posso dizer-lhe que me divorciei tendo 2 filhos, e passado uns tempos comecei a namorar com o que é meu actual marido, e nunca na vida ele me disse uma coisa dessas, pelo contrário, sempre foi super compreensivo quando os miúdos estavam comigo, pois compreendeu desde o inicio que namorar comigo era igual a viver comigo e com 2 crianças. Quem gostar mesmo de si não vai ver os seus filhos como empecilhos nem como "filhos de outra pessoa", vai vê-los como a Maria, o João, o Manuel, a pessoa individual que a sua filha (neste caso) é. Não vale a pena andar a perder tempo há 4 anos com um homem assim. Good luck!!!
EliminarSer mãe ocupa-nos sempre mas também tens de cuidar de ti e mimar-te a ti própria, fico triste por ter terminado a relação, mas tenho a certeza que ainda serás muito feliz! Quanto à Irene, ela aos poucos tem de perceber que nem sempre a vida é cor de rosa, o tempo ajuda a superar estes momentos menos bons! Espero ter ajudado. Gosto muito do vosso blog e sou fã desde que li o vosso livro! Bjs e continuação de óptimo trabalho aqui!!!
ResponderEliminarUm grande abraço Joaninha. É só uma fase. Tudo tem o seu tempo. E se a relação não funcionou é porque não era para ser. Agora arrebita, faz algo que gostes muito e segue caminho com a tua filha linda :)
ResponderEliminarTenho pena que tenha de passar por isso, mas se é a melhor decisão possível, então não vejo problema em abrir-se com a Irene. Sim, acabou, sim, a mãe está triste. O que é o pior que pode acontecer? Ela ficar triste por si, por ser uma miúda empática? A Joana vai recuperar, e a Irene também. Percebo as dúvidas,claro! Acho legitimo. Mas não pense que é um exclusivo das mães solteiras... às vezes também me enervo com o meu marido, e a minha filha fica aflita se percebe, e eu digo que estou irritada/triste com o pai mas vai passar. Faz parte da vida...e o nosso papel de pais passa por prepará-los para a vida, com tudo o que de bom e de mau tem. Um beijinho
ResponderEliminar(Oi, olha em primeiro de tudo explicar aqui um pouco a coisas... Não vá levares a mal 🙂 eu cá detesto que comecem uma frase ou algo com o início " Cátia" dá-me logo a sensação que fiz cagada da grossa e vou levar um sermão daqueles tipo o sermão aos peixes)
ResponderEliminarBem... em relação ao que falas... faz parte da vida certo, não existem almas gêmeas. As pessoas complementam-se. Às vezes demoramos muito tempo para percebermos que afinal " aquela" não era " a tal". Mas a vida não pára. É natural a dor, as lembranças, a tristeza e a Irene tem de saber o que sentes. Se não, vais transmitir-lhe que não devemos de mostrar os nossos sentimentos... pq dói. Explicas-lhe com todo o amor que às vezes as pessoas precisam de se afastar para perceberem o que querem ( tipo qdo vai para o quarto sentada à chinês pq fez asneira para refletir sobre o que fez ou disse)...qq coisa do género
Além do que não é uma situação puramente de mãe solteira! Uiii tantas vezes os casais teem ronhas e ficam chateados e tristes e os miúdos percebem claro! Mas interpreta isso e diz-lhe que faz parte da nossa aprendizagem, para nos tornarmos mais fortes 💪 🙂 beijinho e tudo de bom
ResponderEliminareu e meu marido estamos casados há cerca de 4 anos. Éramos felizes, casados e tínhamos dois filhos, um menino e uma menina. um mês depois comecei a notar seu comportamento estranho e algumas semanas depois descobri que meu marido viu algo. Ele voltou tarde do trabalho, mal cuidou de mim ou das crianças, às vezes ia embora e não voltava para casa por 2-3 dias. Tentei o meu melhor para resolver este problema, mas sem sucesso. Eu estava muito animado e precisava de ajuda. Um dia, enquanto navegava na Internet, encontrei um site que sugere que o DR AYO pode ajudar a resolver problemas conjugais, restaurar relacionamentos nutricionais e assim por diante. Então eu senti que tinha que tentar. Entrei em contato com ele e ele me amaldiçoou. Dois dias depois, meu marido veio até mim e se desculpou pela injustiça que cometera e prometeu nunca mais fazer isso. Desde então, as coisas voltaram ao normal. Minha família e eu estamos vivendo felizes juntos novamente. Obrigado DR AYO. Se você precisar de um lançador que conjure um feitiço de trabalho real, recomendo entrar em contato com ele. Não te desapontará. Este é o seu WhatsApp +2347055691377 OU e-mail. Endereço de e-mail. El. Endereço de email: drayo47373@gmail.com
ResponderEliminar