3.25.2015

Força, suas leiteiras (#03)

... vamos a isto?

A missão de informar mamãs que optem por amamentar é complicada, mas nem A Mãe é que sabe nem a CAM Patrícia Paiva nos importamos com isso!

Aqui está o preambulo da entrevista que começou neste e que, depois, seguiu para este e agora cá estamos:
Estarmos informadas sobre a amamentação serve para podermos ser uma fonte de apoio para as mães que optem por amamentar e que possam passar por algumas dificuldades (nem sempre há problemas).

É também muito importante para não sermos repetidoras de informação incorrecta, porque tal pode ser o factor decisivo para a desistência de algumas mães.

A OMS recomenda o aleitamento materno em exclusivo até aos 6 meses. Além de estarem provados os benefícios da amamentação prolongada (com desmame natural), a OMS também sugere a amamentação até, pelos menos, os dois anos de idade.

A questão é: serão as possíveis dificuldades na amamentação que provocam tantas desistências ou será a falta de informação?

Para tentar ser mais produtiva neste assunto e com a ajuda de uma amiga (Patrícia Paiva, co-fundadora do projecto Mamar ao Peito cujo site está cheio de informação útil):

21 - Onde é que as mães podem encontrar CAMs?

Felizmente hoje em dia já há CAMs espalhadas por todo o país. E para encontrar uma é apenas necessário fazer uma pesquisa na internet. Existem vários sites com o contacto de CAMs, divididos por localidades, ou até mesmo no facebook temos grupos de apoio onde se podem encontrar esses mesmos contactos. Em alguns centros de saúde, normalmente aqueles que têm cantinho de amamentação, também há CAMs disponíveis para ajudar.

22 - Por que é que as mulheres que defendem a amamentação são sempre chamadas de fundamentalistas?

Acho que a maternidade em geral é algo que mexe muito com as mulheres e as mulheres que amamentam e que gostam muito de o fazer, querem passar a mensagem, para que outras mães descubram o quanto pode ser fantástico. Por isso podemos ser mal entendidas pela forma fervorosa como falamos do assunto, mas eu penso que não seja por mal, eu própria por vezes entusiasmo-me a falar de amamentação, porque foi algo que realmente despertou uma grande paixão em mim, mas umas das coisas que aprendemos no curso de CAM é a moderar a forma como falamos e a escutar as mães, e é isso que tento sempre fazer, algumas vezes com mais sucesso que outras.

Além disso, muitas mães acham que somos radicalmente contra determinadas coisas, como a introdução de chuchas, do suplemento ou alimentação complementar, amamentação com horários… 

A questão é que estas são coisas que podem realmente influenciar o decurso da amamentação, e algo como um simples biberão de leite antes do bebé dormir pode levar a um desmame precoce, mas não obrigamos ninguém a seguir as nossas recomendações e tentamos adoptar os nossos conselhos à realidade familiar de cada mãe.

23 - Será que, algum dia, a amamentação voltará a ser a norma?

Eu espero que sim, porque é realmente algo muito importante para os bebés e para a saúde em geral. Mas para isso é preciso que esta seja novamente normalizada, que se vejam cada vez mais bebés a mamar, quer seja no café da esquina, na televisão ou nas revistas. Porque vemos tantas vezes bebés com chucha e biberão, e desde muito pequenas essa é a imagem que nos é passada,  e infelizmente passamos a achar que isso é que é o normal. Mesmo os anúncios aos leites artificiais começam com o bebé a mamar, e depois aparece com um biberão a beber outro leite, e isso passa a mensagem de que é algo natural, que tem de acontecer obrigatoriamente a um determinado momento do seu crescimento. Mas essa não é a verdade,  há crianças que nunca beberam leite artificial, que mamaram até à altura do seu desmame fisiológico e a partir daí passaram a beber o leite da família ou nenhum.

24 - Quais são as principais dificuldades da amamentação? 

Penso que os primeiros meses serão os mais complicados, é uma adaptação muito grande e um momento de aprendizagem quer para a mãe, quer para o bebé. A adaptação à mama, a interpretação dos choros, os medos inerentes à chegada do bebé… Além disso, há as dificuldades que podem surgir, que acontecem a algumas mães, como as gretas, os ingurgitamentos ou as mastites, entre outras. Acho que todas as mulheres deviam sair do hospital com informação correcta sobre amamentação, a saber fazer uma massagem manual, e o contacto de uma CAM, caso seja necessário. 

O ideal seria que houvesse grupos de apoio, que podem ajudar muito ainda na gravidez, apenas mostrando como os bebés mamam, visto que é algo que muitas grávidas nunca viram, e explicando o que é natural e o que pode ser sinal de alerta. Antigamente essas informações passavam de mãe para filha, hoje em dia perdeu-se um pouco a sabedoria da amamentação e mesmo as avós que amamentaram dão informações erradas, baseadas em preconceitos, ou influenciadas pela publicidade que é feita aos biberões e aos leites artificiais.

Passada esta fase inicial, há os picos de crescimento, onde costumam haver desmames por falta de confiança na qualidade ou quantidade do leite, mas são apenas alturas em que o bebé precisa de mais leite e por isso pede mais vezes.

A partir daí, se a mãe conseguir ignorar os incentivos ao desmame, que podem vir de várias pessoas, quer seja da família, amigos, ou de profissionais de saúde, é só acrescentar dias, meses e anos ao decurso da amamentação.

25 - A falta de confiança própria das mulheres é um grande obstáculo. Grande parte do papel das CAM é de apoio psicológico, certo? 

Infelizmente, sim. Hoje em dia mais facilmente acreditamos em coisas artificiais do que naturais, as mulheres não vêm o leite que é produzido e não conseguem confiar no seu corpo e nos seus bebés. Temos muitos acessórios à venda para amamentação, desde suplementos para aumentar a produção, até bombas para extracção, quando o que é realmente necessário é apenas uma mama e um bebé, alguma calma e privacidade nos primeiros tempos, para que mãe e bebé consigam entrar em sintonia e aprender um com o outro. É claro que há situações em que apenas a confiança não chega, em que pode realmente ser necessária alguma ajuda especializada, mas não em tantos casos como os que aparecem. 

O ideal seria que o apoio viesse das próprias mulheres, das mães, da família, mas muitas vezes esses são os primeiros a minar a confiança da mãe, com conselhos errados, ou apenas com comentários inconvenientes. Mesmo as avós que amamentaram, têm alguma dificuldade em apoiar a mãe que quer amamentar, porque são minadas por imagens de bebés a biberão, e basta o bebé chorar uma vez para dizer “Se calhar está com fome!”, e aí começa a insegurança da mãe…

26 - O que podemos fazer, enquanto mulheres, para ajudar as outras mães?

Eu acho que as mulheres deveriam juntar-se mais, criar grupos de apoio, não apenas nas redes sociais, mas também nas suas localidades. Os primeiros meses com um bebé podem ser muito complicados, e estar com outras mães que têm bebés e que podem falar um pouco da sua experiência, pode ser o suficiente para que as coisas corram melhor. Há mulheres que nunca viram um bebé a mamar, por isso acho importante que essa imagem seja cada vez mais normalizada, por isso amamentar quando o bebé pede, mesmo que seja em público é uma forma de mostrar a outras mulheres, possíveis mamãs, que é possível amamentar, de uma forma natural, sem dores.

27 - Por que é que é tão difícil aceitar, a nível social, a amamentação prolongada?

Acho que é por falta de conhecimento, a maioria das crianças que mama até mais tarde, não o faz a toda a hora nem em qualquer lugar, sendo que as mamadas normalmente ocorrem em casa, longe dos olhares de outras pessoas. Por isso quando se fala no assunto ou quando uma criança pede para mamar, as pessoas estranham, acham que não é normal. Mas do conhecimento que eu tenho é mais comum do que se pensa, simplesmente é um tema tabu, do qual não se fala nem se vê. E quando se fala, na televisão por exemplo, normalmente é para criticar ou para fazer comédia, o que piora um pouco a ideia que se tem da amamentação prolongada.

28 - Por que é que há mulheres que dizem orgulhar-se de não ter dado de mamar?

Não faço ideia, até porque não conheço nenhuma, já li alguns posts em blogs sobre o assunto, e a maioria das mulheres que decide não amamentar, ou que critica as mulheres que o fazem, tem uma ideia errada da amamentação.

29 - Há algum leite, para o bebé, que seja minimamente aproximado ao ponto de não interessar se tanto é materno ou não?

Não, é impossível criarem um leite que seja equivalente ao leite materno, até porque o leite materno adapta-se ao bebé que está a bebê-lo e à sua fase de crescimento. O leite materno tem componentes vivos, que se alteram conforme a duração da amamentação e isso é algo que não se pode imitar. Como diz o Dr. Carlos Gonzalez, o leite artificial está em constante investigação exactamente porque está longe de ser perfeito para os bebés, não se tem conhecimento de que nenhuma marca tenha encerrado os seus laboratórios por já terem descoberto a fórmula necessária para os bebés, ao contrário do leite materno.

30 - Os bebés que estão à mama, têm mais cólicas?

O leite materno é o alimento ideal e adaptado ao bebé, tem componentes que ajudam na digestão, e a mama não liberta ar, ao contrário do biberão, portanto faz sentido que este ajude na digestão e não o contrário. No entanto, as cólicas é o nome que se dá ao choro e agitação do bebé, e não há uma explicação científica comprovada que define o seu motivo. Quando a mãe indica que o bebé tem cólica, tento perceber o motivo que a leva a pensar isso, porque o bebé pode apenas precisar de mais contacto, mais mama, mais colo e a mãe entender como cólicas e não responder a esses pedidos do bebé. Em alguma situações, em que percebo que efectivamente o bebé está realmente com dificuldades na digestão, sugiro alguma massagens, andar com o bebé em posição fetal, preferencialmente com a ajuda de um porta-bebés ergonómico, e tento acalmar a mãe, o que por vezes é suficiente para acalmar o bebé. Outra situação que pode ocorrer, é que o bebé não tolere bem algo que a mãe coma e, apesar dos alimentos não influenciarem muito a composição do leite materno, algumas intolerâncias podem influencia a forma como o bebé digere o leite, sendo que a mais comum é a intolerância ao leite de vaca, mas normalmente estas intolerâncias têm mais sintomas associados além do choro.


Ainda haverá parte 4 ;)

19 comentários:

  1. Amamentar é uma aventura, para o bem e para o mal. Neste momento, talvez esteja a passar (a Teresa, não eu) por um pico de crescimento. Além de mamar muito depressa, pede mais frequentemente, o que me deixa algo ansiosa. Depois vem o problema da agitação dela enquanto mama. Há alturas em que é tudo tranquilo, outras em que ela fica inquieta. Normalmente é porque precisa de arrotar. Outro grande problema para mim é a posição mais confortável para as duas.
    Já experimentei as almofadas e não me dou bem com elas. É duro e é fácil perceber quem desiste.

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    1. Existe uma linha de amamentação que ajuda as mamãs com os problemas da amamentação. Bj

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    2. http://www.sosamamentacao.org.pt/

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    3. Eu percebo isso perfeitamente!! tive alturas em que a hora da mama era um autentico ringue de combate!!! Mas aprendi a ir com mais calma e nao me chatear tanto,queres mamar,mama,nao queres,nao mames! Para mim a melhor posiçao para amamentar é deitada e felizmente agora ja tenho mais bons dias que maus

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    4. Obrigada, Laetitia. Daniela, o melhor é pensar sempre na próxima mamada e não ficar nervosa com o resto do dia. Uma de cada vez! :)

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  2. Só não amamento se não puder! Bj

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  3. Ainda ontem falava nas saudades que tenho de amamentar e da minha experiência, se quiseres ir ver :)
    Bjs

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  4. Joana Silva10:33 da tarde

    A minha filha esta quase com 7 meses.. faz uma refeição de sopa+fruta e de resto maminha e LM no biberão qnd não esta cmg... a ultima barbaridade qe ouvi da minha sogra foi.. "tens qe lhe começar a dar papa pk o teu leite já não a sustenta" :-/ fiquei com vontade de a esganar! Confesso qe Duvidei da qualidade do meu leite mas logo descansei qnd ontem na consulta vai qe ela esta optima! Agr como vamos introduzir a sopa ao jantar ando com pavor de ficar com menos leite :-(
    Adoro amamentar e ela adora mamar! :-) espero prolongar ainda uns bons meses

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    1. Sogras :) o melhor que eu ouvi, isto dito pela nora da minha tia, disse que a minha tia disse logo que viu o meu filho que precisava de suplemento...

      E quanto à sogra quando o meu filho fica com febre (14m duas vezes febre) se estivesse comigo em vez de estar no infantário isto não acontecia, mal ele tosse ou espirra diz logo já estás constipado e eu respondo nem sempre tosse e espirros é sinónimo de constipação.

      Quanto ao leite para mim pior foi o meu marido, uma vez foi comprar uma lata de leite porque dizia que já não era suficiente, o meu filho nunca quis :) tive leite até aos 12 meses e ele agora só bebe leite na papa não quer saber leite nenhum :)

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  5. A minha filha tem 18 meses e mama de manhã e à noite. Se conseguir quero continuar até mais ou menos aos 2 anos!mais que isso também não sei se conseguirei. Este artigo é bastante interessante.

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    1. Aqui estamos exatamente na mesma :) 18 meses e quero amamentar pelo menos até aos 2 anos, mas gostava que fosse um desmame natural.

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  6. Realmente acho mesmo que o maior problema da amamentação é a falta de informação. Eu sempre quis amamentar. Primeiro foi pelo nivel econômico pois comprar latas leite seria difícil suportar e depois porque com o que pesquisei (faço questão de ler toda a informação possível) vi que era o melhorpara mim e o meu filho.
    Foi complicado e se tivesse dado ouvidos a quem me rodeia já tinha desistido a muito. Mas ñ desisti, o meu menino 3 meses tem umas bochechinhas lindas.
    Por vezes tenho duvidas... ou porque so quer estar no peito... ou porque parece que foge do peito... ou porque n sinto os peitos tão cheios como era costume... (entre outras coisas) mas no final vejo sempre que ele continua a mamar, a dormir bem e cada vez maior mais gordinho e feliz.
    Por isso quando me dizem:
    -Coitada passas o dia a dar mama...
    -mas ele ainda a pouco mamou, ja quer mais...
    -isso é choro de fome...
    -ele ja ñ devia mamar a noite...
    -Ñ dorme 8 horas seguidas porquê...
    Etc....
    Fico logo em brasa e levam logo com os argumentos todos de que o peito faz bem e todo o leite é bom...
    Que eu tenha sempre leite para o meu menino.

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    1. Joana Silva7:22 da tarde

      Ai o teu menino já n devia mamar a noite?! Pk?? Ó gente ignorante! A minha filha tem quase 7 meses e durante a noite ainda mama de 3 em 3 horas!
      Todos os dias na hora de almoço tiro leite no trabalho.. assim sempre vou estimulando a produção quando não estou com ela..
      A minha sogra anda mor tinha por impingir papas lácteas a minha menina pk dia qe as papas com o meu leite são muito fortes! No outro dia deu-lhe papa de fazer com leite feita com água! Ou seja.. agua com farinha pk nem leite aquela papa tem :-( tadinha da minha menina! Fiquei danada!

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  7. Este é um tema super interessante,eu amamento o meu bebé e simplesmente adoro! até a aconchego bem juntinho a mim e é uma sensação maravilhosa! Além de que é muito económico,simples e prático...nada de biberões,aquecer,arrefecer,esterilizar... maravilha :D
    P.S. Adoro o vosso Blog!

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  8. A minha bebé mamou ainda na sala de partos e para mim foi uma alegria 😊! O pior foi quando ,um ou dois dias depois , a enfermeira me aconselhou vivamente a dar-lhe suplemento porque ela tinha perdido ligeiramente mais do que 10% do peso... Eu não queria e as lágrimas não paravam ( malditas hormonas ) ,mas a enfermeira convenceu - me que era o melhor para a minha bebé ,porque ela cansava - se a mamar e gastava muita energia, e por isso perdia peso. E eu confiei que estava a fazer realmente o melhor ao dar-lhe suplemento ,porque não tinha experiência nenhuma e porque como a bebé nasceu prematura , com 34 semanas e 4 dias ,tinha receio que ela perdesse mais peso e fosse para a incubadora . Umas semanas mais tarde ,o pediatra disse que nunca devia ter iniciado o suplemento porque eu tinha maminha e a bebé sabia mamar. O que faltou foi tempo e paciência das enfermeiras para nos ajudarem na maternidade e ainda lá estivemos 7 dias !! Passados quase 4 meses e meio ela ainda mama maminha mas nunca deixou o suplemento!

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  9. Por que é que as mulheres que defendem a amamentação são sempre chamadas de fundamentalistas?

    Porque muitas vezes, no fervor de defender a amamentação, esquecem-se que as mulheres que dão leite artificial tambem amam os seus filhos. Ainda que nao seja intencional, muitas vezes esta "defesa" transforma-se em ataque: que o leite artificial nao e bom, que so na mama e que o bebe cria vinculos ou os cria mais rapidamente, que se deu suplemento foi por falta de informacao, ou pior, que nao se quis sacrificar (porque, evidentemente, nao ama o filho suficientemente), que as maes que amamentam é que sao espertas que poupam dinheiro e tempo, e por ai fora...

    A amamentacao nao precisa de ser defendida. Quem precisa de apoio sao as mulheres porque qualquer escolha de uma mae é uma escolha de amor.

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  10. Adorei a entrevista, de facto sinto que há muita falta de informação e começa principalmente nas pessoas que mais confiamos nos primeiros momentos de e na maternidade: médicos e enfermeiros. Eu queria muito amamentar mas o eu filho perdeu 450g nas primeiras 3 semanas e apesar de ter insistido apenas na amamentação nesse período e sentir que me deram espaço para tentar ter uma amamentação de sucesso, não me deram as directrizes certas e findo esse tempo, sem que ganhasse um grama que fosse, tive de ir para o suplemento. No entanto nunca desisti da amamentação e o suplemento foi apenas um apoio ocasional, até aos 6 meses, depois passou a ser a única coisa que queria! Se fosse hoje tinha contactado imediatamente uma CAM, e num próximo filho é o que farei sem dúvida. Agora ando sempre a pregar a amigas grávidas mas o que noto é que elas acham que é conversa e que amamentar é algo super natural e caso não seja haverá sempre as cómodas desculpas do não tinha leite ou ele não pegava. No meu caso assumo que foi desconhecimento, mas não desisti e considero que dentro das circunstancias foi uma amamentação quase de sucesso! Só acho de algum fundamentalismo a insistência no não uso de chuchas e biberons, no atrasar a introdução de sólidos e naquela coisa de os deixar comer sempre com as mãos o que querem ;)

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  11. A minha primeira princesa mamou até aos 10 meses (altura em que o leite secou) e para além de estar sempre acima do peso raramente ficou doente. Quando nasceu a minha 2ª princesa agora com 7meses não hesitei por 1 segunda em amamentar em exclusivo até aos 6 meses mesmo quando ouvia de fora que a menina era muito pequena e que de certeza precisava de um suplemento. Ela nasceu muito pequenita mas muito saudável e a crescer dentro do esperado. Confesso que pensei em dar suplemento poisde tanta asneira ouvir pensava que o meu leite não fosse suficiente. Tive a sorte de ter um pediatra fantástico Dr João Rosa, que me disse para sossegar que ela estava a crescer bem, ao ritmo dela e que o meu leite era excelente. Hoje continua a mamar em conjunto com a sopinha e fruta....Ela ADORA e eu TB. A mana é que fica com ciúmes....diz que aquelas maminhas são dela....e que ela só as empresta....LOLOLOL

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  12. Eu infelizmente quase que fui forçada a deixar de amamentar devido a questões laborais. Amamentei o meu filho até aos seus 12 meses e tendo em conta que entro muito cedo ao trabalho e ele a essa hora ainda se encontrava a dormir, pedi prolongamento das horas de amamentação tal como tinha direito e está contemplado no código do trabalho. No entanto, aquando a reunião com o departamento de recursos humanos, quase que me apresentaram uma lista de leites de transição e informaram que só me aceitariam prolongar as horas de amamentação até aos 14 meses dele. O desmame acabou por ser um processo natural, foi o meu filho que deixou de ter interesse em mamar e acabei por não gozar as horas de amamentação, mas senti essa pressão. Com isto quero dizer que, por vezes as mulheres não amamentarem durante mais tempo por existem outro tipo de pressões externas para além da falta de confiança nas nossas capacidades.

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