9.15.2015

A Mãe dá... - Colecção Não Quero - Vencedor

Hoje, o resultado do passatempo vem num texto curto e grosso. Vá, só curto.

O vencedor do passatempo a Mãe dá - Colecção Não Quero da editora Zero a Oito é...




Teresa Prazeres Figueiras!

Parabéns!



Já percebi que temos de fazer mais passatempos destes! Foi um sucesso, com mais de 1000 participações. Obrigada a todos!

Adeus, chupeta!

E ontem foi o dia em que a Irene deixou a chupeta de vez. Quem me "ouve" ler neste momento, até fica a pensar que foi algo difícil, mas nem por isso. Difícil é ela nunca ter gostado muito de chupeta e termos de lidar com as emoções todas dela sem lhe dar o cigarro. Só porque ela não gostava muito porque tentar... ui, se tentei! Até comprei umas 550 chuchas. Durante o dia, às vezes, distraída até aceitava, mas durante a noite, quando acordava, nunca quis a chucha. Foi sempre a mãe, a mama da mãe. Por um lado é bom, por outro não que agora tenho aqui um furinho que me anda a deixar louca de dores.




A chucha nunca nos serviu para nada. Foi muito mais nosso amigo o pão. Calava-se num instante e ficava deliciada a fazer a sua açordinha. As cenouras baby também. 

Mesmo assim, todas as noites, quando a deitava, punha-lhe a chucha. Não porque ela pedisse. Não sei ao certo porquê. Será por estar habituada a que os bebés durmam com um pedaço de plástico na boca? Andamos nisso há 17 meses. Há 17 meses que lhe ponho a chucha para ela dormir. Ontem não pus. E o que aconteceu? Nada. Não fez diferença alguma. 

Isto dá-me que pensar quantos "hábitos" deles, não serão apenas "coisas" nossas. Já escrevi sobre a chupeta aqui.  Será que eles não comem mesmo se não estiverem a ver os vídeos ou... nós é que não temos fé suficiente para arranjar um sistema e acreditar nele?

Muito se fala sobre o vício da mama (prometo que não vou ter um discurso fundamentalista sobre a mama, não desliguem já), mas por que é que não ligamos tanto ao vício que eles têm de ter sempre uma rolha de plástico na boca? Eu, só passado 17 meses, é que pensei a sério nisso. A minha filha andava a dormir com um pedaço de silicone na boca e não era preciso. 

Afinal, quem precisava de chupeta era eu!

Adeus, chupeta!

Isto é mesmo o intercomunicador da Irene, as chuchas e o ursinho.

Algumas informações:

- A chucha, introduzida antes do primeiro mês, pode prejudicar gravemente a amamentação, tal como o biberão.

- A chucha pode atrasar o desenvolvimento da fala.

- A chucha (se usada durante muuuuuuuito tempo) pode entortar os dentes.

9.14.2015

Cá em casa há regras e não há.



Para mim, a vida não é um ensaio. Gosto de viver a valer, de sentir a valer. Sou mais de fazer do que de pensar. E talvez por isso goste de aproveitar todos os segundos e gosto que eles sejam um bocadinho imprevisíveis, mesmo sendo mãe. Gosto de dizer que sou um bocadinho hippie, no sentido em que me aventuro bastante e que não sou sempre fiel às rotinas. Gosto de decidir coisas naquele minuto, quase por impulso. Até agora tenho-me saído bem. Nunca me arrependi de ter ido, de ter feito, de ter experimentado coisas com a minha filha. Não gosto de exageros, não lido bem com eles. Gosto de aventura, q.b. e gosto de tranquilidade, q.b. Acho que a minha filha se tem habituado a esse modo de viver e está feliz assim. Sinto-a segura, alegre, inteligente, bem-disposta, meiga. Se estou ou não a fazer um bom trabalho, nunca se sabe, o tempo o dirá. Se este é o caminho correcto, não faço ideia, mas é o que estou a arriscar seguir.

A minha filha está em primeiro lugar, mas eu também estou. Por isso, tento encontrar um equilíbrio entre o que é bom para ela e lhe faz bem e aquilo que é bom para mim e me faz bem.


Ela não vai todos os dias para a cama à hora exacta. E há, de vez em quando, dias de festa.
Ela não toma banho todos os dias. Às vezes escapa.
Ela não dorme todos os dias na mesma cama. Já dormiu em pelo menos 7 camas diferentes, de norte a sul de Portugal.
Ela não dorme a sesta sempre à mesma hora. E houve um dia em que nem dormiu.
Ela não come todos os dias comida fresca e saudável. Já comeu douradinhos, croquetes e já provou arroz doce e croissant.
Ela não adormece todos os dias na cama dela. Há dias em que me pede colinho e eu dou – sempre - e há dias em que quem quer colinho sou eu.
Ela não come à mesa todos os dias. Nem nós.


Cá em casa há regras e não há. Há, porque isso lhe transmite segurança, conforto e a ajuda a crescer com autonomia. Não há, porque nos vamos moldando ao dia, à hora, à situação, às necessidades. Minhas e dela. Nossas. Sempre com uns rasgos de improviso, com “uma vez não são vezes”, sem dramas, sem sentimentos de culpa. 

Foto LoveLab