10.09.2016

Tenho uma deficiência neste campo.

A paciência não é o meu forte. Artes manuais sempre me fizeram sentir que tinha luvas muito grossas sempre calçadas. Felizmente não tive de lidar muito com isso depois de ter Educação Visual Tecnológica para aí no sexto ano. Obrigada planos curriculares por me permitirem evitar este campo no qual tenho mesmo um deficiência. Porém, isso não me impediu de tentar acudir a Irene. Há 2 dias que anda a dizer que quer andar de submarino com os pais e quando viemos das compras com algumas caixas, pensei que podia tentar endrominá-la com um pseudo submarino. Correu mal. Ou, então, correu muito bem, conforme a perspectiva. 

Contexto: domingo, seis e meia da manhã.


Eram 6h40 da manhã quando começamos a pensar no submarino que íamos fazer. 

Quando me apercebi que cola líquida branca e penas não é a coisa mais esperta de sempre. 

Quando me arrependi da ideia.

Quando voltei a gostar.

Quando ambas percebemos que não era submarino nenhum e decidimos mudar o nome ao projecto para... 

O carro do Crafty Rafty (um desenho animado que dá na BabyTv que tem coisinhas do género para colar).

E aí começa a magia: a Irene sugerir coisas como um volante, uma buzina, rodas, a chave, uma porta... 

Durou pouco tempo até ela começar a achar graça estragar o carro do Crafty Rafty.

Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a
                 

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10.08.2016

Pronto. Assumo: comprei umas carneiras!

Lembram-se de ter dito que ainda não estava pronta para assumir que tinha comprado umas carneiras (sapato mais atribuído à betalhada e, portanto, ali para os "lados" da sou-mãe-de-duas-e-assim-posso-enfolhar-as-duas-de-maneira-a-que-pareçam-uma-couve-coração)? Agora já estou. Calcei-as ontem à miúda para ir à aula de música da professora Carla (tenho de escrever sempre assim porque é assim que falamos sobre isso cá em casa haha). 

Adoro-as sem franjinhas. Parecem sapatos de boneca. O Frederico achou que ela estava vestida "normalmente", que "não diria que ela estava linda como nalguns outros dias", mas eu adoro a camisola que ela escolheu sozinha na Zara, as calças de ganga que lhe tiram o rabo de fralda e a fazem parecer ainda mais menina e uns sapatinhos para não parecer sempre fonguita como a mamã (ahah). 








Laço - Lost Colours

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Eu não sou linda sem make-up.


Hoje adormecer a Irene correu bem, estou bem disposta. Espero que, com os vossos também não tenha sido difícil. Vocês merecem! 

É normal que muitas de vocês não conheçam a "minha história", o meu percurso (até porque há sempre centenas de pessoas novas que chegam com os posts de coração fora do peito da Joana Paixão Brás - adoro-te, Joana!) e não vou estar sempre a dizer o mesmo. Por isso, vou abreviar: antes de ser mãe era uma maria rapaz. Não cuidava de mim. Apesar de achar que ia ocasionalmente ao ginásio, creio que desprezava o meu exterior por ter medo de "tentar" e de depois reparar que não conseguia ser tão bonita quanto as outras pessoas. Mentia-me dizendo que era "prática". 

O mais doentio? Ao mesmo tempo tinha dias em que olhava para o espelho e em que me adorava. Só a cara, claro. O resto do corpo sempre preferi esquecer que existia. Como se todos os dias fossem um mau dia de compras, em que nos deparámos só com aqueles espelhos filhos da... que nos fazem sentir que somos banha de porco ambulante.  As psicólogas que estão a ler isto devem estar a pensar "hmmm... falha narcísica". É bem capaz, é. 

Depois de ser mãe, tenho valorizado mais a minha descoberta para o lado positivo. Sinto que foi depois do meltdown do pós-parto que acabei com aquele frenesi da adolescência de me diminuir e de perceber a minha insignificância no mundo de sofrer com gramas de drama pelo prazer de sentir qualquer coisa. 

Agora temos de ser mais produtivas. E, para sermos mais produtivas, temos de estar em condições. Não podemos estar coladas com cuspo, não podemos andar todos os dias a evitar olhar para partes de nós (psicológicas e físicas) para seguirmos em frente. Temos de ir resolvendo. Temos de ir lidando. 

Isto tudo para dizer que apesar de me andar a maquilhar todos os dias e adorar (até escrevi isto) - ao contrário do que eu sempre fui que só punha um "pózinho" na cara para entrar em palco por causa da rosácea. 

Continuando no trabalho de "descoberta" (este texto deve estar a ser super chato para quem não esteja na mesma onda ahah), olhei para estas fotografias que o Frederico me tirou na semana passada e achei que estava perfeitamente imperfeita (vi as borbulhas, vi!) Estou eu. Estou mãe. Estou feliz. Estou calma. 

Desafio-vos a encontrarem fotografias vossas em que não estejam "arranjadas" e que gostem do que vêem. 

Publiquem essas fotos no vosso mural, identifiquem a página e ponham o #eusemtretas. ;

Vamos fazer com que a fasquia seja a realidade e a felicidade! 

Isto deixou-me feliz. 




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