8.28.2018

Tenho o relógio biológico todo atrofiado

Só pode. Eu culpo as hormonas. Eu não posso estar com bebés filhos de amigas sem sentir esta sensação. Hoje o Facebook mostrou-me esta publicação de há dois anos e eu fiquei: "oinnnnnnnnn que lindas, que coisa boa, quero mais". Esqueço-me logo do trabalho que dá, de quando uma morde na outra e a outra responde com um pontapé, de quando se desafiam para fazer disparates juntas e quando não se sincronizam nas birras e parece um espectáculo de variedades. Parece fácil. Não é.

Calma gente, tenho DIU que é para não haver cá surpresas. O David não quer ir ao terceiro, eu, pelo menos por enquanto também não - se for a pensar de forma racional. Mas é mais um quer-não-quer, uma coisa sem explicação. Daí culpar as hormonas, só pode ser disso.

Em conversa com uma amiga que já tem três e que ainda ia ao quarto (e não é a divisão da casa), chegámos à conclusão que só podemos bater mal da mona. Queixamo-nos da falta de tempo, dos gastos, de estarmos, devagarinho e finalmente a recuperar alguns dias só com os maridos (e ainda vai melhorar) e depois, no fundo, até nos atirávamos de cabeça, se fossemos a obedecer ao diabinho que paira ali no ombro esquerdo. 

O que é que se passa connosco? Há acumuladores compulsivos de lixo e depois há potenciais acumuladoras de filhos? Só pode...

Mais alguém que padeça desta espécie de doença?



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8.27.2018

Uma semana sem ela... vou sobreviver?

Tenho estado sem ela um pouco aqui e outro ali, mas nunca uma semana. Há abertura para que seja menos tempo da parte do pai, mas acho importante que ela passe a semana inteira com o pai, para que tenham contacto continuado  nas rotinas durante uma semana, mesmo que de férias. 

Eu tenho a custódia da Irene, não é o cenário mais frequente actualmente (do que dizem), mas é o que se adequa melhor ao nosso cenário. 

Esta semana vai-me custar tanto como, provavelmente saber bem, mas... tenho o coração apertado. Ainda para mais, depois de termos passado tantas férias juntas agora no Verão, o meu corpo parece ainda mais colado ao dela para adormecer, para tudo. 

Ela tem de crescer, ser de mais mundo e, neste caso, nem é "mundo", é o Pai. Vai para uma casa fantástica com o Pai e com os avós, vai ser só fabuloso. A mãe também vai aproveitar o fim-de-semana ali pelo meio e esticar a perninha na praia, mas... ahhh...

Quando ela voltar já vem mais crescida e não vi! 

Alguém que me perceba? Ou vou só receber comentários de mães a dizer que sou isto e aquilo porque não se quê?




Já agora, tudo o que tenho escrito sobre divórcio, aqui e aqui


Vocês deixam que eles ganhem?

Andei a ler sobre isto. Calma, andei a ler porque tenho um blog e porque, vá, sempre me interessei por questões de ordem "psicológica" (vá se lá saber porquê...). No outro dia, fomos passear a Monsanto - amo, amo - e a Irene quis fazer uns sprints comigo (para quem não saiba, neste caso, fazer "sprints" é por a mãe a suar das axilas e a ficar assada entre as coxas para correr muito rápido). 

Aceitei porque ando a dizer muitos mais "sins" que "nãos" (parece os sins melhoram muito o dia das duas, desde que com razoabilidade e não por preguiça de sentir um pouco de desconforto) e também porque sempre gastava mais umas calorias extra. Ela corre rápido, mas ainda corro mais do que ela. Sublinhe-se o ainda, porque tenho noção da vida.

Na altura tive de me perguntar se a deixaria ganhar ou não. Porque a verdade é que eu ganharia sempre que quisesse, mas também não me pareceu útil. Então, instintivamente, o que fiz (depois de dois ou três sprints em que o soutien desceu demasiado e fiquei com as malfadadas quatro mamas) foi combinar com ela um avanço por ela ser mais nova. A Irene nem sempre lida bem com o facto de ser ela a criança e de eu ser adulta e achei que este reforço seria justo. Por ser mais pequena, ter pernas mais curtas, leva um avanço (um bom avanço que torne e competição quase renhida). 


Agora vou ler sobre o assunto, para ver se tenho de pensar mais um pouco nisto ou se tenho algum útil para vos apresentar, volto já. 

um artigo giro que diz que o  "que importa não é se ganha ou se perde, mas como". 

- É útil que os nossos filhos assistam a como lidamos com as derrotas e com as vitórias para terem um bom exemplo; 

Tento muito não me esquecer disto. Mais do que "conversa", é o exemplo que se dá. Quero que ela tenha bom ganhar e bom perder, até para que se foque nas coisas mais interessantes da vida e não fique frustrada ou motivada com coisas pequenas (como... a mãe muitas vezes, hahah, mas xiiiuu). E, já agora, aproveitar o exemplo para gerar empatia pelas pessoas que não ganharam. Claro que isto não é tudo aos 4 anos, mas a mãe assim já aprendeu - nem que seja também um bocadinho pela internet. 

Quando os deixamos ganhar (este artigo começa assim), temos de ter noção se eles se estão a aperceber que lhes estamos a fazer um favor e que estamos a alterar as regras, ensinando, então, que as regras não são assim tão importantes... E esta das "regras" tem-me dado jeito para acabar várias conversas e perguntas. Convém mante-las intocáveis qb... ;)

Este artigo, diz uma coisa gira: quando os miúdos estiverem a fazer uma birra, tentemos afastar-nos um pouco e imaginar que é o filho de outra pessoa, para tentarmos responder menos emocionalmente e de forma mais objectiva para lhes ensinar algo. O que acham disto? Por acaso, faço-o. Já via estas oportunidades como pseudo-didáticas e tento (ocasionalmente, porque raramente estou descansada ao ponto de querer provocar birras, confesso) deixá-la perder.

Quis partilhar convosco, agora nas férias (quem ainda as tenha), quem tiver mais tempo livre para jogar e brincar com eles... fica com umas ideias para pensar e decidir o que acha por si :)

Como têm feito?