11.26.2015

Natal, natal, natal... e Barrigas [VÍDEO]

Já vos tinha dado conta de que o nosso Natal já tinha começado, aqui. Só ainda não fiz a árvore de natal cá em casa porque vivo com um provedor do Natal, que me diz que não posso fugir ao "regulamento" e que tenho de esperar mais uns dias. Oh well...



Falei-vos no encontro Barrigas de Amor, no Hotel Vila Galé Cascais. 

 Vejam o vídeo para perceberem melhor o que andámos lá a fazer. E para verem a fofa da minha filha a fazer trabalhos manuais. E a minha cara bexigosa (são as marcas do acne, benzódeus). :)

Brincadeirinha, a mensagem do vídeo é que é importante!




Obrigada a a todas as marcas envolvidas, que nos proporcionaram uma manhã muito, mas mesmo muito bem passada:

Tudo de improviso (e que bom!)

Os horários deles vão mudando com os tempos mas nem por isso ainda podemos ir almoçar e jantar fora sem sacrificar horas de descanso dela e rotinas (uma vez por outra, até poderia ser, mas ela fica tão cansada que nem aproveito bem o jantar, cheia de pena).

Na sexta-feira passada aconteceu o "impossível". Nunca na vida eu, Joana Gama, pessoa que personificava (atenção ao tempo verbal) a palavra ansiedade permitiria que isto tivesse acontecido nem corrido tão bem. Os sogros foram tomar conta da Irene enquanto o pai foi fechar a escritura do terreno para a nossa futura casa e acabaram por ficar para jantar, tudo de improviso. Despacharam restos que foi uma maravilha.

Estou a aprender a aproveitar estes momentos mais inesperados, de convívio por prazer, sem datas, sem horas, sem perfeccionismos. A Irene jantou connosco, toda a gente ficou contente, estivemos a conviver na sala enquanto ouvíamos Jazz e tudo sem ter sido combinado.

Tenho saudades de jantar fora? Tenho. Está quase. Agora, se o jantar de sexta, com restos, em casa com a família, de improviso, foi melhor do que 50% dos meus jantares fora? Foi.

A Irene desmaiou na cama, feliz. E a mãe também. 




11.25.2015

Ele não queria uma menina

Ele não queria uma menina. Quer dizer, queria, mas se pudesse escolher, na altura em que fomos saber o sexo do bebé, teria escolhido um rapaz. Eu achava que ia ser um rapaz, mas no fundo estava cheia de esperança de que fosse uma menina. 

Uma menina? Laços e vestidos e sapatos a condizer? Quarto cor-de-rosa até enjoar? Ballets e piruetas e maiôs com purpurinas? Gritinhos histéricos com os One Direction? Olhinhos de bambi para o fazer voltar atrás com a decisão? Baton e olhos pintados e micro-calções para ir sair à noite com 15 anos? Ficar com aquele feitiozinho "especial" quando está com o período? Rufias atrás dela e ter de arranjar licença de caçador para poder ter uma arma em casa? Definitivamente que não.

Queria um rapaz. Um puto desenvolto, com pinta, louco pelo Gaitan, capaz de chafurdar na lama no futebol e de saltar da ponte de Vila Franca. Dar-lhe uns calduços, fazer o braço de ferro, dar-lhe a primeira bejeca (lá para os 20 anos, claro), chamar nomes ao árbitro, gritar a bandeiras despregadas SLB. Testosterona.

Estava tão enganado. Gosta tanto de ter uma filha, que não se importava mesmo nada que viesse mais uma, já mo confessou. Um dia, a Isabel agarrou-lhe bem na cara com as duas mãos e deu-lhe um beijo inesperado. Quando lhe chama "pai", com aquela voz suave e melosa, fica todo derretidinho. Aqueles abraços de manhã na ronha da nossa cama, o "ai" teatral que grita quando toca na barba dele e até o piscar demorado de olhos com as maiores pestanas que ele já viu, enfeitiçaram-no. O feitiozinho especial ("da mãe, claro", até parece que o estou a ouvir), não o trocava por nada. Está numa fase em que o empurra do quarto e da vida dela, mas sei que vai passar (enquanto isso aproveita para dormir a noite toda, porque só quer a mãe, olha que chatice!).  

E agora, o melhor de tudo e o orgulho do pai, ela já sabe quem é o "MAIOR", como ele diz! Quando alguém diz Benfica, estica os braços a festejar. Em menos de nada, lá estará a levá-la a ver o "maior espectáculo da vida dela" e lá estarão "a celebrar os dois as vitórias do Glorioso" (que vitórias? hã? lol). Sim, porque, disse-me "a minha filha é benfiquista de alma e coração". Tudo o resto, ballet ou karaté, vestidos ou calças, isso é lá com ela, que ele está-se um bocado a marimbar. Mas, com a chama imensa não se brinca. Acho que ele até os imagina a partilharem uma cerveja e uns tremoços e a irem para o Marquês festejar (como se eu deixasse, pois, vá sonhando).

No dia em que ele tratou da indumentária dela...

Mas, de uma coisa tenho a certeza, ele adora ter uma menina, mesmo que ela não ligue patavina a futebol. É, e será sempre, a menina dos olhos dele.