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2.18.2019

Quero a minha mãe!

Opá, eu sou das que não gosta de pedir ajuda, que gosta de se imaginar toda independente e toda survivor mode. Quer dizer, não sei se gosto, se é aquilo a que me habituei. Seja como for, há coisas que mesmo com 30 e tal anos (quase 33, que horror) devia ser a nossa mãe a tratar. Não estamos preparadas emocionalmente para isto.

Tive que ir tirar o siso. Demorei só 6 anos até ir tirar. Porquê? Porque não tinha ninguém que me obrigasse. Então, claro que fui protelando. E posso dizer que, se nunca parece um bom dia para tirar o siso, agora aos 32, tendo de tomar conta de uma filha de 4 anos e com duas reuniões importantíssimas amanhã (vêm aí novidades por aquiiii), não é o melhor timing. 

Na semana a seguir começo a gravar o programa que vou ter com uma pessoaaaa (que ainda não vou relevar) para o canal Maluco Beleza do Unas (viram-no no Lip Sync?) e, por isso, não me posso dar ao luxo de parecer um esquilito inflamado, vá.

Isto também me fez reflectir sobre outra coisa que aconteceu ontem à noite. A Irene estava a falar do quanto ela costuma acordar irritadiça e que é por culpa dela. E eu tive que lhe explicar que é por não dormir o suficiente. Que pela maior parte dos miúdos da sala dela não precisarem de sesta que já não há essa rotina. E ela disse que, então, era por ela não querer dormir a sesta que acordava irritada. 

Expliquei-lhe que sou eu quem manda. Que independentemente do que ela querer, quem decide se ela faz a sesta ou não sou eu e que, por isso, além de ser expectável que acorde irritada quando dorme pouco, de certeza que não é da sua responsabilidade. 

Senti o alívio dela. 

Ela que aproveite em quanto tem quem mande nela, não é?

Já agora, ficam aqui com a maneira mais parva que arranjei de segurar o gelo para vos escrever este post. 



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4.27.2018

Também és do Pai.

És sim e ainda bem. 

Estás doente, tenho dormido contigo durante as sestas e à noite, mas é sexta-feira e é dia de ires para o Pai. Ainda bem. 

Ainda bem que vais porque o Pai também é aquele quem trata, que te dá mimos e que faz brincadeiras contigo para tomares os medicamentos. 


Pai também é aquele que, durante a noite, não dorme para ver se tens febre ou não. Ou, no teu caso, se estás a tremer de frio porque a febre subiu ou se estás a fazer uma nova convulsão. 

Pai é aquele que te pergunta se queres água porque estás doente e tens de beber água para não desidratar e é também aquele que pergunta o que queres almoçar e que faz a tua comida preferida quando estás doente.

Pai é aquele que olha para ti e pensa "se pudesse ficar eu doente em vez dela...". 

Por isso hoje estás doente e vais para a casa do Pai. Mesmo que eu não consiga deixar de pensar que gostaria de te ter juntinha a mim e ser eu a cozinhar para ti (o melhor que consigo) ou a dar-te água. 



O colo da mãe é bom por ser o da mãe e não por ser o único. E o do pai o mesmo. 

Vou dormir de certeza na mesma a pensar em como estarás, mas com mais forças para não dormir no dia seguinte. 

Hoje é dia da casa do Pai, amanhã já voltas. 


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2.26.2018

A Luísa já anda! E dança!

Quem passa por um susto como o que passámos sabe dar valor a cada conquista!

A Luísa não só anda, ainda que um bocadinho coxa, como já dança!

E é uma delícia vê-la a ganhar forças de novo e a dançar com o jeitinho que lhe é característico :) Foi um fim-de-semana maravilhoso. Cheio de luz!

Viram os stories? 🙏

Boa semana!!!❤️






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1.21.2018

Há alguma mãe que não se sinta culpada quando eles ficam doentes?

Isto faz mesmo parte do pacote, não faz? 

Sempre que a Irene fica doente, começo a rever em câmera lenta todas as decisões que fui tomando por ser - penso eu, nestas alturas - demasiado optimista. 

Começo a duvidar se poderia estar a fazer algo diferente e ponho tudo, mas mesmo tudo em causa. E, além de estar exausta por ela estar doente e já pela vida que levamos no geral (cuidar da miúda completamente sozinha não é fácil, como muuuitas de vocês saberão), ainda me martelo toda com a culpa. 

Que parvoíce isto da culpa.

Os miúdos ficam doentes acontece por mil e uma razões, muitas delas que têm 0 que ver se os lembrámos de vestir o casaco ou não. Ou se os devíamos ter inscrito na natação... 

Vamos sempre encontrar a razão que achamos merecer. 

Fotografia por Yellow Savages 


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1.04.2018

Afinal já sei o que a Luísa tem.

3 horas num hospital à espera para sermos atendidas. Consta que até os privados andam ao rubro, por isso, não havia muitas mais opções - só chamar o médico a casa, assim que façamos seguro de saúde para a Luísa, passa a ser uma opção a ponderar.
O que aquela miúda correu no S. Francisco Xavier... andou ao colo da Ester, fez amizades por ali fora, queria ir para a rua a cada dois minutos... imparável e com um grau de marotice que nem vos conto (nem doente esta miúda relaxa um bocadinho, estão a ver o género?). Lá fomos chamadas e amavelmente atendidas - zero razões de queixa - para decifrarmos o que a bebé teria, com febres inconstantes há quatro dias. Otite. Uma otite no ouvido esquerdo. Começou a fazer sentido a preferência por mamar mais para um lado, mas não associei, até porque nunca se queixava, não punha a mão, não coçava nem chorava deitada.

Agora dorme, depois de tantas emoções.
E como eu adoro vê-la dormir. É como se pudesse parar o tempo e deliciar-me com a respiração dela. É como se a sentisse minha, vulnerável, pequenina, quentinha, dependente. Há algo de mágico em observar alguém dormir: é a minha meditação.

Logo logo vai ficar boa de novo (e voltar a ter criatividade para me pintar as paredes da sala ou desfazer um livro em minipartículas: a Isabel NUNCA me fez destas, é todo um novo mundo). Logo logo vamos todos conseguir descansar mais um bocadinho. Ando EXAUSTA. Boa noite!



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1.03.2018

Ter de escolher entre as duas filhas

O título parece saído de uma crítica de cinema ao A Escolha de Sofia, mas, àquela hora da noite, e toldada pelo cansaço de ter estado sozinha com as duas, adoentada (as mães não podem ficar doentes, não é?) e com a Luísa doente, foi como se tivesse a fazer uma escolha dramática. 
A Luísa estava com febre (ainda esta e não percebi o que será). A única coisa que come é leite materno. A Isabel, perto das 23h30 começa a gritar e a chorar, aflita, a dizer que lhe doía muito o ouvido. Tentei acalmá-la, dei-lhe BUR, e andei ali a dar-lhe colo e a dizer que ia passar. Gritos gritos e pedidos de ajuda. Decidi pedir ao David que viesse para casa para irmos com ela às urgências (não atendiam na Saúde 24).
Perante aquele cenário, tive de escolher entre ir com a Isabel ou ficar com a Luísa. Foi a primeira vez. E custou. Custou ver a Isabel a sair de casa, ao colo do David, a chamar por mim. É nestes momentos - e só nestes - que sinto que pode ser injusto para o irmão mais velho a chegada de um com quem dividir atenções. Mas é a vida. Hoje já mais calma (apesar de muito cansada), já não estou tão dramática.


Resumo do que aconteceu depois ontem: ainda antes de chegarem às urgências, a Isabel disse que já só doia um bocadinho e vieram embora. (Sem febre e sem doer, eram capazes de espancar o David, além de que, e o mais importante de tudo, era estariam a pô-la em contacto com vírus desnecessários). Ficou boa, até ver.
A Luísa continua murchinha e com febre, la terei de ir ver o que se passa.


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10.26.2017

Adeus gastro do demo!

Foi, tirando a pneumonia que a Isabel teve com 9 meses, a doença mais prolongada cá em casa. Nunca tinha visto a Luisinha assim: sem forças, adormecia no chão (às vezes, o único sítio onde se sentia bem), completamente derrotada. Um dó. Foi uma gastro que, felizmente, (ainda) não apanhou mais ninguém cá em casa. Ao menos isso.

Hoje dormimos, eu e ela, quatro horas de sesta, tal era a necessidade que tínhamos de descansar, depois de 8 dias de sofrimento. Roupas atrás de roupas, banhos e mais banhos, colo, muito colo, medo da desidratação, duas idas ao hospital, três médicos e eis que finalmente estamos a ter tréguas. 
Safou-nos a mama, única coisa que o corpo dela ia aceitando, às vezes, sem vomitar [sem ela teria certamente ficado a soro, porque não aceitava o soro oral, nem mais nada]. Foram dias cansativos, de preocupação.

Já passou. Voltar a vê-la em pé foi bom. Voltar a ver aquele sorriso, com os olhos, com o corpo todo, uma maravilha. Vê-la comer uma canjinha então... bom, mas bom. Amanhã ainda não vai à escola, irá segunda feira.

Estamos de volta.

{as melhoras para os doentinhos desse lado}


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10.19.2017

35º dia de creche - está doente!

Eu já andava a achar estranho, quase dois meses depois, nem uma virosesita, uma constipação que se visse, uns piolhitos, nada?! Cá está ela. 

A Luísa começou a vomitar e vomitou 5 vezes esta noite. Coitadinha. Dela e de nós. Troca roupa, troca cama, lava cabelo e cara, volta a adormecer. Dormir muito ao de leve, sempre preocupada. Com vómito, com febre (vem, não vem?), com tudo.

Ia com ela ao Centro de Saúde hoje, por estar mais assadita que o normal (já experimentei uma boa dose de cremes diferentes e não estão a funcionar... e até já pus maizena, como aconselharam, mas cheira-me que já precisa de um anti-fungíco e era isso que ia lá confirmar), só que agora acho imprudente estar a tirá-la de casa: tem o sistema imunológico em baixo e ainda apanha para lá qualquer coisa pior. Vou aguardar, talvez ligar para a Saúde 24, caso não tolere líquidos e ache que possa estar a desidratar ou caso tenha febre...

É sempre uma enorme confusão, não é? Por mais que já tenha passado por estas doenças normais com a Isabel, é como se fosse a primeira vez. 

Por enquanto está tudo controlado, não a acho molinha e estou com esperança que seja algo levezinho. Por todas as razões: por ela, claro, mas também por todos nós. Tenho (ou tinha) amanhã um trabalho que não queria desmarcar. Ia, supostamente, de fim-de-semana. O primeiro sem a Luísa.
Será que a espertinha adivinhou? :) 

Por aí, como andam esses infectários?


Ontem, antes de ir para a escola <3

Sapatos - Triboo
Casaco - Zippy
Calças - Zara


 
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8.27.2017

Adeus, gastroenterite do caraças!!!

Febre, vómitos, diarreia, dores de barriga, enjoos e chegou a estar a soro no hospital. Congelei ao vê-la assim, com o cateter e a levar soro. Tive flashbacks de quando esteve internada com 9 meses. Mas desta vez, já uma menina, com quem conseguimos conversar, explicar tudo e tentar compensar e distrair com autocolantes de super-heróis. Desta vez, ao tirar sangue e ao meter o catéter, não chorou, não disse ai nem ui. Disse-lhe que podia apertar a minha mão. Olhou-me nos olhos e respirou fundo. Depois, já na cama, a levar soro, disse-me que lhe doía a mão e chorou. Quis estar no lugar dela, quantas vezes*.

Foi forte, deitou-a muito abaixo - nunca a tinha visto sem falar, ela que é uma valente gralha, nem tinha nunca adormecido no sofá - deixou-a mais magrinha, deixou-nos a todos apreensivos, e cansados, mas já foi. Felizmente mais ninguém apanhou. Ontem, fomos, ao fim de uma semana, passear. Fomos ao sítio mais bonito de Santarém, as Portas do Sol. Correram, desceram no escorrega, esfolaram-se todas (a Luísa), caíram do baloiço (a Luísa), a Isabel levou a bicicleta e fomos para a muralha contar os carros que passavam na ponte (passatempo preferido da Isabel lá).

Não sei a quem soube melhor! 
















Cara de zangada eheh






Sapatos - Pikitri (marca portuguesa muito fixe)


*até porque queria perder uns kgs... AHAHAH brincadeirinha para desanuviar



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