7.22.2019

À minha melhor a amiga e todas as outras e outros.

Será depressão ou felicidade? Ou, se calhar, nenhuma das duas. Estou tão habituada a mexer-me em pólos, extremos que, para mim, é sempre um caso de vida ou de morte. 

Ando a chorar desalmadamente, super sensível e grata por tudo. Pensando melhor depressão não é porque quando sinto que estava deprimida estava adormecida. Não sentia nada além da dor. Era como um daqueles robots que aspiram a casa. Seguir em frente à procura de cáca, bater nas coisas e dormir ao final do dia. 

Agora não. Continuo a bater nas coisas às vezes por distracção, outras vezes porque tem graça, mas não ando à procura de caca - sou muito gozada pelos meus amigos por causa destas imagens tontas, mas são mesmo a melhor maneira de me explicar. Não incluem sempre aspiradores, porém. 

Faz sentido chamarmos a uma amiga de "melhor amiga"? Sendo que não há uma competição e, apesar do amor assumir formas diferentes de dinâmica para dinâmica, premiar alguém com um título? Ou é apenas o sublinhar merecido de algo mais especial que tudo o resto, pela história, pela intensidade, pelo respeito? 

Tenho uma melhor amiga. Na verdade, vou tendo algumas melhores amigas, mas esta é a melhor melhor amiga. Aquela que tem durado desde sempre e com quem tenho uma história gigante em conjunto. Não quer dizer que as minhas outras amigas não sejam das melhores e que esta seja melhor, simplesmente o nosso amor já teve tempo para evoluir e para maturar e temos muitas certezas sobre cada uma e sobre as duas. 

A minha melhor amiga joga no Euromilhões. E, à semelhança do cliché, os números que põe no boletim são os aniversários das pessoas que lhe são mais próximas, talvez da família. Intimamente perguntei-lhe quais os aniversários na esperança (parva e infantil) que um deles fosse o meu. Ao mesmo tempo saberia que não era. Amamo-nos muito, mas chegar a este ponto é... todo um nível que não sei se alguma amizade alcança (bem sei que "só" estou a falar do Euromilhões, mas nada é "só").

E era. 

Um dos números era o 17. 

O meu aniversário. 

"Joana, eu gosto mesmo de ti". 

Claro que não preciso que seja um bilhete do Euromilhões a dizer-me, mas estava ali, no papel. Como se ela me tivesse escrito uma música ou pintando um quadro. Nem o meu pessimismo pode destruir isto. De maneira nenhuma. 

Que sorte tenho. Alguma coisa devo ter feito para merecer pessoas que me adorem assim. Reparem no plural. Tenho-me apercebido cada vez mais de que sou amada.

Foto do meu aniversário há dois anos ou terá sido o ano passado? 


Há outra amiga que também surgiu agora e que sinto que me adora incondicionalmente. Digo incondicionalmente porque pensamos de forma igual em milhares de coisas mas de forma muito diferente noutras. Nunca conheci pessoa alguma em que a minha matriz fosse tão simétrica. Vem-me a música do Toy à cabeça "duas vidas separadas pelo tempo" e sei que nunca a irei largar. Somos muito mais além de parcerias de comédia, somos uma espécie de gémeas, daí a merda da música, talvez. 

No sábado fui jantar a casa de um outro melhor amigo meu. Era meu colega de turma desde o 6º ano, imaginem. Preparam-me o jantar, perguntaram o que queria beber e, acima de tudo, disseram-me para me deixar de merdas e não levar nada. Adoro quando as pessoas borrifam nestas cerimónias. Adoro sentir que tenho intimidade ao ponto de não levar nada ser sinónimo que faço parte da casa. Sem merdas. Escolhi não levar. Porque posso. 

E quando, depois de meses de turbulência numa relação - daquelas em que ponderamos mesmo se ouvimos quando a hospedeira nos disse para pôr a máscara - somos recebidos como se ainda houvesse mais amor? Como se não importassem as nossas asneiras, passeios, erros, confusões porque, onde quer que nos percamos para nos encontrar, temos a nossa casa para voltar? Que sorte. 

"Chateia-me na semana do Sudoeste", disse-me uma das minhas outras amigas. Porque nos conhecemos e porque sabemos que, das duas, vou ser eu quem não se vai esquecer e que, para que o almoço aconteça, sabemos que o melhor é que fique eu responsável para aconteça. 

"Joana, estamos a morrer de saudades tuas, falamos imenso de ti" dizem as minhas ex-colegas que se tornaram minhas companheiras. Ainda que durante um processo de luto e de transformação e de aceitação da minha identidade, tenho a certeza que não há família laboral com mais carinho que aquela que cresce ali, naquele lugar. 

Mais amigos, que me aceitam como sou. Que me fazem sentir com o triplo do valor que sinto que tenho. Que me conheceram ainda se iam fumar ganzas para descampados em Oeiras e falar a noite toda. 

Outros com quem não falo durante um ano mas que não hesitam em aceitar o meu convite para o meu jantar de aniversário. Outros que dizem estar preocupados comigo e que me acenam à janela quando vão passear o cão e que desde sempre - ainda que com interregnos de presença - estão e para sempre estarão na minha vida.

E a uma ex-cunhada, da minha família adoptiva durante aqueles anos. A alma pequenina que desde sempre admirei e que nunca nos largámos. Continuamos a ser manas, melhores amigas, almas que se entendem e que se expandem. Vê-la crescer e a rebentar tudo faz-me feliz. Não é bombista, como poderão ter percebido.

A outras amigas que o tempo nos afasta, mas que nos irá aproximar quando for certo. Que nunca esquecemos o que nos ligou e a compatibilidade, mas que por alguma razão a nossa dança não é agora como já foi, mas que talvez volte a ser. Pessoas que alcançaram as entranhas e que nos preencheram tão bem que nos ajudaram a encher pneus para seguir viagem. Continuamos a adorá-las e talvez volte a música. 

À minha companheira de blog que à custa de guardar muito para si e de ter muito amor pelos outros, ao longo de todos estes anos foi aceitando e tentando encaixar na minha disciplina e estrutura e por meio de muitos suspiros vai sabendo apreciar o que tenho de bom e que ainda ontem me perguntou se a compreendia. Compreendo, Joana. Cada vez melhor. Temos uma relação longa, intensa, de carinho e de dança. E que espero e tenho feito para que se vá tornando cada vez mais fácil e divertida. Obrigada. Obrigada por me dares esse espaço e obrigada por veres ou quereres acreditar no que há de melhor em mim. 

Tenho muita muita sorte na família que me escolheu.

Quero fazer-vos rir para sempre. 


7.21.2019

A sentir-me a Oprah!!!

Estou doida com isto. A irmã da vencedora do nosso “A Mãe é que sabe ajudar” já tem instaladas, na sua cozinha, a placa de indução e a máquina de lavar roupa da AEG que lhes oferecemos! Senti-me automaticamente a Oprah, com menos uns mil zeros na conta, mas com uma sensação quentinha no peito por termos ajudado alguém com dois electrodomésticos fantásticos, que lhe vão facilitar a vidinha. Obrigada AEG por se terem associado a nós nesta missão!

Então... a Joana Gama já foi a casa da irmã da Paula, que tem uma filhota de um aninho, ver se estava tudo instalado em condições (ela é especialista em muita coisa) e se a Lúcia estava contente. Estava muito!

Se há coisa boa neste movimento que quisemos criar, de entreajuda, é sentir que as mães estão de olho nas outras mães, que estamos mais unidas do que nunca e que estamos lá para o que precisarem. Uma sopa. Um tempo com o bebé para tomarem banho de porta fechada (Spa!). E, neste caso, uma placa toda XPTO e uma máquina de lavar roupa.

Ora bem, vamos por partes:

A Placa de Indução AEG Maxisense com Função Ponte que, só por curiosidade - é a que esta na casa da Cristina (sim, sim a Tininha, a Cristina Ferreira, a Senhora Televisão). É uma placa incrível, tem a tecnologia culinária mais avançada para gerar calor de forma mais eficiente e este modelo tem duas particularidades - vejam-me isto (!!!):


  •  ajusta-se ao tamanho e forma dos tachos e panelas, ou seja, a placa ajusta a dimensão de aquecimento de acordo com a panela
  •  tem uma “função Ponte”, que mais não é a que a opção de converter duas zonas de aquecimento numa só, maior, que dá para um grelhador ou para recipientes maiores!
E tem ainda outras vantagens:
- Aquece mais rápido do que qualquer outro tipo de placa
- O calor é gerado diretamente na base do recipiente
- O resto da superfície da placa permanece fria ao toque, sendo mais seguro
- São muito fáceis de usar e manter – podemos limpar imediatamente um derrame acidental na sua superfície (eu sou óptima nisto do entornanço) - basta usar um simples pano húmido e fica sempre impecável.




Já a máquina de lavar roupa da série 7000 AEG com a tecnologia ProSteam usa vapor no final dos ciclos para reduzir os vincos. Todas queremos isto, certo? Passar menos a ferro, please! O sonho de qualquer mãe!

Além das peças ficarem mais suaves também elimina odores, como os das roupas da estação anterior [já mudaram os armários, com este julho-outono? Eu ainda não...]


Já conheciam estes electrodomésticos? Quem sabe não são vocês as selecionadas para o próximo A Mãe é que Sabe Ajudar! De que electrodoméstico mais precisam?

Sou gaga - como lido com isso?

É verdade, não sei se quem nos segue há mais tempo sabe disto, menos ainda quem nos segue há pouco: sou gaga, desde que me conheço.

Há duas teorias sobre a minha gaguez, já passei por alguns momentos constrangedores, fiz anos de terapia da fala, tive um professor a dizer-me que não poderia vir a ser jornalista de televisão... 



Conto-vos tudo neste vídeo, em que revelamos a importância de ter alguém que nos diz que isto não é um problema e que nos impulsiona a ser o que quisermos ser.



Esperamos que gostem e que ajude alguém que possa estar no meu lugar ou até a lidar com quem esteja (tipo, acabar frases nem sempre é fixe - porque pode não ser o que queríamos dizer e torna-se só parvo). Saber esperar, neste caso, que a outra pessoa complete a palavra ou o raciocínio é o que prefiro.

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