4.25.2019

Nem acredito que isto acabou de acontecer!

Já sei o que estão a pensar: "'tá bem, mais um título sensacionalista". Epá, mas não. Vocês vão compreender. De toda a gente do mundo, são vocês. Eu sei que sim.

A Irene tem 5 anos e tenho-a adormecido desde sempre (menos nas noites em casa do pai). Vocês sabem o que isso significa, não sabem? Passar pela brincadeira do colo e da mama, deitar no berço e chorarem, acordar milhares de vezes, depois só pararem de chorar quando abanados ou enquanto dermos a mão durante 12 horas seguidas...

Sei que há mães diferentes e abordagens diferentes, mas não consigo fazer de uma forma em que ela sinta que sou eu quem se afasta. Tenho tentado guiar-me pelos timings que parecem de ambas e não me tenho dado muito mal com isso. Até aqui foi muito... duro. Guiar-me por timings de livros, timings de bitaites, de amigas, de pessoas da net, sei lá. 

Está errado? Não poderá estar. 



E até poderá dar-se o caso disto não voltar a acontecer tão cedo mas... a Irene acordou ao final do primeiro ciclo de sono, chamou por mim e eu disse-lhe: "filha, está tudo bem, a mãe não está aqui porque está a trabalhar na sala". Acrescentei: "não fujo, a mãe já vem para aqui, vou só trabalhar mais um bocadinho". 

E não é que disse "ok", virou-se para o outro lado e voltou a adormecer? Ainda fiquei em modo estátua à porta numa "vá, isto não pode ser verdade", mas é. 


Lembro-me tão bem das noites em que passei mais de 40 minutos a abanar-lhe o rabo enquanto lhe cantava várias canções.

Ela está a crescer... e uma das missões mais difíceis até agora está a melhorar, está a acabar... nem acredito. 

Mas vá, tudo são fases... amanhã vou fazer esta jogada outra vez e já sei que, por ter escrito o post que me vou "lixar". 

Vou festejar por dentro mais uns instantes, vá hehehe. 

Mães que ainda não vêem o fundo do túnel ... já escrevemos kms e kms de textos aqui sobre o sono das nossas filhas (especialmente eu, credo). Têm aqui pano para... mangas (ahah estou tão cansada que demorei ainda 1 minuto para me aperceber que isto se refere a mangas da camisola e não a mangas de fruta - estava a estranhar um pouco). 

Conseguem ficar contentes por mim? Consegueeeeeem?




4.24.2019

Prontas para ficarem viciadas em mais uma série?

Por um lado vou ter que vos pedir desculpa, porque sei que quando estamos viciadas numa série não dá para fazermos mais nada nem durante o dia, nem durante a noite. Esqueçam aquela resolução "aiii agora vou ler mais", porque não vai acontecer. 

Quem me recomendou esta série foi o Unas e que lhe foi recomendada pela Susana Romana (para quem não saiba é... uma entidade da comédia em Portugal). Só por essas duas pessoas é que eu passaria à frente do facto de ser uma série de comédia com alguns momentos musicais. Vomito musicais e momentos musicais a meio de comédias ou do quer que seja.


Rebecca Bunch é a protagonista que, por muito que isto pareça fútil da minha parte, tem um notório excesso de peso para aquilo que estamos acostumadas a ver na televisão. Vê-la a ser e ser tão bonita e tão sedutora na série tem feito maravilhas pela forma como me vejo e como me aceito. Já estou meia conformada que nada irá resolver, mas tem ajudado mesmo muito. 

A série chama-se My Crazy Ex-Girlfriend é dá para ver na Netflix. Além de ter mesmo muito, muito humor consegue, mesmo assim, passar mensagens muito importantes e úteis. Não só no que toca à nossa auto-imagem, mas também à maneira como nos julgamos e aos outros pelas nossas atitudes. 

A protagonista é apresentada de forma muito íntima, indo desde os maiores traumas da infância ao seu diálogo interno mais profundo. Creio que a diferença entre ela e a maior parte de nós é que ela parte para acção, tendo como mote aqueles pensamentos que a maioria de nós sabe pôr de parte por serem "absurdos" ou... ilegais. 

Quem nunca quis enviar um pacote de cupcakes feitos com as suas próprias fezes a um ex-namorado? Bom, estou sozinha nisto, não é?

Outra das coisas que também me tem feito muito bem ver - isto sempre a par de uma comédia desalmada com uma entrega incrível de TODOS os actores envolvidos (excepto um ou outro actor mais secundário do escritório de advogados) - é que a protagonista é uma advogada extremamente bem sucedida, muito inteligente mas que isso não diz nada da sua sanidade mental ou do seu índice de felicidade. 

Faz-nos pensar em muita coisa (pelo menos a mim, faz, vá), ajuda a perceber muita coisa. Não é necessário estarmos sempre só a aprender com os nossos erros e com os dos nossos amigos, certo? Esta série poupa uns quantos. E incita-nos a estarmos mais atentas à nossa saúde mental e aos padrões que vamos seguindo. Quanto menor for a consciência que temos de nós mesmas, menos controlo temos sobre as nossas vidas e tantas serão as vezes que as nossas maiores dores se vão repetir que nos iremos sentir constantemente desgastadas e desesperadas. 

Sou um bocadinho intensa, eu sei. E quem nos segue sabe também, eheh. 

Já agora, fica novamente o testemunho que faço terapia. Neste momento (já há uns anos) estou a fazer psicanálise e as diferenças na minha vida têm sido... INCRÍVEIS. Aconselho a quem possa e queira que seja acompanhado. 

Quem conheça soluções em conta, às quais tenhamos todos direito, escreva aqui em baixo nos comentários. 

Quem diria que este post acabaria assim? Pois, eu sei. Sorry ;)






Quem já viu, gostou? 


Sou viciada em ter filhos!

Acho que sou viciada em ter filhos. 

Pode parecer incoerente vindo de alguém que só tem duas, mas sabem lá o que eu peno por ter uma cabeça e um corpo que me "pedem" mais. 

É uma luta interior entre um "nem pensar, agora não" com uma vontade assolapada por mais um bebé na família. É uma luta interior entre um "era já que tudo se faz" e um "quero ter mais tempo agora que elas estão a ficar cada vez mais independentes e podemos aproveitar tudo melhor e com mais calma". 

Três é a conta que Deus fez mas Deus não contou com o carro, que tem de ser diferente, com mais uma escola, com as férias que saem mais caras ou com a loucura em que as nossas vidas se tornariam com três. 

Estas confrontações só são boas porque me fazem analisar o que a nossa vida tem de bom, valorizar cada coisinha e deixar-me de projectar coisas. 

Mas digo-vos já que é uma sensação muito estranha de que ainda não estou completa, e, por outro lado, a sensação de que nem mais um bebé iria trazer-me isso. 

Adoro ser mãe e gostava de ser mãe de mais uma pessoa. De aumentar a família e de aprendermos todos uns com os outros lições fantásticas, construir relações para a vida e de rir com mais e mais disparates. Sou muito visual e imagino as conversas à mesa, as viagens de carro, a cama cheia de gente de manhã, os abraços que não acabariam nunca, a paixão assolapada por mais uma pessoa, o crescimento pessoal de todos por contar com mais uma personalidade, mais uma forma de ver o mundo. 



Somos uma família de quatro e somos felizes, sabem? Se por um lado não vejo forma de isto melhorar muito mais, por outro tenho aqui umas hormonas malucas a quererem procriar e trazer ao mundo mais amor. 

É vício? Se calhar é.