11.18.2018

Já não podem com eles? #estounomesmobarquinho 😏

Acho que já vos contei que a Irene e eu andamos assim numa fase mais desencontrada de momento. Estamos ambas a lidar com "coisas" e, assim, juntas, temos menos capacidade de... compreensão e de tolerância, ao mesmo tempo que temos imensas "saudades" de quando tudo está mais tranquilo. 

Recentemente senti que a minha vida estava novamente a afunilar, com aquela sensação totó do "ando a mil" quando, na verdade, depois vinha a verificar que a maior parte do stress era falso e estava só a fazer uma má gestão da minha cabeça e do meu tempo. Cheguei a desinstalar o instagram durante uma semana e tudo - uhh, o drama e o horror!

Tal como já escrevi aqui no Quero Ser Mais Feliz Que Isto #3, apercebi-me que não me andava a fazer nada bem associar os momentos de descanso, de férias, apenas ao Verão. Pensei: e se for arejar neste fim-de-semana? 

Houve um momento em que olhei para a Irene meio desamparada (foi de manhã à pressa para sairmos para a escola), peguei-lhe ao colo e disse-lhe: "Nós precisamos é de umas valentes férias, não é?". Ela, que não costuma ser muito de dar carinhos a torto e a direito abraçou-me e deu-me um beijinho à esquimó.

Claro que me desfiz toda. Senti mesmo que houve ali uma agradecimento. Afinal de contas, a crescida sou eu, eu é que tenho de tentar resolver as situações e de dar o exemplo à miúda de como reagir em momentos de stress, etc. Não quero que ela tenha de descobrir tudo sozinha quando for adulta. 

Corinthia Lisbon Hotel


Lembrei-me daquele dia paradisíaco que passámos há uns tempos no Corinthia Hotel Lisbon (5 estrelas, babies), leiam aqui "Nada nunca nos fez tão felizes". Pode parecer ridículo, mas é a menos de 5 minutos de nossa casa (calma, stalkers) mas é o ideal para uma escapadinha rápida (aquela noção de andarmos "a mil" às vezes faz com que tenhamos de ser práticas em tudo, não é?). 

Corinthia Hotel Lisbon
Antes de comermos sopa de batata doce e abóbora e marcharem uns quantos mini hambúrgueres.


Voltamos a aproveitar a massagem para Mães e Filhos no The SPA (conto-vos noutro dia) e fomos estrear o novo restaurante do hotel: "ERVA".  Não, não se pode fumar lá dentro - pá, tinha que ser. 

Recentemente (há coisa de um ano) fui a uma das zonas hipsters de Londres (Shoreditch) e reparei na quantidade de restaurantes com bom aspecto, com cuidado e tudo hipster ultra instragramável, como agora está a acontecer em Lisboa aos brunches, por exemplo - que tenha reparado. Este ERVA podia muito bem estar por lá. O DJ ao vivo com uma playlist fantástica e adequada, o cenário urbano mas com espaço. Sem ter confusão. 


Tinha acabado de entrar e já sabia que era o meu restaurante preferido. Vá, neste momento está em ex aequo com outro, mas... no outro tive que jantar para pô-lo no top.

Restaurante Erva

Ainda por cima a carne é tratada com aquele protagonismo que tem para mim. Nada se sobrepõe a um bom naco de carne mal passado, bem temperado quando se tem vontade de comer. Ah! E os cocktails? Há um senhor que vem à mesa só para isso, atirei-me para o do dia (o cocktail, não o senhor) e foi... fantástico (o cocktail...). 

A Irene foi mimada por todos, com uma atenção especial de um dos empregados que a deixava toda envergonhada e ainda melhor foi depois subirmos o elevador para o quarto. Barriguinha cheia, depois de um spa à tarde e caminhas das melhores que já apanhei em hóteis (e eu adooooro hóteis) para descansar. 

Foi apenas um dia, mas valeu-nos de muito. Mesmo. 

Às vezes precisamos de parar para recomeçar, já dizia provavelmente o Gustavo Santos porque o rapaz farta-se de falar e, por isso, já deve ter dito isto também. 

11.15.2018

Solução para não haver stresses à hora de jantar e dormir: chá de tília.

Às vezes parece mesmo demasiado para nós, não é? É porque é. Chá de tília, minhas amigas, oiçam o que vos digo. 

Estou agora a espreitar um documentário que deu na RTP 2, A Ciência Explica: A Ciência da Maternidade que, ao que parece, só está disponível mais um dia ou dois e, por isso, espreitem obrigatoriamente. 

Estamos habituadas a achar que tudo o que não conseguimos fazer (de acordo com as nossas expectativas que serão altíssimas para as nossas condições) é por culpa nossa e por falta de empenho, mas não é verdade. Temos de ser mais generosas connosco. Ainda não acabei de ver este documentário, mas já me está a ajudar a "perdoar-me" do que me achava "culpada". 

Foram estudar tribos em que as mulheres cuidam dos filhos em conjunto, naquilo que chamam "educação conjunta". Enquanto uma mãe está fora, por exemplo, a pescar, outras mães cuidam da criança e, se for preciso amamentar, amamentam a criança. 

Isto explica toda a ansiedade que senti quando ela era pequena e havia a necessidade de amamentar em livre demanda e tentar conciliar isso com algum tempo para mim ou aquilo a que chamamos "ter vida". Depois falo-vos mais disto, deixem-me digerir o documentário.

No outro dia, a Joana Paixão Brás escreveu um post sobre beber um copinho de vinho aqui e ali para descontrair (dito assim até parece que estou a dizer que ela é uma alcólica, mas acho que não, hehe). - A maternidade exige um copo de vinho. E confesso que , de vez em quando, olho com um ar guloso para as Sommersby que tenho no frigorífico. Só não me atiro a elas com medo de criar um padrão (noto que me vicio muito rapidamente em coisas e, por isso, tenho de ter cuidado). 

Bom, posto isto, no outro dia, inspirada pela chuva e pelo mau tempo, pensei: vamos lá começar com os chás. A Irene, num lanche, provou o chá de tília da avó e gostou e... uma coisa levou à outra e ontem tive dos finais de tarde mais relaxados de sempre. 


Bebi meia chávena de chá de tília quando cheguei a casa (a Irene iria estar com o pai duas horas) e além de ler um bocadinho de um livro (tenho de vos voltar a falar dele: Adenóides sem Cirurgia) também consegui adormecer meia hora. Quando a Irene chegou, também pediu chá e acabámos por beber as duas. Foi óptima a noite, mesmo com a Irene sem paciência e meio adoentada. Os meus níveis de ansiedade baixíssimos, foi fantástico. Até adormecê-la. Fiquei com ela enroscada em mim muito mais tempo por estar em condições de aproveitar. 

Hoje de manhã, por saber que a Irene iria pedir o chá novamente (até porque acrescento um pouco de mel), fui informar-me sobre as caractéristicas e benefícios do chá de tília para a saúde e com que frequência poderia dar-lhe ou não esse chá. Li que era: 

  • Ansiolítico; 
  • Óptimo para gripes e contipações; 
  • Ajuda a controlar a febre; 
  • Ajuda a suar (alguém que já se tenha queixado disso? ahah), 
  • etc., que poderão ler no site. 

Ou seja, isto não só lhe faz bem ao ranho constante nesta altura do ano (adenóides gigantes e amigdalas e sei mais lá o quê) como também nos deixa às duas mais calmas. Claro que não me vou por a dar-lhe isto tipo soro, mas... já tenho mais alguma coisa com que jogar, heheh. 

Principalmente comigo, vá. 

Claro que o vinho ajuda, mas o chá de tília, meninas. Ainda para mais, no dia seguinte (hoje de manhã), tinha o meu intestino super cooperativo o que me deu uma sensação óptima de barriga lisinha (as if... lisinha dentro do género, vá). 

Fica a sugestão. :)





11.12.2018

Estive 3 horas a achar que tinha ganhado um BMW e afinal não.

Aconteceu há uns 6 anos. Numa feira havia um passatempo para ganhar um BMW. Um stand, um BMW e uma tombola onde, depois de escrever uma frase inspirada, deixaríamos a nossa sorte. Eu e a minha mãe participámos, com frases diferentes. Não me lembro do que escrevi, mas devo ter usado os meus floreados, ou feito umas rimas, não faço ideia. Deixei lá a minha participação e a minha mãe a dela. Passados uns tempos, recebo um telefonema, que foi mais ou menos assim [perdoem-me, mas entretanto tive duas filhas, duas amnésias e mais uns quantos neurónios cometeram suicídio]:

"- Muito boa tarde.
- Boa tarde.
- Daqui fala xxx, da xxxx, do passatempo BMW xxxx xxxx xxxx
(eu já com o coração a acelerar)
- Sim...
- Era para anunciar que foi a vencedora.
(zumbido, não ouvi mais nada)
- Não acredito! Não estou a acreditar! Oh meu Deus!!!
- Acredite! Parabéns! É realmente um prémio fantástico. Até queria ser o meu filho a dar-lhe a notícia, de tão entusiasmado que estava.
- Estou muito, muito feliz!
- Que bom! Também ficamos por si. A frase estava fantástica [deve ter usado outro adjectivo, não faço ideia da riqueza de sinónimos do senhor].
- Então e agora? Como faço para levantar o carro?
- Agora marca o fim-de-semana no Hotel XXX em Cascais e vem cá levantar antes que tratamos de tudo.
- Ah! Exacto! Venci a noite no hotel, claro! 
- Sim, sim, é fantástico mesmo. [lá está, não sei se foi isto]"

Nisto, uma pessoa telefona aos pais, ao irmão, ao David, comenta no trabalho, diz à amiga, uma grande festa. Afinal não calha só aos outros, que maravilha, Já a fazer planos, vender o meu pequenino, ou mais tarde este, Meu Deus, que carrão, nunca na vida. Isto há pessoas com sorte. Fantástico. Fantástico. E as palavras do senhor a ecoar.

Três horas mais tarde, liga-me o meu irmão que conhecia não sei quem que era familiar de não sei quem e caiu-me tudo. Afinal eu não tinha ganhado um BMW. Um BMW nunca esteve a concurso. Mas sim a tal noite num hotel de 5 estrelas para o qual iríamos de BMW. [nem eu nem a minha mãe percebemos ou lemos as letrinhas pequeninas, sei lá].

Pausa para uma lágrima. 
Pausa para outra.

Não chorei, é figurativo. Mas foi um choque.

Não ter um carrão não era problema. O problema foi ter tido um e afinal não. É aquele chupa-chupa que se dá a uma criança e "Ah! Afinal não podes, enganei-me".

Tem graça por ter sido verdade.



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