6.30.2016

HELP! Tenho síndrome da tartaruga!

Sou uma pessoa normalmente descontraída, mas pareço uma barata tonta (acho que a lerdice e a burrice normal do pós-parto também não ajudam). Vamos de fim-de-semana, que, pelas minhas contas, são só dois dias (está certo, não está?) e eu acho que estou a fazer uma mala para vinte. Achava que a síndrome da tartaruga (levar a casa às costas) só nos dava no primeiro filho, mas pelos vistos não. 

E se bolçar mais que o normal? É melhor levar mais dois bodies. E se fizer daqueles cocós descomunais até ao pescoço? Mais uns babygrows. E se estiver mais frio? Mais uns casaquitos. E se for picada por melgas? É melhor levar a caixa toda dos medicamentos e pomadas. E repelente. E rede mosquiteira. Carrinho: levo o que tem alcofa ou o outro? Almofada de amamentação, valerá a pena? Uhmmm... E vai o ninho ou a alcofa de palha? Cremes para os mamilos? Se a Isabel quiser voltar a experimentar o leitinho da mamã e aquele dente partido ferrar, se calhar é melhor...

DESCOMPLICA, JOANA!

Mas... e se me esquecer de algo mesmo mesmo importante? As mamas vão, Joana, não há nada mais importante.

Isto são os dois únicos neurónios que me restam a dialogar, os mesmos dois que daqui a dois dias vão descansar um bocadinho no Obidos Lagoon Welness Retreat.
Eu disse descansar? Hahaha melhor piada de sempre. :) Mas mesmo "correndo o risco" de vir de lá mais cansada do que vou, com a nova gestão das duas piolhas, estamos em pulgas! Casa acolhedora só para nós, pequeno-almoço à porta, cesta de piquenique, piscina privativa, SPA... mas, acima de tudo, vamos voltar a um sítio onde fomos muito felizes - parece impossível, mas já passou um ano desde que lá estivemos.



Já sorri de orelha a orelha só de rever estas imagens e já quase me passou a síndrome da tartaruga. Eu disse quase, por isso, cá vai: HELP!

O QUE TENHO MESMO DE LEVAR NA MALA DA MAI' NOVA? :)


Sigam-nos no instagram @aMaeequesabe
E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

6.29.2016

Saudades de conseguirem conversar com uma amiga?

Na quarta-feira fomos ao jardim de Belém. Nem me lembro há quantos anos não ia para aquela zona (a não ser para jantar na Enoteca de Belém que recomendo vivamente - sem crianças). A Bruna (minha amiga desde o 12º no Liceu Camões) e o Vicente (um dos seus três filhos) e nós (a Irene e eu) chegámos praticamente ao mesmo tempo (vou parar com isto dos parênteses, não é?). Levei um lanchinho para eles para comerem na relva enquanto púnhamos a conversa em dia e assim foi. Não resistimos em ir ao McDonalds, quais adolescentes e a Bruna mamou um smoothie (já não ia ao Mc há tempo suficiente para não saber que isso existia e que havia infra-vermelhos nas máquinas de despejar os tabuleiros - whaaat?) e eu um sundae de caramelo (acho que foi a primeira vez que comi um sundae até ao fim). Fomos até aos baloiços numa de "lhes dar o que eles querem", mas ficámos tão cansadas de estar a acompanhar e a restringir e a aconselhar que voltámos para a relva outra vez. 

A Irene comeu um pedacinho de pau, o Vicente fartou-se de cair (acho que vai ser duplo), atirou a Irene ao chão por ela ter sido chata e ter tentado roubar a bola dele (é uma das coisas que me preocupa na creche - a Irene levar safanões dos outros meninos), a Bruna e eu quase que conseguíamos acabar uma frase de vez em quando, mas foi maravilhoso: sentir o vento fresco (em vez de estar em casa a fabricar suor), ver tanto verde, ver os miúdos entretidos e estar com uma amiga de longa data. É sempre incrivelmente bom voltar a estar com amigos "de sempre" e ver que não mudaram, que a dinâmica continua igual. No nosso caso, até é assustador. Estamos mesmo iguais. 

Só tive mesmo pena que não desse para falarmos mais profundamente e disse-o à Bruna. Tivemos conversas de "quem está ali com os filhos", mas também foi muito melhor por eles estarem ali connosco. Compensa. 

























Macacão - Zippy (está grande demais, daí ter cortado um elástico e feito um nó atrás)
Sapatos - IGOR
Gancho - Claires
Chapéu - Zara

Sigam-me no instagram aqui @JoanaGama
e a nós aqui @aMãeéquesabe

Quando ir a um terapeuta da fala?

A Diana Lopes, nossa leitora (espero eu, senão é só esquisito ahah), propôs-se a dar alguns conselhos às mães sobre a área dela. Adorei. Por muito que achemos que "a Mãe é que sabe", sobre terapia da fala, a Diana é capaz de saber mais um bocadinho haha, mas só mais um bocadinho. 

Querem ler o que ela tem para dizer? Se conhecerem alguma mãe que ande com a pulga atrás da orelha sobre o desenvolvimento da fala do filhote, passem-lhe este artigo para ela ficar mais sossegada ou, então, para iniciar o percurso da terapia com ele! ;)


"Um dia, a Mãe acorda e começa a sussurrar aos ouvidos do seu bebé “Vá diz MÃ-MÃ, é fácil é só repetires MÃMÃ, MÃ-MÔ. A história repete-se com o pai, “PA-PÁ, diz PAPÁ”. Quem levará a vencida? A mãe ou o pai?

E quando a criança não faz a vontade a nenhum dos progenitores e aos dois anos nem o pai e/ou a mãe levam a vencida?



Antes da história do papá e da mamã, existe todo um processo que traduz o desenvolvimento linguístico da criança e, cada vez mais os pais devem estar atentos ao desenvolvimento da linguagem e da fala e tentar compreender qual a sua relação com as dificuldades na aprendizagem. Para tal, é importante que identifiquem alguns dos sinais de alerta que podem ajudar a entender qual a altura certa para procurar um profissional qualificado.

Ao longo do seu desenvolvimento as crianças vão aprendendo a comunicar de acordo com as regras da comunidade onde estão inseridas e o estímulo que recebem. O choro é a primeira e principal forma de comunicação do bebé e é através dele que o bebé vê as suas necessidades atendidas pelos pais nesta fase de vida. Designamos este período de pré linguístico, em que a criança comunica através de produções sonoras como, por exemplo, o choro (referido), o riso, o palreio e a lalação.

É através da interação de vários fatores (biológicos, psicossociais, cognitivos e biológicos) que as crianças desenvolvem a linguagem.

Por vezes ouvimos dos nossos vizinhos, amigos, familiares dizer que ela ou ele ainda “é um pouco espanhol a falar”, “fala um pouco à bebé”, “é um pouco sopinha de massa” ou ainda de forma mais específica “o teu filho fala mal”,  “ainda não diz os L’s, o S,…” mas na verdade a mãe é que sabe … a Mãe é que conhece a sua cria e melhor que ninguém conseguirá identificar os sinais de alerta manifestados.

Também é verdade que cada criança tem o seu ritmo. Mas quando devo agir? Deixo-vos aqui alguns sinais de alerta:

·     12 - 18 meses – o bebé é muito silencioso, não reage nem brinca com os sons, não aponta, não estabelece contacto ocular

·         18 – 24 meses – não compreende ordens simples, dificuldade em formar frases com duas palavras

·         2 – 3 anos – não forma frases simples

·         3 - 4 anos – apresenta um discurso ininteligível, não forma frases simples

·       4 - 5 anos – não relaciona acontecimentos simples e recentes, não compreende ordens simples, omite e troca sons nas palavras, discurso pouco estruturado, só os pais o compreendem

·        5 - 6 anos – utiliza frases mal estruturadas, tem um discurso incoerente

·        6 anos – alterações na articulação das palavras, trocas sons/letras ao falar, ler ou escrever.

O Terapeuta da Fala é o profissional habilitado para avaliar e aconselhar estas alterações. A intervenção precoce é a mais eficaz.

O Terapeuta da Fala

O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pela prevenção, avaliação, intervenção e estudo científico das perturbações da comunicação humana, englobando não só todas as funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita mas também outras formas de comunicação não verbal. O Terapeuta da Fala intervém, ainda, ao nível da deglutição (passagem segura de alimentos e bebidas através da orofaringe de forma a garantir uma nutrição adequada). O Terapeuta da Fala avalia e intervém em indivíduos de todas as idades, desde recém-nascidos a idosos, tendo por objetivo geral otimizar as capacidades de comunicação e/ou deglutição do indivíduo, melhorando, assim, a sua qualidade de vida (ASHA, 2007)."