7.10.2019

Tudo sobre a minha operação

Queria dizer à menina que imaginava que os ossos pronunciados do tórax eram maminhas, já que as amigas as tinham, mais ou menos pronunciadas, que vai ficar tudo bem. Queria dizer à adolescente que percebeu que, apesar das estrias nas mamas, elas não iriam crescer mais do que aquilo, que vai ficar tudo bem. Queria dizer à mãe que viu as suas mamas alimentar as crias, tomarem proporções redondas, ganharem um brilho especial, para depois mirrarem que nem figuinhos secos, que vai ficar tudo bem. Essa menina, adolescente e mulher sou eu. Ficou tudo bem. Melhor do que imaginei até. A cirurgia plástica de que vos falei aqui foi das melhores coisinhas que fiz pela minha auto-estima. Por mim. Só eu sei.

Foi engraçado ver que, ao contrário do que eu temia, não houve uma única pessoa a falar em futilidade ou a achar que isto era capricho. Que bom que foi ver tantas mulheres unidas: ou porque sentem o mesmo, ou porque simplesmente respeitam a minha decisão, tendo a mesma vontade ou não. Foi bom ver tanta abertura ao tema, tanto respeito. Obrigada por isso.

Como este é um tema que traz muitas dúvidas já que recebi dezenas de mensagens a pedir que explicasse melhor como tudo correu, decidi fazer este post com maior detalhe.



Ora então, fui a duas consultas com o meu médico, falámos muito, medições (altura, diâmetro do tórax), e pele, expectativas e simulações (de acordo com o tipo de prótese usado e tamanhos, ficamos com uma noção de como irá ficar – achei muito, muito útil!).

Lá marcámos então o dia da operação, tendo em conta vários fatores, entre eles recuperação até às férias grandes [queria muito fazer praia com as miúdas] e dias de repouso. Era importante, para mim, que calhasse na altura em que a Isabel e a Luísa estivessem com os avós. Fiz os exames habituais ao sangue, mamografia e ecografia. Cada passo que dava, deixava-me ansiosa, confesso. Queria “despachar” o assunto para não me arrepender pelo caminho. Na véspera estava de rastos. Elas iam de férias e eu não me queria despedir nem por nada. Na manhã da cirurgia, estava super calma. Zero dúvidas, muita vontade.

Quando acordei da anestesia geral, pelo que contam, ri-me às gargalhadas e quis fazer a saudação ao sol ou o que era. Nem consigo imaginar o forrobodó que foi para ali. Eu, que não podia fazer grandes movimentos com os braços a querer fazer Yoga. Tudo bem. Depois, pelos vistos, desatei num pranto a chorar porque achava que estava no pós-parto da Luísa (entretanto já marquei terapia com a minha psicóloga). Lembro-me de partes desse momento de descontrolo, em que não conseguia parar de chorar. Passou. Quando voltei a acordar, já consciente, fiquei feliz, feliz de ver as mamas, mesmo que com pensos. Imaginava vê-las inchadíssimas e roxas, mas nada disso. Fui para casa da minha mãe nesse dia e lá fiquei nos 4 dias seguintes, a ser mimada e apaparicada. Dormi, vi netflix e dormi e vi netflix. Quando, 4 dias depois, tirei os drenos, senti um alívio enorme. Foi, de todas as coisas, a que me deixou mais desconfortável. E estamos a falar de desconforto, de impressão, não de dor. Felizmente, só tive duas horas no primeiro dia com algumas dores, durante a noite, em que tive de procurar uma posição melhor para dormir – e descobri que seria mais “sentada” – mas porque fui teimosa e não quis tomar os comprimidos de SOS. No dia seguinte, vomitei depois de almoço. De resto, andei sempre bem. Ia à casa de banho, lavei eu os dentes, comi sozinha: e eu achava que precisaria de ajuda para tudo isto, não. Apenas pedi ajuda para lavar o cabelo (lavei logo no primeiro dia, ajoelhada em frente ao poliban, cabeça para baixo, com a minha mãe lá dentro – foi como achámos mais prático) e também precisava ali de uma força extra para me levantar ou sentar/deitar. Não posso dizer que tive dores excruciantes. Não tive. Talvez possa ter tido sorte ou possa ser mais tolerante à dor, mas em comparação, sofri mais no pós-parto de ambas, sem sombra de dúvidas. Ou com uma amigdalite. Sim…

Posto isto, 4 dias depois e já sem drenos, almocei em frente ao mar. Acho que se tivesse de começar a trabalhar por esses dias, conseguiria (num trabalho sem exigência física, claro), mas convém que o corpo descanse cerca de uma semana. Depois disto, fiz drenagem linfática manual com uma fisioterapeuta excelente que trabalha com o Dr. João, cá em casa, o que ajuda imenso. Sentia-me mais leve.

Uma das coisas que mais me pediram foram detalhes mais precisos sobre o tipo de intervenção. Fiz uma mastopexia periareolar (incisão toda à volta da auréola), para tirar pele, e com implantes de silicone anatómica, o tal “formato gota”, 440 ml, colocado atrás do músculo. Tudo isto é estudado e decidido numa (ou mais) consulta presencial, por isso, não me guiaria por estes valores nem por esta escolha. O que vos posso dizer é que se tivesse posto menos, talvez tivesse ficado com pena. Eu queria ter mamocas, só não queria que ficassem desproporcionais para o meu tamanho (1,72m; 70Kgs; larga), nem queria muito redondas nem no pescoço, tipo Pamela. Queria continuar a usar decote sem nada ali muito pronunciado. Fiquei com 36 copa C. Para já, e ainda estão inchadas e mais arredondadas do que vão ficar – só ao fim de uns 2 meses é que começam a ter um formato mais próximo ao que irá permanecer -, estão bonitonas. A cicatrização tem corrido sempre bem (tenho-me portado sempre bem também e o corpo também está a colaborar). Este é, no entanto, um tipo de incisão que levanta mais questões relativamente à sensibilidade e à amamentação, por exemplo, tal como me explicou o Dr. João. Alguns nervos e ductos da lactação são cortados, o que poderá dificultar, em alguns casos, a amamentação. Por isso, tive de ponderar bem, mas, para já, um terceiro filho não está nos nossos planos e, caso essa opção na altura não esteja em cima da mesa, reflecti sobre o quanto isso me/nos afectaria ou não. Avancei assim mesmo.

Além disto, perguntaram-me muito, claro, sobre o preço. O preço varia um pouco, por isso, aconselho-vos a contactarem diretamente o cirurgião. Contem com esse valor, mais exames, drenagem linfática manual (super útil), soutiens (comprei 2 porque temos de estar sempre com eles, até a dormir), etc.

Do médico e da clínica já vos falei, mas fica novamente o conselho: Dr. João Bastos Martins, na clínica da Beloura, mais do que recomendados.

Ficaram questões por responder? Digam-me coisas!

Já falei sobre isto aqui e aqui.

7.09.2019

Acho que lhe vou dizer que sim a um cão.

Mas estarei a passar-me da cabeça? O que se passa com esta casa? Tenho dois gatos que, no meio de todo o meu "andar a mil" (odeio esta expressão, acho que nos ajuda a identificar quem é que não está numa boa fase de sanidade mental ou quem não tem praticado muito higiene mental - oooops), nem sei se os trato como gostaria. Não lhes falta nada físico como comida ou a areia sempre limpa, mas acho que devíamos brincar mais com eles ou assim. Escová-los diariamente, não sei. 

Não sei se terá sido por o meu último relacionamento ter acabado... mas, para ser sincera, já durante o relacionamento queria imenso um cão. E sou eu até! A Irene também, mas desvalorizo um bocadinho porque também diz que quer uma tartaruga anã ou cultivar macacos do nariz para ver se ficam gorilas - por acaso não disse isto, mas é pena. 

Os problemas? Os do costume. Porém, antes de nos oferecerem o Nhecs (o peixe) também eu achava que seria impossível ter um peixe cá em casa com dois gatos e... ao que parece... não é. Há aquários com tampas e os meus gatinhos sabem caçar moscas, pedir mimos e abrir portas, mas não sabem abrir portinhas de vidro e caçar o Nhecs - por enquanto, claro. 




Mas e o cão? O cão obriga a toda uma logística muito maior. Ajudem-me aqui com estas questões: 

- Ir passeá-lo à rua - quantas vezes - no mínimo - se deve ir? 

- Há tantas pessoas a passear cães de madrugada, porquê? Também vou ter que passear o meu de madrugada? Isso é logo um não. 

- Quanto tempo demora um passeio de cão? É que a Irene só tem 5 anos e moramos as duas sozinhas. Claro que pode ficar a ver-me da janela, mas se tiver que o passear de madrugada e ela estiver a dormir, pode ser desagradável ela acordar e a mãe não estar em casa (nem a mãe, nem ninguém... só os gatos e o Nhecs, pronto). 

- Imaginando que tenho de ir para fora, que quero andar de avião e tal... Aqueles hotéis são alguma coisa de jeito? 

- Há raças mais porreiras para ter em casa e para crianças que outras, não é? Visto que moro num apartamento quero um cão que não fique ultra-depressivo com isso, embora faça tensões de o passear com frequência até passeios mais longos. 

- Cães e gatos? É possível? Também há tampas para os recipientes dos gatos para poderem conviver todos? É uma piada, calma ASAE dos animais. 

- Claro que antes de "comprar" um cão, irei a um abrigo de animais (tenho uma amiga minha que trabalha muito de perto com um) e espero - à semelhança dos meus gatos - poder salvar um cãozinho e tê-lo cá em casa connosco. 

- Quais os valores médios de gastos mensais com um cão a nível de saúde e alimentação? 

Pronto. Eu é que sou a blogger, mas sou eu quem vos pede conselhos. Está lindo. ;)






7.08.2019

Acho que vou cortar-lhe o cabelo super curto de novo.

Eu deixo que a Irene escolha como gosta do cabelo. Claro que faço sempre uma lavagenzinha cerebral - até a minha moral me permitir - para a inclinar para o lado que gostaria mais, mas não insisto para sempre, nem a obrigo. 

Ela é que anda aí na rua com o aspecto dela, o que tenho a ver com isso? Pelo menos nesta fase. Quando for adolescente e quiser fazer uma tatuagem de um dragão na cara, acho que vou ter que ser um pouco menos porreira em relação a isso. 

A Irene, no ano passado, tinha o cabelo super curto. Por se ter inspirado numa das filhas da Márcia D'Orey  (Minnie Mars)  e tão bem que lhe ficava, olhem: 


E isto foi só para darmos uma voltinha aqui ao pé de casa. Vejam lá tão bonita que fica, tão leve... tão menina... 

Podia dizer que é só por uma questão de estética, mas não. A verdade é que no Verão a Irene sofre horrores com o calor. Transpira imenso (como as pessoas, vá), mas como tem pele atópica, acaba por ficar ainda mais desconfortável que o expectável, com coceira e tudo.

Vai daí, o que acontece à cabeça da minha maravilhosa filha? Acontece como ela dizia no ano passado "acho que tenho xixi na cabeça" a referir-se ao suor. E lá se coçava ela "o dia inteiro".

Ora, para quem já sofreu bastante com piolhos enquanto criança e já enquanto mãe (a sério... desde que recebo o e-mail até estar tudo agilizado não descanso), estar a ver a miúda a coçar-se o dia inteiro não ajuda. Além de que, sendo sincera, o cabelo dela não deixa ver com clareza os piolhos ou as lêndeas. Confundem-se no louro.

Eu? Ansiosa? Paranóica? Nada. Eu? Nãaaaao.

Podem chamar-me tontinha (chamem lá, quero ouvir!), mas prefiro ter já tudo cá em casa para que, num momento de crise ou de dúvida possa agir de imediato. E, já à semelhança do ano passado, voltei a optar por Paranix. Não só por ser nº1 no tratamento de piolhos em Portugal e na Europa* mas também porque, confesso, ainda não me tinham acabado as embalagens da gama toda do ano passado e gosto de ter tudo da mesma marca. É o meu lado Marie Kondo, não me julguem (muito).

A linha inclui todas as fases que nos stressam no que tocam aos piolhos: detecção, prevenção e tratamento contra piolhos e lêndeas.

O meu produto preferido - reparem o quanto tenho andado ocupada para fazer uma eleição de produtos preferidos no que toca a uma linha de tratamentos contra piolhos e lêndeas - é o Paranix Repel.


O nome além de fazer jus ao objectivo (pena que não funcione também com pessoas chatas, senão tomaria banho nele), poupa-nos dores de cabeça. E comichões também ;).

Sempre que recebo um e-mail da escola a avisar que há piolhos, siga enfrascar-lhe o cabelinho nisto porque afasta os bicharocos, protegendo o couro cabeludo com uma película protectora contra agentes externos. Os bichos depois não conseguem aderir. É como limpar o chão da cozinha... espalham-se ao comprido.

Pode-se usar diariamente - tem uma composição à base de ingredientes naturais - e ainda deixa o cabelo com aspecto saudável e nutrido (toda eu tenho muito a segunda característica, principalmente).

Agora, já não estou com visão de lince nas festas de aniversário, a ver quem é que se coça, nem ando a empurrá-la de fininho para ao pé de outros miúdos - não fiz isto, mas... passou-me pela cabeça. 

Como os piolhos: passam pela cabeça. Ah, ah. Um bocadinho de humor aqui para terminar :) Passam, se não se usar o Paranix Repel. Pumba, piscar o olhinho de novo a esta marca tão simpática que nós adoramos ao ponto de querer convidá-la para passar o Natal connosco. Muito evidente a graxa? Será que, com graxa, os piolhos escorregam também? Prefiro Paranix, vá. Tungas, mais uma vez ;)

Bom, quero cortar-lhe o cabelo curtinho para que tenha menos calor e que fique ainda mais bonita, mas a miúda tem esta mania de ser uma pessoa e ter opiniões... Como fazem vocês?



 Paranix Repel é um produto cosmético.

* Portugal: Dados HMR, Mercado Anti-parasitário Capilar, MAT Abril 2018, Farmácia + Mass Market, Valor e Volume; Europa: IMS Health, Data of Head Lice Europe, MAT Q4 2017, Pharmacy, Value and Volume.