Andei a ler sobre isto. Calma, andei a ler porque tenho um blog e porque, vá, sempre me interessei por questões de ordem "psicológica" (vá se lá saber porquê...). No outro dia, fomos passear a Monsanto - amo, amo - e a Irene quis fazer uns sprints comigo (para quem não saiba, neste caso, fazer "sprints" é por a mãe a suar das axilas e a ficar assada entre as coxas para correr muito rápido).
Aceitei porque ando a dizer muitos mais "sins" que "nãos" (parece os sins melhoram muito o dia das duas, desde que com razoabilidade e não por preguiça de sentir um pouco de desconforto) e também porque sempre gastava mais umas calorias extra. Ela corre rápido, mas ainda corro mais do que ela. Sublinhe-se o ainda, porque tenho noção da vida.
Na altura tive de me perguntar se a deixaria ganhar ou não. Porque a verdade é que eu ganharia sempre que quisesse, mas também não me pareceu útil. Então, instintivamente, o que fiz (depois de dois ou três sprints em que o soutien desceu demasiado e fiquei com as malfadadas quatro mamas) foi combinar com ela um avanço por ela ser mais nova. A Irene nem sempre lida bem com o facto de ser ela a criança e de eu ser adulta e achei que este reforço seria justo. Por ser mais pequena, ter pernas mais curtas, leva um avanço (um bom avanço que torne e competição quase renhida).
Agora vou ler sobre o assunto, para ver se tenho de pensar mais um pouco nisto ou se tenho algum útil para vos apresentar, volto já.
Há um artigo giro que diz que o "que importa não é se ganha ou se perde, mas como".
- É útil que os nossos filhos assistam a como lidamos com as derrotas e com as vitórias para terem um bom exemplo;
Tento muito não me esquecer disto. Mais do que "conversa", é o exemplo que se dá. Quero que ela tenha bom ganhar e bom perder, até para que se foque nas coisas mais interessantes da vida e não fique frustrada ou motivada com coisas pequenas (como... a mãe muitas vezes, hahah, mas xiiiuu). E, já agora, aproveitar o exemplo para gerar empatia pelas pessoas que não ganharam. Claro que isto não é tudo aos 4 anos, mas a mãe assim já aprendeu - nem que seja também um bocadinho pela internet.
Quando os deixamos ganhar (este artigo começa assim), temos de ter noção se eles se estão a aperceber que lhes estamos a fazer um favor e que estamos a alterar as regras, ensinando, então, que as regras não são assim tão importantes... E esta das "regras" tem-me dado jeito para acabar várias conversas e perguntas. Convém mante-las intocáveis qb... ;)
Este artigo, diz uma coisa gira: quando os miúdos estiverem a fazer uma birra, tentemos afastar-nos um pouco e imaginar que é o filho de outra pessoa, para tentarmos responder menos emocionalmente e de forma mais objectiva para lhes ensinar algo. O que acham disto? Por acaso, faço-o. Já via estas oportunidades como pseudo-didáticas e tento (ocasionalmente, porque raramente estou descansada ao ponto de querer provocar birras, confesso) deixá-la perder.
Quis partilhar convosco, agora nas férias (quem ainda as tenha), quem tiver mais tempo livre para jogar e brincar com eles... fica com umas ideias para pensar e decidir o que acha por si :)
Como têm feito?
Como têm feito?
|
Ao início sim, deixava que ficassem felizes ao ganhar, mas agora já começo eu a ganhar mesmo, para eles aprenderem que nem sempre somos os primeiros, os maus rápidos ou os melhores. Volta e meia dá em birra, mas passa rápido!
ResponderEliminarSim, eles percebem quando os deixamos ganhar, mas fingem que não percebem e "entram no jogo"... Eu deixava o meu ganhar (em corridas ou em jogos de tabuleiro), para lhe ver a felicidade. Depois também li não sei onde que era importante que ele soubesse perder, então comecei eu a dar o exemplo: quando ele ganhava e eu perdia, eu dizia "boa, parabéns!", ele dizia "mas tu perdeste!", e eu dizia "na boa, não faz mal, o que interessa é que nos divertimos!", e acho que resultou, ele começou a ter a mesma atitude quando passou a perder (quando parei de o deixar sempre ganhar).
ResponderEliminar