8.05.2016

Ciumeira a dar tréguas!

Sinto-a mais calma. A calma da Isabel é inversamente proporcional à correria do dia a dia e ao nosso stress. Parece-me um raciocínio um bocado óbvio e não sei por que é que não nos lembramos disto mais vezes. 

Quando temos mais tempo para eles, quando lhes damos mais tempo até para se calçarem sozinhos, para comerem sozinhos e sujarem tudo, quando dedicamos tempo a ouvi-los e os despachamos menos para os tablets, estamos a dizer-lhes que eles conseguem, estamos a dar-lhes mais segurança.

Acho que já percebeu que a Luísa faz parte das nossas vidas e que precisa muito da mamã. Parece-me mais conformada e as conversas que vamos tendo parecem ter ajudado. Os ciúmes estão a dar tréguas. Não acredito que desapareçam nunca, e é normal que assim seja, mas está a começar a lidar melhor com tudo. Acho que também foi importante não nos termos tornado agressivos (mesmo que algumas birras e "chapadinhas de amor" na mana às vezes estivessem mesmo, mesmo a pedi-las, que ninguém é de ferro...), mas também não nos termos tornado sido demasiado permissivos e "nhonhós", para compensar. Andámos um bocado às avessas, mas acho que encontrámos um meio termo "saudável". Principalmente agora nas férias, com a Luísa mais calma, consigo encontrar mais tempo para a Isabel e para as nossas patetices. Brincamos muito, fazemos muitas bombas e damos mergulhos, damos muitos abraços e beijos. Dormimos juntas. Que estes momentos se prolonguem pelos dias, pelos meses, pelos anos fora.







Descubra as bóias salva-vidas nesta imagem. :):):)


Podem ver as outras fotografias nas Casas de Campo Vila Marim neste post: Diário das férias - o início. E neste: Diário das férias - #lovedouro.


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Não podem deixá-la ganhar!

Não, não façam isso! Não compensa minimamente!

Sei que estão muito casadas, acreditem que sei. Olhem eu ontem à tarde no Parque da Serafina:

Unhas pintadinhas em casa que não sou fina, ahah.


Porém, mesmo assim, pensei: "já não vejo a minha amiga Susana há tanto tempo, mesmo que pareça ser por pouco tempo, mesmo que, estando com a Irene ainda não dê para ter grandes conversas, 'bora lá tentar combinar alguma coisa.".

Conseguiu-se. E assim, do nada, conseguimos todas (a Irene, a Susana e eu) uma hora do nosso dia para apreciar o óptimo tempo e apaixonarmo-nos mais um bocadinho pela miúda. Não deixem que a rotina vos ganhe!

A Susana e eu éramos inseparáveis. Ainda sentimos que somos, mas já nos separamos muito mais. Praticamente morávamos juntas antes do Frederico surgir na minha vida. Íamos ao ginásio juntas, jantávamos juntas, as passagens de ano eram só a duas, íamos as duas para o Tokyo no Cais do Sodré dar espectáculo completamente sóbrias, dormíamos juntas (calma haha ela tem nojo de pés, mesmo que fôssemos um casal daria muito trabalho fazer alguma coisa evitando que os pés se tocassem). Sabíamos tudo uma da outra. Agora já não sabemos, mas continuamos a saber o que a outra vai dizer, antes de falar. 

Passámos por uma fase complicada (ou passei eu), porque senti que durante a gravidez ela tinha desaparecido e senti também que durante o primeiro ano da Irene que deveria ter estado mais presente. Quando, finalmente, consegui ouvir o que ela tinha para me dizer (já depois de ter escrito um post a dizer que há amigos que desaparecem com a maternidade - era sobre ela), percebi os motivos e pareceram-me fazer sentido. Não estive foi preparada para ouvir durante demasiado tempo. 

Só agora reparei que estou a escrever um post que já escrevi antes (este). São realmente os sentimentos que tenho depois de estarmos as três juntas. A maravilha do pós-parto, para mim, tem sido repetir-me imenso. A maravilha do pós parto, para mim, tem sido repetir-me imenso. A maravil...

Ser mãe, além da questão da criança, é encontrarmos a beleza no diferente, no novo. Mesmo nas coisas que gostávamos muito e que achávamos que estavam bem. Essas desaparecem. Ou melhor, transformam-se. 

 Deixa-te de coisas, Susana. Nem se notam os bigodes.

 As sobrancelhas estão impecáveis (as tuas), as minhas podiam ser a capa do filme "E tudo o vento levou!". 

 Acho que esta (e a de cima porque estive a ver melhor e são praticamente as duas iguais, mas não me apetece estar a apagar) espelha bem a nossa dinâmica: a histérica e palhaça e a calma, mas totó (e com uma barriga que mete nojo). 

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8.04.2016

"Mãe, anda cá dizer adeus à Bubbles."

Já sei que vão dizer que preciso de descontrair. Não só por aquilo que vou contar, mas até só por ter começado assim o post. 

Como é a minha primeira filha, não sei bem o que é "normal" ou não. Porém, sinto que a Irene tem demasiados pesadelos. Parece mesmo que sim. Fico sempre muito curiosa com aquilo que ela poderá andar a sonhar (sou assim com os meus sonhos e com os de toda a gente). Ela ainda não sabe bem o que se passa. O pai e eu já tentámos explicar, mas acho que ainda não chegámos lá. 

Acabo sempre por ficar com a pula atrás da orelha e confesso que penso "o que terá acontecido hoje na minha presença que te tenha influenciado?". Desabafei sobre isso com a Catarina Beato do Dias de Uma Princesa. Ela descansou-me dizendo que um pesadelo para eles podem ser milhares de coisas, "até ficar sem wireless, como já aconteceu ao meu filho".

Sim, realmente, olhando para as birras dela e para a intensidade que tudo tem, é bem provável que seja algo assim tão "parvo". 

No outro dia falou enquanto tinha o pesadelo. Chamava-me. Chamava-me (já estava eu dentro do quarto mas, pelos vistos, ela continuava a dormir) e disse: 

"Mãe, anda cá dizer adeus à Bubbles.". 

Bubbles é a nossa gata. A minha fantasia leva-me para pensar que, como ela (a gata) tem estado doente (ao que parece é stress, os gatos nunca devem ter companhia felina) que a Irene se tem andado a questionar sobre a permanência das coisas. 

Ela estava muito perturbada, o que me deixou comovida porque quer dizer que a Bubbles é importante para ela. 

Por outro lado: aos 2 anos e meio e já a chorar com partidas e abandonos? O nosso cérebro é realmente uma coisa muito complexa...

Provavelmente isto será projecção minha, na volta ela estava a dizer adeus à Bubbles que levava o Chase da Patrulha Pata debaixo do braço e isso é que a deixou perturbada.