4.16.2019

Já espreitaram a minha coleção de sapatos?

"Era uma vez” uma menina que nunca sequer tinha sonhado que um dia teria a sua coleção de sapatos, quanto mais duas!

É verdade, este é o segundo ano consecutivo em que assino uma coleção de sapatos com a Hierbabuena. 

E são eles: "melancia", "fresa", "citron" e "cactus", já que a Isabel e a Luísa estão sempre a querer saber como tudo se diz noutras línguas. E porque elas são a minha principal inspiração e força.








 Espero que esta coleção com sabor a verão vos alegre os dias, que eu, desde que recebi a prova final, fiquei radiante e cheia de vontade de vos contar! Que alegria!!!

Mais cosinhas: 

🍋 são pintados à mão e, por isso, cada sapato é único
🌵 são laváveis na máquina a frio
🍉 vão do número 19 ao 30
🍓 mães de meninos, aguardem que vêm aí novidades também para eles



Um grande obrigada à Ana da Hierbabuena pela confiança, pelo coração enorme e pelo amor que coloca em tudo o que faz. Parabéns por esta nova área “atelier” da Hierbabuena.

Todos os pormenores estão no site!

Gostaram? Qual o vosso padrão preferido?

Wish me luck!


Já têm filme para ver hoje à noite!

Epá, as mães que mal dormem por causa dos bebés que me perdoem. Sei bem que a prioridade é aproveitar aquela meia hora em que os putos de certeza não vão chamar para cochilar um bocado. Porém, lembro-me que, no meu caso, era... ficar a ver Netflix na mesma. 

Isto para vos dizer... levei uma bofetadona de reflexão, de realidade, de maturidade e de... arte com este filme: 


A Loja dos Unicórios, é como se chama.


Bem, identifiquei-me imenso com este filme e claro que cada uma de nós fará a sua análise ou, então, até poderá odiá-lo. "Não é um filme para todos", dizem muitas críticas. Mas, também, qual será? Eu não amei o Titanic, por exemplo e tinha uma crush por osmose pelo Leonardo Di Caprio por causa de uma das filhas de uma ex-madrasta minha. Muita informação?

A partir daqui já vou revelar algumas coisas sobre o filme. Quem quiser ver o filme sem se sentir sugestionado nas suas interpretações, por favor, siga para o  parágrafo em que digo "já podem ler" logo no início.

Há vários temas a decorrer em paralelo. Um será o da maturidade, o outro será o de não perder a vontade de brincar e outro ainda será o amor. Normal que aconteçam os três em simultâneo porque, na vida real, também estão os três interligados.

Quando procuramos alguém ou quando queremos alguém na nossa vida, queremos que seja uma relação que tenha tanto de maturidade também como de infantilidade e, a isso, chamaremos de amor. Creio que a diferença será no tipo de amor que se pede (ou que se exige) mediante o caminho que estejamos a percorrer individualmente.

A protagonista claramente ainda tinha que processar várias coisas da sua infância (ou várias coisas da sua vida adulta) e ambas ainda não estavam em sintonia. Ela sente que tem de deixar de ser ela para crescer e que crescer é - como em muitas empresas e para muitos adultos - cinzento e aborrecido. Onde o divertido ou a brincadeira passa a ter um cunho sensual e sexual em vez de meramente alegre e, talvez, sim, infantil.

Em que gaveta, em que idades estarão arrumados determinados tipos de comportamentos? Onde ficam os sonhos perdidos quando nos sentimos socialmente obrigados a sermos mais cinzentos? Onde está a fé em nós próprios e tudo aquilo que adorávamos fazer quando éramos crianças e que, dando uma verdadeira oportunidade, ainda agora adoraríamos fazer só que "os crescidos não o fazem"?

Para ser amada, para se sentir incluída, a protagonista teve de percorrer o seu caminho, de reconhecer o lugar que a sua infância e infantilidade tinham dentro de si (ao em vez de a negar abruptamente) de forma a poder levá-la com isso ao longo da sua restante existência.

Estando em sintonia consigo mesma, tendo sido o seu processo fluído (embora de forma muito bruta, por - por razões que o filme não fecha - ter sido confrontada com isso no momento em que já estava na faculdade, creio), acaba por encontrar um rapaz que a vê tal como ela é por ela também ser quem é realmente.

Isto faz-me pensar em tantas coisas. Quanto mais formos nós mesmas, mais inteiras, mais nos respeitarmos, mais genuína será a nossa vida. Haverá por aí muita gente triste e infeliz e também ansiosa por ainda não ter tido a capacidade, as condições, a coragem e a consciência de se conhecer um pouco mais? E de fazer este processo de maturação, de passagem para a vida "adulta"?

Já podem ler. 

Este filme é crucial. E ajudou-me numa conversa muito interessante na minha relação em que nos conhecemos ainda melhor mutuamente. Senti que foi informação e entretenimento ao mesmo tempo (como quando via a Oprah ou oiço os podcasts dela), mas muito bem embrulhado num filme com uma fotografia exemplar, além de um género de humor menos mainstream, mas interessante e menos impositivo para dar lugar ao que realmente interessa: a reflexão.

Já alguém viu? O que acharam? Vão ver?





4.15.2019

Puxa-se mesmo a pilinha para trás?

Na sexta-feira passada houve mais um COITO - Aqui não nos apanham a falar mal deles. É um espectáculo de comédia apresentado por mim e pelo David Cristina em que pretendemos que seja também um espaço de partilha em segurança daquilo que sentimos e pensamos sobre a experiência de parentalidade. 






Fotografias de Tiago Maltez x Ponte Media

As convidadas foram Filipa Galrão - radialista da Mega Hits - e Joana Azevedo - radialista da Comercial. Ambas são mães de meninos e uma das perguntas foi essa mesmo: "puxam a pilinha dos vossos filhos para trás?".

Não posso alongar-me muito sobre o assunto porque a experiência que tenho é sobre o meu irmão mais velho que, tendo 22 anos, é capaz de ficar bastante envergonhado se me puser aqui a falar de como se puxava a pilinha dele para trás ou não. Por isso acabou aqui este parágrafo. Está bem, mano?

Elas lá responderam. Quem quisesse saber o que duas das minhas radialistas preferidas responderam, deveria ter ido, ahah. Pronto. Agora acabava aqui o post, ahah. 

Fui pesquisar um bocadinho - espero que ninguém me venha cuscar as pesquisas do Google porque isto tendo uma filha rapariga, acaba por ser esquisito - e encontrei vários sites que dizem não ser NADA necessário ter esse tipo de procedimentos com as pilinhas dos filhos (dizendo "dos filhos", parece que fica em aberto o cuidado com as pilinhas de outras pessoas que nos rodeiem, ahah). 

Dizem que nunca se deve puxar a pele das pilinhas dos bebés para trás, especialmente forçando. Do que li, a separação do prepúcio (foreskin) do pénis acontece naturalmente na maioria dos rapazes até aos 4 anos mas, noutros, só perto da puberdade. Durante os dois dias seguintes poderá haver alguns incómodos ou odores, mas que passa tranquilamente. Existirá a acumulação de esmegma que deverá lavar-se, mas não é sintomático de nenhuma patologia. É natural. 

Avisam é para ir imediatamente ao médico se o prepúcio estiver recolhido e ficar preso. E, de resto, os cuidados normais: se estiver inchado e tal... também ir. 

Óbvio que estes artigos se referem à generalidade dos casos. Nem todos os bebés e respectivas pilinhas se incluem na generalidade, por isso o melhor é falarem com o vosso médico. 

Porém, sou a favor de tentarmos encontrar um médico não que sigamos "cegamente", mas a quem possamos colocar todas as dúvidas, mesmo que parecem ir contra as recomendações do mesmo. Isto para obtermos explicações que nos satisfaçam ou nem por isso. 

Não sou especialista, mas pergunto: será isto uma crença antiga? Estarão os médicos que recomendam esse tipo de procedimentos actualizados no que toca a este tipo de recomendações? Talvez também devam ser os pais a dar estes "toques" nalguns médicos. 

E, na verdade, os médicos que mais gostamos são os que estão abertos a diálogo e que prezem o espírito crítico dos pais. :)