Ah que isto me soube pela vida. Até à minha amiga Susana que, pelo que viu no telemóvel, o stress dela desceu ao ponto de até se esquecer de ver o stress no telemóvel outra vez - há um sistema de medir isso e outras coisas nalguns telemóveis com o dedo e tal.
Até a minha rosácea foi recuando aos poucos, com calma, fazendo com que eu voltasse a parecer os 16 anos que tenho. Isto sim, foram umas férias como deve ser, mesmo com filha. Se levar a Tia Susana fez com que não me tivesse de esmifrar 65% das vezes na piscina nem que tivesse de ser eu a contar 34878423 histórias de baratas porque a Irene teve esse apetite? Yup. Mas não foi só a companhia que fez destas férias das melhores de sempre.
Eis o que fizémos de inesquecível no Vila Galé Clube de Campo e em Beja (se escrever Braga lá mais para a frente ignorem que tenho uma pequena disléxai - de propósito que sou muito divertida):
Dar "o comer" aos animais
Não há melhor do que ouvir esta expressão. Vem normalmente de alguém que gosta de dar "o comer" aos outros. No próprio Clube de Campo tínhamos uma quinta pedagógica onde a Irene pôde dar pêras Rocha (da herdade) aos animais e também algumas folhagens à socapa. Imaginam o que é terem uma quinta ali à mão para irem sempre que vos apetecer com os miúdos? Nestas fotos que vêem foi ali "um bocadinho" antes do jantar. Que privilégio.
Vá, já espeto isto num grupo de amamentação no facebook (esse mesmo), mas vocês levam com esta fotografia na mesma que está adorável. |
Passear e tirar fotografias do camandro ao pôr-do-sol
Manhãs passadas no Jacuzzi a intimidar pessoas com este olhar da Irene para ficarmos à vontade.
Apaixonámo-nos por esta Vovó Joaquina. Foi o Google quem sugeriu, a Susana e eu achámos que era instagram friendly, vimos que tinha comida para mim (sou muito esquisita, tenho um paladar alargado ao nível do de um puto americano) e fomos. Além da decoração ter sido no ponto (fez-me lembrar um pouco o Fábulas no Chiado), a simpatia dos empregados deu-me quase vontade de pedir o número de telefone a um ahah. Além disso, a comida estava maravilhosa, a carne estava bem selada e tenra, tudo optimamente bem temperado e pensado ao nível das texturas também. Uma boa forma de servir comida portuguesa, regional, sem reinventar ao ponto de parecer totó, mas tratando-a com carinho e amor - mais ou menos o que o empregado me sugeria ahah. Recomendo vivamente. Ah! Deu Doors.
Depois voltei para o restaurante que estava com medo que a Irene marchasse o pão quentinho todo. Raio da miúda.
Inscrevemo-nos no balcão da Emotion lá no Vila Galé Clube de Campo e como não havia bom tempo para vôos de balão (yyyyyuuuppppp), contentámo-nos (e bem) com uma viagem de Jipe com o Rúben. Um bom moço que nos presenteou com imenso conhecimento sobre as aves dali e outros animais, além de umas pêras acabadas de apanhar.
Ora, sobre aves:
Há a Poupa que é muito bonita mas que todo o ninho dela é feito com cocó. Até há a expressão "poupa, poupa, mas o ninho é feito de merda". São muito bonitas, apesar de porquinhas - que é o que penso de algumas miúdas com 20 anos que por aí andam (ressabiamento puro haha).
Há outro pássaro que, quando quer impressionar, faz uma dança esquisita, arranca penas do peito e as lança no ar tipo "make it rain". Acho que elas ficam doidas e depois é ir aviando o aviário todo.
Sobre cavalos:
Eles têm um garanhão que se chama Ruby da Broa que passa alguns meses de fomeca de amor à séria. Depois possuem várias fêmeas que já não sabem o que hão de fazer mais à sua vida. Quando o garanhão chega ao grupo está todo peitinho para fora e cheio de saúde, mas quando volta está esmifradinho, magrinho e a ter que repousar. Como um stripper malandro numa despedida de solteira de uma cinquentona (não sei o que quero dizer com isto).
Fomos à capela pelo que se poderão casar por lá se acreditarem no amor e na "igreja". É gira e fresca - comentário mais extenso possível haha.
O Rúben disse imensa coisa, mas o resto não teve tanta piada. Rúben, foste o funcionário destacado no questionário do hotel. Espero que pingue qualquer coisa.
A Irene andou no Colombo em Beja.
É o nome do burrito querido que fez com que a Irene sorrisse desta forma. Inscrevi-me no balcão da Emotion também (fica logo na recepção, para quem for).
Tivémos tempo para ter tempo.
Ler a apanhar um solzinho, ali enquanto não chegam as sopas ou enquanto se seca da piscina. Tão simples. Só ler. Levei os livros que a Irene escolheu no site da Maria Minho, todos portugueses e confesso que me entusiasmo com capas (além do conteúdo) e a maior parte é lindíssima.
Ela estava a fotografar a Susana que nos estava a fotografar. |
Não me lembrei da útima vez que me sentei com ela no chão só porque sim, para estar ali um bocadinho à sombra. Viva Alentejo.
Houve ainda mais coisas boas destas férias em Beja que vos irei contando. Estas foram aquelas que vocês poderão repetir, tranquilamente, a menos de duas horas de Lisboa (por exemplo) e, por isso, mesmo que já tenham queimado as férias todas, têm sempre os fins-de-semana. É Beja, vai estar calor até Dezembro ;)
❤
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