1.05.2018

As análises. Temidas análises.

Torço-me toda sempre que é para ir fazer análises ao sangue com a Irene. Infelizmente tive uma muito má experiência quando ela era bebé (falei disso aqui), em que até parou de chorar enquanto era picada, enfim. Ainda hoje me custa voltar àquele dia. 

Tirando essa vez, das outras foram algo "inesperadas": idas de urgência ao hospital em que foi mesmo necessário fazer análises (sempre um cenário Dantesco para mim e para o pai - o que também piora as coisas para a Irene...). 

Desta vez, por estar sempre entupida ao ponto de até perder parte da audição e tal, foi pedido pelo otorrino e pela pediatra que ela fosse fazer análises também. Confesso que - péssimo da minha parte, bem sei - que andei a adiar o máximo de tempo que podia. Entrei em negação e tudo... Fomos aos Lusíadas e não podia ter corrido melhor. Houve choradeira? Houve. Mas houve também uma menina chamada Joana e a sua colega (não me lembro do nome, já estava em pânico, desculpe) que tornaram tudo muito menos difícil. 

Obrigada também à colega da recepção que percebeu que a Irene também já tinha fome e por nos ter ajudado. 

Os olhos meigos, a paciência, o penso do Garfield no fim, os mimos. Foram espectaculares tanto para mim, como para a Irene. 

O meu agradecimento a todas e fica a minha experiência ali, especialmente para quem ande à procura de um sítio para fazer análises com os filhos, aqui têm a probabilidade de vos correr bastante bem. 

Escrevo este post também para vos dizer que existe uma pomada anestésica chamada EMLA e que - não sei se resultou - me ajudou a sentir que fiz o possível para minimizar a situação. Sendo que, claro, é uma questão de ansiedade e não propriamente da dor física. 

Já está. Já foi e obrigada a toda a gente, a sério. Obrigada também a toda a gente a quem não lhe deve apetecer picar crianças que depois se apercebem do que se passa e que começam a chorar e que o consegue fazer com esta calma, dedicação e carinho. 



Foi muito importante para nós. Obrigada.

Casaco - Boboli 




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Até cair de sono!

Temos as leitoras mais fixes. Até me custa dizer leitoras, porque sinto que são mais do que isso. Sinto que são mais em cada comentário feito com tanta empatia, como que a devolver algo de bom que lhes possa ter também dado. Sinto que são tão mais do que isso quando me abordam na rua... Amor gera amor, não duvido nem um bocadinho disso. 

Somos mais de 72 mil. É normal que haja diferentes tipos de pessoas a visitar-nos. É normal que umas se identifiquem mais com uma do que com outra. É normal que algumas não se identifiquem com nenhuma, mas não resistam vir cá ver que parvoíces andamos a dizer. É normal até que alguém goste normalmente do que lê e achar que um post, uma opinião e até uma escolha de vida, não façam sentido, para os seus parâmetros, gostos, opiniões. Aceito que precisem de comentar. Às vezes acho piada, outras vezes não acho, na maior parte das vezes aceito, mas caso sinta que há ali ofensas gratuitas ou que não haja ali nada de construtivo nem engraçado, não publico - esta é a minha casa, não deixo toda a gente entrar, paciência. Aqui há moderação de comentários, q.b., sim. Quem perde tempo a escrever 1691826 caracteres sem um pingo de utilidade, pode criar o seu blogue, desabafar, falar do que quiser, no seu espaço.
Também é normal que, num blogue tão pessoal, haja quem sinta que:

1) partilhamos tudo o que vamos vivendo e sentindo, sem reservas;
2) nos conhece por inteiro;
3) nos pomos a jeito para ouvirmos tudo o que alguém quiser dizer sobre nós ou sobre a nossa família.

Compreendo, no entanto, nem a 1) e a 2) são inteiramente verdade, na medida em que nunca saberão efectivamente tudo sobre nós, não partilhamos tudo o que sentimos nem tudo o que somos - não parece, pela falta de filtro e descontracção, mas até nós temos limites). E, quanto à 3), discordo. Por isso, filtramos comentários. Para nós há limites e quando acharmos que alguém, qualquer que seja a intenção, aos ultrapassar, fica do nosso lado essa escolha. Já lhe chamaram falta de humildade, já me disseram que isto me subiu à cabeça. Como quer que queiram interpretar, reservo-me o direito de gerir a caixa de comentários e só aceito os que acho que vão contribuir para o debate, fazer-me/nos pensar, alertar para algo importante, discordar de mim, mas com classe e sem ofensas (dizerem que uma de nós podia ter lavado o cabelo não é uma ofensa, lá está ele). Quando são as leitoras a trocarem "galhardetes" de forma acesa, já me é mais difícil filtrar.

Mas bem, tudo isto para dizer que foi importante para mim responder às questões da SÁBADO desta semana para perceber onde estamos e para onde queremos ir. Um muito obrigada às jornalistas, mas principalmente a minha companheira (bem fazemos um lindo casal) por não me deixar desistir quando estou mais desalentada ou cansada ou preguiçosa. Temos aqui um projecto do caraças. Graças também a vocês! Se a Rita Ferro Alvim tem as suas "fofinhas", nós também as temos, sem dúvida. Sinto que temos gente boa desse lado, que gosta de nós e que acompanha desde sempre o crescimento das nossas filhas (e nosso), gente divertida, com sentido de humor, atenta e informada, que faz com que não baixemos os patamares e queiramos dar tudo.





Isto sou eu claramente a cair de sono, por uma boa causa (e porque a Luísa está doentinha, snif).

OBRIGADA, seguidoras queridas!


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1.04.2018

Afinal já sei o que a Luísa tem.

3 horas num hospital à espera para sermos atendidas. Consta que até os privados andam ao rubro, por isso, não havia muitas mais opções - só chamar o médico a casa, assim que façamos seguro de saúde para a Luísa, passa a ser uma opção a ponderar.
O que aquela miúda correu no S. Francisco Xavier... andou ao colo da Ester, fez amizades por ali fora, queria ir para a rua a cada dois minutos... imparável e com um grau de marotice que nem vos conto (nem doente esta miúda relaxa um bocadinho, estão a ver o género?). Lá fomos chamadas e amavelmente atendidas - zero razões de queixa - para decifrarmos o que a bebé teria, com febres inconstantes há quatro dias. Otite. Uma otite no ouvido esquerdo. Começou a fazer sentido a preferência por mamar mais para um lado, mas não associei, até porque nunca se queixava, não punha a mão, não coçava nem chorava deitada.

Agora dorme, depois de tantas emoções.
E como eu adoro vê-la dormir. É como se pudesse parar o tempo e deliciar-me com a respiração dela. É como se a sentisse minha, vulnerável, pequenina, quentinha, dependente. Há algo de mágico em observar alguém dormir: é a minha meditação.

Logo logo vai ficar boa de novo (e voltar a ter criatividade para me pintar as paredes da sala ou desfazer um livro em minipartículas: a Isabel NUNCA me fez destas, é todo um novo mundo). Logo logo vamos todos conseguir descansar mais um bocadinho. Ando EXAUSTA. Boa noite!



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